Provas do Alcorão
1. Deus, o Altíssimo, diz: Muhammad não é o pai de nenhum de vossos homens, mas sim o Mensageiro de Deus e o selo dos Profetas; e Deus é Onisciente. [Alcorão 33:40]
2. Jesus se alegrou com o advento do Profeta Muhammad no Evangelho. Deus, o Altíssimo diz: E quando Jesus, filho de Maria, disse: Oh, filhos de Israel! Eu sou o Mensageiro de Deus, enviado a vós para corroborar a Tora e anunciar um Mensageiro que virá depois de mim, chamado Ahmad [Este era um dos nomes do Profeta Muhammad]. Mas quando lhes apresentou as evidências, disseram : Isto é pura magia! [Alcorão 61:6]
Provas da Sunnah(Sunnah: toda narração de palavra, ação, características ou aprovações tácitas do Profeta):
O Profeta disse: Meu exemplo e o dos Profetas anteriores, para mim, são como um homem que construiu uma casa, com grande perfeição, exceto pelo espaço de um tijolo; as pessoas a rodeariam e a olhariam com respeito por sua perfeição e diriam: Se não fosse por este espaço! O Profeta disse: Eu sou esse tijolo, eu sou o último dos Profetas. (Bujari, 3342)
Escrituras sagradas prévias:
Ataa’ b. Yasaar disse: Conheci Abdullah b. Amr b. al-Aas e perguntei-lhe: Conta-me sobre a descrição do Mensageiro de Deus na Tora. Ele disse: Ele é descrito na Tora como é descrito no Alcorão: Enviamos a ti como testemunha (para toda a humanidade) para alegrar, para advertir, para proteger e resguardar os humildes. Tu és Meu servo e mensageiro, te chamo Mutawakki (O leal). Não tens maus modos, não és rude nem levantas a voz. Não pagas o mal com o mal; em troca, perdoas e desculpas. Não tomarei tua alma até que guies as Nações, até que digam: Não há outro verdadeiro deus merecedor de adoração exceto Deus até que eles vejam claramente a verdade. Ata disse: Conheci Kab, o Rabino, e perguntei-lhe sobre sua narração, e ele não contradisse Abdullah b. Amr b. Al-Aas, exceto por uma pequena diferença de palavras. (Baihaqi, 13079)
Abdul-Ahad Dawud38 38 Rev. David Benjamín Keldani, B.D. sacerdote católico romano da seita de Uniate-Chaldean. Nasceu em 1867 em Urmia, Pérsia disse: Tratei de fundamentar meus argumentos em citações da Bíblia, que escassamente permite discussões lingüísticas. Não o farei em Latim, Grego ou Aramaico, porque não teria sentido: só farei a seguinte anotação, com as palavras da Versão Corrigida publicada pela Sociedade Bíblica britânica. Podemos ler as seguintes palavras no Livro do Deuteronômio 18:18: Eu farei que se levante do meio de seus irmãos um profeta, o mesmo que fiz contigo. Eu porei minhas palavras em sua boca e ele lhes dirá tudo o que eu mande. Se estas palavras não se aplicam ao Profeta Muhammad, ainda permanecem não cumpridas. O próprio profeta Jesus nunca afirmou ser o Profeta a que se aludia. Até seus discípulos pensavam o mesmo: esperaram a segunda aparição de Jesus para o cumprimento da Profecia. Até agora é evidente que a primeira aparição de Jesus não foi o advento do Profeta, e sua segunda chegada pode dificilmente cumprir essas palavras. Jesus, como se crê na Igreja, aparecerá como um juiz e não como um legislador; mas o prometido virá com uma lei de fogo em sua mão direita. Comprovando a personalidade do Profeta prometido, a outra profecia de Moisés é, no entanto, de muita ajuda porque fala de iluminada marcha desde Parán, a montanha de Meca. As palavras no Livro de Deuteronômio, capítulo 13:2, diz o seguinte: O Senhor saiu do Sinai; para eles, levantou-se sobre o horizonte de Seir; resplandeceu desde o monte Parán; para eles chegou a Meriba de Cadés acompanhado de seus santos. Com estas palavras o Senhor foi comparado com o sol. Ele vem do Sinai, ilumina-os desde Seir, mas resplandece cheio de glória desde Parán, onde aparece com dez mil santos com uma lei de fogo em sua mão direita.
