quinta-feira, março 10, 2016

Uma pergunta muito comum para nós muçulmanos é: Qual é a diferença da religião de vocês (Islamismo) com a nossa?

Pois bem, nossa Religião foi revelada por Deus, Louvado seja Ele, preservada em um Livro (Alcorão Sagrado), preservada no coração das pessoas que decoram o Alcorão e na língua árabe.

Nossa Religião foi preservada por Deus, Louvado seja Ele. O Alcorão nunca foi e jamais será adulterado. A Sunnah do Profeta Muhammad SAAS  foi preservada, sabemos exatamente de todos os passos e ações do Rassulollah SAAS durante toda sua existência. Sabemos o que é verdadeiro e o que é falso, ou seja, fabricado ou inventado pelos inimigos do Islam. Não existe em nossa Religião intermediário. Quem quer que tente introduzir algo em nossa crença logo é desmascarado.

Essa é a grande diferença, tudo em nossa Religião vem de Deus, Louvado Seja Ele! Os homens não conseguiram modificar nada em nossa doutrina. Embora tenham tentado, mas o que tem sua origem no Senhor dos Senhores jamais será abalado.  É por isso que devemos sim nos orgulhar de ser muçulmanos. Outro detalhe, a palavra de Deus Louvado seja é imutável e nós temos uma única verdade, um único Livro. No Alcorão é Deus Louvado seja falando com suas criaturas. Não se vê no Alcorão sagrado, informações segundo João, segundo Lucas, segundo Mates e segundo Marcos. Livro de Jó, Livro de Isaias  e tantos outros. Esse fato está embasado no Livro de Deuteronômio, atribuído a Moisés (AS) capítulo 18:18;” Farei surgir para eles, do meio de seus irmãos, um profeta semelhante a ti. Porei em sua boca as minhas palavras e ele lhes comunicará tudo o que eu lhe disser”.  A Sunnah do Profeta SAAS também está preservada, a Religião completa («Hoje, completei a vossa religião para vós; e aprovei como religião, para vós, Al Islam (submissão a Allah)». (Alcorão, 5:3). «E quem quer que deseje outra religião que não seja o Islam (submissão a Deus), nunca lhe será aceita». (Alcorão, 3:85). E o melhor, quem tentar inovar a Religião seja em qual aspecto for será descoberto. Isso não acontece em outras religiões que tiveram a mesma origem que o Islamismo. Com todo respeito aos mentores e seguidores, por exemplo, do cristianismo, porque tantas denominações religiosas, porque tantas doutrinas. Veja o que diz Allah SW no Alcorão: “Tomaram por senhores seus rabinos e seus monges em vez de Deus, assim como fizeram com o Messias, filho de Maria, quando não lhes foi ordenado adorar senão a um só Deus”.(Surata 09:31).

Por conseguinte, o Islam não reivindica ser uma nova religião introduzida pelo Profeta Muhammad SAAS na Arábia no século sétimo, mas antes uma reimpressão na sua forma final da verdadeira religião do Todo-Poderoso Allah, conforme originalmente revelada a Adão e subseqüentes Profetas. Chegados aqui, podemos comentar de forma breve outras duas religiões que afirmam ser o verdadeiro caminho. Em parte alguma da Bíblia é possível encontrar referência do fato de que Judaísmo é o nome da religião revelada por Deus ao Profeta Moisés e aos seus descendentes, ou que Cristianismo é o nome daquela que é professada pelos seguidores de Cristo. Por outras palavras, os nomes Judaísmo ou Cristianismo não possuem origem ou aprovação divina. Apenas muito tempo após a sua partida, é que o nome Cristianismo foi dado à religião dos seguidores de Jesus.

Assim sendo, em quê difere de fato a religião de Jesus daquela que adotou o seu nome? A religião de Jesus reflete-se nos seus ensinamentos, os quais este incitou os seus seguidores a aceitarem enquanto princípios orientadores do seu relacionamento com Deus. Para o Islam, Jesus é um Profeta enviado por Allah, sendo que o seu nome em Árabe é Issá. Tal como os Profetas que o precederam, Jesus convocou os povos a que submetessem a sua vontade à Vontade de Deus (que é aquilo que o Islam defende). Por exemplo, no Novo Testamento é dito que Jesus ensinou os seus seguidores a orar a Deus da seguinte forma:
"Pai-nosso que estais no Céu, santificado seja o Vosso nome, venha a nós o Vosso Reino, seja a Vossa vontade, assim na Terra como Céu." (Lucas 1 1:2 / Mateus 6:910)

Tal conceito foi várias vezes enfatizado por Jesus em declarações registradas nos Evangelhos. Ele disse, por exemplo, que o Paraíso seria apenas daqueles que se submetessem.

"Nem todo aquele que me diz: Senhor, Senhor, entrar á no Reino dos Céus, mas sim aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos Céus." (Mateus 7:21)
Jesus realçou também o fato dele próprio submeter-se à vontade de Deus.
"Por mim mesmo não posso fazer coisa alguma. Julgo como ouço; e o meu julgamento é justo, porque não busco a minha vontade, mas a vontade d'Aquele que me enviou." (João 5:30)
São várias as referências contidas nos Evangelhos onde Jesus afirma não ser ele o Único e Verdadeiro Deus. Por exemplo, ao falar do Último Dia, Jesus diz o seguinte:
"A respeito, porém, daquele dia ou daquela hora, ninguém o sabe, nem mesmo os Anjos do Céu, nem o Filho, mas somente o Pai." (Marcos, 13:32)
Assim sendo, Jesus, tal como os Profetas que o precederam e o único que se lhe seguiu, ensinou a religião do Islam: submissão à vontade do Deus Único e Verdadeiro.  Deus e a 

Criação

Visto a submissão total a Deus da vontade pessoal representar a essência da veneração, a mensagem fundamental da religião divina, o Islam, consiste em adorar a Deus somente, exigindo também que se evite prestar culto a uma pessoa, lugar ou coisa. Uma vez que tudo aquilo que existe, com exceção de Deus, o Criador de todas as coisas, é Criação Sua, pode dizer-se que o Islam apela ao Homem que se afaste do culto ao que foi criado, convidando-o a adorar ao Criador somente. Apenas Ele é digno de ser adorado, pois apenas por vontade Sua as preces são ouvidas.

Assim sendo, se um homem reza a uma árvore e as suas preces são ouvidas, não é a árvore que as realiza, mas sim Deus. Podemos dizer que isso é óbvio; contudo, para aqueles que adoram a árvore, não é. Do mesmo modo, aqueles que rezam a Jesus, Buda, Krishna, São Cristóvão, São Judas ou até mesmo Muhammad SAAS são atendidos, não o são por eles, mas sim por Deus. Jesus não pediu aos seus seguidores que o adorassem, mas sim que adorassem a Deus, tal como é referido pelo Alcorão:
«E quando Allah disse: Ó Jesus, filho de Maria! Disseste tu aos homens: Tomai-me a mim e a minha mãe por duas divindades, além de Deus? Ele disse: Glorificado sejas! Como poderia eu ter dito o que para mim não é verdade?» (Alcorão 5:116).

Do mesmo modo, não era a si mesmo que Jesus adorava quando prestava culto, mas sim a Deus, sendo citado nos Evangelhos por ter dito o seguinte: Está escrito:
«Adorarás o Senhor teu Deus, e só a Ele servirás». (Lucas 4:8)

É possível encontrar este princípio fundamental no capítulo de abertura do Alcorão, conhecido pelo nome de Surat al-Fatihah, versículo 4:
«A Ti, somente, adoramos, e a Ti, somente, pedimos ajuda». (Alcorão 1:4)

Numa outra parte do Alcorão, o último Livro revelado, Deus também disse:
«E o vosso Senhor disse: Invocai-Me, que Eu vos atenderei ». (Alcorão 40:60)

É fortemente enfatizado o fato da mensagem base do Islam (nomeadamente, adorar a Deus somente) proclamar também que Deus e a Criação são duas entidades distintas. Deus não é igual à Sua Criação e nem é parte dela. Do mesmo modo, também a Criação não é igual a Ele ou parte d'Ele.

