quinta-feira, março 29, 2012

Injustiça - Parte II

Em Nome de Allah O Misericordioso O Misericordiador
Louvor a Allah, O Senhor dos mundos. A Ele solicitamos ajuda e orientação. Nos refugiamos em Allah contra o mal de nossas almas e de nossas más condutas. Aquele aquém Allah guiar ninguém poderá desencaminhar e aquele aquém Allah desencaminhar ninguém poderá guiar. A Ele louvamos e glorificamos, Ele é O Justo, O Sutilíssimo, O Onisciente, O Possuidor do Trono, O Excelso, O Sublime.

Testemunhamos que não há divindade exceto Allah, O Único e sem parceiros. E testemunhamos que Mohammad é Seu servo e mensageiro; o escolhido dentre Suas criaturas divulgou a mensagem, aconselhou a nação e aboliu a injustiça. Que a paz e bênçãos de Allah esteja com Seu servo e mensageiro, com seus familiares e companheiros, e todos que seguirem seus passos com perfeição até o Dia Derradeiro.

A demais, (Ó vós que credes! Temei a Allah como se deve temê-lO, e não morrais senão como muçulmanos.)

Caros irmãos, Allah proibiu a injustiça entre os seres humanos, e Ele O Justo demonstrou a Sua ira com os injustos em várias passagens de Seu Livro, e em uma delas, na surat Yunis, Allah diz, 54: (E, se cada alma injusta tivesse o que há na terra, ela resgatar-se-ia, com isso. E Eles guardarão segredo do arrependimento, quando virem o castigo, e arbitrar-se-á, entre eles, com equidade, e eles não sofrerão injustiça.) E isto significa que o Injusto não será capaz de salvar sua alma do castigo de Allah, no dia do Juízo Final, nem que pudesse doar tudo o que há na terra em troca de sua salvação. Isto por que a Injustiça é algo horrível aos olhos de Allah.

Foi relatado por Abi Dhar Alghifari o seguinte relato sagrado:

“Ó servos Meus! Eu proibi a injustiça para Mim e a fiz proibida entre vós, portanto, não sejam injustos com os outros. Ó servos Meus! Todos vocês encontram-se desviados exceto aqueles quem Eu guiar, portanto busquem a diretriz em Mim que Eu vos guiarei. Ó servos Meus! Todos vocês encontram-se famintos exceto aqueles quem Eu alimentar, portanto busquem o alimento em Mim que Eu vos alimentarei. Ò servos Meus! Todos vocês encontram-se despidos exceto quem Eu o vestir, portanto busquem as vestes em Mim que Eu vos vestirei. Ò servos Meus! Todos vocês cometem pecados durante o dia e durante a noite; e Eu perdoo todos os pecados, portanto busquem o perdão em Mim que Eu vos perdoarei. Ò servos Meus! Todos vocês são incapazes de Me causar algum mal ou Me proporcionar algum beneficio. Ó servos Meus! Se desde o primeiro dentre vos até o ultimo dentre vos, e todos humanos juntos e todos os espíritos juntos fossem como o mais religioso dos corações dentre vós; isso, não aumentaria em nada o Meu reino. Ó servos Meus! Se desde o primeiro dentre vos até o ultimo dentre vos, e todos humanos juntos e todos os espíritos juntos fossem como o mais perverso e nocivo dos corações dentre vós, isso não diminuiria em nada o Meu reino. Ó servos Meus! Se desde o primeiro dentre vos até o ultimo dentre vos, e todos humanos juntos e todos os espíritos juntos ficassem no mesmo local e Me pedissem, e se Eu agraciar cada um deles todos os seus anseios e desejos. Então isso não reduziria o que Eu possuo, exceto a mesma porção de água que é retirada do mar com o mergulho de uma agulha. Ó servos Meus, isto é nada mais que seus atos que Eu relato para vocês e depois Eu os recompenso de acordo com vossas ações. Portanto, aquele que achar melhor louvar ALLAH ;que o faça, e aquele que achar algo melhor que isto; pois que não culpe ninguém a não ser a si mesmo.¨

Allah é verdadeiro em Suas Magníficas Palavras, caros irmãos, esta narrativa sagrada é um convite de Deus O Misericordioso O Perdoador para os muçulmanos abandonarem e se afastarem de todas as formas de injustiça; e buscarem a Misericórdia de Deus na pratica das boas ações.

Do ponto de vista de nossa religião, a injustiça ou opressão significa transpassar os limites definidos e impostos por ALLAH, louvado seja, e rejeitar as orientações das tradições do Seu Mensageiro (s). E ao transpassar esses limites o individuo pode ser injusto com ele mesmo ou com terceiros. Ser injusto com nós mesmo é uns dos piores tipos de injustiça, pois se transpomos os nossos limites desrespeitamos os direitos alheios. A esse respeito disse o Mensageiro de ALLAH (saaws): “Quem é injusto com as pessoas é notável que é injusto; porém quem é injusto com si mesmo é mais injusto ainda.” ALLAH, O JUSTO, nos impõe em Seu Livro Sagrado Leis que aperfeiçoam o caráter humano em todos as formas de relacionamento e assim nos protege da injustiça. 

ALLAH também nos proibiu a pratica de tudo que é considerado ilícito, como mentir, roubar, prestar falso testemunho, ser negligente nas obrigações religiosas etc. Por isso meus irmãos devemos ter muito cuidado no nosso dia a dia, e em nossos relacionamentos sociais e comerciais para que nenhuma injustiça alcance nossas atividades. Normalmente o injusto busca a qualquer custo o enriquecimento, a ostentação e o poder para se destacar na sociedade. O Injusto teme a pobreza mais do que a morte e o prestar de contas no dia derradeiro.

E sobre a verdadeira pobreza Abu huraira relatou que ouvira o Mensageiro de Allah (s) perguntar seus companheiros: ¨Vocês sabem quem é o pobre! Eles responderam: O pobre entre nós é aquele que não tem nenhum dirham e nem posses. O Profeta disse: O pobre da minha nação será aquele que no dia da ressurreição virá com suas orações, jejum e caridade mas ele encontrar-se-á falido nesse dia por ter praticado abusos e injustiça contra outros, tais como calunia, consumir as posses de outros, derramar sangue de outros e agredir os outros. E por isso suas boas ações serão creditadas para quem sofreu em suas mãos, e se suas boas ações terminarem antes de saldar a sua conta; as más ações dos outros serão passadas para ele. E então será arremessado no inferno.¨ Este é o verdadeiro pobre, o verdadeiro falido. Enquanto que o verdadeiro rico é aquele que preserva seus bens do ilícito e da injustiça.

Mas no entanto, vale esclarecer que a maior injustiça que alguém possa cometer contra si mesmo é associar algo ou alguém à Deus. Nos refugiamos em Allah disso. E em contra partida, ser justo com nos mesmos significa aplicar os pilares do Islam durante nossas vidas. Significa também viver de acordo com a Jurisprudência Islâmica prescrita por Deus O Justo O Sutilíssimo.

Esclarecemos ainda que na maioria das vezes a pessoa injusta é insensível aos sentimentos alheios, tem o coração duro como uma pedra e não teme a Deus. Enquanto que o injustiçado, na maioria das vezes, é sensível e tem seu coração repleto de misericórdia e fé e teme o acerto de contas com seu Criador. E por este motivo não apela para injustiça para restabelecer a justiça.

Como relatado no Alcorão, toda vez que Allah decidiu restabelecer a justiça na terra, ele não convocava seu profetas e mensageiros para vingar os injustiçados, Ele os preservou dessa tarefa e convocava a força da natureza. E assim a água afogou o povo de Noé, os anjos destruíram o povo de Ló, o mar afogou o Faraó, e a ventania destruiu o povo de Hud.

Em seguida Allah enviou o Selo dos Mensageiros (s) com o Alcorão, traçando para toda a humanidade um sistema que conduz ao sucesso nessa vida e a salvação na outra. Mas isto não significa que a Jusitiça vá prevalecer e nem que Allah está desatento quanto as injustiças de nosso mundo em geral e de nossa nação em especifico. Allah mantem Seus sinais na terra, e faz o injusto cair nas garras de outro injusto. Diz Allah na surat Al-an-aam: E assim, tornamos os injustos aliados uns aos outros, pelo que cometiam.

Caros irmãos a injustiça tem como conseqüência um castigo doloroso para o individuo e para sociedade. ALLAH louvado seja jurou dizendo: Juro pela Minha majestade que vingarei do injusto, cedo ou tarde seja, e me vingarei daqueles que viram um injustiçado; e mesmo podendo, não o protegeram.

E se por ventura você for injustiçado por alguém, jamais pratique uma injustiça para se vingar. Erga suas mãos aos céus e faça uma prece que Allah lhe atenderá. Nós devemos temer a prece de um injustiçado pois entre a prece dele e ALLAH não existe barreira alguma. O Mensageiro de ALLAH (saaws) recomendou a Muadhz bin Jabal antes de se dirigir ao Yaman para governa-la dizendo-lhe: “Seja temente quanto a prece do injustiçado pois entre ela e ALLAH não existe obstáculo algum.”

Ua Salamu Alaikum!
 
“Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele.” 8:24

Asalamo Alaikom WA WB,

Omar Hussein Hallak

As 7 pessoas que serão acomodadas na sombra da Misericórdia de Deus: SÉTIMA E ÚLTIMA PARTE

Abu Huraira (Radiyalahu an-hu), referiu que o Profeta de Deus (Salalahu Aleihi Wassalamo) disse: “Há sete tipo de pessoas que serão acomodadas por Deus, na sombra da Sua Misericórdia, no Dia em que não haverá mais nenhuma sombra, excepto a Sua: 1) – O Rei justiceiro; 2) – O jovem que passou a sua juventude na adoração a Deus; 3) – A pessoa cujo íntimo esteja ligado ao Masjide; 4) – Aquelas duas pessoas que por Deus se amam, que se reúnem por Sua causa e por causa Dele se separam; 5) – A pessoa que foi exposta à tentação por uma mulher bela e recusou, dizendo: “Eu temo a Deus”; 6) – A pessoa que dá esmola e que a mão que dá (a direita), o faz com tanto secretismo, que a outra mão não sabe; 7) – A pessoa que recorda a Deus na solidão, deitando lágrimas.

7 ) – A pessoa que recorda a Deus na solidão, deitando lágrimas:

“E dizem: Glorificado seja o nosso Senhor, porque a Sua promessa foi cumprida; E “caiem sobre os seus rostos”, chorando, e isso lhes aumenta a humildade”. Cur’ane 17:108 e 109.

