sexta-feira, novembro 04, 2011

PEREGRINAÇÃO A M 5º PILAR DO ISLAMISMO

A Religião Islâmica está alicerçada sobre 05 Pilares. O último é a Peregrinação a Meca

O último pilar do Islão e uma das mais notáveis instituições é a “Hajj” ou a Peregrinação a Meca (Cidade natal do Profeta Muhammad), que tem lugar no último mês do calendário islâmico, Dul – Hijjah.

Esta peregrinação é obrigatória pelo menos uma vez na vida, para qualquer muçulmano, homem ou mulher, que for mental, financeira e fisicamente apto. O peregrino tem de ter possibilidades financeiras para cobrir os gastos pessoais e familiares, pagar as suas dívidas ou pelos menos aprovisionar as mesmas, até a peregrinação acabar.

Não é permitido ao crente contrair uma dívida para poder cumprir com este preceito, pondo em risco a sobrevivência da família.

A peregrinação a Meca tem, entre outras, as seguintes características:
É a mais ampla convenção anual de Fé, em que os muçulmanos de diferentes origens se encontram e se conhecem, convivendo entre si. É também a maior manifestação de paz espiritual com carácter regular que a história da humanidade jamais conheceu.
Durante a Peregrinação o tema predominante é a paz, e a oração; paz com Deus e com a própria alma, paz com os outros semelhantes. É estritamente proibido perturbar a paz de qualquer pessoa ou criatura, seja de que maneira for.
A título informativo, esta peregrinação tem a participação de cerca de quatro milhões de pessoas.
É uma demonstração integral da universalidade do Islão e da fraternidade e igualdade entre os muçulmanos.
Em resposta à chamada de Deus, os muçulmanos de todas as esferas da vida, de todas as classes e profissões, vindas de todas as partes do mundo, reúnem-se em Meca. Vestem-se todos da mesma forma e com a mesma simplicidade. Não há realeza, mas sim devoção de todos a Deus. Não há aristocracia, mas humildade.
O traje utilizado é o “ihram”, que é composto de dois panos brancos que caem pela frente e pelas costas no caso dos homens, ficando com a cabeça a descoberto e no caso das mulheres o “ihram” é composto por uma ampla capa e véu.
É uma confirmação da dedicação dos muçulmanos a Deus e a sua disposição de abandonar os interesses materiais ao serviço d’Ele.
Familiariza os peregrinos com a ambiente espiritual e histórico do Profeta Muhammad.
Comemora os rituais divinos seguidos por Abraão e Ismael (Ibrahim e Ismail), que são conhecidos como os primeiros peregrinos à primeira casa consagrada a Deus nesta terra, a Caba em Meca.
É uma lembrança da Grande Assembleia do Dia do Juízo Final, em que todos comparecerão perante Deus, em pé de igualdade à espera do seu Destino Final, sem poderem pretender nenhuma superioridade de raça ou de linhagem.

quinta-feira, novembro 03, 2011

O DIA DE ARAFAH – O IDUL- ADHÁ.


Assalamo Aleikum Warahmatulah Wabarakatuhu (Com a Paz, a Misericórdia e as Bênçãos de Deus) Bismilahir Rahmani Rahim (Em nome de Deus o Beneficente e Misericordioso) Abdurrahman Bin Yamur Ad-Dail (Radiyalahu an-hu – Que Deus esteja satisfeito com ele), referiu que ouviu do Profeta Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam) dizer: “O Haj é Arafah, O Haj é Arafaf”. Relato de Baihaque. Ainda referiu o Profeta: O melhor dia, é o dia de Arafah.

O dia de Arafah é o dia 9 de Dhul-Hijja. Arafah está situado a cerca de 9 Kms de Miná, onde se encontra uma pequena montanha conhecida por “Jabalar-Rahmah – A montanha da misericórdia”, onde o Profeta Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam) proferiu a sua última mensagem para a humanidade.

Segundo o Relato de Musslim, o melhor dia para Allah Subhana Wataala , é o dia de Arafah. É o dia em que Deus, o Misericordioso, livra uma grande parte das criaturas do inferno.

Nesse dia, os muçulmanos que se encontram a cumprir o Haj, ouvem falar línguas que nunca tinham ouvido falar, porque o Isslam é uma religião universal. Vemos irmãos e irmãs da mesma fé, de todas as cores e nacionalidades, trajando o mesmo tipo de vestuário (os homens embrulhados em panos brancos) e todos movidos pela mesma causa que é de obter o perdão de Deus, nosso Criador e Sustentador. Faz-nos pensar o dia da Ressurreição, em que todos seremos levantados das nossas sepulturas e reunidos para a derradeira prestação de contas.

Nesse dia em Arafah, o Haji (peregrino) deverá estar o mais tempo possível de pé, com as mãos levantadas fazendo duás (preces), com muita humildade e sinceridade, pedindo a Deus que lhe perdoe e que o encaminhe para o caminho daqueles que ganharam a Sua satisfação. 

Deve também aproveitar o tempo fazendo o Zikre (recordando e louvando a Deus) e lendo o Alcorão. Os muçulmanos que não foram fazer a peregrinação, devem também incrementar as suas referidas acções religiosas e fazendo orações facultativas.

Foi recomendado pelo Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) para que os muçulmanos que não se encontram em peregrinação (Haj), para observarem o jejum no dia de Arafah. Abu Catada (Radiyalahu an-hu), referiu que foi perguntado ao Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) acerca do jejum no dia de Arafah; respondeu: “Isso permite emendarem-se as faltas (cometidas) durante o ano anterior e o ano seguinte”. Muslim.

Depois do pôr do sol, os Hajis (peregrinos) deixam Arafah e seguem para Muzdalifa, situada a cerca de 5 Kms a leste de Arafaf , a fim de passarem a noite. Deus, nosso Senhor e Guia, refere no Cur’ane: “Quando regressardes de Arafah, invocai Deus junto do Macharil Haram (em Muzdalifa). Recordai-vos Dele de forma como Ele vos orientou....” Cap. 2 Vers. 198.

Os Muçulmanos têm dois dias festivos. O Idul Fitre, depois de terminado o mês de Ramadan e o Idul Adhá, no dia 10 de Dhul Hiija, em comemoração do final do período de Haj, em que todos os que não participaram nos rituais do Haj, celebram o dia, fazendo a oração e o Curbani (sacrifício).

Abu Huraira (Radyiallahu an-hu) narra que o Profeta (Sallalahu Aleihi Wassalam) disse: “Quem tem capacidade financeira para fazer o curbani (sacrifício), mesmo assim não o faz, esse que fique longe e não se aproxime do nosso idegáh (local da oração de Ide).

Nas noites anteriores aos dias de Ide, devem ser aproveitadas para fazermos o máximo de ibádates possíveis (adoração a Deus), pois Abu Umamah (Radiyallahu anhu) referiu que o Profeta Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam) disse: “Quem permanecer de pé nas duas noites que antecedem aos dias de Ide, na esperança de obter recompensa, o seu coração não morrerá no dia em que todos os corações estarão mortos. Relato de At-Targuib.

Deve ser recitado o Takbir, após cada oração farz, começando no dia 9 de Dhul-Hajja, na hora de Al Fajr, até ao dia 13 do mesmo mês, depois da oração de Assr.