Isto pode parecer óbvio; contudo, aqueles que adoram a Criação, e não a Deus, ignoram ou negligenciam de forma grosseira este conceito. É a crença de que a essência de Deus encontra-se em toda a Sua Criação, ou que é possível encontrar a Sua divina presença em determinadas partes dessa Criação, que proporciona justificativa a este culto ao que foi criado, dizendo tratar-se do culto a Deus. Todavia, a mensagem do Islam, conforme transmitida pelos Profetas de Deus, é a de que devemos adorar a Deus somente e evitar prestar culto, direta ou indiretamente, à Sua Criação.

No Alcorão, Deus refere o seguinte:

«E, na verdade, enviamos para cada povo um Mensageiro (com a ordem): Adorai a Deus e afastai-vos dos falsos deuses (Taghut)». (Alcorão 16:36).

Quando questionados acerca do motivo pelo qual se prostram perante criações humanas, os adoradores de ídolos respondem, invariavelmente, que o que estão realmente a adorar não é a imagem em pedra, mas sim Deus aí representado. Afirmam eles que, o ídolo em pedra, representa apenas um ponto fulcral da essência divina, não sendo, pois, o próprio Deus! Aquele que aceitou o fato de que a essência de Deus encontra-se presente em toda a Sua Criação, é obrigado a aceitar este argumento defensor da idolatria. Contudo, quem quer que compreenda a mensagem fundamental do Islam e as suas implicações, não aceitará jamais a idolatria, por mais racionalizada que esta esteja.

Aqueles que, ao longo dos tempos, afirmaram ser Deus ou deuses, basearam esta sua reivindicação na crença errônea de que Deus encontra-se presente no Homem. Tendo por base este raciocínio, defenderam que neles a presença de Deus era mais forte do que nos restantes seres humanos, pretendendo, pois, que as pessoas se submetessem a eles e lhes prestassem culto. Do mesmo modo, também aqueles que, após a morte de outros, insistiram na sua divinização, encontraram terreno fértil entre os que aceitam tal crença.

Chegados a este ponto, deve já ser claro que, aqueles que compreendem a mensagem base do Islam e as suas implicações, não aceitarão jamais o culto prestado a um outro ser humano, seja em que circunstâncias for. Em essência, a religião de Deus é um apelo claro ao culto prestado ao Criador e a rejeição da adoração à Criação, seja em que forma for. É este o significado do lema do Islam: Laa Ilaha illa Allah. (Não existe outra divindade para além de Allah). A declaração sincera desta frase e a aceitação da profecia torna, automaticamente, a pessoa Muçulmana, sendo a fé verdadeira no que é dito garantia do Paraíso. De fato, o último Profeta do Islam SAAS, disse o seguinte: Aquele que disse:
«Não existe outra divindade para além de Allah», e morreu acreditando nisso, entrará no Paraíso.

Acreditar nesta declaração de fé exige que a pessoa submeta a sua vontade à de Deus, conforme ensinado pelos Profetas. Exige também que o crente abandone o culto prestado a falsos deuses. 

Mensagem das Falsas Religiões

São tantas as seitas, os cultos, as religiões, as filosofias e os movimentos existentes à face da Terra, proclamando cada um deles ser o único e verdadeiro caminho em direção a Deus. Como podemos nós decidir qual o que está correto ou, se de fato, o estão todos? Um dos métodos que permite responder a tal questão, consiste em clarificar as diferenças superficiais existentes nos ensinamentos dos vários chamamentos para a verdade última, e que, direta ou indiretamente, identifica o objeto central de culto ao nome pelo qual são conhecidos. Todas as falsas religiões partilham de um mesmo conceito base, isto no que respeita a Deus: ou afirmam que todos os Homens são deuses, ou que determinados homens foram Deus, ou que a natureza é Deus, ou então, que Deus não passa de um produto da imaginação humana.

Assim sendo, podemos afirmar que, a mensagem base das falsas religiões é a de que Deus pode ser adorado na forma da Sua Criação. Ao concederem à Criação ou a alguns dos seus aspectos o nome de Deus, as falsas religiões convidam o ser humano a adorá-la. Por exemplo, o Profeta Jesus incitou os seus seguidores a que adorassem a Deus; contudo, os que hoje afirmam ser os seguidores de Jesus, instigam as pessoas a adorarem-no, afirmando que ele é Deus.

Buda foi um reformador, a quem se deveu a introdução de vários princípios humanistas na religião praticada na Índia. Contudo, ele não afirmou ser Deus e nem sugeriu aos seus seguidores que fizessem dele um objeto de culto. Tal fato não impediu, todavia, que a grande maioria dos atuais Budistas existentes fora da Índia o tomassem como Deus, e construíssem ídolos de acordo com a sua percepção, perante os quais se prostram.

Ao utilizamos o princípio da identificação do objeto de culto, podemos facilmente detectar as falsas religiões, assim como a natureza fabricada da sua origem. Conforme Deus diz no 

Alcorão:

«Não adorais a Ele, mas a nomes que inventastes, vós e os vossos pais, para o que Deus não vos investiu de autoridade alguma. O juízo somente pertence a Deus, que vos ordenou para que não adorásseis senão a Ele. Tal é a verdadeira religião; porém, a maioria dos seres humanos o ignora». (Alcorão, 12:40).

Podemos argumentar que, se todas as religiões ensinam coisas boas, porque motivo devemos nós preocuparmos-nos com a que seguimos? A resposta consiste no fato de todas as falsas religiões ensinarem o maior dos pecados, que é o da adoração prestada à Criação. Este é o maior dos pecados que o ser humano pode cometer, visto contradizer o próprio objetivo pelo qual foi criado. A Criação do ser humano verificou-se para que este adorasse a Deus somente, conforme Allah claramente explica no Alcorão:
«E não criei os gênios e os humanos, senão para Me adorarem». (Alcorão 51:56)

Consequentemente, o culto prestado à Criação, e que é a base da idolatria, constitui o único pecado verdadeiramente imperdoável. Aquele que morre em tal estado de idolatria, determinou já o seu destino na próxima vida. Isto não é uma opinião, mas sim algo revelado por Deus na Sua última revelação ao Homem:
«Na verdade, Deus não perdoa que se Lhe associe companheiro; Mas Ele perdoa tudo, salvo isso, a quem Ele quer». (Alcorão 4:48,116) 

Universalidade das Religiões de Deus

Visto as conseqüências de se seguir uma falsa religião serem tão graves, a verdadeira religião de Deus foi universalmente compreensível e alcançável no passado, e assim deverá permanecer eternamente, de modo a ser compreendida e alcançada por todos aqueles que existem à face da Terra. Dito por outras palavras, a verdadeira religião de Deus não pode encontrar-se confinada a um único povo, local ou período histórico. Do mesmo modo, é também ilógico que uma religião imponha condições que nada têm a ver com o relacionamento existente entre Deus e o ser humano, como é o caso do batismo, a crença no homem como salvador, ou a necessidade de haver intermediários. No princípio base do Islam e na sua definição (a sujeição da vontade pessoal a Deus) encontram-se as raízes da universalidade do Islam. Sempre que o ser humano compreende que Deus é Uno e diferente da Sua Criação, a Ele submetendo-se, torna-se Muçulmano de corpo e alma, podendo a sua entrada no Paraíso vir a acontecer.