Thabit Bunani (Rahmatulahi Aleihi) cita as palavras de um santo que costumava dizer: “Eu sei quando é que as minhas preces são aceites”. Quando lhe foi perguntado como conseguia saber, respondeu: “Aquela prece na qual o meu corpo se arrepia, o meu coração bate rapidamente e os meus olhos se enchem de lágrimas, é porque essa prece foi aceite por Allah”. Estão incluídas neste grupo de pessoas, aqueles que recordam Deus na solidão e os seus olhos ficam cheios de lágrimas . Tais pessoas dispõem de 2 qualidades virtuosas: 1 – Iklass (sinceridade) que lhes conduziu a recordar a Deus na solidão. 2 - Temor e amor a Deus que lhes levou a chorar. O melhor momento para o Zikr (louvar e recordar a Deus), é na terceira parte da noite. Poucos são os felizardos que são abençoados com esta força de vontade. Na solidão terrena, mas na companhia dos anjos, o crente está mais próximo de Deus. Encontra um momento espiritual único para fazer as suas orações facultativas (Tahajjud) e depois levanta as mãos, pede a Deus para lhe preencher as necessidades deste e do outro mundo, para afastar as preocupações que o afligem e pede perdão pelas falhas cometidas. Quando fica emocionado e verte lágrimas, sente que Deus, o Misericordioso, aceitou a prece. Abu Huraira (Radiyalahu an-hu) referiu que o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) disse: “Quando um terço da noite termina, Deus desce para o céu mais baixo e pergunta: “Está aí alguém a suplicar o meu perdão? Está aí alguém a pedir-Me? Está aí alguém a pedir pela misericórdia e Meu favor? Está aí algum solicitador?” Estas perguntas continuam até ao amanhecer. – Muslim.  

E (recorda-te) quando o teu Senhor proclamou: “Se Me fores agradecido, certamente que Eu vos multiplicarei (em favores). Cur’ane 14:7. Se o servo se lembrar do Criador nos momentos de paz e de prosperidade, certamente que Ele se lembrará dele nos momentos de aflição. Segundo um hadice referido no Muslim, transmitido por Yahya B. Sa’id, sob a autoridade de Qatada (Radiyalahu an-hu), o servo de Deus, quando acredita e deposita a esperança em Deus, encontra alívio dos problemas e das dificuldades do mundo e acaba por encontrar a Misericórdia de Deus. Nos maus momentos, devemos pedir proteção de Deus e nos bons momentos, nunca nos devemos esquecer de agradecer as bênçãos que nos são concedidas diariamente, que são imensas, mas que não as damos valor. Aproveite para “falar” com Deus, na solidão da noite. Não espere pelos momentos de tristeza para se aproximar Dele.

Por isso, o nosso Criador refere no Cu’ane: “Quando a adversidade atinge os homens, eles choram ao Seu Senhor, voltando-se para Ele em arrependimento”. 30:33

Ó Senhor nosso, no Dia da Prestação de Contas, perdoa-me a mim, aos meus pais e aos crentes”. Cur’ane 14:41.

"Wa ma alaina il lal balá gul mubin" "E não nos cabe mais do que transmitir claramente a mensagem". Surat Yácin 3:17. “Wa Áhiro da wuahum anil hamdulillahi Rabil ãlamine”. E a conclusão das suas preces será: Louvado seja Deus, Senhor do Universo!”. Cur’ane 10.10. 

Um bom Dia de Juma, na melhor das companhias, a família.
Cumprimentos
Abdul Rehman Mangá
29/03/2012

A Bíblia Nega a Divindade de Jesus

Cristãos e muçulmanos acreditam em Jesus, o amam e honram. Entretanto, estão divididos em relação à sua divindade.

Felizmente essa diferença pode ser resolvida se referirmos a questão tanto à Bíblia quanto ao Alcorão, porque tanto a Bíblia quanto o Alcorão ensinam que Jesus não é Deus.

Está claro o bastante para todos que o Alcorão nega a divindade de Jesus e, por essa razão, não precisamos despender muito tempo explicando isso.

Por outro lado, muitas pessoas não entendem a Bíblia. Sentem que a crença em Jesus como Deus é tão propagada que deve ter vindo da Bíblia. Esse artigo mostra de forma muito conclusiva que a Bíblia não ensina isso.

A Bíblia claramente ensina que Jesus não é Deus. Na Bíblia Deus é sempre outro além de Jesus.

Alguns dirão que algo que Jesus disse ou fez durante sua estada na terra prova que ele é Deus. Mostraremos que os discípulos nunca chegaram à conclusão de que Jesus é Deus. E aquelas foram pessoas que viveram e caminharam com Jesus e, portanto, sabiam em primeira mão o que ele disse e fez. Além disso, nos é dito em Atos dos apóstolos na Bíblia que os discípulos estavam sendo guiados pelo Espírito Santo. Se Jesus é Deus, certamente eles deviam saber. Mas não sabiam. Continuaram adorando o único e verdadeiro Deus que era adorado por Abraão, Moisés e Jesus (ver Atos 3:13).

Todos os escritores da Bíblia acreditavam que Deus não era Jesus. A ideia de que Jesus é Deus não se tornou parte da crença cristã até após a Bíblia ser escrita e muitos séculos se passaram até se tornar parte da fé dos cristãos.

Mateus, Marcos e Lucas, autores dos três primeiros evangelhos, acreditavam que Jesus não era Deus (ver Marcos 10:18 e Mateus 19:17). Acreditavam que ele era o filho de Deus no sentido de ser uma pessoa virtuosa. Muitos outros também são igualmente chamados filhos de Deus (ver Mateus 23:1-9).

Paulo, considerado o autor de treze ou quatorze cartas na Bíblia, também acreditava que Jesus não é Deus. Para Paulo Deus primeiro criou Jesus e então usou Jesus como agente para criar o resto da criação (ver Colossenses 1:15 e 1 Coríntios 8:6). Idéias semelhantes são encontradas na carta aos Hebreus e também no evangelho e cartas de João, compostos setenta anos depois de Jesus. Em todos esses escritos, entretanto, Jesus continua uma criatura de Deus e, como tal, para sempre subserviente a Deus (ver 1 Coríntios 15:28).

Porque Paulo, João e o autor de Hebreus acreditavam que Jesus foi a primeira criatura de Deus, parte do que escreveram mostra claramente que Jesus era um poderoso ser preexistente. Isso é com freqüência entendido de forma equivocada que ele deve ter sido Deus. Mas dizer que Jesus era Deus é ir contra o que esses mesmos autores escreveram. Embora esses autores tivessem essa crença posterior de que Jesus era superior que todas as criaturas, também acreditavam que ele continuava inferior a Deus. De fato, João cita Jesus dizendo: “... o Pai é maior que eu.” (João 14:28). E Paulo declara que a cabeça de toda mulher é seu marido, a cabeça de todo homem é Cristo e a cabeça de Cristo é Deus (ver 1 Coríntios 11:3).

Conseqüentemente, encontrar algo nesses escritos e alegar que ensinam que Jesus é Deus é utilizar e citar de forma errônea o que esses autores disseram. O que escreveram deve ser entendido no contexto de sua crença de que Jesus é uma criatura de Deus como eles disseram claramente.

Vemos então que alguns dos escritores posteriores tinham uma visão superior de Jesus, mas nenhum dos escritores da Bíblia acreditava que Jesus é Deus. A Bíblia ensina claramente que existe apenas um único Deus, o único a quem Jesus adorou (ver João 17:3).

No restante dos artigos exploraremos a Bíblia mais profundamente e lidaremos com as passagens que são citadas equivocadamente com mais freqüência como provas da divindade de Jesus. Mostraremos, com a ajuda de Deus, que não significam o que com freqüência são usadas para provar.

Atos dos Apóstolos
Jesus realizou muitos milagres e sem dúvida disse muitas coisas maravilhosas sobre si mesmo. Algumas pessoas usaram o que ele disse e fez como prova de que era Deus. Mas seus discípulos originais que viveram e caminharam com ele e testemunharam o que ele disse e fez, nunca chegaram a essa conclusão.

Os Atos dos Apóstolos na Bíblia detalha a atividade dos discípulos em um período de trinta anos após Jesus ser elevado aos céus. Ao longo desse período, eles nunca se referiram a Jesus como Deus. De forma contínua e consistente usam o título de Deus para se referir a outro e não a Jesus.

Pedro se levantou com os onze discípulos e se dirigiu à multidão dizendo:
“Homens de Israel, ouçam: Jesus de Nazaré era um homem aprovado por Deus entre vós por milagres, prodígios e sinais, que Deus por ele fez no meio de vós, como vós mesmos bem sabeis.” (Atos 2:22).

Era Deus, portanto, Quem realizava os milagres através de Jesus para convencer as pessoas de que Jesus era apoiado por Deus. Pedro não viu os milagres como prova de que Jesus é Deus.

De fato, a forma como Pedro se refere a Deus e a Jesus deixa claro que Jesus não é Deus. Porque ele sempre mantém o título de Deus distante de Jesus. Tome as seguintes referências, por exemplo:

“Deus elevou esse Jesus...” (Atos 2:32)

“Deus fez Jesus, que crucificastes, Senhor e Cristo.” (Atos 2:36)

Em ambas as passagens o título de Deus é distanciado de Jesus. Por que ele fez isso, se Jesus era Deus?

Para Pedro Jesus foi um servo de Deus. Pedro disse:
“Deus elevou seu servo...” (Atos 3:26)

O título de servo se refere a Jesus. Isso está claro da passagem anterior na qual Pedro declarou:
“O Deus de Abraão, Isaque e Jacó, o Deus de nossos antepassados, glorificou seu servo Jesus.” (Atos 3:13)

Pedro deve ter sabido que Abraão, Isaque e Jacó nunca falaram de um Deus trino. Sempre falaram de Deus como o único Deus. Aqui, como em Mateus 12:18, Jesus é o servo de Deus. Mateus nos diz que Jesus era o mesmo servo de Deus mencionado em Isaías 42:1. Então, de acordo com Mateus e Pedro, Jesus não é Deus, mas servo de Deus. O Velho Testamento diz repetidamente que Deus é único (por exemplo, Isaías 45:5)

Todos os discípulos de Jesus tinham essa opinião. Em Atos 4:24 nos é dito que os fiéis oravam a Deus dizendo:

“...eles elevaram suas vozes unanimemente em oração a Deus. ‘Senhor,’ eles disseram, ‘tu que fizestes os céus, a terra e o mar, e tudo que neles há.’”

Está claro que não estão orando para Jesus porque dois versos depois se referem a Jesus como“...teu santo servo Jesus, ao qual ungiste.” (Atos 4:27).

Se Jesus era Deus, seus discípulos deviam ter dito isso claramente. Ao invés disso, continuaram pregando que Jesus era Cristo de Deus. Em Atos é dito: “E todos os dias, no templo e nas casas, não cessavam de ensinar, e de anunciar a Jesus Cristo.” (Atos 5:42)

A palavra grega “Cristo” é um título humano. Significa “ungido”. Se Jesus era Deus, porque os discípulos se referiam a ele continuamente com títulos humanos como servo e Cristo de Deus e usavam de forma consistente o título de Deus para alguém que ressuscitou Jesus? Temiam os homens? Não! Corajosamente pregavam a verdade sem temer aprisionamento ou morte. Quando confrontados pela oposição das autoridades, Pedro disse: “Importa antes obedecer a Deus que aos homens. O Deus de nossos pais que ressuscitou Jesus...” (Atos 5:29-30)

Eles não estavam o Espírito Santo? Não! Eram apoiados pelo Espírito Santo (ver Atos 2:3, 4:8 e 5:32). Estavam simplesmente ensinando o que aprenderam de Jesus - que Jesus não era Deus, mas sim servo e Cristo de Deus.