ALLAHU AKBAR, ALLAHU AKBAR; LÁILAHA IL-LALLÁHU-WALLÁHU AKBAR. ALLÁHU AKBAR WALIL-LÁHIL-HAMD.
Deus é o Maior. Deus é o Maior. Não há outra divindade excepto Deus. Deus é o Maior, Deus é o Maior e todos os louvores pertencem só a Deus.

Dar prendas no dia de Ide, aumenta ainda mais as nossas amizades. O Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) disse: “Ofereçam prendas uns aos outros, porque a prenda remove o rancor do peito”. – Relato de Tirmizi. . As prendas devem ser úteis e não necessariamente dispendiosas. Também é uma prenda o cumprimento, um abraço efusivo entre amigos, um sorriso, um telefonema para os familiares e amigos que se encontram distantes. Aicha (R.T.A.) disse que o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) aceitava prendas e em troca também dava prendas. - Relato de Al-Bukhari.

Nos dias de Ide, devemos dar prendas, em especial às nossas crianças, de modo que não fiquem constrangidas ao verem as outras crianças a receberem prendas na altura do natal. Assim compreenderão os motivos porque temos prendas nos nossos dias de festa. A orientação de dar prendas, surgiu há mais de 1.400 anos..... No entanto, deveremos ter em conta, a utilidade das prendas a oferecer. Uma prenda pode ser também um sorriso, uma reconciliação ou uma visita de cortesia.

Façam o favor de passar o dia de Ide na companhia da família e dos amigos. Visitem as sepulturas dos vossos falecidos, eles estão sempre à espera das vossas preces.

Um dia de Arafah com muitos benefícios espirituais e votos de um Eidul-Adhá muito feliz e que Deus vos abençoe.

Cumprimentos

Abdul Rehman Mangá

03/11/2011

ETIQUETAS PARA O EID AL ADHA‏

Bismillah Arahmani Rahim!

Sunnah a ser observada no dia de Eid

 1 ) Fazer ghusl antes de sair para a oração.

 Foi narrado em um hadith saheeh em al-Muwatta' e em outros lugares que 'Umar ibn ‘Abd-Allah costumava fazer o ghusl no dia de Eid al-Fitr antes de sair para o local de oração na parte da manhã. Al-Muwatta’ 428.

Al-Nawawi (que Allah tenha misericórdia dele) disse que os muçulmanos unanimemente concordaram que é mustahabb(recomendável) fazer ghusl para a oração do Eid.

O motivo pelo qual é mustahabb é o mesmo para que se faça ghusl antes do Jumu'ah e outras reuniões públicas. No dia de Eid, a razão é ainda mais forte.

2) Comer antes de sair para orar no Eid al-Fitr e depois da oração de Eid al-Adha.

Faz parte da etiqueta não sair para rezar no Eid al-Fitr, até que se tenha comido algumas tâmaras, por causa do hadith narrado por al-Bukhari de Anas ibn Malik, que disse que o Mensageiro de Allah (paz e bênçãos de Allah esteja sobre ele) não costumava sair na manhã de Eid al-Fitr, até que ele tivesse comido algumas tâmaras ... as quais ele comia em número ímpar. Al-Bukhari, 953.

É mustahabb comer antes de se dirigir à oração para, assim, enfatizar o fato de que é proibido jejuar neste dia e demonstrar que o jejum acabou.

Ibn Hajar (que Allah tenha misericórdia dele) sugeriu que a razão para isso foi afastar a possibilidade de se adicionar mais dias ao jejum, e para que nos apressemos em obedecer ao comando de Allah. Al-Fath, 2 / 446
Quem não possuir tâmaras pode quebrar o jejum com tudo o que é permitido.

Mas no Eid al-Adha é mustahabb não comer nada até que se retorne da oração, para que, com isso, a pessoa coma da udhiyahque ofereceu em sacrifício. Se ela não vai oferecer um sacrifício, não há nada de errado em comer antes da oração.

3) Fazer o Takbir no dia de Eid.


Esta é um dos maiores Sunnahs no dia do Eid, porque Allah diz (interpretação do significado):

“[...] Mas cumpri o número (de dias), e glorificai a Deus por ter-vos orientado, a fim de que (Lhe) agradeçais.” (2:185)

Foi narrado al-Waleed ibn Muslim disse: “Eu perguntei al-Awzaa’i e Maalik ibn Anas sobre pronunciar o Takbir em voz alta nos dois Eids. Eles disseram:‘Sim, ‘Abd-Allaah ibn ‘Umar costumava pronunciá-lo em voz alta no dia do Eid al-Fitr, até que o Imam saisse (para conduzir as orações).’”

Foi narrado em um relato saheeh que ‘Abd al-Rahmaan al-Sulami disse: “Eles enfatizavam mais no dia do Eid al-Fitr do que o dia de al-Adha.”

Wakee’ disse que isto se refere ao Takbir (Vide Irwa’ al-Ghaleel, 3/122/).

Al-Daaraqutni e outros narraram que, na manhã de Eid al-Fitr e do Eid al-Adha, ibn ‘Umar se esforçava muito na recitação doTakbir até chegar no local de oração, então ele recitava o Takbir até que o Imam saísse.

Ibn Abi Shaybah narrou com um isnaad saheeh (cadeia de transmissão verídica) que al-Zuhri, disse: “O povo costumava recitar o Takbir no dia de Eid quando saíam de suas casas até chegarem ao local de oração, e até que o Imam saísse. Quando o Imamsaia eles ficavam em silêncio, e quando ele dizia Takbir eles também diziam (Ver Irwa’ al-Ghaleel, 1/121)”.

Recitar o Takbir ao sair da própria casa para se dirigir ao local de oração e até que o Imam saia (para conduzir a oração) foi algo bem conhecido entre os Salaf (primeiras gerações). Este (ato) tem sido narrado por um grande número de estudiosos como Ibn Abi Shaybah, ‘Abd a l-Razzaaq e al-Firyaabi em Ahkaam al-Eidayn a partir de um grupo de Salaf. Por exemplo, Naafi’ ibn Jubayr costumava recitar o Takbir e ficou surpreso que as pessoas não o faziam, e ele disse: "Por que vocês não recitam oTakbir?"

Ibn al-Zuhri Shihaab (que Allah tenha misericórdia dele) costumava dizer: "O povo costumava recitar o Takbir a partir do momento em que eles saíam de suas casas até o Imam chegasse (até o local da oração)."
O período para Takbir no Eid al-Fitr começa a partir da noite anterior ao Eid e se estende até que o Imam chegue para conduzir a oração do Eid.
No caso do Eid al-Adha, o Takbir começa no primeiro dia de Dhu'l-Hijjah e dura até o entardecer do último dos dias deTashreeq.
 