Consequentemente, qualquer pessoa, mesmo que se encontre no mais remoto dos locais à face da Terra, pode tornar-se Muçulmano, um dos seguidores da religião de Deus, o Islam, bastando para isso rejeitar o culto prestado à Criação e aceitar unicamente a Deus. No entanto, há que ter em conta que, para que a sujeição da vontade pessoal a Deus se verifique realmente, é necessário escolher constantemente entre o Bem e o Mal. De fato, Deus concedeu ao ser humano não apenas a capacidade de diferenciar o Bem do Mal, mas também o poder de escolher entre ambos. Esta concessão divina acarreta uma enorme e importante responsabilidade, nomeadamente o fato do ser humano ser responsável pelos seus atos perante Deus. Assim sendo, o ser humano deve esforçar-se ao máximo, de modo a praticar o Bem e evitar o Mal. Estes conceitos encontram-se assim expressos na última revelação:
«Na verdade, aqueles que crêem (no Alcorão), e aqueles que são Judeus, Cristãos e Sabeus enfim todos aqueles que crêem em Deus, e no Último Dia, e praticam o bem, terão a sua recompensa do seu Senhor; nenhum temor existirá neles, nem se afligirão.» (Alcorão, 2:62)

Se, por alguma razão, o ser humano rejeitar a última mensagem, depois desta lhe ter sido claramente explicada, encontra-se em grande perigo. O último dos Profetas disse o seguinte:
Aquele que, de entre os Cristãos ou Judeus, ouvir falar em mim, mas recuse afirmar acreditar naquilo que eu transmito, ao perecer nesta situação, encontrar-se-á entre os habitantes do Inferno. (Sahih Muslim [Tradução Inglesa], volume I, pág. 91, nº. 284) 

Reconhecer a Deus

A questão que aqui se coloca é a seguinte: podemos esperar que todos os povos acreditem no Deus Único e Verdadeiro, tendo em conta os vários meios, culturas e sociedades existentes? Para que as pessoas sejam responsabilizadas pelo culto a prestar ao Deus Único e Verdadeiro, é necessário que todas O conheçam e tenham acesso a esse conhecimento. A última revelação ensina que todos os seres humanos têm impresso nas suas almas o reconhecimento do verdadeiro e único Deus, como parte da própria natureza pela qual foram criados.

No sétimo capítulo do Alcorão (al-Aaraf, versículos 172-173), Deus explica que, quando criou a Adão, criou toda a sua descendência, à qual exigiu um juramento, dizendo:
«Não sou o vosso Senhor? Disseram: Sim, nós testemuhamo-lo». (Alcorão, 7:172)
Seguidamente, Deus explicou porque motivo havia exigido a toda a Humanidade que testemunhasse ser Ele o seu Criador e o Único e Verdadeiro Deus digno de ser adorado.

 Neste sentido, Deus disse o seguinte:
«Isso, para não dizerdes, no Dia da Ressurreição: Na verdade, nós não estávamos cientes disso» (Alcorão, 7:172)

Isto significa que nos é impossível afirmar que, naquele dia, não tínhamos idéia de que Allah é o nosso Senhor e que ninguém nos disse que O deveríamos adorar a Ele somente. Allah explicita-o ainda de forma mais concreta:
«Ou, para não dizerdes: Na verdade, foram os nossos pais que idolatravam e nós somos só a sua descendência, após eles; destruir-nos-ás, acaso, pelo que fizeram aqueles defensores da falsidade?» (Alcorão, 7:173)

Assim sendo, toda a criança nasce portadora de uma crença natural em Deus e com uma inclinação inata a adorá-Lo a Ele somente. Em Árabe, esta crença e inclinação inatas têm o nome de "Fitrah".

O Profeta Muhammad SAAS refere que Deus disse o seguinte:

Criei os meus servos dentro da verdadeira religião; contudo, o demônio faz com que eles se afastem. Do mesmo modo, o Profeta disse também: Toda a criança nasce em estado de Fitrah. Seguidamente, os pais fazem dela um Judeu, um Cristão ou um Zoroastriano. Se a criança for deixada só, ela adorará a Deus à sua própria maneira: contudo, todas as crianças são afetadas pelo meio que as circunda.

Assim sendo, do mesmo modo que a criança se submete às leis físicas, impostas à natureza por Allah, também a sua alma se submeterá naturalmente ao fato de que Deus é o seu Senhor e Criador. Todavia, se os pais tentam obrigá-la a seguir um caminho diferente, verifica-se que, nos primeiros estágios da sua vida, a criança não é suficientemente forte para resistir ou opor-se à vontade dos progenitores. Em tais casos, a religião seguida pela criança é aquela em que nasceu e segundo a qual é educada e, até uma determinada etapa da sua vida, Deus não a castigará pela religião professada

Os Sinais de Deus

Ao longo da vida de uma pessoa, desde que esta nasce até que falece, são-lhe revelados os sinais do único e verdadeiro Deus (árabe. Allah). Deus diz o seguinte no Alcorão:
«Nós mostrar-lhes-emos os Nossos sinais em todas as regiões (da terra) e neles mesmos, até que lhes seja esclarecido que ele (o Alcorão) é a verdade». (Alcorão, 41:53)
O que a seguir se apresenta, constitui um exemplo de como Deus se revelou a um homem através de um sinal, mostrando-lhe o quão errado ele estava, ao adorar a um ídolo. Na região a sudoeste da selva Amazônia, Brasil, América do Sul, uma tribo ergueu uma cabana para hospedar o seu ídolo, Skwatch, a quem consideravam ser o Deus supremo de toda a criação.

No dia seguinte à construção, um jovem entrou na cabana para homenagear o Deus. Enquanto estava prostrado perante aquilo que lhe haviam ensinado tratar-se do Criador e Sustentáculo do Mundo, um cão velho, pulguento e asqueroso, entrou na cabana, tendo o jovem erguido a cabeça mesmo a tempo de o ver urinar sobre o ídolo.

Escandalizado, o jovem correu-o para fora do templo; contudo, finda a fúria, percebeu que o ídolo não podia ser o Senhor do Universo. Deus tem que estar em outro lugar, concluiu ele. Por mais estranho que possa parecer, o fato do cão ter urinado sobre o ídolo foi, para o jovem, um sinal de Deus. O sinal continha a mensagem divina de que, aquilo que ele adorava, era falso.
Consequentemente, a este jovem foi dada a possibilidade de escolher: ou procurava o Verdadeiro Deus, ou continuava emaranhado no erro.
Allah menciona a busca de Deus empreendida pelo Profeta Abraão, como exemplo da boa orientação cedida àqueles que seguem os Seus sinais:
«E assim fizemos ver a Abraão o reino dos céus e da terra, para que ele se contasse entre os convictos. Quando a noite o envolveu, viu uma estrela e disse: Eis aqui o meu Senhor. Porém, quando esta desapareceu, disse: Não adoro os que desaparecem. Quando viu despontar a lua, disse: Eis aqui o meu Senhor. Porém, quando esta desapareceu, disse: Se o meu Senhor não me guiar, contar-me-ei entre os extraviados. E quando viu despontar o sol, disse: Eis aqui o meu Senhor; este é o maior. Porém, quando este se pôs, disse: Ó povo meu! Na verdade, não faço parte da vossa idolatria. Na verdade, eu dirijo a minha face para Quem criou os céus e a terra; sou monoteísta (hanif) e não me conto entre os idólatras». (Alcorão, 6:75-79)

Tal como antes referimos, foram vários os Profetas enviados as todas as nações e tribos, de modo a apoiarem a crença natural do ser humano em Deus e a sua inclinação inata para O adorar, e reforçarem a Verdade Divina contida nos sinais por Ele diariamente revelados. Embora muitos dos ensinamentos destes Profetas tenham sido distorcidos ao longo do tempo, partes destas mensagens de inspiração Divina mantiveram-se incorruptíveis e serviram para orientar a Humanidade na escolha entre o Bem e o Mal. A influência que estas mensagens desempenharam ao longo de várias épocas pode ser observada nos Dez Mandamentos da Torah Judaica, mais tarde adotados pelos ensinamentos Cristão, assim como na existência de leis contra o assassinato, o roubo e o adultério, presentes em várias sociedades do Mundo antigo e moderno.

Como resultado dos sinais de Deus enviados à Humanidade, juntamente com as revelações confiadas aos vários Profetas, a todo o ser humano foi cedida a oportunidade para reconhecer o Único e Verdadeiro Deus.
Consequentemente, a todas as almas é exigido que respondam pela sua fé em Deus e a aceitação da sua verdadeira religião, ou seja, o Islam, que significa a total submissão à vontade de Deus. 

 Conclusão

A apresentação precedente demonstrou como o nome da religião Islâmica encerra em si o seu princípio central, ou seja, a submissão a Deus. Revela também que, o nome Islam, e segundo as suas Escrituras Sagradas, não foi escolhido pelo Homem, mas sim por Deus. Do mesmo modo, demonstrou-se que apenas o Islam ensina a unicidade de Deus e dos Seus atributos, impondo o culto prestado a Deus somente, sem a existência de intermediários. Por último, e devido aos sinais revelados por Deus e à inclinação divinamente infundida no ser humano para O adorar, o Islam pode ser alcançado por toda a Humanidade, seja em que época for.