Nenhum dos israelitas, incluindo-se Jesus, tem alguma relação com Parán. Hagar, com seu filho Ismael, perambularam pelo deserto de Beersheba; mais tarde morou no deserto de Parán. (Gen. XXI.21). Casou-se com uma mulher egípcia, e através do nascimento de seu primeiro filho, deu descendência aos árabes que desde então são os moradores do deserto de Parán. Se o Profeta Muhammad tem ascendência de Ismael a Cedar, aparece como o Profeta do deserto de Parán, entra em Meca com dez mil santos e dá ao povo uma lei de fogo, não está cumprida na totalidade a profecia mencionada anteriormente?
As palavras da profecia em Habakkuk são dignas de atenção. Sua (o santo de Parán) glória cobriu os céus e a terra se encheu de louvores. A palavra louvor tem um significado importante, porque o nome Muhammad significa o louvado. Além dos árabes, aos habitantes do deserto de Parán também lhes foi prometido uma Revelação: permitam que os desertos e as cidades levantem sua voz; os povos que Cedar habitou: permitam que os habitantes das pedras cantem, permitam lhes gritar de cima das montanhas. Permitam-lhes brindar glória ao Senhor, e clamem seus louvores nas ilhas. O Senhor resplandecerá como um homem poderoso, removerá os ciúmes como um homem de guerra, chorará, gritará, rugirá, ele triunfará sobre seus inimigos (Isaías).
Há outras duas profecias em conexão com esta, onde se menciona Cedar. Uma se apresenta desta maneira no capítulo IX de Isaías: Levanta-te e brilha , que chegou tua luz e a Glória de Jeová amanheceu sobre ti. Enquanto as trevas cobriam a terra e os povos estavam na noite, sobre ti se levantou Jeová, e sobre ti apareceu sua Glória. Os povos se dirigem à tua luz e os reis, ao resplendor da tua aurora. Levanta os olhos ao teu redor e contempla: todos se reúnem e te vêem; teus filhos chegam de longe e tuas filhas são trazidas ao colo. Tu então, ao vê-lo, ficarás radiante, palpitará teu coração muito emocionado; hão-de trazer-te tesouros do outro lado do mar e chegarão a ti as riquezas das nações. Inundar-te-á uma multidão de camelos: chegarão os de Madián e Efá. Os de Sabá virão todos trazendo ouro e incenso, e proclamando os louvores de Jeová. Todos os rebanhos de Cedar se reunirão junto a ti, e os carneiros de Nebayot serão teus para serem oferecidos em meu altar, pois quero dar esplendor ao templo de minha Glória (1- 7). A outra profecia está também em Isaías, Profecia sobre Edom: Alguém me grita desde Seír: «Sentinela, que hora é da noite? «Sentinela, que hora é da noite? O sentinela responde: «Chega a manhã, mas também a noite; se vocês querem perguntar, perguntem, mas voltem outra vez.» Profecia sobre a Arábia: Entre as matas da estepe passam a noite as caravanas dos dedanitas. Saiam ao encontro do sedento, habitantes do país de Tema, levando-lhe água; acolham o fugitivo e dêem-lhe pão. Pois eles vêm fugindo das espadas, das espadas afiadas, do arco pronto para disparar, da violência da guerra. Sim, assim me disse o Senhor: «Dentro de um ano, o mesmo que dura o contrato de um soldado, toda a riqueza de Quedar terá terminado e não sobrará quase nada dos arqueiros valentes de Quedar, - isto é palavra de Jeová, o Deus de Israel.; se podem entender estas profecias em Isaías à luz de uma mencionada no Deuteronômio, que fala da iluminada marcha de Deus desde Parán. Se Ismael habitou o deserto de Parán, onde deu vida a Cedar, quem é o antecessor dos árabes; e se os filhos de Cedar receberam revelações do Senhor, se os carneiros de Cedar foram oferecidos com agrado sobre o Divino altar para glorificar A casa de minha gloria onde a escuridão cobriu a terra por alguns séculos, para que logo essa terra recebesse luz Divina; e se por glória de Cedar a quantidade de arqueiros e os poderosos filhos de Cedar, diminuíssem um ano depois de fugir das espadas e da inclinação dos arcos O Bendito de Parán (Habakkuk III 3) não é outro mais que o profeta Muhammad. O profeta Muhammad é a Bendita prole de Ismael através de Cedar, que se instalou no deserto de Parán.