Descrição do Takbir:
Foi narrado no Musannaf de ibn Abi Shaybah com um isnaad saheeh de Ibn Mas'ood (que Allah esteja satisfeito com ele) que ele costumava recitar o Takbir durante os dias de Tashreeq

Allaahu akbar, Allaahu akbar, laa ilaaha ill-Allaah, wa Allaahu akbar, Allaah akbar, wa Lillaah il-hamd (Allah é o Maior, Allah é o Maior, não há nenhum deus além de Allah, Allah é o Maior, Allah é o Maior, e para Allah é o louvor).
Também foi narrado em outro lugar por Ibn Abi Shaybah com isnaad saheeh, mas com a frase "Allaahu akbar", repetida três vezes.
Al-Mahaamili narrou com um isnaad saheeh também de Ibn Mas'ood:

"Allaahu akbaru kabeera, Allaahu akbaru kabeera, Allaahu akbar wa ajallu, Allaahu akbar wa Lillaah il-hamd (Allah é o Maior, de fato, Allah é o Maior, de fato, Allah é o Maior e o Mais Glorificado, Allah é o Maior e para Allah é o louvor).” (Vide al-Irwa’, 3/126.)
4) Ofertar parabéns.

A etiqueta de Eid também inclui as felicitações e bons votos trocados por pessoas, não importa as palavras, tais como dizer um ao outro “Taqabbala Allah wa minna minkum (Que Allah aceite [as boas ações] de nós e de você)” ou “Eid Mubaarak” e outras expressões admissíveis de congratulações.

Foi narrado que Jubayr ibn Nufayr disse: “Quando os companheiros do Profeta (paz e bênçãos de Allah estejam com ele) reuniam-se no dia do Eid, diziam uns aos outros: ‘Que Allah aceite (as boas ações) de nós e de você. ’”

‘Ibn Hajar disse que a sua isnaad é hasan. Al-Fath, 2 / 446.

Desejar felicitações foi algo bem conhecido entre os Sahaabah, e os estudiosos como Imam Ahmad e outros permitiram. Há evidências que sugerem que é desejável oferecer parabéns e votos de felicidades em ocasiões especiais, e que os Sahaabahfelicitavam-se quando coisas boas aconteciam, como quando Allah aceitou o arrependimento de um homem. Eles dirigiram até ele e felicitaram-no por isso, e assim por diante.
Sem dúvida oferecer felicitações, está entre as características mais nobres dos muçulmanos.
O mínimo que pode ser dito a respeito deste assunto é que você deve, ao menos, retornar os cumprimentos daqueles que o parabenizarem pelo Eid, e permanecer em silêncio se os outros se calarem, como o Imam Ahmad (que Allah tenha misericórdia dele) disse: “Se alguém felicita você, responda, caso contrário, não a inicie (a felicitação)”.

5) Adornar-se, por ocasião do Eid.

Foi narrado que ‘Abd-Allaah ibn ‘Umar (que Allah esteja satisfeito com ele) disse que 'Umar trouxe um manto brocado¹ que estava à venda no mercado e trouxe-o para o Mensageiro de Allah (paz e bênçãos de Allah estejam com ele), e disse: “Ó Mensageiro de Allah, compre este e adornar-se com ele para o Eid e para receber as delegações.” O Mensageiro de Allah (paz e bênçãos de Allah estejam com ele) lhe disse: “Por certo, este é o adorno de quem não tem um quinhão (de piedade ou de recompensa na outra vida)...” Narrado por al-Bukhari, 948.

O Profeta (paz e bênçãos de Allah estejam com ele) concordou com a idéia de 'Umar para adornar-se no o Eid, mas o repudiou por escolher tal manto, pois era feito de seda.

Foi narrado que Jaabir (que Allah esteja satisfeito com ele) disse: “O Profeta (paz e bênçãos de Allah estejam com ele) tinha um manto que ele usava nos dois Eids e às sextas-feiras.” Saheeh Ibn Khuzaymah, 1756,

Al-Bayhaqi narrou com um isnaad saheeh que Ibn 'Umar costumava usar suas melhores roupas no Eid.

Assim, um homem deve vestir a melhor roupa que ele tem ao sair para o Eid.

Em relação às mulheres, elas devem evitar adornarem-se excessivamente quando saem para o Eid, pois, elas são proibidas de mostrarem seus adornos para homens não mahram. Também é haram para uma mulher sair perfumada ou expor os homens à tentação, pois, eles só vão sair com a finalidade de adoração.

6) Ir para oração por um caminho e voltar por outro.

Foi narrado que Jaabir ibn 'Abd Allah (que Allah esteja satisfeito com ele) disse: “No dia do Eid, o Profeta (paz e bênçãos deAllah estejam com ele) costumava variar sua rota”. Narrado por al-Bukhari, 986.

Foi dito que a razão para isso é o fato de que as duas rotas iriam testemunhar no Dia da Ressurreição, pois, a Terra também virá falar no Dia da Ressurreição e dizer o que foi feito nela de bom e de ruim.

E também foi dito que era a fim de manifestar os símbolos do Islã em ambas as rotas, ou manifestar a lembrança de Allah(dhikr), ou para irritar os hipócritas e os judeus, e para assustá-los com um grande número de pessoas que estavam com ele (o profeta). E foi dito que era para atender às necessidades do povo, para responder às suas dúvidas, ensiná-los, dar o exemplo e fazer caridade aos necessitados, ou para visitar os parentes e manter os laços de parentesco.

 Allah sabe melhor.

Islam Q&A.

1- Estofo entretecido de seda e fios de ouro ou prata, com desenho em relevo, usado por vezes em encadernações requintadas.

Nota extra:

Mulheres em período menstrual podem participar do Eid?

R: Sim, é Sunnah que as mulheres em período menstrual participem das comemorações.

Em al-Saheehayn e em outros lugares é narrado que Umm ‘Atiyah(que Allah esteja satisfeito com ela) disse: "Nós fomos ordenadas - em referência ao Profeta (paz e bênçãos de Allah estejam com ele) – a convocar as adolescentes e as mulheres em reclusão para as orações do Eid, e ele ordenou que as mulheres menstruadas evitassem o local de oração dos muçulmanos. Narrado por al-Bukhari, 1/93; Muslim, 890. De acordo com outro relatório: “Fomos ordenadas a convocar as meninas adolescentes e aquelas em reclusão.”

De acordo com um relato narrado por al-Tirmidhi: “O Mensageiro de Allah (paz e bênçãos de Allah estejam com ele) costumava convocar as virgens, adolescentes, mulheres em reclusão e as mulheres menstruadas para os dois Eids, mas as mulheres menstruadas deviam manter-se longe do local de oração e testemunho da reunião dos muçulmanos. Uma delas disse: ‘Ó Mensageiro de Allah, e se ela não tiver um jilbaab?’ Ele disse: ‘Então sua irmã (de fé) deve lhe emprestar um de seus jilbaabs’”.

Islam Q&A.

(tradução: www.amulhernoislam.com)

domingo, outubro 30, 2011

O SACRIFÍCIO – CURBANI

Assalamo Aleikum Warahmatulah Wabarakatuhu (Com a Paz, a Misericórdia e as Bênçãos de Deus) Bismilahir Rahmani Rahim (Em nome de Deus o Beneficente e Misericordioso).