Resumidamente, o significado do nome Islam (submissão a Deus), o seu reconhecimento fundamental da unicidade de Deus, assim como o fato de ser acessível a todos, independentemente da época em que vivem, apóiam convincentemente a reivindicação Islâmica de que, desde os princípios dos tempos, e não obstante o idioma falado, esta era, e continuará a ser, a verdadeira religião de Deus.

Concluindo, rogamos a Allah, o Enaltecido, que nos mantenha no caminho certo para o qual nos orientou, e que nos conceda as Suas Benções e Misericórdia, visto ser Ele o mais Misericordioso. Que Allah, Senhor dos Mundos, seja louvado, e que a Paz e as Bençãos estejam com o Profeta Muhammad SAAS e com todos os Profetas de Deus e os seus seguidores.

Tanto o nome Jesus como o nome Cristo derivam do Hebraico, do Grego e do Latim. Jesus é a forma Portuguesa e Latina da palavra Grega Iesous, que em Hebraico diz-se Yeshua ou Yehoshua (Joshua). A palavra Grega Christos é a tradução do Hebraico Messiah, que significa O Anunciado

Que a paz esteja com ele: frase que é dita, em sinal de respeito, após mencionar-se o nome de qualquer um dos Profetas.



sexta-feira, dezembro 18, 2015

Cristãos e Muçulmanos têm mais semelhanças do que diferenças

Saúdo-vos com a saudação do Islão, "Assalam alaikum", (que a Paz esteja convosco), que representa o sincero esforço dos crentes por estender o amor e a tolerância entre as pessoas, seja qual for o seu idioma, crença ou sociedade.

Cristãos e Muçulmanos têm mais semelhanças do que diferenças, senão vejamos:

Jesus ensinou que há Um só Deus e apenas Deus Único deve ser adorado conforme se diz em Deuteronômio 6: 4: «Escuta, ó Israel! O Senhor, nosso Deus, é o Único Senhor»; Em Marcos 12:29: «Jesus disse: Ouve, Israel! O Senhor, nosso Deus, é o Único Senhor»; Marcos 12.32: «O escriba disse-lhe (a Jesus): ”Muito bem, Mestre, com razão disseste que Ele é Único e que não existe outro além d’Ele”». 

Os muçulmanos também acreditam dessa forma, conforme se lê no Alcorão 4:171: «Ó adeptos do Livro, não exagereis na vossa religião e não digais de Deus senão a verdade. O Messias, Jesus, filho de Maria, foi tão-somente um mensageiro de Deus e Seu Verbo, com o qual Ele agraciou Maria por intermédio do Seu Espírito. Crede, pois, em Deus e em Seus mensageiros e não digais: Trindade! Abstende-vos disso, que será melhor para vós; sabei que Deus é Uno. Glorificado seja! Longe está a hipótese de ter tido um filho. A Ele pertence tudo quanto há nos céus e na terra e Deus é mais do que suficiente Guardião».

Jesus seguia a lei e acreditava em todos os profetas, (ver Mateus 5:17 "Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim abrogar, mas cumprir.". Os muçulmanos fazem também o mesmo conforme se lê no Alcorão 3:84".Dize: Cremos em Deus, no que nos foi revelado, no que foi revelado a Abraão, a Ismael, a Isaac, a Jacó e às tribos, e no que, de seu Senhor, foi concedido a Moisés, a Jesus e aos profetas; não fazemos distinção alguma entre eles, porque somos, para Ele, muçulmanos. e 2: 285." O Mensageiro crê no que foi revelado por seu Senhor e todos os fiéis crêem em Deus, em Seus anjos, em Seus Livros e em Seus mensageiros. Nós não fazemos distinção entre os Seus mensageiros. Disseram: Escutamos e obedecemos. Só anelamos a Tua indulgência, ó Senhor nosso! A Ti será o retorno!"

A mãe de Jesus, Maria, vestia modestamente, cobrindo totalmente o seu corpo e usando um véu (hijab) conforme se diz em 1 Timóteo 2: 9"Que do mesmo modo as mulheres se ataviem em traje honesto, com pudor e modéstia, não com tranças, ou com ouro, ou pérolas, ou vestidos preciosos" , Gênesis 24: 64-65 " Rebeca também levantou seus olhos, e viu a Isaque, e desceu do camelo.E disse ao servo: Quem é aquele homem que vem pelo campo ao nosso encontro? E o servo disse: Este é meu senhor. Então tomou ela o véu e cobriu-se" .E I Coríntios 11: 6 "Portanto, se a mulher não se cobre com véu, tosquie-se também. Mas, se para a mulher é coisa indecente tosquiar-se ou rapar-se, que ponha o véu."  As mulheres muçulmanas vestem, modestamente, da mesma forma.

Jesus e outros profetas da Bíblia jejuavam 40 dias (ver Êxodo 34: 28 ("E esteve ali com o Senhor quarenta dias e quarenta noites; não comeu pão, nem bebeu água, e escreveu nas tábuas as palavras da aliança, os dez mandamentos", Daniel 10: 2-6 ("Naqueles dias eu, Daniel, estive triste por três semanas.Alimento desejável não comi, nem carne nem vinho entraram na minha boca, nem me ungi com ungüento, até que se cumpriram as três semanas.E no dia vinte e quatro do primeiro mês eu estava à borda do grande rio Hidequel;E levantei os meus olhos, e olhei, e eis um homem vestido de linho, e os seus lombos cingidos com ouro fino de Ufaz;E o seu corpo era como berilo, e o seu rosto parecia um relâmpago, e os seus olhos como tochas de fogo, e os seus braços e os seus pés brilhavam como bronze polido; e a voz das suas palavras era como a voz de uma multidão". 1 Reis 19: 8(" Levantou-se, pois, e comeu e bebeu; e com a força daquela comida caminhou quarenta dias e quarenta noites até Horebe, o monte de Deus. e Mateus 4: 1 ("2 E, tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome". 

Os Muçulmanos fazem também o mesmo durante o mês do Ramadão. Os muçulmanos são obrigados a jejuar 30 dias completos (ver Alcorão 2: 183 ".Ó fiéis, está-vos prescrito o jejum, tal como foi prescrito a vossos antepassados, para que temais a Deus.), e alguns ainda fazem mais jejuando, logo a seguir, um adicional de 6 dias para aumentar as suas recompensas. . Jesus ensinou a dizer "Paz seja nesta casa" ao entrar em casa (ver Lucas 10: 5 "E, em qualquer casa onde entrardes, dizei primeiro: Paz seja nesta casa.), e também para saudar o povo na casa com "a paz esteja convosco". Os muçulmanos fazem exatamente o que Jesus fez e ensinou. Quando entramos em nossas casas e nas casas de outros, dizemos "Bismillah" e também cumprimentamos com "Assalaamu alaikum" (que a paz esteja convosco

A circuncisão é primeiro dos 5 fitrah no Islão, por isso, os homens muçulmanos são ordenados para serem circuncidados. De acordo com a Bíblia, em Lucas 2: 21 "E, quando os oito dias foram cumpridos, para circuncidar o menino, foi-lhe dado o nome de Jesus, que pelo anjo lhe fora posto antes de ser concebido.", Jesus estava com oito dias de idade quando foi circuncidado. Na Torah, Allah / Deus declarou ao Profeta Abraão que é uma "aliança eterna" (ver Gênesis 17:13 "Com efeito será circuncidado o nascido em tua casa, e o comprado por teu dinheiro; e estará a minha aliança na vossa carne por aliança perpétua.). No versículo do Alcorão, 16: 123 (".E revelamos-te isto, para que adotes o credo de Abraão, o monoteísta, que jamais se contou entre os idólatras."), os muçulmanos são ordenados a seguir a religião de Abraão. 

O Profeta Muhammad (s.a.w.) disse: "O Profeta Abraão circuncidou a si mesmo quando ele tinha oitenta anos. 