Muhammad é o único Profeta do qual os árabes receberam revelações nos tempos em que a escuridão havia coberto a terra.
Através dele Deus resplandeceu desde Parán, e Meca é o único lugar de onde A Casa de Deus é glorificada e os carneiros de Cedar foram oferecidos com agrado sobre o altar. O Profeta Muhammad foi perseguido por sua gente e teve que deixar Meca. Ele estava sedento e fugiu das espadas e dos arcos; e depois de um ano de sua fuga, os descendentes de Cedar o encontraram em Badr, o lugar da primeira batalha dos Mecanos e o Profeta, os filhos de Cedar, e sua quantidade de arqueiros diminuíram e toda a glória de Cedar se consumou. Se o Profeta não é aceite como o cumprimento de todas essas profecias, estas não foram cumpridas. A casa de minha glória a que se refere Isaías 1X , é a casa de Deus em Meca e não a Igreja de Cristo como clamam os Cristãos. Os carneiros de Cedar, como se menciona no verso 7, nunca chegaram à Igreja de Cristo, e é um fato que os povoados de Cedar e seus habitantes são os únicos no mundo que permaneceram impenetráveis à Igreja de Cristo.
Outra vez, a menção dos dez mil santos em Deuteronômio 30:3 tem muito significado. Ele (Deus) resplandeceu desde Parán, e chegou com dez mil santos. Lendo a história completa do deserto de Parán não se encontra outro evento além daquele em que Meca foi conquistada pelo Profeta. Ele chegou com dez mil seguidores de Medina e entrou em A casa de minha glória. Entregou a lei de fogo ao mundo, que reduziu a cinzas todas as demais leis. O Confortador O Espírito da Verdade - de que falou o Profeta Jesus não foi outro mais que o Profeta Muhammad. Não pode ser tomado como o Espírito Santo como diz a Igreja. É necessário para vocês, que eu desapareça, diz Jesus, já que se eu não me for o Confortador não virá. As palavras mostram claramente que o Confortador virá depois da partida de Jesus, e não estava com ele quando pronunciou estas palavras.
Podemos supor que Jesus estava desprovido do Espírito Santo se sua chegada dependia da partida de Jesus: além disso a forma como Jesus o descreve faz com que ele pareça um homem e não um espírito. Ele não falará por si mesmo, falará por inspiração. Temos que supor que o Espírito Santo e Deus são duas entidades diferentes, que o Espírito Santo fala por si e também o que escuta de Deus? As palavras de Jesus se referem claramente a um Mensageiro de Deus. Chama-o O Espírito da Verdade, e então o Alcorão fala do Profeta Muhammad: Por certo que ele se apresentou com a Verdade, e corroborou a Mensagem dos Profetas que o precederam. Alcorão 37:37 39 39 Muhammad na Biblia, Abdul-Ahad Dawud.
No Novo Testamento:
Há várias passagens no Novo Testamento que claramente anunciam a vinda de Muhammad pela contradição de sua natureza e suas ações.
João , o Batista: Este foi o testemunho de João, quando os judeus enviaram sacerdotes e levitas de Jerusalém para perguntar-lhe: Quem és tu? João declarou e não ocultou a verdade: Eu não sou o Messias. Perguntaram-lhe: Então, quem és ? Elias? Respondeu: Não sou. Disseram-lhe : És o Profeta? Respondeu: Não. Então lhe disseram? Quem és, então? Pois temos que levar uma resposta aos que nos enviaram. Que dizes de ti mesmo? João respondeu: Eu sou, como disse o profeta Isaías, a voz que grita no deserto: Tomem o caminho do Senhor.Os enviados eram do grupo dos fariseus, e lhe fizeram outra pergunta: Por que batizas então, se não és o Messias, nem Elias, nem o Profeta? (João 1:20-25)
Esse Profeta não era Jesus, mas sim Muhammad, porque João Batista continuou pregando, batizando e anunciando a vinda desse Profeta durante a vida de Jesus. Jesus: O Profeta Jesus predisse a vinda de outro Profeta cujo nome seria ’Periqlytos’, ou ’Paráclito’, ou ’Paracalon’. Diz: e eu rogarei ao Pai e lhes darei outro Protetor (Paráclito) que permanecerá sempre com vocês. (João XIV, 16).