O Alcorão confirma que Jesus era o Messias (Cristo) e que era servo de Deus, (ver Alcorão Sagrado 3:45 e 19:30)

Jesus não é Todo-Poderoso e não é Onisciente

Cristãos e muçulmanos concordam que Deus é Todo-Poderoso e Onisciente. Os evangelhos mostram que Jesus não era todo-poderoso e nem onisciente, já que teve algumas limitações.

Marcos nos diz em seu evangelho que Jesus foi incapaz de fazer qualquer obra poderosa em sua cidade exceto algumas poucas coisas: “Ele não podia fazer ali nenhum milagre, a não ser curar alguns enfermos, impondo-lhes as mãos.” (Marcos 6:5). Marcos nos diz que quando Jesus tentou curar um cego o homem não foi curado após a primeira tentativa, e Jesus tentou uma segunda vez (ver Marcos 8:22-26).

Sendo assim, embora tenhamos um grande amor e respeito por Jesus, precisamos entender que ele não era o Deus todo-poderoso.

O evangelho de Marcos também revela que Jesus tinha limitações em seu conhecimento. Em Marcos 13:32 Jesus declarou que não sabia quando seria o último dia, mas que somente o Pai sabia (ver também Mateus 24:36).

Conseqüentemente, Jesus não podia ter sido o Deus onisciente. Alguns dirão que Jesus sabia quando o último dia ocorreria, mas escolheu não dizer. Mas isso complica ainda mais a situação. Jesus podia ter dito que sabia, mas não queria dizer. Ao invés disso, disse que não sabia. Devemos acreditar nele. Jesus não mente.

O evangelho de Lucas também revela que Jesus tinha conhecimento limitado. Lucas diz que Jesus cresceu em sabedoria (Lucas 2:52). Em Hebreus também (Hebreus 5:8) lemos que Jesus aprendeu obediência. Mas o conhecimento e sabedoria de Deus são sempre perfeitos e Deus não aprende coisas novas. Ele sempre sabe tudo. Então, se Jesus aprendeu algo novo isso prova que ele não sabia tudo antes disso e, conseqüentemente, não era Deus.

Outro exemplo para o conhecimento limitado de Jesus é o episódio da figueira nos evangelhos. Marcos nos diz o seguinte: “E, no dia seguinte, quando saíram de Betânia, Jesus teve fome. E, vendo de longe uma figueira que tinha folhas, foi ver se nela acharia alguma coisa; e, chegando a ela, não achou senão folhas, porque não era tempo de figos.” (Marcos 11:12-13).

É claro desses versos que o conhecimento de Jesus era limitado. Primeiro, ele não sabia que a árvore não tinha frutos. Segundo, não sabia que não era a estação para ter expectativa de encontrar figos nas árvores.

Ele podia se tornar Deus depois? Não! Porque existe apenas um Deus e Ele é Deus da eternidade até a eternidade (ver Salmos 90:2).

Algumas pessoas podem dizer que Jesus era Deus, mas tomou a forma de um servo e, conseqüentemente, ficou limitado. Bem, isso significaria que Deus mudou. Mas Deus não muda. Deus disse isso de acordo com Malaquias 3:6.

Jesus nunca foi Deus e nunca será. Na Bíblia Deus declara: “... antes de mim deus nenhum se formou, e depois de mim nenhum haverá.” (Isaías 43:10).

O Mandamento Mais Importante na Bíblia e no Alcorão

Alguns dirão que toda essa discussão sobre a divindade de Jesus é desnecessária. Dizem que o importante é aceitar Jesus como seu salvador pessoal. Ao contrário disso, os escritores da Bíblia enfatizaram que, para ser salvo, é necessário entender quem é Deus exatamente. A incapacidade de entender isso violaria o primeiro e mais importante de todos os mandamentos na Bíblia. Esse mandamento foi enfatizado por Jesus, que a paz esteja sobre ele, quando um professor da lei de Moisés lhe perguntou: “’De todos os mandamentos, qual é o mais importante?’ ‘O mais importante,’ respondeu Jesus, ‘é este: Ouve, ó Israel: o Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todas as tuas forças.’” (Marcos 12:28-30).

Note que Jesus cotou o primeiro mandamento do livro Deuteronômio 6:4-5. Jesus confirmou não somente que esse mandamento continua válido, mas também que é o mais importante de todos os mandamentos. Se Jesus achasse que era Deus, por que não disse? Ao invés disso, ele confirmou que Deus é único. O homem que questionou Jesus entendeu e o que o homem disse em seguida deixa claro que Jesus não é Deus, porque ele disse a Jesus: “’Muito bem, Mestre,’ respondeu o homem. ‘Com verdade disseste que Deus é um, e fora dele não há outro.’” (Marcos 12:32).

Agora, se Jesus era Deus, ele teria dito isso ao homem. Ao invés disso, deixou o homem se referir a Deus como alguém que não era Jesus e até constatou que o homem falava sabiamente: “E Jesus, vendo que havia respondido sabiamente, disse-lhe: ‘Não estás longe do reino de Deus.’” (Marcos 12:34). Se Jesus sabia que Deus é uma trindade, porque não disse? Por que não disse que Deus é um em três ou três em um? Ao invés disso, ele declarou que Deus é único. Imitadores verdadeiros de Jesus o imitarão também nessa declaração da unicidade de Deus. Não acrescentarão a palavra três onde Jesus nunca disse isso.

A salvação depende desse mandamento? Sim, diz a Bíblia! Jesus deixou claro quando um outro homem se aproximou dele para aprender (Marcos 10: 17-29). O homem caiu de joelhos e disse a Jesus: “Bom Mestre, que hei de fazer para herdar a vida eterna?” Jesus respondeu: Por que me chamas bom? Ninguém é bom, exceto Deus.” (Marcos 10:17-18).

Ao dizê-lo, Jesus fez uma distinção clara entre si próprio e Deus. Então prosseguiu com a resposta à pergunta do homem sobre como obter salvação. Jesus lhe disse: “Se é que queres entrar na vida, guarda os mandamentos.” (Mateus 19:17, ver também Marcos 10:19).

Lembre que o mais importante de todos os mandamentos, de acordo com Jesus, é conhecer Deus como o único Deus. Jesus também enfatizou isso no evangelho de acordo com João. Em João 17:1, Jesus levantou seus olhos para os céus e orou, dirigindo-se a Deus como Pai. Então no verso três, falou a Deus: “E a vida eterna é esta: que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem tu enviaste.” (João 17:3).

Isso prova acima de qualquer dúvida que se as pessoas querem obter a vida eterna devem conhecer o Único, Aquele para quem Jesus orou, o único e verdadeiro Deus, e devem conhecer Jesus como enviado pelo verdadeiro Deus. Alguns dizem que o Pai é Deus, o Filho é Deus e o Espírito Santo é Deus. Mas Jesus disse que o Pai sozinho é o único e verdadeiro Deus. Os verdadeiros seguidores de Jesus o seguirão nisso também. Jesus tinha dito que seus verdadeiros seguidores são aqueles que se apegam aos seus ensinamentos. Ele disse: “Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos.” (João 8:31). Seu ensinamento é que as pessoas devem continuar a guardar os mandamentos, especialmente o primeiro mandamento, que enfatiza que Deus é único e que Deus deve ser amado de todo coração e com todas as forças. 

Amamos Jesus, mas não devemos amá-lo como Deus. Hoje muitos amam Jesus mais do que amam Deus. Isso é porque vêem Deus como uma pessoa vingativa que queria puni-los e Jesus como o salvador que os resgatou da ira de Deus. Entretanto, Deus é nosso único salvador. De acordo com Isaías 43:11, Deus disse: “Eu, eu sou o SENHOR, e fora de mim não há Salvador.” Deus também disse, de acordo com Isaías 45:21-22: “Porventura não sou eu, o SENHOR? Pois não há outro Deus senão eu; Deus justo e Salvador não há além de mim. Olhai para mim, e sereis salvos, vós, todos os termos da terra; porque eu sou Deus, e não há outro.”

O Alcorão confirma o primeiro mandamento e o dirige a toda a humanidade (ver Alcorão Sagrado 2:163). E Deus declara que os verdadeiros crentes O amam acima de tudo e de todos (Alcorão 2:165).

Paulo Acreditava que Jesus não era Deus
Em sua primeira carta a Timóteo, Paulo escreveu: “Conjuro-te diante de Deus, e de Cristo Jesus, e dos anjos eleitos, que sem prevenção guardes estas coisas,...” (1 Timóteo 5:21).

Está claro que o título de Deus não se aplica a Jesus Cristo, mas a outro. No capítulo seguinte, ele novamente diferencia entre Deus e Jesus quando diz: “Diante de Deus, que todas as coisas vivifica, e de Cristo Jesus, que perante Pôncio Pilatos deu o testemunho da boa confissão,...” (1 Timóteo 6:13).

Paulo prossegue falando da segunda vinda de Jesus: “a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo;… a qual Deus manifestará no tempo próprio...” (1 Timóteo 6:14-15).

De novo, o título de Deus é deliberadamente afastado de Jesus. Muitas pessoas acham que quando Jesus é chamado de “Senhor” na Bíblia isso significa “Deus”. Mas na Bíblia esse título significa mestre ou professor e pode ser usado para humanos (ver 1 Pedro 3:6).

O que é mais importante, entretanto, é notar o que Paulo disse sobre Deus na seguinte passagem, que mostra claramente que Jesus não é Deus: “aquele que possui, ele só, a imortalidade, e habita em luz inacessível; a quem nenhum dos homens tem visto nem pode ver; ao qual seja honra e poder sempiterno.” (1 Timóteo 6:15-16).

Paulo disse que somente Deus é imortal. Imortal significa que ele não morre. Cheque qualquer dicionário. Agora, quem quer que acredite que Jesus morreu não pode acreditar que Jesus é Deus. Tal crença seria contradizer o que Paulo disse aqui. Além disso, dizer que Deus morreu é uma blasfêmia contra Deus. Quem geriria o mundo se Deus morresse? Paulo acreditava que Deus não morre.

Paulo também disse naquela passagem que Deus habita em luz inacessível – que ninguém viu ou pode ver Deus. Paulo sabia que muitas milhares de pessoas tinham visto Jesus. Ainda assim Paulo disse que ninguém tinha visto Deus, porque estava certo que Jesus não era Deus. Foi por isso que Paulo continuou ensinando que Jesus não era Deus, mas era o Cristo (ver Atos 9:22 e 18:5).

Quando estava em Atenas, Paulo falou de Deus como “O Deus que fez o mundo e tudo o que nele há, sendo ele Senhor do céu e da terra, não habita em templos feitos por mãos de homens;” (Atos 17:24). Então identificou Jesus como “o homem que ele (ou seja, Deus) ordenou.” (Atos 17:31).