Jesus falava aramaico e chamava Deus de "Elah", que é pronunciado como "Allah". Aramaico é uma antiga linguagem bíblica. É uma das línguas semíticas, que também incluem hebraico, árabe, etíope e antiga língua assíria e babilônica de Akkadian.

O aramaico "Elah" é igual ao arábico "Allah". O aramaico "Elah" é derivado do arábico "Allah", e significa "Deus". "Allah" em árabe também significa "Deus", o Supremo Deus Todo-Poderoso. Pode-se ver, facilmente, a semelhança na sua pronúncia de modo a que se conclui que o Deus de Jesus é também o Deus dos Muçulmanos, de toda a humanidade, e de tudo o que existe! 

Obrigado. Wassalam. M. Yiossuf Adamgy - 17/12/2015.

segunda-feira, novembro 30, 2015

Pequenos Sinais do Quiyamah (Dia do Juízo Final)

Aspectos da Moralidade Social

1º- Haverá muita hipocrisia, e a mentira será uma prática comum;
2º- Os homens obedecerão as suas mulheres e desobedecerão as suas mães, ou seja, darão preferência às suas mulheres do que as suas mães; 
3º- Serão mais generosos e terão mais consideração pelos amigos do que pelos pais; ou seja, não os ajudarão, não os sustentarão, enviá-los-ão para os lares de velhos, etc;
4º- A música, a dança e os instrumentos musicais, tornar-se-ão extremamente vulgares (amor por elas);
5º- A Modéstia e a Vergonha desaparecerão;
6º- Não se desejarão mais ter filhos. O Profeta Muhammad (que a Paz e Bênção de Deus estejam sobre ele); diz a esse respeito:

''Ao se aproximar o fim dos tempos, o homem achará melhor criar um cachorro do que criar um filho seu, não respeitará os mais velhos e não terá compaixão pelos mais novos. Os filhos frutos do adultério serão muitos, a ponto, de homem manter relações sexuais com a mulher nas sarjetas. Vestirão as peles de ovelhas, mas terão corações de lobo. Serão os mais parecidos possíveis com os hipócritas.'' (Al-Tabarani e Al-Hakim).

Já se nota isto um pouco por todo o lado, especialmente na sociedade Ocidental.

7º- A nova geração amaldiçoará a anterior;

8º- Numa família haverá pessoas que seguem diferentes religiões;

9º- Os fundos públicos serão considerados propriedades privadas;

10º- A opressão tornar-se-á dominante, as pessoas serão respeitadas pela sua força e temor da sua brutalidade e não pela sua justiça;

11º- As pessoas desejarão a morte por causa da prática de maldades (suicídios) e a falsidade tornar-se-á exuberante;

12º- Haverá muitas matanças entre as pessoas sem justificação (as guerras, assassinatos, etc);

13º- Os filhos desobedecerão e maltratarão os Pais, tratando-os como serventes e até as moças que em relação aos rapazes, normalmente são mais compassivas com as mães, tratá-las-ás como escravas. (Al Bukhari). 
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Aspecto Da Moral Individual

1º- A religiosidade e o conhecimento islâmico vai baixar apesar do progresso científico;

O Profeta Muhammad (que a Paz e Bênção de Deus estejam sobre ele); diz a esse respeito:

‘’Entre os sinais da aproximação da hora do Juízo Final, estão a existência de muitos leitores e poucos entendedores e de tantos Príncipes e tão poucos Probos.’’ (At-Tabarani).

No passado o saber era a demonstração da força da religião e a ignorância traduzia a sua fraqueza, porém, o inverso é o que acontecerá no final dos tempos assim como diz o Profeta Muhammad (que a Paz e Bênção de Deus estejam sobre ele):

‘’Haverá no final dos tempos adoradores ignorantes e leitores corruptos.’’ (Al-Hakim)

2º- A ignorância dominará as pessoas;

3º- As mulheres usarão vestuário provocantes, isto é, sexualmente atrativo, provocador e farão as suas cabeças serem semelhantes às corcovas dos camelos (nos penteados);

O Profeta Muhammad (que a Paz e Bênção de Allah estejam sobre ele); disse a esse respeito:

‘’As mulheres estarão vestidas, mas ao mesmo tempo nuas.’’

Isto é; com vestuário leve e transparente, muito apertado ou seminuas.

Ninguém imaginou no passado que inclusive as mulheres haveriam de se despir e de se utilizarem de todos os meios para excitarem os desejos dos homens estranhos.

Presentemente nota-se a onda de nudismo por todo o lado, apesar da abundância das roupas e fartura de tecido, e vestuários cuja função é precisamente tapar aquilo que se acha despido. Essas vestes apertadas ou leves e transparentes revelam uma grande parte do corpo da mulher. Verifica-se mais isso nas praias e nas piscinas mistas frequentadas pelas mulheres sem as suas roupas e vestuários, com o corpo nu, exceto a sua região pubiana e parte dos seios. Estas são as tais mulheres que estão vestidas e simultaneamente nuas.

O Profeta Muhammad (que a Paz e Bênção de Allah estejam sobre ele); disse:

‘’Dois tipos de gente d'entre a minha nação, que eu não vi, estarão no fogo: pessoas que trazem consigo chicotes como os rabos de bovinos com os quais eles chicoteiam o povo e mulheres vestidas, nuas, requebrantes e que fazem requebrar, cujas cabeças parecem corcovas balançantes de camelos.’’ (Muslim)

4º- As mulheres imitarão os homens e vice-versa (Al-Hiliya). Isto pode ser no comportamento, na aparência, nas vestes, etc;

5º- Haverá um aumento considerável na homossexualidade entre homens e mulheres;

6º- O adultério e a fornicação serão vulgarizados a ponto de serem exibidos e praticados em praças e locais públicos.

(Exibições de filmes pornográficos e de instrumentos de pecado, fomentados por todos os meios de comunicação).

Nunca se cometeu tanto pecado nesta terra como em nossa época, com uma grande tendência de piorar.

terça-feira, novembro 17, 2015

Atentado em Paris — Guerras e jihadismo, Razões mundanas, Desculpas divinas !...

Prezados Irmãos, 

Saúdo-vos com a saudação do Islão, "Assalam alai-kum", a Paz esteja convosco), que representa o sincero esforço entes por estender o amor e a tolerância entre as pessoas, seja qual for o seu idioma, crença ou sociedade. 

A paz mundial é a única solução para ter um mundo melhoremos expressar a nossa rejeição total e trabalhar 
juntos, juntos para a Paz, Democracia e Coexistência. São momentos de cidadãos da União contra a barbárie e selvageria desses grupos terroristas que usam a violência e o terror para atingir os seus objectivos.

Para além da análise, as reivindicações e a dor causadas a toda a sociedade, devemos expressar, conjuntamente, a nossa rejeição a tais actos desumanos que espalham o terror, a corrupção e a desconfiança entre os cidadãos.

Dizemos-lhes que queremos a paz e somos contra este tipo de acções violentas que ameaçam a vida humana, de forma indiscriminada.

Dizemos-lhes que não profanem uma religião praticada por 1.600 milhões de pessoas. E mesmo que eles façam e pervertam esta bela oração "Allah Hu Akbar" cada vez que querem, nas suas bocas não terá nenhum valor e nem representará a grandeza divina do Criador ou o valor positivo que representa o Islão para a humanidade. Eles são terroristas, sem justificação nem qualquer apoio.

Condenamos, veementemente, os ataques em Paris e, com a mesma veemência, condenamos todos os massacres e atrocidades cometidas em todos os cantos deste mundo, apelando à consciência humana para tratar todas as pessoas da mesma maneira, porque ouvimos pouco sobre o que está a acontecer na Birmânia e na Palestina ou nalguns países africanos, com a participação de grandes países, através de armamento, participação directa ou intervenções militares e participação indirecta através do silêncio e negligência. 

O ser humano merece viver em paz, independentemente de raça, credo ou cor. 

Não ao que aconteceu em Paris. 

Não ao que se passa na Palestina. 

Não ao que ocorre na Síria.

Não ao que acontece no Iraque.

Não ao que ocorre no Afeganistão

Não ao que se passa na Birmânia. 