A palavra Paráclito significa ’ilustre, renomado e louvado’ e isto é exatamente o que significa o nome ’Ahmad’. No Sagrado Alcorão são mencionadas as Profecias feitas por Jesus sobre o advento de um profeta chamado ’Ahmad’. Deus, o Altíssimo, diz: E quando Jesus, filho de Maria, disse: Oh, filhos de Israel! Eu sou o Mensageiro de Deus, enviado a vós para corroborar a Tora e anunciar um Mensageiro que virá depois de mim, chamado Ahmad [Este era um dos nomes do Profeta Muhammad].[Alcorão 61:6]
Provas intelectuais que confirmam o Profeta
1. O Profeta era iletrado. Não sabia ler nem escrever. Viveu entre pessoas iletradas como ele. Portanto não se pode afirmar que Muhammad foi o autor do Alcorão. Deus, o Altíssimo, diz:
E tu não sabias ler nenhum tipo de escritura antes que te fora revelado [o Alcorão] nem tampouco transcrevê-la com tua direita; porque se assim fosse, poderiam ter semeado dúvidas [sobre ti] os que inventam mentiras. [29:48]
2. Os árabes foram desafiados a escrever algo similar ao Alcorão, e não o puderam fazer! A formosura de sua estrutura e o profundo significado do Alcorão assombravam aos árabes. O Alcorão é o eterno milagre de Muhammad. O Mensageiro de Deus disse: Os milagres dos Profetas (antes de mim) estavam restritos a suas épocas. O milagre que me foi dado é o Alcorão que é eterno, e por ele espero ter muitos seguidores. (Bujari 4598) Ainda que sua gente tenha sido eloqüente e conhecida por sua imponente poesia, Deus os desafiou a produzir algo similar ao Alcorão, mas não o conseguiram. Deus diz:
Se duvidardes do que revelamos ao Nosso servo [Muhammad] trazei um capítulo similar, e recorrei a ele, a quem pedis socorro em lugar de Deus, se é que dizeis a verdade. [2:23] Deus desafia os homens a produzir algo similar ao Alcorão. Deus diz: Diga-lhes: Se os homens e os gênios se unissem para fazer um Alcorão similar, não lograriam, ainda que se ajudassem mutuamente. [17:88]
3. O Profeta continuou rezando e convocando as pessoas ao Islam, embora tenha passado por muitas dificuldades e tenha sido contestado por sua gente, que planejou inclusive assassiná-lo. Ainda assim o Profeta continuou pregando e foi paciente. Se fosse um impostor teria parado de pregar e teria temido por sua vida.
W. Montgomery Watt disse: Sua disposição para sofrer perseguições por suas crenças, a alta moral dos homens que creram nele e o respeitaram como líder, e a grandeza do seu último resultado tudo sustenta sua integridade fundamental. Supor que Muhammad foi um impostor traz mais problemas do que os resolve. Além disso, nenhuma das figuras da história é tão pobremente apreciada no Ocidente como Muhammad... Portanto, não só devemos dar crédito a Muhammad por sua honestidade essencial e propósitos íntegros. Se é que o vamos a entender, se queremos corrigir os erros que herdamos do passado, não devemos esquecer que uma prova conclusiva é um requerimento mais estrito que uma demonstração de plausibilidade e, em um caso como este, só se consegue com dificuldade.