Claramente, para Paulo, Jesus não era Deus, e ele ficaria chocado em ver seus escritos usados para provar o oposto do que acreditava. Paulo até testemunhou em corte dizendo: “Admito que adoro o Deus de nossos pais...” (Atos 24:14).

Também disse que Jesus é o servo daquele deus, pelo que lemos em Atos: “O Deus de Abraão, Isak e Jacó, o Deus de nossos antepassados, glorificou seu servo Jesus.” (Atos 3:13).

Para Paulo, somente o Pai é Deus. Paulo disse que existe “um Deus e Pai de todos...” (Efésios 4:6). De novo Paulo disse: “... todavia para nós há um só Deus, o Pai,... e um só Senhor, Jesus Cristo...” (1 Coríntios 8:6).

A carta de Paulo aos Filipenses (Filipenses 2:6-11) é freqüentemente citada como prova que Jesus é Deus. Mas a mesma passagem mostra que Jesus não é Deus. Essa passagem tem que concordar com Isaías 45:22-24 na qual Deus disse que todo joelho deve se dobrar para Deus e toda língua deve confessar que virtude e força estão somente em Deus. Paulo estava consciente dessa passagem, porque a citou em Romanos 14:11. Sabendo disso, Paulo declarou: “Me ajoelho diante do Pai.” (Efésios 3:14).

A carta aos hebreus (Hebreus 1:6) diz que os anjos de Deus devem adorar o Filho. Mas essa passagem depende de Deuteronômio 32:43, na versão septuaginta do Velho Testamento. Essa frase não pode ser encontrada no Velho Testamento usado pelos cristãos hoje, e a versão septuaginta não é mais considerada válida pelos cristãos. Entretanto, mesmo a versão septuaginta não diz para adorar o Filho. Diz para deixar os anjos de Deus adorarem Deus. A Bíblia insiste que somente Deus deve ser adorado. “Quando o Senhor tinha feito um pacto com os israelitas, e lhes ordenara, dizendo: Não temereis outros deuses, nem vos inclinareis diante deles, nem os servireis, nem lhes oferecereis sacrifícios; Mas sim ao Senhor, que vos fez subir da terra do Egito com grande poder e com braço estendido, a ele temereis, a ele vos inclinareis, e a ele oferecereis sacrifícios. Quanto aos estatutos, às ordenanças, à lei, e ao mandamento, que para vós escreveu, a esses tereis cuidado de observar todos os dias; e não temereis outros deuses; e do pacto que fiz convosco não vos esquecereis. Não temereis outros deuses, mas ao Senhor vosso Deus temereis, e ele vos livrará das mãos de todos os vossos inimigos.” (2 Reis 17:35-39).

Jesus, que a paz esteja sobre ele, acreditava nisso porque também enfatizou em Lucas 4:8. E Jesus se prostrou em sua face e adorou Deus (ver Mateus 26:39). Paulo sabia que Jesus adorava Deus (ver Hebreus 5:7). Paulo ensinou que Jesus permanecerá para sempre subserviente a Deus (ver 1 Coríntios 15:28).

Evidência do Evangelho de João
O evangelho de João, o quarto evangelho, foi concluído com sua forma presente setenta anos após Jesus ser elevado aos céus. Esse evangelho em sua forma final diz mais uma coisa sobre Jesus que era desconhecida dos três evangelhos anteriores – que Jesus era o Verbo de Deus. João quer dizer que Jesus foi o agente através do qual Deus criou tudo. Isso com freqüência é mal interpretado como significando que Jesus era o próprio Deus. Mas João estava dizendo, como Paulo já havia dito, que Jesus foi a primeira criatura de Deus. No Apocalipse na Bíblia, encontramos que Jesus é: “o começo da criação de Deus” (Apocalipse 3:14; ver também 1 Coríntios 8:6 e Colossenses 1:15).

Quem diz que o Verbo de Deus é uma pessoa distinta de Deus deve também admitir que o Verbo foi criado, porque o Verbo fala na Bíblia: “O Senhor me criou como a primeira das suas obras...” (Provérbios 8:22).

Esse evangelho, entretanto, ensina claramente que Jesus não é Deus. Se não continuasse esse ensinamento, contradiria os outros três evangelhos e também as cartas de Paulo que claramente estabelecem que Jesus não é Deus. Encontramos aqui que Jesus não era igual com o Pai, porque Jesus disse: “... o Pai é maior que eu.” (João 14:28).

As pessoas esquecem disso e dizem que Jesus é igual ao Pai. Em quem devemos acreditar – em Jesus ou nas pessoas? Muçulmanos e cristãos concordam que Deus é auto-existente. Isso significa que Ele não deriva Sua existência de ninguém. Ainda assim João nos diz que a existência de Jesus foi causada pelo Pai. Jesus disse nesse evangelho: “... eu vivo por causa do Pai…” (João 6:57).

João nos diz que Jesus não pode fazer nada sozinho quando cita Jesus dizendo: “Não posso de mim mesmo fazer coisa alguma...” (João 5:30). Isso está acordo com o que aprendemos sobre Jesus dos outros evangelhos. Em Marcos, por exemplo, aprendemos que Jesus realizou milagres através de um poder que não estava em seu controle. Isso fica especialmente claro no episódio em que uma mulher é curada de sua hemorragia incurável. A mulher veio por trás dele e tocou seu manto, e ela foi imediatamente curada. Mas Jesus não tinha idéia de quem o tocou. Marcos descreve as ações de Jesus: “E logo Jesus, percebendo em si mesmo que saíra dele poder, virou-se no meio da multidão e perguntou, ‘Quem me tocou as vestes?’” (Marcos 5:30). Seus discípulos não puderam fornecer uma resposta satisfatória, então Marcos nos conta: “Mas ele olhava em redor para ver a que isto fizera.” (Marcos 5:32). Isso mostra que o poder que curou a mulher não estava dentro do controle de Jesus. Ele sabia que o poder tinha saído dele, mas não sabia para onde tinha ido. Algum outro ser inteligente tinha que guiar aquele poder para a mulher que precisava ser curada. Deus foi aquele ser inteligente.

Não é de admirar, então, que em Atos dos apóstolos lemos que foi Deus quem fez os milagres através de Jesus (Atos 2:22).

Deus fez milagres extraordinários através de outros também, mas isso não faz dos outros Deus (ver Atos 19:11). Por que, então, Jesus é tomado como Deus? Até quando Jesus ressuscitou seu amigo Lázaro dos mortos, teve que pedir a Deus para fazê-lo. A irmã de Lázaro, Marta, sabia disso porque disse a Jesus: “E mesmo agora sei que tudo quanto pedires a Deus, Deus to concederá.” (João 11:22).

Marta sabia que Jesus não era Deus, e João que relatou essa aprovação sabia disso também. Jesus tinha um Deus, porque quando foi elevado aos céus, disse: “...eu subo para meu Pai e vosso Pai, para meu Deus e vosso Deus.” (João 20:17).

João estava certo que ninguém tinha visto Deus, embora soubesse que muitas pessoas tinham visto Jesus (ver João 1:18 e 1 João 4:12). De fato, o próprio Jesus disse às multidões que nunca tinham visto o Pai, nem ouviram a voz do Pai (João 5:37). Note que se Jesus era o Pai, sua declaração aqui teria sido falsa. Quem é o único Deus no evangelho de João? Somente o Pai.

Jesus testemunhou isso quando declarou que o Deus dos judeus é o Pai (João 8:54). Jesus também confirmou que somente o Pai é o único e verdadeiro Deus (ver João 17:1-3). E Jesus disse aos seus inimigos: “Mas agora procurais matar-me, a mim, homem que vos tem dito a verdade que de Deus tem ouvido;” (João 8:40). De acordo com João, portanto, Jesus não era Deus e nada que João escreveu deve ser tomado como prova de que ele era Deus – a menos que se deseje discordar de João.

Deus e Jesus são Dois Seres Separados
Por exemplo, em Mateus 9:2, Jesus disse a certo homem: “Filho, tem bom ânimo, perdoados te são os teus pecados.” Por causa disso alguns dizem que Jesus deve ser Deus, uma vez que somente Deus pode perdoar pecados. Entretanto, se estiver disposto a ler apenas uns poucos versos adiante, encontrará que a multidão “... glorificou a Deus, que dera tal poder aos homens.” (Mateus 9:8). Isso mostra que a multidão sabia, e Mateus concorda, que Jesus não era o único homem a receber tal autoridade de Deus.

O próprio Jesus enfatizou que não falava com base em sua própria autoridade (João 14:10) e não fazia nada com base em sua própria autoridade, mas fala somente o que o Pai o ensina (João 8:28). O que Jesus fez foi o que se segue. Jesus anunciou ao homem o conhecimento que recebeu de Deus de que Deus havia perdoado o homem.

Note que Jesus não disse “eu perdoei seus pecados”, mas sim “seus pecados foram perdoados”, implicitando que, como seria entendido pelos ouvintes judeus, que Deus havia perdoado o homem. Jesus, então, não tinha o poder de perdoar pecados e naquele mesmo episódio chamou a si mesmo de “o Filho do Homem” (Mateus 9:6).

João 10:30 é freqüentemente usado como prova de que Jesus é Deus porque Jesus disse “eu e o Pai somos um.” Mas, lendo os próximos seis versos, encontraremos Jesus explicando que seus inimigos estavam errados em pensar que ele alegava ser Deus. O que Jesus obviamente queria dizer aqui é que ele é um com o Pai em propósitos. Jesus também suplicou que seus discípulos fossem um assim como Jesus e o Pai eram um. Obviamente, ele não estava suplicando que todos os seus discípulos de alguma forma se fundissem em um único indivíduo (ver João 17:11 e 22). E quando Lucas relata que os discípulos eram todos um, Lucas não quer dizer que se tornaram um único ser humano, mas que compartilhavam um propósito comum embora fossem seres separados (ver Atos 4:32). Em termos de essência, Jesus e o Pai são dois, porque Jesus disse que são duas testemunhas (João 8:14-18). Eles têm que ser dois, uma vez que um é superior ao outro (ver João 14:28). Quando Jesus suplicou para ser salvo da cruz, disse: “Pai, se queres, passa de mim este cálice; todavia não se faça a minha vontade, mas a tua.” (Lucas 22:42).

Isso mostra que tinham duas vontades separadas, embora Jesus submetesse sua vontade a vontade do Pai. Duas vontades significam dois indivíduos separados.

Além disso, é relatado que Jesus disse: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (Mateus 27:46). Se um deles desamparou o outro, então devem ser duas entidades separadas.

De novo, é relatado que Jesus disse: “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito.” (Lucas 23:46). Se o espírito de um pode ser colocado nas mãos do outro, eles devem ser dois seres separados.

Em todas essas instâncias, Jesus é claramente subordinado ao Pai. Quando Jesus se ajoelhou e orou obviamente não estava orando para si mesmo (ver Lucas 22:41). Estava orando para seu Deus.

Em todo o Novo Testamento, somente o Pai é chamado de Deus. De fato, os títulos “Pai” e “Deus” são usados para designar um indivíduo, não três, e nunca Jesus. Isso também é claro do fato que Mateus substituiu o título “Pai” no lugar do título “Deus” em pelo menos dois lugares em seu evangelho (compare Mateus 10:29 com Lucas 12:6 e Mateus 12:50 com Marcos 3:35). Se Mateus estava certo ao fazê-lo, então somente o Pai é Deus.