Não e não aos massacres, não às atrocidades, não ao egoísmo e não à hipocrisia. 

Ninguém deve ser outro, mas sim o respeito mútuo. erecemos viver num mundo melhor.

A guerra não é a solução, mas a base de todos os problemas.

A guerra não é a solução, mas a base de todos os problemas. “O medo da guerra é ainda pior do que a própria guerra”. “No meio das armas, as leis são silenciosas”. 

É frequente ouvirmos as “razões mundanas” que justificam a guerra e as “desculpas divinas” que justificam o terrorismo. «A fé é uma restrição contra a violência, não permitas que crente algum pratique actos violentos». 

Profeta Muhammad (p.e.c.e.). (Abu Dawud). Mais uma vez dizemos que o Islão não justifica, não permite, não exalta, não promove a violência e o terrorismo, mas sim que os condena. O século XXI é, graças às redes sociais, o século da interacção aberta entre milhões de pessoas e o ruído é tal que ninguém verdadeiramente lê, escuta, rectifica ou reflecte. O Mundo inteiro “sabe”, sabemos, o que se passa, e por isso é fácil falar, explicar ou justificar o caos em que vivem muitos dos países de maioria Muçulmana. É ainda mais fácil, comodamente sentado no gabinete, decidir e planear intervenções militares para lutar contra o extremismo islâmico, a milhares de quilômetros de distância, em lugares exóticos denominados Síria, Iraque, Egipto, Líbia, Paquistão, Afeganistão, Iémen…; países esses identificados como tratando-se de uma sociedade (muulmana) homogénea, retrograda e incapaz de transformar-se, interagir e responder aos actos “ali” desenvolvidos pelos países ocidentais. 

E, caso respondam, deveriam fazê-lo mostrando gratidão. Recordemos como, graças ao Ocidente e à sua 
intervenção em 2003, o povo Iraquiano se libertou do ditador Saddam Hussein. Os milhões de mortos, os 3,5 milhões de refugiados, a divisão sectária do país entre Xiitas e Sunitas, a perseguição às minorias religiosas e o colapso econômico, político, cultural e institucional pareciam ser o preço justo que a sociedade 

Iraquiana pagava pela sua liberdade. Nada mais longe da realidade, como acabamos de ver em Paris. Após ver sufocada e extinta, por poderes econômico financeiros, a esperança de uma Primavera Árabe, o Iraque canalizou o imenso sofrimento e injustiça desta guerra com mais sorte, mais destruição, mais violência, ou seja, com o Estado (anti) Islâmico (ISIS). Uma obviedade que, por fim, Tony Blair reconheceu recentemente em entrevista à CNN (e divulgada em Portugal): “sem a guerra do Iraque, o ISIS não existiria”. Uma confissão que nos confirma o que já sabíamos: as armas de destruição em massa, argumento para justificar a guerra, não existiam…

Afeganistão, Paquistão, Síria, Líbia, Egipto, Tunísia, Nigéria,…repetem-se os erros. O drama continua e estende-se. Antes era ali, agora é aqui, contudo, a vítima é sempre a mesma: a pluralidade e a diversidade de uma sociedade civil aniquilada por sonantes discursos geopolíticos e interpretações religiosas hipócritas 
que partilham o mesmo objectivo: o poder, o dinheiro. 

Quão fácil se tornou desprestigiar o Islão e os Muçulmanos utilizando o adjectivo: “Islâmico”, quando o que se deveria ter feito era proceder a uma análise do alcance e das ambições do substantivo: “Estado” e analisar como se financia e a quem vende o petróleo, como difunde a sua ideologia nas redes sociais, como se organiza internamente e como tem acesso ao armamento. 

E, contudo, o grande drama nesta triste história não é apenas a dissolução progressiva da pluralidade mas, especialmente, a desumanização crescente que afecta algumas das sociedades contemporâneas, desprovidas de toda uma visão compassiva e solidária para com a dor alheia. Não somos pessoas, mas categorias: Muçulmano/Ocidental, Descrente/Jihadista, Sírio/Francês, Euopeu/Imigrante, Sunita/Xiita, habilmente manipuladas por meio de discursos de vitimização: “atacaram-nos/invadiram-nos” e de supremacia “somos melhores”. 

O objectivo último desta desumanização é a criação de uma identificação grupal e o despertar de um sentimento de vingança contra ataques reais ou imaginários, que facilite a nossa transformação em drones telecomandados face à guerra e à luta ou, pelo menos, em espectadores impassíveis perante assassinatos e injustiças impingidos a terceiros. 

“A morte de qualquer ser humano diminui-me, porque sou parte integrante da Humanidade; portanto, não perguntes nunca por quem dobram os sinos: dobram por ti”. – John Donne. 

Após analisar as reacções aos recentes atentados sofridos por Bagdade, Beirute, Paris, Iraque, Nigéria, Iémen ou o avião russo derrubado na Península do Sinai, algo nos faz desconfiar que temos interpretado John Donne em sentido restrito: os sinos apenas dobram por nós, pelos mortos que são “nossos”, porque não somos parte integrante da Humanidade pela paz, mas pela guerra. 

O pânico que a população civil sofre em muitos países Muçulmanos chega à Europa como um boomerang, tingindo de sangue o nosso quotidiano. A guerra já aqui está: “trata-se de um acto de guerra”, afirmou François Hollande após os atentados de Paris. 

Após 14 anos de intervenções e guerras em diversos países árabes, sabemos que os tanques, os drones ou os bombardeamentos aéreos não impulsionam a paz nem a estabilidade e nem estabelecem a democracia, mas que destroem países e sociedades, criam monstros como o ISIS e originam milhões de refugiados, transformando o Mediterrâneo numa imensa vala comum e as nossas casas em alvo directo dos terroristas.

Continuar a outorgar a primazia da resolução dos conflitos pela solução militar, seguir a doutrina Bush após o 11 de Setembro, apenas pode ser explicado pela poderosa influência da indústria do armamento: 3% do PIB mundial destina-se a despesas militares, enquanto quase metade da população mundial, 2.800 milhões de pessoas, vivem com menos de dois dólares por dia. 

A guerra não é a solução, mas a base de quase todos os problemas. Ouvimos demasiadas vezes as “razões mundanas” que justificam a guerra: paz, democracia, estabilidade, direitos humanos; e as “desculpas divinas” que justificam o terrorismo: “é uma ordem Alcorânica”, os inimigos são infiéis”, “os terroristas suicidas irão para o Paraíso”. A guerra defende-se, desajeitadamente, com valores seculares a Ocidente e um vazio radicalista religioso a Oriente. 

Tudo é mentira. Razões mundanas e desculpas divinas, máscaras cínicas que, ao longo da História, ensombraram o Mundo e semearam a Terra de violência e corrupção, ocultando os seus espúrios interesses materialistas. Nas guerras do século XXI apenas os métodos mudaram. As novas tecnologias e o uso de drones esbatem a realidade e convertem a guerra num videojogo, na crônica de uma morte anunciada e emitida pelo YouTube. A guerra é um jogo e o jogo é, cada vez mais, a guerra. 

“Esta vida terrena não é senão jogo e diversão; na verdade, a Derradeira Morada (a morada no outro mundo, essa sim, é a verdadeira vida. Se o soubessem!…” (Alcorão, 29:64). 

Maravilhoso seria este mundo se, como disse um Cheikh deveras sábio, a única guerra fosse contra o ego. Penso nisso quando, de repente, percebo uma ligeira brisa e olho para o Céu. Ali percebo o voo de um falcão branco que me sussurra um belo hadith: 
«O que tenho a ver com este mundo? Sou como um peregrino que se refugia sob a sombra de uma árvore e logo retoma o seu caminho». – Profeta Muhammad (paz esteja com ele) - Ahmad 1/391, At Tirmidhi (2377). 