“Faça Salah (oração) para o teu Senhor e faça Curbani (Sacrifício)”. Cur’ane - Cap. 108 Vers.2
O Sacrifício – Curbani, é um dos rituais do Haj. Ibrahim (Aleihi Salam) – Abraão (Que a Paz de Deus esteja com ele) já muito velho, apesar de ser um grande Profeta, continuava a ser um ser humano e desejava ter um filho para dar continuidade à sua obra. Através de Hajra, a mulher africana e depois de muitos pedidos ao seu Senhor, Ele concedeu-lhe um filho chamado Issmail (Esmael) (que a Paz de Deus esteja com ele) - (nome que significa Deus escutou).

Allah, nosso Senhor e Criador, quis testar Ibrahim (Aleihi Salam). Ele era muito idoso e o filho ainda muito pequeno. Recebeu ordens para deixar o filho com a mãe no deserto. Ele cumpriu com as ordens do seu Senhor, conforme foi relatado na mensagem referente à Agua de Zam- Zam. Depois do filho crescer, Deus quis novamente testa-lo. Através de um sonho, Deus ordenou-lhe para sacrificar o seu próprio filho. Ibrahim (Aleihi Salam), servo de Deus, logo se prontificou para cumprir com a ordem. 

Allah diz no Cur’ane: “E saibam que as vossas riquezas e os vossos filhos são um teste.” Cur’ane 64, Vers.115.

E Ibrahim (Aleihi Salam), resolveu partilhar a ordem recebida com o seu filho Issmail (Aleihi Salam), que já demonstrava dedicação às ordens divinas, pelo que não hesitou em afirmar “Se Allah quiser, encontrar-me-ás de entre os pacientes.” Cur’ane 37 Vers.102. 

Deste modo, Ibrahim levou o seu filho para o sacrificar. Durante o percurso apareceu o chaitane (diabo) que lhe persuadiu de não cumprir com a ordem de Deus, lembrando-lhe que só depois de muito velho é que conseguiu ter um filho. Ibrahim (Aleihi Salam), atirou para o cheitane, 7 pedrinhas, que se afundou na terra. Esta tentativa do cheitane, para desviar a tenção do Profeta Ibrahim (Aleihi Salam), aconteceu por três vezes e por três vezes Ibrahim (Que a Paz de Deus esteja com ele), o repeliu.

Depois em Miná, a poucos quilómetros de Makka, quando se preparava para sacrificar o seu filho, Deus enviou um carneiro que foi sacrificado. Por isso, para manter viva a tradição de Ibrahim (Aleihi Salam), foi instituído que todo o muçulmano, após a oração do Idul Adhá (festa religiosa em comemoração do final da peregrinação a Makka), deve sacrificar um carneiro, uma vaca, um camelo, etc..Uma galinha não serve para o curbani. Um carneiro dá para uma pessoa e uma vaca para 7 pessoas. Jabir b. Abdullah (Radiyalahu an-hu) referiu: “No ano de Hudaibiya (6 da Hegira), nós, na companhia do Mensageiro de Deus, sacrificámos camelos para 7 pessoas e vaca para 7 pessoas”. Muslim. É recomendável que a carne seja distribuída em 3 partes iguais. Uma para seu consumo próprio, uma parte para os pobres e outra parte para os amigos e vizinhos, de modo que todos possam passar o dia de festa, convivendo em harmonia.

As palavras Hadiy e Curbani, referem-se a sacrifícios, mas efectuados em ocasiões e locais diferentes. O Hadiy é feito exclusivamente por aqueles que se encontram em peregrinação (Haj) em Miná. O Curbai (Udhiyah) é obrigação para todos os restantes muçulmanos, espalhados pelo mundo. Os pobres, estão dispensados desta obrigação.

O Hadiy é obrigatório para o Cárin e para o Mutamatti e faz parte de um dos rituais do Haj. O    Haji Mufrid está dispensado. Existem outros rituais, nomeadamente; a) – Fazer Tawáf – circundar a Casa de Deus; b)- percorrer os montes Safa e Marwa, lembrando o que a mulher de Ibrahim sofreu para salvar o filho Issmail dos tormentos da sede; c)- atirar as pedrinhas (Ramyi) nos três locais onde Ibrahim foi tentado.

O Curbani é obrigatório para todo o muçulmano, adulto, financeiramente capaz. O Curbani pode ser efectuado nos dias 10, 11 e 12 de Dhul Hijja. Mas é recomendável que seja efetuado no dia 10, dia de Ide, mas só depois da oração do Idul Adhá. Jundub Bin Sufyan Al Bajali referiu: “no tempo do Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam), oferecemos alguns animais como sacrifício. Depois de terminada a oração de Idul Adhá, verificou-se que alguns companheiros abateram os animais antes da oração, pelo que o Profeta disse: “Quem sacrificou os animais antes da oração, deverá fazer novos sacrifícios e quem ainda não o fez, o deverá fazer, invocando o nome de Deus”. – Bukari. Livro 67-hadice 408. O período para o sacrifício dos animais, termina no 12ª. dia do referido mês, ao pôr do sol. Acerca deste dia de Idul-Adha, dia de festa, o Cur’ane refere a permissão de consumirmos a carne dos animais, os quais foram sacrificados com a invocação do nome de Deus: “…Comei, pois, dele e alimentai o indigente e o pobre”. 22.28 O Curbani que é feito no dia de Idul Adhá, não tem nada a ver com os sacrifícios que alguns povos ainda fazem, invocando espíritos ou ídolos.

“Deus vos proibiu carne de animais mortos (que morreram por si), o sangue, a carne de porco e o que foi imolado sob a invocação de qualquer outro nome, que não seja o de Deus…” 2.173. O Curbani é feito invocando o nome de Deus, lembrando o sacrifício do Profeta Ibrahim (Aleihi Salam) e para que todos, em especial os mais necessitados, possam ter alimentos suficientes para passarem o dia de Ide, dia de festa, em harmonia e em alegria. Abu Tufail referiu que perguntaram a Ali b. Abi Talib, para lhes informar algo que o Mensageiro de Deus lhe tenha dito em segredo. Ele respondeu: “Ele não me disse nada em segredo que não esteja ao alcance das pessoas. Mas eu ouvi ele dizer: “1- Deus amaldiçoou quem sacrificou em nome de alguém, em vez do nome de Deus. 2- Amaldiçoou aquele que acomodou uma inovação. 3- Deus amaldiçoou aquele que amaldiçoou os seus pais. 4- Deus amaldiçoou quem alterou a linha de fronteira (da terra que lhe pertence, não respeitando os direitos dos outros) 4.877 Muslim.

Certa vez os Sahabas - companheiros do Profeta (Radiyalahu an-huma), quiseram saber o significado do Curbani (Sacrifício) e o Profeta (Salalahu Aleihi Wassam) respondeu: “É Sunnat (tradição) do vosso pai Ibrahim.” Então eles perguntaram: “Que recompensa obteremos pelo sacrifício?. O Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) disse: “Por cada pêlo do animal, tereis uma recompensa.” Relato de Ibn Majah. O Mensageiro de Deus (Salalahu Aleihi Wassalam) fez o curbani durante todos os anos que permaneceu em Madina.