Jesus era o Pai? Não! Porque Jesus disse: “E a ninguém na terra chameis vosso pai, porque um só é o vosso Pai, o qual está nos céus.” (Mateus 23:9). Então Jesus não é o Pai, uma vez que estava na terra quando disse isso.

O Alcorão busca trazer as pessoas de volta para a verdadeira fé que foi ensinada por Jesus e por seus verdadeiros discípulos que continuaram em seus ensinamentos. Aquele ensinamento enfatizou um comprometimento contínuo com o primeiro mandamento de que Deus é único. No Alcorão Deus orienta os muçulmanos a chamar os leitores da Bíblia de volta para a verdadeira fé. Deus disse no Alcorão:

Dize: “Ó povo do Livro (cristãos e judeus)! Vinde, para chegarmos a um termo comum, entre nós e vós: Comprometamo-nos, formalmente, a não adorar senão a Deus, a não Lhe atribuir parceiros e a não nos tomarmos uns aos outros por senhores, em vez de Deus.” (Alcorão 3:64)

Fonte: www.islamreligion.com/ Publicação: http://www.jesusite.com/biblia_nega.htm

A Falácia Histórica da Expiação Paulo de Tarso e o Conceito de Salvação no Cristianismo

Por Aisha Brown www.islamreligion.com 

Salvação pode ser definida como libertação do pecado e suas punições; o caminho para salvação, entretanto, varia de uma religião para outra. No Cristianismo, a salvação é obtida através da doutrina da Expiação Vicária. Uma vez que no Cristianismo a natureza humana é considerada desobediente e pecadora, essa doutrina afirma que Jesus “prestou satisfação plena” a Deus pelos pecados do homem através de sua morte e ressurreição. Em resumo, Jesus tomou nosso lugar e sua morte nos absolveu de nossos pecados.

Isso contraria o que é encontrado no Torá (Livro Sagrado dos Judeus), onde Deus diz: “... cada qual morrerá por seu próprio pecado.” (Deuteronômio 24:16)

A questão de Jesus, como salvador da humanidade, é refutada no Alcorão, onde Deus diz que Ele “... obliterou-lhes os corações, por causa de suas perfídias... E por dizerem: Matamos o Messias, Jesus, filho de Maria, o Mensageiro de Deus, embora não sendo, na realidade, certo que o mataram, nem o crucificaram, senão que isso lhes foi simulado...” (Alcorão 4: 155-157)

Salvação de Acordo com Jesus

Em nenhum lugar nos quatro evangelhos Jesus afirmou explicitamente que morreria para salvar a humanidade do pecado. Quando foi abordado por um homem que perguntou o que ele poderia fazer para obter vida eterna, Jesus disse a ele para manter os Mandamentos (Mateus 19:16,17); em outras palavras, obedecer a Lei de Deus. A uma pergunta semelhante feita por um advogado, como registrado no evangelho de Lucas, Jesus disse para amar a Deus e ao próximo (Lucas 10:25-28).

O papel de Jesus é deixado claro no Alcorão onde Deus diz:

O Messias, filho de Maria, não é mais do que um mensageiro, do nível dos mensageiros que o precederam; ...Observa como lhes elucidamos os versículos e observa como se desviam da verdade.” (Alcorão 5: 75)

A missão de Jesus não era, portanto, estabelecer um método novo de obter a salvação, menos ainda fundar um novo sistema de crença; como até a Bíblia destaca, Jesus buscava apenas remover dos judeus a ênfase no ritual e levá-los de volta à virtude (Mateus 6:1-8).

Paulo de Tarso

Para a origem da doutrina da expiação, não se deve ir aos ensinamentos de Jesus, mas sim às palavras de Paulo, o verdadeiro fundador do Cristianismo; em ensinamentos dos atuais termos e práticas cristãos.

Como muitos judeus, Paulo não estava acostumado aos ensinamentos de Jesus, e ele próprio perseguiu os seguidores de Jesus por suas crenças não convencionais. Esse perseguidor zeloso se tornou um pregador ardente, entretanto, através de uma conversão repentina por volta de 35 EC. Paulo alegou que um Jesus ressuscitado apareceu para ele em uma visão, escolhendo Paulo como instrumento para levar seus ensinamentos aos gentios (Gálatas 1:11, 12: 15, 16).

A credibilidade de Paulo em qualquer âmbito é questionável, entretanto, quando consideramos que:

 (1) existem quatro versões contraditórias de sua suposta “conversão” (Atos 9:3-8; 22: 6-10; 26: 13-18; Gálatas 1:15-17);

(2) a Bíblia diz em passagens como Números 12:6, Deuteronômio 18:20 e Ezequiel 13:8-9, que revelações vêm SOMENTE de Deus e;

(3) relatos de numerosos desentendimentos entre os outros discípulos e Paulo com relação aos ensinamentos, como registrado em Atos.

Experiência e observação ensinaram a Paulo que pregar entre os judeus não era viável; ele, portanto, escolheu os não-judeus. Ao fazê-lo, entretanto, Paulo desconsiderou um comando direto de Jesus contra pregar para outros que não os judeus (Mateus 10:5-6). Em resumo, Paulo colocou de lado os ensinamentos verdadeiros de Jesus em seu desejo de ser um sucesso.

A Influência Pagã

Entre os pagãos do tempo de Paulo havia uma grande variedade de deuses. Embora esses deuses tivessem nomes diferentes e fossem adotados por povos de diferentes áreas do mundo – Adônis da Síria, Dionísio da Trácia, Átis da Frígia, por exemplo – o conceito básico em cada culto era o mesmo: esses filhos de deuses morreram de mortes violentas e ressurgiram para salvar seu povo.

Uma vez que os pagãos tinham um salvador tangível – deuses em suas antigas religiões, eles não queriam menos da nova; eles não eram capazes de aceitar qualquer tipo de divindade invisível. Paulo fez muitas acomodações, pregando que um salvador chamado Jesus Cristo, o filho de Deus, morreu e ressuscitou para salvar a humanidade do pecado (Romanos 5:8-11; 6:8-9).

A própria Bíblia aponta o erro do pensamento de Paulo. Embora cada um dos quatro evangelhos contenha um relato da crucificação de Jesus, esses relatos são estritamente boatos; nenhum dos discípulos de Jesus foi testemunha, porque o abandonaram no Jardim (Marcos 14:50).

No Torá, Deus diz que aquele que é “pendurado em uma árvore” - crucificado – é “amaldiçoado” (Deuteronômio 21:23). Paulo contornou isso dizendo que Jesus se tornou amaldiçoado para assumir os pecados do homem (Gálatas 3:13); ao fazê-lo, entretanto, Paulo deixou de lado a própria Lei de Deus.

A ressurreição, na qual Paulo diz que Jesus “superou” a morte e os pecados para a humanidade (Romanos 6: 9-10), desempenha um papel tão importante que aquele que não acredita nela não é considerado um bom cristão (1 Coríntios 15:14). 

Aqui, também, a Bíblia oferece pouco suporte às noções de Paulo; primeiro, além de não existirem testemunhas para a ressurreição, todos os relatos pós-ressurreição são contraditórios sobre quem foi ao túmulo, o que aconteceu lá e até sobre onde e para quem Jesus apareceu (Mateus 28; Marcos 16; Lucas 24; João 20).

Segundo, embora o Cristianismo afirme que o corpo depois da ressurreição estará em uma forma espiritual (1 Coríntios 15:44), Jesus obviamente não havia mudado, porque ele comeu com seus discípulos (Lucas 24:30, 41-43) e permitiu que eles tocassem suas feridas (João 20:27). Finalmente, como o filho divino de Deus no Cristianismo, é dito que Jesus compartilha doas atributos de Deus; ninguém pode deixar de se admirar, entretanto, com a possibilidade de Deus morrer...

Em seu desejo de ganhar almas entre os pagãos, Paulo simplesmente retrabalhou uma variedade de crenças pagãs principais para montar o esquema cristão de salvação. Nenhum profeta – incluindo o próprio Jesus – ensinou esses conceitos; eles são de inteira autoria de Paulo.

O Sacrifício Supremo e o Pecado Original

O Sacrifício Supremo
Acostumados por muito tempo a fazerem sacrifícios aos seus deuses, os pagãos compreenderam facilmente a noção de Paulo de que Jesus foi o “sacrifício supremo” cujo sangue lavou os pecados. Uma cerimônia comum durante essa época em vários cultos do Oriente Médio, como os de Átis e Mitras, era a do “taurobólio”: uma pessoa descia em um poço coberto com uma grelha sobre o qual um touro (ou carneiro), dito como representando a própria divindade pagã, era então abatida cerimonialmente. Ao cobrir-se com o sangue, dizia-se que a pessoa no poço havia “renascido” com seus próprios pecados lavados.

Vale mencionar que os judeus tinham aberto mão de sacrifícios em 590 antes da Era Comum, depois da destruição de seu Templo. As noções de Paulo, conseqüentemente, estavam em contradição direta tanto com os ensinamentos do Velho Testamento (Oséias 6:6) quanto com os ensinamentos do próprio Jesus (Mateus 9:13), que enfatizou como Deus desejava boas virtudes, não sacrifícios.

Embora Paulo enfatizasse que o “amor” de Deus estava por trás do sacrifício de Jesus (Romanos 5:8), a Doutrina da Expiação mostra uma divindade rígida que só se satisfaz com o assassinato de seu filho inocente. Paulo estava completamente sem base aqui, porque o Velho Testamento está cheio de referências ao amor e misericórdia de Deus em relação ao homem (Salmos 36:5, Salmos 103:8-17) revelado através de Seu perdão (Êxodos 34: 6,7; Salmos 86:5-7), do qual até Jesus falou (Mateus 6:12).

A influência pagã no Cristianismo se estende até seu símbolo sagrado. Embora Paulo chame a cruz de Jesus de “o poder de Deus” (1 Coríntios 1:18), trabalhos de referência como a Enciclopédia Britânica, o Dicionário de Símbolos, A Cruz em Ritual, Arquitetura e Arte destacam que a cruz era usada como um símbolo religioso séculos antes do nascimento de Jesus. Baco da Grécia, Tammuz de Tiro, Bel de Caldéia, e Odin da Noruega são apenas uns poucos exemplos de deuses pagãos antigos cujo símbolo sagrado era uma cruz.

Pecado Original
Central para a Doutrina da Expiação é a noção de Paulo de que a humanidade é uma raça de malfeitores, que herdou de Adão seu pecado em comer do fruto proibido. Como resultado desse Pecado Original, o homem não pode servir como seu próprio redentor; boas obras não têm valor, diz Paulo, porque mesmo elas não podem satisfazer a justiça de Deus (Gálatas 2:16).

Como resultado do pecado de Adão, o homem está predestinado a morrer. Através de sua morte, entretanto, Jesus recebeu a punição que era do homem; através de sua ressurreição Jesus venceu a morte, e a virtude foi restaurada. Para obter a salvação um cristão só precisa ter fé na morte e ressurreição de Jesus (Romanos 6:23).