Proclamação do Alcorão há 1400 anos . No Alcorão, o Livro revelado a Humanidade como um guia, que tem 1400 anos, Deus ordena aos muçulmanos para adquirir uma excelência no comportamento ético e moral, baseado em valores como a paz, a tolerância, a misericórdia ou a compaixão. Por isso, é de destacar algumas referências Alcorânicas autênticas, que revelam os valores promovidos pelo Islão contra os actos terroristas que têm sido levados a cabo por estes selvagens, que também são inimigos dos muçulmanos:

1- "E Caim disse: «Juro que te matarei» (05:27). Abel respondeu: «Ainda que levantasses a mão para assassinares-me, jamais levantaria a minha para matar-te, porque temo a Deus, Senhor do Universo». E Deus disse: "Nós decretamos para os Filhos de Israel que quem matar um ser humano, sem que este tenha cometido homicídio ou semeado a corrupção na terra, será considerado como se ele tivesse assassinado toda a humanidade; e quem salvar uma vida, será considerado como se tivesse salvado toda a humanidade” (5:32). "Sabei que Deus não guia àqueles que deliberadamente fazem o mal". (9:109).

2- "Aqueles que praticam o bem obterão o bem e ainda algo mais; nem a poeira, nem a ignomínia embaciarão o brilho dos seus rostos. Eles serão os diletos do Paraíso, onde morarão eternamente". (10:26).

3- "…E sê amável, como Deus tem sido para contigo, e não semeies a corrupção na terra. Na verdade Deus não ama os corruptores". (28:77).

4- "Jamais poderão equiparar-se a bondade e a maldade! Retribui (ó Muhammad) o mal da melhor forma possível, e eis que aquele que nutria inimizade por ti converter-se-á em íntimo amigo!" (41:34).

5- "E a recompensa de má acção é má acção igual a ela; mas, quanto àquele que indultar (possíveis ofensas dos inimigos) e se emendar, saiba que a sua recompensa pertencerá a Deus. Na verdade, Ele não ama os agressores." (42:40).

Proclamação do Profeta Muhammad (p.e.c.e.) no início do Islão A seguinte proclamação também tem mil e quatrocentos anos. É praticamente desconhecida no Ocidente e foi ditada pelo Profeta Muhammad (as bênçãos e a paz estejam sempre com ele) e nela encontram-se impressas as normas que deveriam regular a convivência pacífica entre Muçulmanos e não-Muçumanos; uma mentira clara para os que procuram identificar o terrorismo e o fanatismo ao Islão. Este é o comportamento do verdadeiro Muçulmano: 

Que protegerei todos os refugiados que cheguem aos meus portos, sejam de onde for, longe ou perto, tanto em tempo de paz, como de guerra”. 

“Que, para além de uma vida tranquila, asseguro-lhes a sua própria defesa, a dos seus templos e mosteiros, das suas capelas e abadias, residência colectiva ou particular dos seus monges e a segurança das estradas aquando das suas deslocações, não obstante o local onde queiram viver e em todo o lugar onde vivam”. 

“Que defenderei a sua religião e a sua propriedade, seja em que sítio for e a forma como se encontram, do mesmo modo que o faria comigo mesmo, pela minha religião, pelos que me são próximos e pelos seus pertences, e que mesmo assim lhes darei cobertura contra qualquer dano, desentendimento, imposição ilícita ou responsabilidade ilegítima, protegendo-os de qualquer potência estrangeira que os pretenda atacar com toda a minha força, com a minha própria pessoa e com a dos meus, sejam soldados ou civis, sem ter em conta o poder do inimigo”. 

“Que desde que os considere sob a minha protecção e abrigo, preconceito algum os atingirá, seja em que forma for, sem primeiro atingir dignatários, responsáveis pela defesa nacional”. 

“Que, a partir de agora, não se forçará sacerdote Cristão algum a renunciar às suas vestes, nem indivíduo algum a abandonar a sua fé; do mesmo modo, não se dificultará o trabalho dos monges no exercício da sua profissão, e nem serão obrigados a abandonar os seus mosteiros e a suspender as suas viagens missionárias”. 

“Que não será demolida, nem mesmo uma fracção mínima dos seus templos; pois, quem tal fazer, quebrará a promessa solene dada em nome de Deus, desobedecerá o Profeta e atraiçoará abertamente a felicidade da sua consciência”. 

“Que no que respeita aos impostos, decorrentes de negócios pertencentes aos Cristãos ou a outras crenças, e caso algum deles adquira bens móveis ou imóveis, com o compromisso deles beneficiar da sua exploração ou arredamento, não pagarão impostos maiores do que os já suportados pelos Muçulmanos”. 

“Que os Cristãos sejam considerados, no que respeita a debates de consciência, iguais aos nossos, sem que estejam obrigados a sair com os exércitos nacionais ao encontro do inimigo e nem lutar em situação de guerra”. 

“Que Cristão algum seja obrigado a converter-se à religião do Islão; e nem a sua fé seja discutida, a não ser pelo uso de termos afáveis, devendo ser tratados por todos os Muçulmanos com misericórdia e carinho, que os deverão proteger contra qualquer dano ou prejuízo, onde quer que estejam e seja qual for a situação em que se encontram”. 

“Que os Muçulmanos não contribuam para o fracasso dos Cristãos, seja que fracasso for, e que nem lhes seja negada a colaboração necessária e nem tão-pouco sejam molestados aquando do momento da sua oração”. 

“Que por intermédio desta promessa divina lhes sejam concedidas as mesmas regalias de que usufruem os muçulmanos, assumindo-se, por consequência, a obrigação de os proteger contra qualquer inconveniente e prover ao seu benefício, para que sejam verdadeiros cidadãos, solidários nos seus direitos e deveres comuns”. 

“Que, no que respeita ao matrimônio, uma adepta do Livro não será obrigada a desposar um Muçulmano e nem será contrariada caso resista à corte, visto ser indispensável o seu prévio consentimento; e, caso o enlace se realize, o marido deverá dar liberdade à esposa para que esta pratique a sua fé, sem em caso algum obrigá-la a abjurar à sua religião e nem opor-se, caso sejam estes os seus desejos, pois, todo o acto contrário a estes postulados, colocá-lo-iam entre os falaciosos, violadores da promessa de Deus e da palavra do Seu Profeta”. 

“Que caso os Povos do Livro necessitem construir ou reformar os seus templos, capelas ou lugares santos, ou qualquer outra acção de interesse para o culto por eles praticado, seja prestada, a pedido dos mesmos, a ajuda técnica ou econômica correspondente, sendo este acto considerado como um simples acto de beneficência, de acordo com a promessa dada pelo Profeta e ajustado às regras que Deus impôs a todos os Muçulmanos”. 

“Que em caso de guerra não sejam obrigados a servir de emissários, guias ou observadores quanto ao campo inimigo, e nem a nenhuma actividade de carácter bélico; e, caso alguém lhes o exige, individualmente ou em massa, fazer o contrário, pois tal exigência será considerada um desacato à palavra profética e desobediência ao seu testemunho”. 

“Quem quer que viole as condições predefinidas será considerado um renegado de Deus e da promessa solene feita pelo Profeta Muhammad aos sacerdotes e monges Cristãos, com o testemunho da nação”. 

“Este é um mandato inelidível contraído pelo Profeta em seu próprio nome e em nome de todos os Muçulmanos, e a cuja observação estão obrigados de modo estrito até ao Dia da Ressurreição e Fim do Mundo”. 

Este é um símbolo de tolerância teológica , filosófica VERDADEIRA. Esta é a nossa doutrina. Não a dos fanáticos terroristas, patrocinados eventualmente pelo Ocidente, que dizem representar-nos. O que implica que os meios de comunicação em massa tendenciosos os elevem à categoria de verdadeiros Muçulmanos, apenas para confundir. 

Que o Deus Uno e Único, Infinito e Eterno, nosso Criador, Omnipotente, Beneficente e Misericordioso nos 
proteja a todos. Amém.

Obrigado. Wassalam.

M. Yiossuf Adamgy - 15/11/2015.

segunda-feira, outubro 05, 2015

O Tempo na Visão Divina e Humana

Kairos (καιρός) é uma antiga palavra grega que significa “o momento certo” ou “oportuno”. Os gregos antigos tinham duas palavras para o tempo: chronoschronos e kairos. Enquanto o primeiro refere-se ao tempo cronológico, ou sequencial, esse último é um momento indeterminado no tempo em que algo especial acontece. É usada também em teologia para descrever a forma qualitativa do tempo, o “tempo de Deus”, enquanto chronos é de natureza quantitativa, o “tempo dos homens”.