4. Todas as pessoas gostam dos ornamentos e belezas, e poderiam ser influenciados por eles . Deus, o Altíssimo, diz: Foi arraigada no coração dos homens a inclinação pelos prazeres: as mulheres, os filhos, o acúmulo de riquezas em ouro e prata, os cavalos de raça, os rebanhos e os campos agrícolas. Esse é o gozo da vida mundana, mas Deus lhes tem reservado algo mais belo. [3:14] O homem, por natureza, se entusiasma por adquirir ornamentos e belezas deste mundo. As pessoas diferem no método que usam para adquirir essas coisas. Alguns usam como recurso para obtê-las, meios legais, enquanto que outros utilizam meios ilegais.
Quraish tratou de persuadir o Profeta para que deixasse de invocar as pessoas ao Islam. Ofereceram-lhe transformá-lo no Senhor de Quraish, casá-lo com a moça mais bela e fazer dele o homem mais rico. Ele respondeu a estas ofertas tentadoras, dizendo: Por Deus, se colocassem o sol na minha mão direita e a lua na minha mão esquerda, para que me afastasse deste assunto, não o faria, até que Deus o fizesse triunfar (ao Islã) ou morresse convidando as pessoas. (Ibn Hisham)
Se o Profeta fosse um impostor, teria aceite esta oferta sem pensar.Thomas Carlyle, disse: Chamam-no Profeta, me disseste? Arre! Colocou-se cara a cara com eles, aqui, sem consagrar nenhum mistério, cobrindo-se com seu manto, remendando seus próprios sapatos, lutando, aconselhando ordem em seu meio. Devem ter visto a classe de homem que ele era, deixem que o chamem como goste. Nenhum imperador, com suas tiaras, foi obedecido como este homem com um manto. Durante vinte e três anos de processo duro e real, vejo nele a autenticidade de um herói.40 40 ’Heroes, Hero-Worship and the Heroic in History’
5. Sabe-se que o domínio e a riqueza de um reino estão sujeitos à vontade do rei. Tratando-se de Muhammad ele sabia que esta vida era uma etapa transitória. Ibrahim b. Alqamah narrou que Abdullah disse: O Profeta se recostou sobre um tapete de palha, que deixou suas costas marcadas, então disse: Mensageiro de Deus! Daria minha mãe e meu pai como resgate, por ti! Permite-nos pôr uma cama sobre o tapete em que deitas, para que tuas costas não fiquem marcadas. O Profeta disse: Meu exemplo nesta vida é como um ginete que descansa à sombra de uma árvore e logo continua sua viagem. (Ibn Mayah, 4109) An-Nu’man b. Bashir disse: Vi teu Profeta (durante um tempo) quando não podia nem sequer encontrar tâmaras boas para encher seu estômago. (Muslim, 2977) Abu Hurairah disse: O Mensageiro de Deus nunca teve a oportunidade de alimentar- se durante três dias seguidos até à sua morte. (Bujari, 5059)
Ainda que a Península Árabe estivesse sob seu domínio, e ele era a fonte de bondade para sua gente, o Profeta, algumas vezes, não encontrava comida para satisfazer suas próprias necessidades. Sua esposa, Aishah, narrou que ele uma vez comprou um pouco de comida de um Judeu (e combinou de pagar-lhe logo) e entregou-lhe sua armadura como garantia. (Bujari, 2088)
Isto não significa que ele não pudesse obter o que queria, já que lhe ofereciam dinheiro e riqueza em sua Mesquita, e ele não saía do lugar, até distribuir tudo entre os pobres e os necessitados. Entre seus Companheiros havia ricos e endinheirados apressavam-se a servi-lo e lhe ofereciam as coisas mais valiosas. A razão pela qual o Profeta renunciou às riquezas do mundo, foi porque sabia a realidade da vida. Ele disse: A comparação desta vida com a do além, é como uma pessoa que submerge seu dedo no oceano; quanto pode tirar dele? (Muslim, 2858)
O Reverendo Bosworth Smith disse: Se alguma vez um homem governou por um direito divino, esse foi Muhammad, já que ele teve todos seus poderes sem o apoio do seu povo. Não se preocupou pelas vestes do poder. A simplicidade de sua vida privada coincidia com sua vida social.41 41 Muhammad and Muhammadanism.