O Curbani pode ser feito em Portugal, pelo que podem contactar com o talho que habitualmente vos fornece a carne. Em alternativa, podem também mandar fazer o Curbani nas vossas terras de origem. Outra alternativa é entregar aos necessitados, a totalidade do produto resultante do curbani, ou às escolas frequentadas pelos alunos carenciados. Ali b. Abi Talib (Radiyalahu an-hu), referiu: “O Mensageiro de Deus o incumbiu na responsabilidade do sacrifício dos seus animais e ordenou-lhe para distribuir toda a carne e peles aos pobres e não cabendo nada para o açougueiro, que foi pago pelo respectivo trabalho”. 3019 e 3022 Muslim Façam o favor de serem felizes, cumprindo com as vossas obrigações perante o nosso Criador.

Não se esqueçam de também contribuírem para a felicidade das pessoas que vos rodeiam.

Cumprimentos

Abdul Rehman Mangá

27/10/2011

quinta-feira, outubro 27, 2011

Os Direitos da Mulher na Civilização Islâmica‏

بسم الله الرحمن الرحيم

Por: Dr . Ragheb Elsergany

O Islam envolveu a mulher com grande cuidado e atenção, a elevou e a valorizou, a exclusivizou com a nobreza e bom relacionamento sendo filha, esposa, irmã e mãe. O Islam estabeleceu, inicialmente, que a mulher e o homem foram criados de uma só fonte, por isso as mulheres e os homens no aspecto humano são iguais. Disse Allah, o Altíssimo: [Ó humanos, temei a vosso Senhor, Que vos criou de uma só pessoa e desta criou sua mulher, e de ambos espalhou pela terra numerosos homens e mulheres] (Annissá: 1). E existem vários outros versículos que esclarecem a eliminação do Islam o princípio da distinção entre o homem e a mulher nos valores humanos comuns.

O valor da mulher no Islam

Partindo destes princípios e negando os costumes da jahiliyah (época pré-islâmica) e das nações anteriores no assunto da mulher, o Islam chegou para defender a mulher e para colocá-la em um nível jamais alcançado em nenhuma nação ou religião anterior nem em nação posterior, estabelecendo para ela – como mãe, irmã, esposa e filha desde catorze séculos atrás – direitos reivindicados ainda hoje pela mulher ocidental.

O Islam estabeleceu inicialmente que as mulheres se igualam aos homens no valor e na posição, o fato de serem mulheres não as diminui. O mensageiro (a paz esteja com ele) disse sobre isso, decretando um princípio importante: “Em verdade, as mulheres são irmãs dos homens”[1]. Também é narrado sobre ele que recomendava o respeito às mulheres permanentemente, dizia aos seus companheiros: “Tratem bem as mulheres...”[2]. Esta recomendação se repetiu no sermão de despedida quando ele falava a milhares de pessoas da sua nação.

O valor da mulher na época pré islâmica

Se pretendemos esclarecer o que o Islam estabeleceu de bases para a elevação e enobrecimento da mulher, devemos primeiro perceber inicialmente a situação da mulher nas “ignorâncias” antigas e modernas[3], para vermos a real escuridão que ela viveu e que ela ainda vive. A partir daí, se esclarece para nós a real situação e posição da mulher sob a sombra dos ensinamentos do Islam e da civilização islâmica.

Se os árabes – como antecedemos no primeiro capítulo – enterravam suas filhas as privando do direito à vida, temos o Alcorão Sagrado sendo revelado criminalizando e proibindo tal ato: [E quando a filha, enterrada viva, for interrogada, por que delito fora morta] (Attakwir: 8-9). O profeta (a paz esteja com ele) também fez deste crime um dos maiores pecados. Ibn Mass´úd disse: Perguntei ao mensageiro de Allah (a paz esteja com ele): Qual pecado é maior? Ele disse: “Que tu associes com Allah um parceiro sendo que Ele te criou”. Eu disse: E em seguida? Ele disse: “Que mates o teu filho temendo que ele divida o teu sustento contigo”. Eu disse: E em seguida? Ele disse: “Que cometas adultério com a mulher de teu vizinho” [4].

Os direitos da mulher no IslamEste assunto no Islam não se limita a dar à mulher somente o direito à vida, mais ainda, o Islam incentivou a benfeitoria a ela quando pequena. Disse o mensageiro (a paz esteja com ele): “Quem for responsável por estas meninas e for benfeitor para com elas, elas lhes serão uma barreira do fogo”[5].

Em seguida, o mensageiro (a paz esteja com ele) ordenou ensiná-las dizendo: “Todo homem que tiver uma menina e a ensinar com perfeição, e a educar com perfeição... terá duas recompensas”[6]. E o profeta (a paz esteja com ele) dedicava um dia para a exortação das mulheres e as ordenava a obediência a Allah, altíssimo seja[7].

Quando a menina atravessa a idade da puberdade e torna-se adolescente, o Islam já lhe dá o direito de aceitar ou recusar um possível pretendente para o casamento, não permite que ela se case com um homem a quem não deseja. Sobre isso, o mensageiro (a paz esteja com ele) disse: “A mulher que já foi casada tem mais direito sobre si que o seu tutor, e a virgem deve ser perguntada e sua permissão é o seu silêncio”[8]. E disse: “A mulher que já foi casada não pode ser casada até ser consultada, e a mulher virgem não pode ser casada até lhe ser pedida a permissão”. Disseram: Ó mensageiro de Allah, e como é a sua permissão? Disse: “Que faça silêncio”[9].

E quando torna-se esposa, a lei islâmica incentiva o bom trato e boa convivência, levando em consideração que a boa convivência com a mulher é uma prova da nobreza do homem e da generosidade de sua natureza. Incentivando isso, o mensageiro (a paz esteja com ele) disse: “Se o homem dá água para sua mulher beber é recompensado”[10]. E alertando, diz: “Eu constranjo a quem faz perder o direito dos dois fracos: o órfão e a mulher”[11].O mensageiro (a paz esteja com ele) era um exemplo prático neste assunto, era de extrema ternura e bondade com sua família. Al Assuad Annakhaí narra que perguntou a Áíshah sobre o que o profeta (a paz esteja com ele) fazia junto de sua família. Ela disse: “A ajudava no trabalho doméstico, então, se chegasse a hora da oração, partia para a oração”[12].

E se a mulher detestar o seu marido e não suportar viver com ele, o Islam lhe concedeu o direito à separação. Ibn Ábbass disse: A mulher de Thabit ibn Qaiss veio até o profeta (a paz esteja com ele) e disse: Ó mensageiro de Allah, não reclamo sobre Thabit em religião nem conduta, porém receio a incredulidade. O mensageiro de Allah então disse: “Então, queres anular a tua residência com ele?”. Ela respondeu: Sim. Então, o profeta (a paz esteja com ele) o ordenou que se separasse dela[13].Podemos adicionar ao que antecedeu o fato de o Islam ter estabelecido poder financeiro individual para a mulher exatamente igual o homem, ela pode vender, comprar, alugar, outorgar, dar e não tem limitação sobre ela enquanto ela goza de suas faculdades mentais, baseando-se no dizer de Allah, o Altíssimo: [Então, se percebeis neles maturidade, entregai-lhes suas riquezas...] (Annissá: 6).

Quando Ummu Haní bint Abi Talib deu proteção a um homem politeísta e seu irmão Ali ibn Abi Talib queria matá-lo, o profeta (a paz esteja com ele) sentenciou a favor de Ummu Haní e deu a ela o direito de oferecer proteção na guerra ou na situação de paz aos não muçulmanos e disse: “Protegemos a quem tu proteges ó Ummu Haní”[14].