Em síntese pode-se dizer que o tempo humano (medido) é descrito em horas e suas divisões e anos em suas divisões. Enquanto que o termo Kairós que descreve “o tempo de Deus” não pode ser medido e sim vivido… (Extraído da Wikipédia).

Todos nós ouvimos falar dos últimos tempos, de que Cristo está voltando. Talvez você esteja no auge dos seus 50 ou 80 anos e desde criança tem ouvido falar da volta do JESUS CRISTO.(AS).  Talvez você até zombes disto ou nem se importa.

“Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará. Porque o que semeia para a sua própria carne da carne colherá corrupção; mas o que semeia para o Espírito do Espírito colherá a vida eterna” Gl 6:7-8

Tenha uma coisa em mente: o tempo de Deus não é o tempo do homem. Deus é eterno e o homem é efêmero. O homem morre Deus sempre existiu e nunca cessará. Os companheiros do Profeta Mhammade SAAS, entraram em comoção quando ele acabou de morrer. Então Abu Bakr (RAA) adentrando-se no local disse: "Adoradores de Muhammad, Muhammad está morto, Adoradores de Allah, Allah vive e jamais morrerá"!

Mas a misericórdia do SENHOR é de eternidade a eternidade” Sl 103:17
O texto acima retirado da Wikipédia é a mais pura e cristalina realidade. O tempo dos homens é medido em frações, segundos, minutos, dias, meses, anos, presente, passado e futuro, sequencialmente. É a cronologia humana.

Quando você lê as Escrituras Sagradas você entende que para Deus não existe passado, presente ou futuro. Ele não está preso ao tempo. Ele não precisa acessar um arquivo para lembrar-se de acontecimentos passados. Todos os acontecimentos estão diante dEle, ao mesmo tempo, tão potencialmente reais como se eles tivessem acontecido naquele instante.

O futuro para Ele não é uma incógnita. Não há sombra de dúvida, não há mistérios insondáveis para Ele. O presente não lhe traz nenhuma surpresa. Ele sabe de tudo antes mesmo que os acontecimentos venham à luz.
Se você acha que essa história de que Jesus Cristo está voltando é algo de gente antiga, algo esquecido no tempo veja o texto sagrado que fala um pouco sobre o tempo na ótica divina:

Havendo Deus, outrora falado muitas vezes e de muitas maneiras pelos profetas, nestes últimos dias, nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, pelo qual também fez o universo” Hb 1:1-2
Veja bem que Deus considera a época em que Ele mesmo esteve aqui na Terra como sendo o tempo dos “últimos dias”. E isto já faz 2015 anos! Para Deus, já faz 2015 anos que os últimos dias deram início!

Para o SENHOR um dia é como mil anos e mil anos como um dia. Não retarda o SENHOR a sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, Ele é longânime para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento” 2 Pe 3:8-9

Entende agora como Deus vê as coisas completamente diferentes do que nós?

É mais do que hora de abraçar a causa de Deus e deixar que Ele governe definitivamente às nossas vidas.

“Porque o dia do SENHOR dos Exércitos será contra todo soberbo e altivo e contra todo aquele que se exalta, para que seja abatido; contra todos os cedros do Líbano, altos, mui elevados; e contra todos os carvalhos de Basã; contra todos os montes altos e contra todos os outeiros elevados; contra toda torre alta e contra toda muralha firme; contra todos os navios de Társis e contra tudo o que é belo à vista. A arrogância do homem será abatida, e a sua altivez será humilhada; só o SENHOR será exaltado naquele dia” Is 2: 12-17.

O Alcorão e as tradições do profeta Muhammad (SAAS) deixam claro que o Islã considera o tempo um recurso muito valioso.  Os crentes são encorajados a conscientizarem-se do tempo, reconhecer sua importância e organizá-lo de forma sábia.  Se os seres humanos não desperdiçarem ou abusarem do tempo, mas pensarem nele como uma bênção de Deus terá toda a razão para esperarem sucesso nessa vida e na vida futura.
“Pela era,  Que o homem está na perdição,  Salvo os crentes, que praticam o bem, aconselham-se na verdade e recomendam-se, uns aos outros, a paciência e a perseverança!" (Alcorão 103)

O profeta Muhammad instruiu seus seguidores e, consequentemente, os crentes a conhecerem e valorizarem a importância do tempo nas seguintes tradições:
A humanidade permanecerá de pé no Dia do Juízo até que seja perguntada sobre quatro coisas: sua vida e como a viveu; sua juventude e como a usou; seus bens e como os adquiriu e gerenciou; seu conhecimento e como o utilizou.

Existem dois dos favores de Deus que são esquecidos por muitas pessoas: saúde e tempo livre.[3]
O Islã nos ensina que o tempo passa muito rápido e não pode retornar nunca. É irrecuperável.  É a dádiva mais preciosa que a humanidade possui e pode ser tirada de nós a qualquer momento.  Deus é o Doador, mas também é o Limitador.  O tempo passa rapidamente e Deus nos lembra no Alcorão que os meses e anos passam, mas quando estivermos diante Dele no Dia do Juízo nosso tempo na terra parecerá como se tivéssemos vivido, sonhado e adorado por menos de um dia.
“Um deles disse: Quanto tempo permanecestes aqui? Responderam: Estivemos um dia, ou parte dele! Outros disseram: Nosso Senhor sabe melhor do que ninguém o quanto permanecestes.”   (Alcorão 18:19)
"Responderão: Permanecemos um dia ou uma parte de um dia.   Interrogai, pois, os encarregados dos cômputos." (Alcorão 23:113)

Um crente não deve desperdiçar tempo precioso em coisas que não o aproximarão de seu Criador.  Ações que não o beneficiam ou à sua sociedade ou à humanidade em geral, são ações desperdiçado, tempo perdido.  O Islã categorizou as coisas de acordo com o seu nível de importância.  Os primeiros muçulmanos costumavam capturar e usar cada segundo de seu tempo.
Thabit Al-Bunany disse: "Quando meu pai estava em seu leito de morte, fui ajudá-lo a pronunciar o testemunho de que não há divindade merecedora de adoração, exceto Allah, mas ele disse: 'Filho! Deixe-me sozinho, porque recitei todas as minhas súplicas cinco vezes e estou no sexto ciclo agora."

O profeta Muhammad também disse a seus seguidores: "Não amaldiçoe o tempo (al-dahr) porque foi Deus Quem preparou o tempo." [4] Imam An Nawawi comentou sobre isso dizendo que o significado da frase "porque foi Deus Quem preparou o tempo" significa que é Ele Quem faz com que eventos e acidentes ocorram e é o Criador de tudo que acontece.

Aqueles que entendem o valor do tempo devem esforçar-se para organizar seu tempo e fazer planos realistas.  A vida inteira de um crente pode ser considerada adoração quando aquela pessoa está consciente de fazer apenas o que agrada a Deus.  As obrigações religiosas devem ser a prioridade. Entretanto, Deus é generoso e o tempo que parece voar quando estamos ocupados com nossos afazeres torna-se cheio de bênçãos quando o estamos usando para agradar nosso Criador.

As palavras de Deus no Alcorão e a mensagem do profeta Muhammad aos crentes são claras e é dito à humanidade que se conscientize do tempo.  Deus nos lembra de que a vida nesse mundo é temporária e não sabemos o momento designado de nossa morte.  Como crentes não devemos desperdiçar ou abusar do tempo, mas sim valorizá-lo como uma bênção de Deus.  Devemos compreender que desperdiçar um único momento é uma oportunidade perdida que nunca retornará.  Quando nosso tempo nesse mundo terminar não haverá volta e seremos responsabilizados por tudo que fizemos. O tempo é muito precioso! 
Bibliografia:
[1] Bíblia - Almeida Corrigida e Revisada Fiel
[2] Uma música motivacional - autor anônimo
[3] Saheeh Al-Bukhari
[4] Saheeh Muslim 

Fonte:  http://www.islamreligion.com/pt/articles/4155/o-valor-do-tempo/
 (Wikipédia)