6. Ao Profeta de Deus sucederam certos incidentes que necessitaram ser esclarecidos, e ele não teve a oportunidade de fazer algo porque não recebeu nenhuma revelação esclarecedora. Durante este período (entre o incidente e a revelação) encontrava-se exausto. Um destes incidentes é o Ifk’ 42 em que sua esposa Aishah foi acusada de ser infiel. O Profeta não recebeu nenhuma revelação sobre este incidente por um mês; enquanto isso seus inimigos falaram mal dele, até que recebeu a revelação e ficou evidente a inocência de Aishah. Se o Profeta fosse um impostor teria resolvido este incidente no instante em que surgiu. Mas Deus diz: Não fale de acordo com suas paixões. [53:3] 42 i.e. O incidente em que os hipócritas acusaram Aishah falsamente, que Deus tenha compaixão dela, de haver sido infiel.
7. O Profeta não pedia às pessoas que o bajulassem. Pelo contrário, o Profeta se desgostava quando uma pessoa o adulava de qualquer forma. Anas disse: Não havia um indivíduo mais amado por seus Companheiros que o Mensageiro de Deus. Ele disse: Se o viam, não se levantavam por ele, já que sabiam que isso o desgostava. (Tirmizi, 2754)
Washington Irving disse: Seus triunfos militares não despertaram nele, nem orgulho nem vaidade, do mesmo modo que teria sido afetado por propósitos egoístas. No tempo de maior poder ele manteve a mesma simplicidade nos costumes e aparência que em seus dias de adversidade. Muito longe de viver de forma majestosa, incomodava se, ao entrar em um cômodo, era tratado com alguma forma de respeito.
8. Alguns dos versículos do Alcorão foram revelados para admoestar o Profeta sobre a causa de certos incidentes, tal como: As palavras de Deus, o Altíssimo: Oh, Profeta! Por que proíbes o que Deus fez lícito, pretendendo com isso agradar às tuas esposas? E [sabe que apesar disso] Deus é Condescendente, Misericordioso [66:1] O Profeta se absteve de comer mel, por causa do comportamento de algumas de suas esposas. Deus, então o advertiu já que ele se proibiu a si mesmo o que Deus considera lícito.
a. Deus, o Altíssimo, diz: Deus te desculpou [Oh, Muhammad!] por haver-lhes eximido sem antes comprovar quem era verdadeiro e quem era mentiroso. [9:43] Deus admoestou o Profeta porque aceitou rapidamente as falsas desculpas dos hipócritas que se ausentaram na Batalha de Tabuk. Perdoou-os e aceitou seus pretextos, sem verificá-los. Deus, o Altíssimo, diz: Não é permitido ao Profeta [nem aos crentes] tomar como prisioneiros de guerra aos incrédulos antes de tê-los combatido e dizimado na Terra. Pretendeis assim [cobrando seu resgate] obter um benefício mundano, mas saiba que Deus quer para vós a recompensa da outra vida. Certamente Deus é Poderoso, Sábio. [8:67]
b. Deus, o Altíssimo, diz: Não é assunto teu se [Oh Muhammad, somente de Deus] Ele os absolve ou os castiga, porque foram iníquos. [3:128]
c. Deus, o Altíssimo, diz: [Oh, Muhammad!] Franziste o cenho e viraste as costas ao cego quando se apresentou a ti. E talvez pretendesse instruír-se para assim purificar sua conduta e moral, ou beneficiar se, refletindo sobre tuas palavras. [80:1-4] Abdullah b. Umm Maktum, que era cego, veio ao Profeta quando estava pregando a alguns dos líderes Quraish, e o Profeta franziu o cenho e continuou seu sermão e Deus o admoestou por isso. Se o Profeta fosse um impostor, este versículo não se encontraria no Alcorão.