Apesar de sua posição proeminente no Cristianismo, a noção de um “pecado original” não é encontrada entre os ensinamentos de qualquer profeta, inclusive Jesus. No Velho Testamento Deus diz: “...o filho não levará a iniquidade do pai, nem o pai levará a iniqüidade do filho, ...” (Ezequiel 18:20-22). A responsabilidade pessoal também é enfatizada no Alcorão, onde Deus diz: “De que nenhum pecador arcará com culpa alheia? De que o homem não obtém senão o fruto do seu proceder? (Alcorão 53:38-39)

A doutrina do pecado original deu a Paulo os meios para justificar influência pagã em seu esquema de salvação. A irresponsabilidade se tornou a marca do Cristianismo através dessa doutrina, porque ao “transferir” os pecados para Jesus, os seguidores não assumem responsabilidade por suas ações.

Salvação no Islam
Por volta do século 7 as doutrinas concebidas por Paulo tinham sido embelezadas a ponto de o Cristianismo ser uma religião quase que inteiramente feita pelo homem. Nesse momento Deus escolheu enviar Muhammad como Seu Mensageiro Final, para esclarecer as coisas de uma vez por todas para a humanidade.

Uma vez que Deus é Todo-Poderoso, Ele não precisa da charada inventada pelos cristãos para perdoar o homem. No Alcorão Deus diz que todos nós somos criados em um estado de bondade (30:30); Ele não sobrecarregou o homem com qualquer “pecado original”, tendo perdoado Adão e Eva (2:36-38; 7:23,24) como Ele nos perdoou (11:90; 39:53-56).

Como somos todos pessoalmente responsáveis por nossas ações (2:286; 6:164), não existe necessidade de um salvador inventado pelo homem no Islã; a salvação vem de Deus somente (28:67).

Assim o Islã buscou restaurar o verdadeiro significado do monoteísmo, porque no Alcorão Deus pergunta: 

“E quem melhor professa a religião do que quem se submete a Deus, é praticante do bem e segue a crença de Abraão, o monoteísta?” (Alcorão 4:125; 41:33)

A Religião de Homens
A evidência de que o conceito de salvação no Cristianismo – sua Doutrina da Expiação Vicária – não veio de Deus mas do homem, via rituais e crenças pagãos, é esmagadora.

Paulo efetivamente desviou o centro de adoração de Deus ao dizer que Jesus era o agente divino de sua salvação (Gálatas 2:20). Ao fazê-lo, entretanto, Paulo deixou de lado todos os ensinamentos dos profetas de Deus e até o conceito de monoteísmo em si, uma vez que Deus no Cristianismo precisa de Jesus para ser Seu “ajudante” divino.

Examine Melhor
Com a própria salvação em jogo, os cristãos deviam examinar melhor o que acreditam e por que. Deus diz no Alcorão:

Ó Povo do Livro! Não exagereis em vossa religião e não digais de Deus senão a verdade. O Messias, Jesus, filho de Maria, foi tão-somente um mensageiro de Deus... sabei que Deus é Uno. Glorificado seja! Longe está a hipótese de ter tido um filho. A Ele pertence tudo quanto existe nos céus e na terra. e Deus é mais do que suficiente Guardião.” (Alcorão 4:171)

Observação: Essa matéria visa um olhar, sobre como antigas crenças pagãs, se inseriram no Cristianismo através de Paulo de Tarso. Incluída, também, a menção da história do pecado original e salvação a partir de uma perspectiva islâmica. 

Sábit b. Cais al Ansari Mais um Companheiro do Profeta SAAS !

Bismillah Arahmani Rahim!
O Sábit b. Cais foi um dos chefes proeminentes da tribo dos Al Khazraj, bem como um dos mais nobres homens da cidade de Yaçrib (Hoje Madinah)  Era brilhante, intuitivo, eloqüente, e possuia uma bela voz. Era um orador marcante que podia cativar a audiência e sobressair-se a todos os competidores.

Em adição, foi um dos primeiros yaçribenses a se converterem ao Islam. Seu coração foi tomado pelo Alcorão, desde a primeira vez que o ouviu ser recitado por um pregador maquense, o Musab b. Umayr. Os magníficos ritmos do Alcorão, o brilho dos seus significados, a profundidade da sua diretriz e a verdade dos seus ensinamentos eram recebidos por ele como a chuva é recebida por um solo sedento. Foi da vontade de Deus o fato de que o Sábit b. Cais abrisse imediatamente o seu coração para a fé; e Ele o levou à proeminência, fazendo com que o Companheiro em questão jurasse sua aliança ao Profeta Mohammad (SAAS).

Quando o Profeta (SAAS) empreendeu a hijra (Hijra (Hégira) = migração. Hégira foi a histórica migração feita pelos primeiros muçulmanos, de Makka, seus lares, para Madina, onde se assentaram para praticarem suas crenças com liberdade e dignidade) para Madina, o Sábit b. Cais foi um dos que faziam parte dum grande grupo de guerreiros montados que se adiantaram para dar a ele uma recepção honrosa. Na apresentação de boas-vindas ao Profeta (SAAS) e seu companheiro, Abu Bakr al Siddik, o Sábit b. Cais se pôs à frente para fazer um discurso. Ele começou tecendo louvores e dando graças a Deus, e orando pela paz e bênção sobre o Seu Profeta. Terminou o discurso, dizendo:

“Ó Mensageiro de Deus, nós nos compromissamos a te defender como nos defendemos a nós mesmos, nossas mulheres e nossas crianças. Qual irá ser a nossa recompensa por isso?”

“O Paraíso”, respondeu o Profeta (SAAS).

Logo que as pessoas ouviram a palavra “Paraíso”, exultaram. Tendo os rostos a brilharem de alegria, declararam:

“Estamos muito felizes com tal recompensa, ó Mensageiro de Deus, muito felizes mesmo!”

Daquele dia em diante, o Profeta (SAAS) fez do Sábit b. Cais o seu discursador oficial, assim como o Hassan b. Sábit era o seu poeta (A primitiva forma de arte dos árabes foi a literatura, cujas páginas eram recitadas extemporaneamente, e transmitidas de memória. Essa tradição oral permaneceu em vigor por séculos) oficial. Quando as delegações de beduínos chagavam para competir com ele na jactância das suas glórias tribais ou na demonstração dos seus dotes de eloquência em oratória e poesia, o Profeta (SAAS) designava o Sábit b. Cais para competir com os oradores, e o Hassan b. Sábit para bater os poetas.

Sábit b. Cais era um crédulo profundamente reverente com um intenso respeito pelo seu Senhor e grande temor a Ele. Era ainda muito circunspecto, evitando qualquer coisa que fosse desagradar o Todo-Poderoso Deus.

Um dia, o Profeta o viu num terrível estado. Parecia entristecido, arrasado e temeroso, por isso lhe perguntou:

“Qual é o problema, ó Abu Mohammad?" (Abu Mohammad – “pai de Mohammad”. Era, e ainda é, muito comum os árabes tratarem uns aos outros pelos seus patronímicos, numa demonstração de respeito)

“Temo que arruinei a minha Vida Futura!” respondeu o Sábit b. Cais.

“Por que?” perguntou o Profeta (SAAS).

“O Todo-Poderoso Deus nos proíbe o amar sermos louvados por coisas que fizemos, e eu acho que amo o louvor; e Ele nos proíbe a vaidade, e eu acho que amo a pompa!” respondeu Sábit.

O Profeta (SAAS) argumentou com o Sábit, fazendo-o ver que não era nem arrogante nem vanglorioso, até que, por fim, perguntou ao Sábit:

Será que ficarás feliz se eu te disser que irás viver sendo louvado por todos, e que irás morrer como mártir, e entrar no Paraíso?”

Aquela profetização encheu o Sábit de deleite, e ele respondeu, exultante:

“Certamente que ficarei, ó Mensageiro de Deus, certamente que ficarei!”

“Pois esse irá ser o teu futuro”, disse o Profeta (SAAS).

Entre os versículos revelados por Deus, está o seguinte:

“Ó crentes, não altereis as vossas vozes acima da voz do Profeta, nem lhe faleis em voz alta, como fazeis entre vós, para não tornardes sem efeito as vossas obras, involuntariamente” (49:2).

Após o Sábit b. Cais ouvir aquilo, deu-se à reclusão, e passou a evitar a companhia, em público, do Mensageiro de Deus (SAAS), muito embora o amasse profundamente, e fosse muito apegado a ele. Passou a não sair da sua casa para nada, a não ser para realizar as orações rituais na mesquita. Depois de um certo tempo, o Profeta (SAAS) passou a notar a ausência dele, e perguntou se alguém podia verificar o que estava acontecendo com ele. Um homem dos Ansar se voluntariou a fazer aquilo, e foi a casa do Sábit, encontrando-o deprimido e melancólico. Perguntou-lhe:

“Qual é o problema, ó Abu Mohammad?”

“Algo terrível!” respondeu Sábit.

“Que poderia ser?” perguntou o homem.

“Tu sabes que eu tenho uma voz profunda e marcante”, disse o Sábit, “e minha voz quase sempre encobre a voz do Mensageiro de Deus (SAAS). Tu sabes o que foi revelado no Alcorão. Assim, apenas posso concluir que as minhas possíveis boas obras tenham sido em vão, e que irei ser uma das pessoas do Fogo do Inferno.”

O homem voltou para o Profeta (SAAS) e o informou sobre o que havia visto e ouvido na casa do Sábit b. Cais. Então o Profeta (SAAS) disse a ele:

“Vai novamente a ele, e dize-lhe isto:

‘Tu não és uma das pessoas do Fogo; outrossim és uma das pessoas do Paraíso.’”

Aquela feliz ponta de notícia que o Profeta (SAAS) transmitiu ao Sábit foi como uma fonte de júbilo e de esperança para ele, para o resto da sua vida. Ele ia para a guerra ao lado do Mensageiro de Deus (SAAS) em todas as batalhas ; só não foi para a batalha de Badr. Sempre se arremessava aos mais ferozes duelos na esperança de obter o martírio prometido a ele pelo Mensageiro de Deus (SAAS). Embora, às vezes, parecia que ele estava a uma braça de atingir a sua sina, esta sempre o decepcionava.

Mais tarde, durante a autoridade do primeiro califa, Abu Bakr al Siddik, aconteceram as guerras de ridda (Ridda – apostasia, ou seja, a pessoa deixar deliberadamente de lado o Islam, após tê-lo aceito de seu próprio acordo) entre os muçulmanos e o falso profeta Musaylima. No tempo, o Sábit b. Cais era comandante das forças dos Ansar, ao passo que o Salim, o liberto de Abu Huzayfa, era o comandante das forças dos Muhajirn, e o Khalid b. al Walid era chefe do exército, na sua totalidade.

Em todas as batalhas, a vantagem e os trunfos sempre estiveram do lado do inimigo, o Musaylima. Naquela altura, a batalha se mostrava tão ruim para os muçulmanos, que as forças inimigas chegaram a irromper pelo acampamento do Khalid b. Walid. Os inimigos derrubaram a sua tenda, e quase mataram a mulher dele, a Umm Tamim.