Assim vive a mulher muçulmana, cara, nobre, protegida sob a sombra dos ensinamentos do Islam e sob a nobre civilização islâmica.

Tradução: Sheikh Ahmad Mazloum[1] Relatado por Al-Tirmizi: Capítulo de Al-taharah (purificação) (113), Abu Daud (236), Ahmad (26.238), Abu Ya'la (4694). Veja: Sahih Al-Jami ' de Al-Albani (1983).

[3] Mencionamos este assunto quando falamos sobre as civilizações anteriores.

[4] Narrado por Al-Bukhari, capítulo de Al-Adab (comportamento) (5655), Al-Tirmizi (3182) e Ahmad (4131).

[5] Narrado por Al-Bukhari sobre a autoridade do 'Aisha (que Allah esteja satisfeito com ela): Capítulo de Al-Adab (comportamento) (5649), e muçulmanos, o capítulo da Virtude, boas maneiras e participar dos laços de parentesco (2629).

[6] Narrado por Al-Bukhari sobre a autoridade de Abu Musa Al-Ash'ari: Capítulo de Al-Nikah (casamento) (4795).

[7] Abu Said Al-Khudri disse: Algumas mulheres solicitaram ao Profeta para fixar um dia para elas, enquanto os homens estavam tomando todo o seu tempo. Então, ele prometeu-lhes um dia de aulas para exortá-las e ordená-las. Narrado por Al-Bukhari, capítulo de Al-Ilm (conhecimento) (101), e Muslim, o capítulo da Virtude, boas maneiras e participar dos laços de parentesco (2633).

[2] Narrado por Al-Bukhari sob a autoridade de Abu Hurayrah: Capítulo de Al-Nikah (casamento), o capítulo de conselhos sobre cuidar de mulheres (4890), e Muslim: Capítulo da lactação (1468).


[8] Narrado por Muslim sobre a autoridade de Abdullah ibn Abbas: Capítulo de Al-Nikah (casamento) (1421).

[9] Narrado por Al-Bukhari sobre a autoridade de Abu-Hurairah: Capítulo de Al-Nikah (casamento) (4843).

[10] Narrado por Ahmad na autoridade de Ibn Al-Írbadh ibn Sariyah (17195). Veja: Sahih Al-Targhib wa Al-Tarhib (Livro do incentivo e intimidação) (1963).

[11] Narrado por Ibn Majah sobre a autoridade de Abu-Hurairah (3678) e Ahmad (9664). Shu'aby Al-Arna'ut disse que sua transmissão é forte, Al-Hakim (211), e disse que o hadith é correto, conforme as condições exigidas por Muslim. Al-Zahabi disse em Al-Talkhis: De acordo com as condições de Muslim. Al-Baihaqi (20.239). Al-Albani disse: correto. Veja Al-Silsilah Sahihah-Al (1015).


[12] Narrado por Al-Bukhari capítulo, de wa Al-Jama'ah Al-Imamato (644), Ahmad (24.272), e Al-Tirmizi (2489).

[13] Narrado por Al-Bukhari, capítulo de Al-Talaq (divórcio) (4973) e Ahmad (16.139).

[14] Narrado por Al-Bukhari sobre a autoridade de Um Hani bint Abu Talib: Capítulo de Al-Jiziah (3000), e Muslim: Capítulo de Salat Al-Musafirin (orações dos viajantes) (336) .Conselho Superior dos Teólogos e Assuntos Islâmicos do Brasil, Grupo independente, constituído de sábios, cheiques que seguem a sunna e o consenso no Brasil, São propagadores locais e enviados dos ministérios dos bens religiosos e dos assuntos islâmicos das diferentes regiões para cuidar dos assuntos islâmicos dos muçulmanos no Brasil.

المجلس الأعلى للأئمة والشؤون الإسلامية في البرازيل هو تجمع مستقل يضم علماء ومشايخ أهل السنة والجماعة في البرازيل، وهم عبارة عن دعاة محليين ومبتعثين من وزارات الأوقاف والشؤون الإسلامية في الأقطار الإسلامية لرعاية الجالية المسلمة في البرازيل*********************************************************

"São aqueles aos quais foi dito: Os inimigos concentraram-se contra vós; temei-os! Isso aumentou-lhes a fé e disseram: Allah nos é suficiente. Que excelente Guardião! Pela mercê e pela graça de Deus, retornaram ilesos. Seguiram o que apraz a Deus; sabei que Allah é Agraciante por excelência." (03: 173-174)

يُرِيدُونَ أَن يطفئوا نُورَ اللّهِ بِأَفْوَاهِهِمْ وَيَأْبَى اللّهُ إِلاَّ أَن يُتِمَّ نُورَهُ وَلَوْ كَرِهَ الْكَافِرُونَ

......Desejam em vão extinguir a Luz de Deus com as suas bocas; porém, Deus nada permitirá, e aperfeiçoará a Sua Luz, ainda que isso desgoste os incrédulos!

Mohamad ziad -محمد زياد

Os Muçulmanos Amam Jesus!