Muhammad Marmaduke Pickthall disse: Um dia, quando o Profeta estava conversando com um dos grandes homens de Quraish, tratando de persuadi-lo da verdade do Islã, um homem cego lhe fez uma pergunta sobre a fé. O Profeta se irritou pela interrupção, franziu o cenho e se afastou do cego. Neste versículo se diz que a importância de um homem não deve ser julgada por sua aparência ou condição.43 43 O Glorioso Alcorão, tradução de Pickthall pág. 685
9. Um dos sinais de sua profecia se encontra no capítulo 111 do Alcorão. Nele, Deus, o Altíssimo, condena Abu Lahab (tio do Profeta) ao tormento do inferno. Este capítulo foi revelado durante as primeiras etapas de seu chamado ao Islam. Se o Profeta fosse um impostor não imporia uma regra como esta, já que seu tio poderia ter aceitado o Islã mais tarde! Dr. Gary Miller diz: Por exemplo, o Profeta tinha um tio com o nome Abu Lahab. Este homem odiava tanto o Islã que costumava seguir o Profeta só para desacreditá-lo. Se Abu Lahab via o Profeta falando com um estranho, esperava que se fosse para ir encontrá-lo e perguntar-lhe: Que te disse? Disse-te negro? Bem, é branco. Disse dia? Bem, é noite. Ele dizia exatamente o contrário do que Muhammad comunicava. Entretanto, aproximadamente dez anos antes que Abu Lahab morresse foi revelado um pequeno capítulo do Alcorão. Este expressava, distintivamente, que ele iria ao Fogo do Inferno. Em outras palavras, afirmava que nunca se converteria em Muçulmano e por essa razão seria condenado para sempre. Por dez anos tudo o que Abu Lahab fez foi dizer, Diz-se que uma revelação mostrou a Muhammad que eu nunca mudarei, que nunca me converterei em Muçulmano e entrarei no Fogo do Inferno.
Bem, agora quero converter-me em Muçulmano. Agrada-lhes isto? Que pensam de sua divina revelação agora? Mas nunca o fez. E apesar de tudo, este é o tipo de comportamento que se poderia esperar dele já que a única coisa que fez foi contradizer o Islã. Em essência, Muhammad disse Odeias-me e queres terminar comigo? Aqui, diga estas palavras e terás terminado comigo. Vamos diga-as! Mas Abu Lahab nunca as disse. Dez anos! E em todo esse tempo nunca aceitou o Islã nem apoiou sua causa. Como Muhammad podia saber com segurança que Abu Lahab cumpriria a revelação do Alcorão se ele não fosse o verdadeiro Mensageiro de Deus? Como é possível que estivesse tão seguro para deixar que alguém o desacredite por dez anos? A única resposta é que ele era o Mensageiro de Deus, já que por ter-se exposto a um desafio tão arriscado, deve-se entender que teve que ser a causa de uma revelação divina.44 44 O Sagrado Alcorão.
10. O Profeta é chamado: ’Ahmad’ em um versículo do Alcorão, em lugar de Muhammad. Deus, o Altíssimo, diz:
E quando Jesus, filho de Maria, disse: Oh, Filhos de Israel! Eu sou o Mensageiro de Deus, enviado a vós para corroborar a Tora e anunciar um Mensageiro que virá depois de mim chamado Ahmad. Mas quando lhes apresentou as evidências, disseram: Isto é pura magia! [61:6] Se ele fosse um impostor, o nome ’Ahmad’ não seria mencionado no Alcorão.