O Sábit b. Cais havia visto o suficiente do enfraquecimento dos muçulmanos. O ouvi-los repreenderem-se e se culparem mutuamente encheu-o de frustração. Os beduínos culpavam os citadinos, dizendo que estes não sabiam comportar-se em batalha, ao passo que estes acusavam os beduínos de covardia. Aquilo era mais do que o Sábit podia suportar.

Então ele se untou com especiarias odoríferas, enrolou-se numa mortalha, postou-se onde todos o podiam ver, e anunciou:
“Muçulmanos, ouvi-me! Este não é o modo com que usávamos empreender a batalha quando estávamos com o Mensageiro de Deus! Que vergonha a maneira com que deixastes o inimigo se tornar intrépido contra vós! e que vergonha o modo como vos acostumastes à submissão perante ele!”

Então ele ergueu o olhar para o céu, e orou:

“Oh Deus, venho perante Ti, inocente quanto a heresia deste povo (querendo dizer, os inimigos); e venho perante Ti, inocente dos erros deste povo (querendo dizer, os muçulmanos)!”

Então ele se arremessou para a batalha, ombro a ombro com estes outros heróis: Al Bara b. Málik al Ansara, Zaid b. al Khattab, os irmãos do futuro califa Ômar b. al Khattab, e Salim, o liberto de Abu Huzayfa. Feito um leão caçador, o Sábit os dirigiu na batalha, lutando tão ferozmente, que chegou a reacender a bravura e o valor dos muçulmanos, e a encher de medo os corações dos seus inimigos. Ele duelava com os inimigos em todas as direções, lutando com todas as armas, e suportando um ferimento trás outro, até que foi vencido, e caiu no campo de batalha. Morreu com a satisfação de lhe haver sido concedido o martírio, tal como o seu querido amigo, o Profeta (SAAS), tinha predito, e satisfeito por ver que havia ajudado os muçulmanos a obterem a vitória que Deus lhes concedera. O Sábit estava usando uma valiosa cota de malha. Um dos muçulmanos passou perto do seu corpo, tirou-lhe a indumentária e a pegou para si. Na noite seguinte à sua morte, um dos soldados muçulmanos teve um sonho no qual viu o Sábit, que lhe disse:

“Eu sou o Sábit b. Cais; tu me reconheces?”

“Sim”, respondeu o homem.

“Tenho um legado a fazer, e quero que tu lhe dês andamento. Toma cuidado em dizeres que este é um sonho insignificante que não deve ser levado a sério. Depois que fui morto, ontem, um dos muçulmanos passou perto de mim”; disse o Sábit, que descreveu o homem, e continuou: “ele pegou a minha indumentária, levou-a para a sua tenda, na extremidade do acampamento, e a escondeu sob o caldeirão, cobrindo-a com uma sela. Vai ter com o Khalid b. al Walid, e dize-lhe:

“‘Manda alguém ir ter com o homem para pegar a minha indumentária. Ela ainda está onde ele a pôs.’

“E tenho outro legado a fazer. Toma cuidado em dizer que isto é apenas um sonho que não deve ser levado a sério. Dize para o Khalid:

“‘Quando fores ter com o califa do Profeta (SAAS), em Madina, dize-lhe que tenho uma dívida. Dize-lhe também que meus dois escravos estão livres. Certifica-te de que ele irá pagar a minha dívida e libertar os meus escravos.”

Quando o homem acordou, foi ter com o Khalid b. al Walid, e lhe contou sobre o sonho. Então o Khalid mandou alguém ir apanhar a indumentária, e eis que ele a encontrou no lugar descrito no sonho, e a levou de volta. Depois, quando o Khalid foi para Madina, contou para o califa a estória do Sábit b. Cais e dos seus legados. Abu Bakr al Siddik deu andamento aos legados, sendo que, desde aquela vez, jamais existiu outra pessoa que fizesse seu testamento após a sua morte, e cuidou para que ele fosse cumprido.

Que Deus esteja aprazido com o Sábit b. Cais, e lhe conceda felicidade, e lhe dê um lar no mais elevado céu!
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"São aqueles aos quais foi dito: Os inimigos concentraram-se contra vós; temei-os! Isso aumentou-lhes a fé e disseram: Allah nos é suficiente. Que excelente Guardião! Pela mercê e pela graça de Deus, retornaram ilesos. Seguiram o que apraz a Deus; sabei que Allah é Agraciante por excelência." (03: 173-174)

يُرِيدُونَ أَن يطفئوا نُورَ اللّهِ بِأَفْوَاهِهِمْ وَيَأْبَى اللّهُ إِلاَّ أَن يُتِمَّ نُورَهُ وَلَوْ كَرِهَ الْكَافِرُونَ

......Desejam em vão extinguir a Luz de Deus com as suas bocas; porém, Deus nada permitirá, e aperfeiçoará a Sua Luz, ainda que isso desgoste os incrédulos!

Por: Mohamad ziad -محمد زياد

Torturas e perseguições ao crentes!

Em verdade, que Allah seja louvado. Nós O exaltamos, imploramos Sua ajuda e perdão. Testemunho que não há outra divindade além de Allah, o Único, e que Ele não tem parceiros. E testemunho que Mohammad é Seu servo e mensageiro; Que a paz e bênçãos de Allah esteja com o Seu mensageiro, com seus familiares e companheiros, e todos que seguirem seus passos até o Dia Derradeiro. Diz Allah em Seu Nobre Livro: “ Ó vós que credes! Temei a Allah como se deve temê-lO e não morrais se não como muçulmanos.”

Em verdade, a palavra mais verdadeira está no Alcorão. A melhor orientação é a de Mohammad (s). A pior coisa é a Bid`aa (A Inovação), que é uma heresia. E toda heresia é desorientação. E toda desorientação leva ao Inferno.

A demais! Queridos Irmãos e irmãs no Islam, Nessa khutba vamos observar que nada mudou desde que o profeta Muhamad (S) proclamou sua missão em publico. Bastou Ele anunciar que “Não há outra divindade a não ser Deus” que a inimizade, ódio e a barbaridade dos incrédulos ficaram evidente. Os coraixitas (o povo de Maca) achavam que o seu pão de cada dia dependia da defesa da idolatria, mas a voz da verdade já tinha chegado longe, varias pessoas já tinham aderido ao chamamento do Profeta (s). Mas outros se opuseram com unhas e dentes. 

Caros Irmãos e irmãs devemos saber que o caminho da divulgação do Islam não é um caminho fácil e repleto de flores; na verdade ele é um caminho de dificuldades e com espinhos .

Os chefes de Maca costumavam ficar sentados perto da Kaaba, uma vez o profeta Muhamad (s) entrou para fazer a oração e Abu Jahal quando o viu disse aos seus companheiros: “No local tal foi abatido um camelo, vão buscar as tripas desse animal, e ponham em cima da cabeça da Muhamad quando ele se prostrar”. Um deles Ucba Bin Abi Moit levantou-se, foi buscá-las e veio colocá-las em cima da cabeça do profeta quando ele encontrava-se prostrado. Com o peso das tripas na cabeça o profeta nem se podia movimentar. Os outros que estavam a assistir continuavam a rir até que apareceu a filha mais nova do profeta, Fátima (r), e removeu essa sujidade da cabeça do pai. Isso tudo era feito contra ele dentro do Haram, fora era pior, colocavam espinhos no caminho dele e de cima atiravam sujeira quando ele passava. Mesmo com esta oposição o numero dos crentes aumentava e o profeta nunca se lamentou contra ninguém. Pelo contrario orava a favor deles e tinha a convicção que Deus faria triunfar a verdadeira religião.

Apesar de tudo, o profeta Muhamad (S) continuou sua missão e o número de crentes ia aumentando gradativamente. Por outro lado as perseguições e agressões não cessavam. O profeta e os crentes foram muito maltratados, torturados e perseguidos e alguns mortos. A intenção dos incrédulos era tornar a vida dos crentes absolutamente insuportável. Mas Deus tornou-os firmes apesar de serem fracos e em menor numero .

Dentre os que foram torturados pela causa de Deus estão: Bilal Ibn Rabah, conhecido como muazin do profeta, nascido na Africa, era escravo de Umaia bin Khalaf. Quando Bilal se converteu, Umaia, no meio da tarde, no máximo do calor deixava o Bilal deitado de costas em cima da areia escaldante do deserto e colocava por cima dele uma pedra grande e em seguida dizia-lhe : “hás de permanecer assim até morrer ou então renegar a Muhamad “, mas em resposta ele dizia: “Ahad Ahad” que significa Uno Uno a referir-se a Deus. E quando não havia sol, amarravam-lhe uma corda no pescoço e entregavam-lhe para as crianças para arrastá-lo pelas ruas de Maca, ate que um desses dias estava passando no local Abu Bakr que ao ver aquilo disse a Umaia: “ Oh Umaia, tu não temes a Deus no que diz respeito a esse pobre?

Até quando vais castigá-lo?”. Umaia respondeu: “Vos é quem o corrompeu, agora salvai-o daquilo que estais a ver“. Abu Bakr pagou- lhe o preço e libertou Bilal fazendo isso somente para agradar a Deus.

Também dentre os que foram massacrados e torturados na causa de Deus estão Ammar Ibn Yasser, seu pai Yasser e sua mãe Sumaia. Eles eram castigados com fogo em publico só porque tinham convertido ao Islam. Certa vez o profeta (s) viu-os sobre tortura e tentava tranqüilizá-los ao dizer: “ Paciência... Paciência... Ó família de Yasser porque o vosso lugar prometido é o Paraíso” , e orava por eles. O pai e a mãe não suportaram o castigo e morreram; ao filho batiam tanto até desmaiar.

O profeta Muhamad (s) foi oprimido e torturado e viu seus companheiros serem massacrados e torturados, mesmo assim, por mais que isso lhe causava dor jamais abandonou a divulgação do Islam até estabelecer um governo justo, que respeita o direito de livre credo religioso. 

Caros irmãos e irmãs; Ontem, Abu Jahl atacou o Profeta(s) e quis impedir a propagação e manifestação da fé. Hoje atacam os muçulmanos e os taxam de atrasados, terroristas, etc. temendo a propagação do Islam sendo que o Islam é a solução para o mundo.

Ontem, os muçulmanos, representados pela pessoa do Profeta Muhammad(s) e seus companheiros não se abateram com as insinuações e ataques e fizeram a religião chegar ao oriente e ocidente, hoje somos nós que faremos insha Allah! 