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domingo, outubro 23, 2011

A Mesquita e o Seu Papel na Civilização Islâmica‏


Em Nome de Allah o Clemente  e Misericordioso !
Prezados irmãos e caros leitores! 
Mesquita é o nome que se dá ao templo islâmico na língua portuguesa. Em árabe é Masjid. Diferentemente de outros templos que só funcionam com um local de celebrações de cultos, a Mesquita funciona também com uma sala aula, e até local onde os muçulmanos fazem retiros espirituais, inclusive dormindo em seu interior. Na matéria abaixo vamos saber sobre a A Mesquita e seu papel no ensino.
A história da educação na sociedade islâmica está intimamente associada à mesquita, ela é o principal centro de difusão da cultura islâmica e á um dos principais pontos de ensino. O mensageiro fez da mesquita de Al Madinah um local de estudo, onde ele se reunia com os seus companheiros, recitava para eles o que lhe era revelado do Alcorão e ensinava-lhes as regras da religião em palavras e atos. A mesquita permaneceu cumprindo a sua missão na época dos califas probos e continuou assim na época do reinado dos Omíadas e dos Abássidas e, posteriormente, quando os cientistas interpretavam os versos do Alcorão Sagrado, e os muhaddithun (compiladores dos dizeres do profeta (a paz esteja com ele)) narravam os ditos do mensageiro de Allah (a paz esteja com ele). Entre eles Imam Malik ibn Anass. Assim também era a Mesquita de Damasco, um importante centro cultural, no qual se formavam oficinas de ciência[1], e tinha vários pontos usados pelos alunos para copiar e ler. Al-Khateeb al-Baghdadi[2]  tinha uma grande círculo no qual ensinava, e no qual as pessoas se reuniam para ouvi-lo todos os dias "[3].
 As reuniões de aprendizagem
 Os companheiros do profeta (a paz esteja com ele) tinham círculos de conhecimento (reuniões de aprendizagem) na mesquita do profeta (a paz esteja com ele). Makhul narra que um homem disse: “Estávamos sentados no círculo de Omar ibn Al Khattab na mesquita de Al Madinah discutindo as virtudes do Alcorão, então foi citada maravilha de “Em nome de Allah, o Clemente, o Misericordioso”[4].
 E Abu Hurairah tinha um círculo na mesquita do profeta (a paz esteja com ele), onde ensinava o hadith (os ditos) do mensageiro de Allah (a paz esteja com ele). Esta reunião refletia a amplitude da memória de Abu Hurairah e seus sentimentos sinceros para com o profeta (a paz esteja com ele). Um homem se encontrou com Muáuiah e disse: “Passei por Al Madinah, e encontrei Abu Hurairah sentado na mesquita e ao redor dele um círculo de pessoas para as quais ele falava. Ele disse: O meu íntimo Abul Qassem me disse... em seguida ele refletia e chorava. Em seguida, voltou a dizer: O meu íntimo, o profeta de Allah Abul Qassem me disse... e chorou. Então, se levantou!”[5].
 Abu Ishaq Assubaií qualificou a organização científica das reuniões do companheiro do profeta (a paz esteja com ele) Al Baraá ibn Ázib dizendo: “Sentávamos na reunião de Al Baraá, um atrás do outro”[6]. Este é um texto que também nos indica o tamanho deste círculo. E também, das reuniõs conhecidas naquela época na mesquita do profeta (a paz esteja com ele) temos a reunião do sahabi Jabir ibn Abdullah Al Anssari[7].
 Muázh ibn Jabal tinha uma reunião famosa na mesquita de Damasco. Abu Idriss Al Khaulani a qualificou dizendo: “Entrei na mesquita de Damasco, encontrei um jovem de face iluminada e de longa quietude. E vi as pessoas ao seu redor, quando divergiam em alguma questão seguiam a sua opinião. Eu perguntei sobre ele e me foi dito: Este é Muázh ibn Jabal”[8].
 Por isso, as reuniões de ciência nas mesquitas eram iguais à organização de ensino superior atualmente. E todos os grupos da sociedade islâmica zelavam em procurar o conhecimento, até mesmo os sábios e a elite  compareciam a estes pontos de ensino. Ibn Kathir citou que quando Ali ibn Hussein entrava na mesquita ultrapassava as pessoas até poder sentar na reunião de Zaid ibn Asslam, então Nafií ibn Jubair ibn Mut´ím disse-lhe: Que Allah te perdoe! Tu és senhor entre as pessoas e o senhor de Quraish, chega passando pelos círculos dos sábios para sentar com este servo negro?! Ali ibn Hussein respondeu: “O homem sentasse tão somente onde se beneficia, e o conhecimento é buscado onde estiver”[9].
 As mais famosas reuniões de aprendizagem
 Muitas reuniões ficaram famosas na história islâmica, a mais famosa reunião na Mesquita Sagrada era de Abdullah ibn Ábbass. Quando ele morreu esse círculo passou para Átaá ibn Abi Rabah[10].
 A idade do professor não era considerada nestas reuniões, porém era observado o seu conhecimento e sua devoção. Al Hafizh Al Fassaui (falecido em 280 dH) cita que um dos participantes das reuniões científicas nas mesquitas disse: “Conheci esta mesquita e o que ela tem de círculos científicos, al fiqh (entendimento da religião) só era citado no círculo de Musslim ibn Iassar. E havia junto com ele pessoas que eram maiores que ele, porém este círculo era atribuído a ele”[11].
 Os professores às vezes solicitavam quem tinha experiência e conhecimento profundo. Ibn Ássakir[12] cita que viu “Abu Idriss Áizhullah ibn Abdullah Al Khaulani[13] na época de Abdul Malik ibn Marwan, enquanto se lia e se ensinava o Alcorão nas reuniões da mesquita em Damasco, Abu Idriss sentavasse frente a uma de seus pilares. Sempre que passavam por um versículo que tem prostração o solicitavam para que ele o recitasse. Eles faziam silêncio enquanto ele recitava, fazia a prostração e eles faziam a prostração com ele. Às vezes, fazia doze prostrações e, quando terminavam a leitura, Abu Idriss falava”[14].
 Não ficamos tão admirados com esta história ao sabermos que Abu Idriss Al Khaulani era o homem mais sábio na matéria de leituras do Alcorão em Damasco, por isso, os professores em Damasco se constrangiam de ler um versículo de prostração enquanto Abu Idriss estava ao lado deles ouvindo. Eles o faziam participar em suas aulas como forma de homenageá-lo, engrandecer o seu conhecimento e se beneficiar dele.
 Por causa da fama destas reuniões, muitos alunos se dirigiam até elas de todo o mundo islâmico. O círculo de Nafií ibn Abdurrahman Al Qarií[15]  na mesquita do mensageiro de Allah (a paz esteja com ele) era uma das mais famosas na leitura e ensino do Alcorão. Os alunos vinham de todas as partes. Al Imam Uarsh Al Massri[16] relata a sua experiência na reunião do Imam Nafií na mesquita do profeta (a paz esteja com ele): “Sai do Egito para recitar (o Alcorão) frente a Nafií. Quando cheguei a Al Madinah fui à mesquita de Nafií, então, vi que é impossível ler para ele tamanha é a quantidade dos alunos, e ele só ouvia de trinta alunos. Então, eu sentei atrás do círculo e perguntei a uma pessoa: Quem é a pessoa mais próxima de Nafií? Respondeu: O maior dos jaáfariin. Eu disse: Como posso chegar até ele? Respondeu: eu vou contigo até a sua casa. Então, fomos até a casa dele, um homem idoso saiu, e eu disse: Eu sou do Egito, vim para ler para Nafií e não consegui chegar até ele, e fui informado que tu és das pessoas que tem mais crédito com ele, gostaria que tu fosses o meu caminho até ele. O homem disse: Sim, com toda honra. Ele vestiu seu turbante e foi conosco até Nafií, que tinha duas alcunhas (Abu Ruaim e Abu Abdilléh) com qualquer que fosse chamado atendia. O Jaáfari disse: Este é minha intercessão a ti, veio do Egito, não veio a comércio e nem para o hajj, veio exclusivamente para ler (o