11. A religião do Islã ainda existe e segue expandindo-se por todo o mundo. Milhares de pessoas abraçam o Islã e o preferem às outras religiões. Isto acontece ainda que os seguidores do Islam não estejam respaldados financeiramente como se espera; e apesar dos esforços de seus inimigos para interromper a expansão do Islã. Deus, o Altíssimo, diz: Certamente Nós revelamos o Alcorão e somos Nós os seus anjos guardadores. [15:9]
Thomas Carlyle disse: Um impostor fundou uma religião? Como, um homem impostor não pode construir uma casa de tijolos! Se realmente não conhece e segue as características do pilão, a terra cozida e tudo no que trabalha, não seria uma casa o que se constrói, mas uma pilha de sobras! Não estaria de pé por doze séculos, para alojar mil oitocentos milhões de pessoas; seria derrubada de imediato. Um homem deve se conformar com as leis da natureza, viver em comunhão com a natureza e a verdade das coisas, ou a Natureza irá reclamar. Não, para nada! Os erros são enganosos; um Cagliostro, muitos Cagliostros, proeminentes líderes mundiais, progridem pela falta de clero e ritos, por um dia. É como uma nota de banco falsificada; passam por suas mãos sem valor: outros, não eles, o têm que fazer com rapidez. A natureza explode em chamas de fogo; Revoluções francesas e semelhantes, proclamando com terrível veracidade que as notas falsificadas, são falsificadas. Mas por um grande homem, especialmente por ele, me arriscarei a afirmar que é incrível que seja outro, que não seja autêntico. Parece que esse é o seu primeiro alicerce, e tudo o que nele jaz45. 45 Heroes, Hero-Worship and the Heroic in History’
O Profeta conservou o Alcorão, depois que Deus conservou seu conteúdo, na memória de geração após geração. Com efeito, memorizá-lo e recitá-lo, aprendê-lo e ensiná-lo, são as coisas que os muçulmanos desfrutam fazer, já que o Profeta disse: O melhor de vocês é quem aprende o Alcorão e logo o ensina. (Bujari, 4639)
Muitos trataram de acrescentar ou omitir versículos do Alcorão; mas nunca tiveram êxito, já que estes erros foram descobertos de imediato. A Sunnah do Mensageiro de Deus que é a segunda fonte da legislação islâmica, foi preservada por homens honrados e piedosos. Passaram suas vidas reunindo estas tradições, revendo-as para separar o falso do verdadeiro; até clarificaram quais haviam sido planejadas.
Quem leia os livros escritos na ciência do Hadiss constatará que as narrações que são autênticas, na realidade o são. Michael Hart diz: Muhammad fundou e promulgou uma das maiores religiões do mundo46, e se converteu em um efetivo líder político. Hoje, treze séculos mais tarde, sua influência ainda é poderosa e dominante. 46 Os muçulmanos crêem que o Islam é uma revelação Divina de Deus, e que Muhammad não a fundou.
12. A verdade e sinceridade de seus princípios são boas e adequadas para todos os tempos e lugares. Os resultados da aplicação do Islam são claros e bem conhecidos, e mostra que com efeito é uma revelação de Deus. Além disso, por que não é possível para Muhammad ser um Profeta se é crença que muitos Profetas e Mensageiros foram enviados antes dele? Se a resposta desta pergunta é que nada o impede então nos perguntamos: Por que rejeitam este Profeta, e confirmam os anteriores a ele?
13. Os homens não podem forjar leis similares às do Islam que tratam cada aspecto da vida, como transações, casamentos, conduta social, política e atos de adoração. Então, como é que um homem iletrado pôde criar algo como isto? Não é isto uma clara prova de que é Profeta ?
14. O profeta não começou a chamar a gente ao Islã até que cumpriu quarenta anos. Sua juventude havia passado e a idade em que deveria descansar e passar seu tempo livre, foi a idade em que se encarregou, como Profeta, de difundir o Islã. Thomas Carlyle, disse: É o contrário da teoria do impostor, o fato em que viveu toda sua vida de forma irrepreensível, completamente, em silêncio e de maneira comum, até que terminou sua vida. Até os quarenta anos, nunca falou de alguma missão do céu. Todas suas irregularidades, reais e supostas, datam de antes de seus cinqüenta anos, quando sua esposa Jadiyah morreu. Toda sua ambição, aparentemente, havia sido, até esse momento, viver uma vida honesta; sua fama, a simples opinião dos vizinhos que o conheceram, havia sido suficiente até o momento. Só quando estava se tornando velho, o lascivo ponto de sua vida explodiu, - a paz - o principal que lhe deu este mundo, que começou com esta carreira de ambição, e, ocultando todo seu caráter e existência, estabeleceu-se como um infeliz e vazio charlatão para adquirir o que desde esse momento não poderia desfrutar! Não tenho fé nisso.47 47 ’Heroes, Hero-Worship and the Heroic in History’
Fonte: Abdurrahman al-Sheha - Tradução: Lic. Muhammad Isa García Revisão: Ana María Gonzalez Litardo (Versão Brazil) Khadija Machado (Versão Portugal) Escritório de difusão do Islã de Rabwah www.islamhouse.com Primeira Edição, 1428/2007. Copyright © 2007 Abdurrahman al-Sheha. Todos os direitos reservados.