Hoje, estamos aqui, para fazer ecoar a verdade dizendo: “Chega desta falsa guerra contra o terrorismo.” E estamos aqui para dizer que o Islam prega a paz, e que os muçulmanos são, foram e sempre serão amantes da paz. E esclarecemos ainda, que se entramos em guerra é pela paz e pela justiça. E nós muçulmanos, não combatemos se não os que nos massacram, os que são injustos conosco e os que tomam nossas terras, lutamos contra os que não respeitam a santidade das mesquitas e das escolas e dos hospitais. Esclarecemos que é obrigação do muçulmano se defender, como qualquer outro povo injustiçado, é sua obrigação defender seu lar, sua família, sua nação. E a maior prova de que os muçulmanos são amantes da paz é que nós não participamos das duas grandes guerras mundiais onde juntas mais 75 milhões de pessoas foram mortas, e 28 milhões ficaram mutilados, e culminou com duas bombas nucleares. As duas grandes guerras por acaso não foram atos de terrorismo contra a humanidade? A verdade é que a nação muçulmana foi vitima deste verdadeiro terrorismo, que resultou na queda do Kalifado na primeira guerra mundial e na segunda guerra foi dividida a nossa nação. Foi dividida como espolio de guerra. A nação muçulmana até então, era um povo unido pela língua do sagrado Alcorão e pelo credo O Islam. E para piorar nossa situação, mais adiante foi nos arrancado a força uma parte do nosso santo território para criação do estado sionista de Israel. Foi nos arrancado a Palestina. E isto é o olho do terrorismo.

Este é o fato, este é o verdadeiro terrorismo que muitos tentam mascarar. Ua Salamu Alaikum!

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“Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele.” 8:24

Asalamo Alaikom WA WB,

Omar Hussein Hallak

1º de Abril - Famoso Dia da Mentira!

Por: Sheikh Aminuddin Mohamad - 26.03.2012 
Em países onde a influência pagã é bastante forte, sempre que se aproxima o dia 1 de Abril, comemora-se o chamado “Dia da Mentira”

Mas quem terá instituído esta satânica tradição? 
O Isslam não aprova tal prática por se tratar de uma exaltação à mentira, e esta ser, quaisquer que sejam as circunstâncias, contrária aos seus princípios. A mentira é condenável seja qual for a forma ou o objetivo que possa levar a pessoa a não ser verídica, ainda que seja a brincar. 

O mentir traz consequências más. O Profeta Muhammad S.A.W. disse: Apegai-vos com força à verdade, pois ela guia-vos para a virtude, e a virtude guia-vos para o Paraíso. E a pessoa fica a falar verdade até tornar-se numa pessoa verdadeira”. 

Neste aforismo do Profeta S.A.W., ele explica que há um objetivo para a veracidade, que é a virtude que nos leva ao Paraíso. 

Uma pessoa verídica é tida com respeito entre as pessoas, tanto nesta vida como também depois da sua morte. Ela torna-se objecto da sua confiança e elogios, e as pessoas suplicam (fazem duã) a Deus para que tenha misericórdia dela depois da sua morte. 

Tenhamos cuidado com a falsidade na forma como lidamos com as pessoas. Devemos ser sempre verídicos e nunca devemos mentir, seja a que pretexto for, pois mentir é uma das qualidades dos hipócritas. 

E consta no Al-Qur’án, no Cap. 63, Vers. 1: 
Deus testemunha que os hipócritas são mentirosos”. 

O Profeta diz: “A mentira leva à maldade; a maldade leva à perversidade; e a perversidade leva ao Inferno. A pessoa fica falando mentira até ser registada por Deus como mentirosa”. 

O mentiroso tem um espírito baixo, pois perante Deus ele é conotado com a falsidade. Como é que uma pessoa pode sentir alguma paz mental quando perante Deus é rotulada de mentirosa? 

As pessoas sempre duvidam do mentiroso, pois regra geral suspeitam das suas afirmações e transações. Chegam até a falar mal dele mesmo depois da sua morte. O Profeta Muammad S.A.W. diz: “Existem três sinais de um hipócrita: 1)quando fala mente; 2)quando discute insulta; e 3)quando promete não cumpre”. 

No Al-Qur’án, Cap. 22, Vers. 30, Deus menciona a falsidade como estando ligada à idolatria quando diz: 
“Evitai (completamente) a imundície (adoração) dos ídolos, e evitai a palavra da falsidade”. 

Sabendo tudo isto, será que é apropriado para algum crente, adotar a mentira nesse dia (1 de Abril) ou mesmo nos restantes dias do ano? Nem mesmo os descrentes (Káfr) sérios tomam a mentira como seu estilo de vida. 

Alguns crentes fracos acham não haver nenhum problema em falar mentira na brincadeira, desde que tal não prejudique ninguém, e não leve à violação dos direitos dos outros. Mas essas pessoas estão erradas, pois tudo isso não passa de desculpas falsas, numa tentativa de se enganarem a si mesmas. 

Como quaisquer outros pecados, quando se mente uma vez, torna-se fácil de seguida continuar a mentir, e assim ir-se mentindo até tornar-se num mentiroso, e a mentira tornar-se parte do instinto do mentiroso. 

A mentira é proibida em todas as religiões, seja em que circunstâncias for, mesmo que tal não atente contra os direitos dos outros. Mas caso a mentira esteja ligada à usurpação ilícita dos direitos dos outros, ainda que seja algo insignificante, o pecado daí decorrente é mais grave, pois duplica. 

Há pessoas que mentem por tal lhes proporcionar algum prazer, para entreterem os amigos à sua volta, ou mesmo para enganar as crianças. Isso também é condenado no Isslam. 

Hoje em dia as nossas vidas estão mergulhadas na mentira. São muitos os políticos, os comerciantes, os trabalhadores, os patrões, os pais, os filhos, os professores, os empreiteiros, etc., que mentem. 

Será que mesmo assim ainda precisamos de mais um “Dia de Mentira”? Acho que nestas circunstâncias ,o mais ideal seria que instituíssemos um “Dia da Verdade” em que todos nós nos abstivéssemos de mentir, e falássemos apenas verdade. Portanto, devemos temer a Deus, abstendo-nos de mentir. 

Qualquer religião é representada pelos seus seguidores. Se os seguidores de alguma religião não se abstiverem de mentir, de imitar cegamente os outros, de se apoderarem das coisas dos outros de forma ilícita, então onde iremos encontrar os verdadeiros religiosos com as características ordenadas pela religião? 

Quão vergonhoso é para aqueles que seguem os passos dos que estão destinados a arruinar-se! 

Deus diz no Al-Qur’án, Cap. 9, Vers. 119: 

Ó crentes! Temei a Deus e ficai ao lado dos verdadeiros”.

terça-feira, março 27, 2012

A Fraternidade por Allah

Louvado seja Allah. Nós O louvamos, pedimos Sua ajuda e diretriz. Pedimos refúgio em Allah contra os malefícios das nossas almas e as maldades das nossas ações.. Prestamos testemunho de que não há outra divindade além de Allah, Único, sem parceiros. Prestamos testemunho de que Mohammad é Seu servo e mensageiro. Que Allah o abençoe e lhe dê paz, bem como a seus familiares, seus companheiros e seus seguidores até o Dia do Juízo Final.

Quem examinar a realidade da comunidade islâmica verifica que há um despertar dos muçulmanos, o retorno ao Islam e a orientação para a prática do bem. Apesar disso, verifica também que a comunidade está enfraquecida, principalmente no Brasil, em que vemos o enfraquecimento em muitos aspectos.

Esse enfraquecimento aconteceu pelo fato da comunidade ter negligenciado o segredo de sua unidade e de sua força: A fraternidade islâmica.

O Profeta (S) tinha todo o cuidado com a fraternidade entre os muçulmanos, porque conhecia o segredo dessa fraternidade. O Profeta (S) irmanou em Makka, entre Hamza, o coraixita, e Salman, o persa. Entre Bilal, o abissínio, e Suhaib, o romano, e Abu Zar AL Ghafári. Todos declamaram:

Não tenho pai além do Islam

Se se vangloriarem de Kaiss ou Tamim.

Allah, Ta’ála, diz: “Sabei que os crentes são irmãos uns dos outros; reconciliai, pois, os vossos irmãos, e temei a Allah, para receberdes misericórdia” (49:10)

A fraternidade está vinculada à fé e dela não se separa. A verdadeira fé necessita de uma fraternidade verdadeira, e esta é a fraternidade dos crentes, sem nenhum interesse.

Depois que o Profeta (S) irmanou entre os muçulmanos em Makka, a segunda etapa aconteceu entre os habitantes de Madina, das tribos de Aus e Khazraj, depois de longas lutas e guerras entre ambas. A terceira etapa aconteceu quando o Profeta (S) irmanou entre os Muhajirin (migrantes) e Ansar (habitantes de Madina), num dia famoso, cujo igual a humanidade nunca conheceu. Durante esse dia os corações se irmanaram e os espíritos se mesclaram.

Por exemplo: o Profeta (S) irmanou entre Abdel Rahman Ibn Auf e Saad Ibn Ar Rabi’ (R). Este era muito rico. Ele disse a Abdel Rahman: “Esta é a minha fortuna, vou dividi-la em duas partes. Tenho duas esposas, vou liberar uma para você casar com ela.” Abdel Rahman Ibn Auf lhe disse: “Que Allah abençoe a sua fortuna e as suas esposas. Desejo apenas que me indique o mercado para que eu possa praticar o comércio.”

Quem faria isso nos dias de hoje?

Existem em nossa comunidade muçulmanos que não são caritativos com seus parentes, não se preocupam com eles nem os ajudam. Se algum emigrante chega algum país, e tiver parentes no Brasil, muitos não ficam satisfeitos com a sua chegada, nem o ajudam, deixando-o transtornado, dizendo que não encontrou ninguém que o ajudasse. Onde está a fraternidade islâmica?

A fraternidade pelo amor a Allah é uma dádiva de Allah para com os crentes. É a fraternidade vinculada a Allah. Ele diz: “Ó crentes, temei a Allah, tal como deve ser temido, e não morrais, senão como muçulmanos. E apegai-vos, todos, ao vínculo de Allah e não vos dividais; recordai-vos das mercês de Allah para convosco, porquanto éreis adversários mútuos e Ele conciliou os vossos corações e, mercê de Sua graça, vos tornastes verdadeiros irmãos; e quando estivestes à beira do abismo infernal, (Allah) dele vos salvou. Assim, Allah vos elucida os Seus versículos, para que vos guieis” (3:102-103).

E diz: “E ainda que tivesses despendido tudo quanto há na terra, não terias conseguido conciliar entre os seus corações; porém, Allah o conseguiu, porque é Poderoso, Prudentíssimo” (8:63).

Disso se manifesta a grandeza da dádiva de Allah sobre os muçulmanos por ter conciliado entre os seus corações no caminho da fé e do Islam.

Por isso, irmãos muçulmanos: convoco a todos para conhecerem a realidade da fraternidade por Allah, pois é a fraternidade permanente neste mundo e no Outro. Apegam-se ao vínculo de Allah e se unam entre vocês com o vínculo da fé.

Sabedoria: Uma gota com outra formam o rio. O tostão com o tostão formam fortuna, uma folha de  papel com o outra formam o livro, a hora com a hora formam a vida.”

Portanto, aproveitem a vida e as horas na obediência a Allah.

Que Allah os abençoe e aos seus familiares,

amém.
 
“Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele.” 8:24

Asalamo Alaikom WA WB,

Omar Hussein Hallak