Alcorão). Ele respondeu: O que acha que irei ter da reação dos filhos deo muhajirin e dos anssar? O homem disse: Encontre uma saída para ele. Nafií perguntou: Você pode dormir na mesquita? Eu disse: Sim. Então, dormi na mesquita e, quando era o horário da alvorada, Nafií chegou e disse: O que fez o forasteiro? Eu disse: Estou aqui, que Allah tenha misericórdia de ti. Ele disse: Você tem prioridade na leitura. Eu tinha uma bela voz e era de boa leitura, quando iniciei minha voz preencheu a mesquita do mensageiro de Allah (a paz esteja com ele), li trinta versículos e, quando ele fez um sinal, parei. Um jovem se levantou e disse: Professor – que Allah te conceda a glória – nós estamos contigo, e este homem é forasteiro, e viajou apenas para ler frente a ti, eu quero ceder o meu décimo (úshr) a ele. O professor disse: Sim, com toda honra. Então, eu li mais um décimo, e outro garoto se levantou e disse igual ao primeiro, então eu recitei e sentei e, quando não havia mais ninguém que tinha recitação para fazer, ele me disse: Leia. Então, ele ouviu de mim cinquenta versículos, e continuei a ler para ele de cinquenta em cinquenta até que li várias vezes o Alcorão inteiro antes de sair de Al Madinah”[17].
 Este relato deste esforçado aluno conhecido como Al Imam Uarsh nos dá uma clara imagem dos círculos científicos no segundo século após a hijrah, uma imagem cheia de empenho, suportar de dificuldades durante a viajem do Egito para Al Madinah para aprender a recitação do Imam de Al Madinah, Al Imam Nafií. Da mesma forma, este relato também reflete a relação sincera cheia de respeito e apreço entre o professor e os seus alunos e, também, define que o dia letivo no círculo do Imam Nafií tinha início logo depois da oração da alvorada.
 As reuniões científicas eram muitas por causa da especialização de cada reunião em uma ciência. Muitas reuniões também eram muito numerosas, fato que chamava a atenção de quem se dirigia até elas. Isso ocorreu com o Imam Abu Hanifah Annu´man, que disse: “Eu nasci no ano oitenta, realizei o hajj com meu pai no ano noventa e seis quando tinha dezesseis anos. Quando entrei na Mesquita Sagrada vi uma grande reunião. Perguntei ao meu pai: De quem é esta reunião? Ele disse: É a reunião de Abdullah ibn Juz´ Azzubaidi, companheiro do profeta (a paz esteja com ele). Então, me adiantei e ouvi ele dizer: Ouvi o mensageiro de Allah (a paz esteja com ele) dizer: “Quem buscar o conhecimento da religião de Allah, Allah lhe bastará a sua preocupação, e o sustentará por onde não supõe...”[18].
 Na mesquita de Bagdá havia mais de quarenta reuniões, e todas se reduziram à reunião do Imam Asshafií por causa de seu amplo conhecimento. Azzajjaj[19], um sábio lingüistico conhecido, narra que “quando Asshafií chegou a Bagdad havia na mesquita quarenta ou cinquenta e algumas reuniões. Ele sentava em cada reunião e dizia: Disse Allah, disse o mensageiro de Allah (a paz esteja com ele) enquanto eles diziam: Nossos companheiros disseram. Até que não sobrou na mesquita outra reunião além da dele”[20]. Assim também aconteceu no Egito, onde Al Imam Asshafií se encontrava com os alunos na mesquita de Ámr ibn Al Áss.
 Além disso, algumas mesquitas ficaram famosas por ensinarem variadas ciências, e alguns professores se especializavam no ensino em tais ciências, e as autoridades também nomeavam alguns professores. Era do direito do povo se opor às reuniões científicas que não eram compatíveis com a sociedade e com a situação pela qual passava entre infortúnios e acontecimentos, porque a prioridade de chamar a atenção das pessoas sobre a realidade delas e sobre aquilo que os beneficia no momento é mais importante que qualquer outra coisa. Ahmad ibn Said Al Umaui disse: “Eu tinha um círculo científico quando estava em Makkah, os literários se reuniam comigo na Mesquita Sagrada quando, certo dia (durante o califado de Al Muhtadi (falecido em 256 dH)), enquanto estávamos a discutir algo sobre gramática e nossas vozes se elevaram, um homem muito simples parou diante de nós, nos observou e disse:
 Não tens vergonha ó fontes de ignorância, estai ocupados com isso e as pessoas estão com a mais alarmante das preocupações.  Vosso imam está morto e preso, e a nação islâmica tornou-se dividida,
 E vós permaneceis a discutir em voz alta, sobre poemas e gramática.
 O homem saiu e nós nos dispersamos amedrontados pelo que ouvimos, e memorizamos este poema”[21].
 A razão deste poema foi que este homem queria chamar a atenção dos sábios e cientistas sobre o que está acontecendo na sociedade. Havia uma grande luta na capital, Bagdá, entre os líderes turcos e entre a autoridade do califado, que era liderado por Al Muhtadi, então ele queria que todos participacem fortemente nas ocorrências da sociedade ao redor deles.
 As reuniões de Abul Ualid Al Baji[22] ficaram famosas em todas as regiões da Andaluzia depois de sua viajem ao oriente, quando “ele ganhou uma personalidade de memorizador e muhaddith (relator dos ditos do profeta (a paz esteja com ele)), e se qualificou merecidamente para ser o imam dos muhaddithin na Andaluzia, ficou famoso e foi convidado a debater com Ibn Hazm sobre a escola maliki. Ele residiu em Andaluzia e lecionou em Sevília e em Murcia. Ele mesmo disse: “Naquela época, eu tinha uma reunião na mesquita do local onde eu residia, onde se reuniam comigo para estudar Al muattá...”. Uma grande multidão também ouviu dele “sahih al Bukhari” em Dania, e no mês de Rajab (463 dh) em Zaragoza, e no ano 468 dh na mesquita de “Rahbat al Qadhi” em Valência, e em outras cidades. Dos fatos que destacam a posição de Abul Ualid Al Hafidh: a competição dos alunos do hadith do oriente e do ocidente e sua corrida para aprender com ele. Muitos deles viajavam até ele de região muito distantes, isso sem contar as regiões mais próximas dentro e fora de sua cidade: Sevília, Lisboa, Randa, Valência, Bagdad, Tudela, Aleppo, Daniah, Tartushah, Toledo, Al Kufah, Lurqa, Málaga, Sagunto, Murjiq, Murcia...” [23].
 As mulheres tiveram um papel no ensino, nas reuniões de aprendizagem nas mesquitas. As fontes históricas registraram dezenas de professoras que tiveram sessões especiais. Um Al-Darda, cujo nome é Hujayman bint Huyay, teve uma sessão na mesquita de Damasco. Ela narrou sob a autoridade de Abu al-Darda, Salman Al-Farisi e ibn Fudalah ibn Ubaidah (que Allah esteja satisfeito com eles). Abdul-Malik ibn Marwan aprendeu com ela e assistia suas aulas regularmente, mesmo depois de se tornou califa. "Ele costumava sentar-se no final da mesquita em Damasco. Ela disse a ele: Ouvi dizer que você começou a beber vinho após a adoração e cultos. Ele disse: Sim, por Deus, e eu bebia sangue também. Então, um menino, que ele mandou fazer algo, voltou. Marwan disse: O que te atrasou? Que Allah te amaldiçoe! Um al-Darda disse: Não faça isso, ó emir dos crentes, eu ouvi Abu al-Darda dizer: "Eu ouvi o Mensageiro de Allah (a paz esteja com ele) dizer: "O amaldiçoador não entrará no Paraíso"[24]
 Ibn Battuta disse também que ele aprendeu Sahih Muslim na Mesquita dos Omíadas em Damasco com a sheikh professora Zainab bint Ahmad ibn Abdul-Rahim (falecida em 740 dH). Ele também teve um certificado da professora Aisha bint Muhammad ibn Muslim Al-Harrani (falecida em 736 dH), que ensinava o livro de Fada'il Al-Awqat (As virtudes dos tempos), de autoria de Al-Imam Al-Bayhaqi.[25]
 Estudantes de todos os lugares freqüentavam estas mesquitas, onde todos os meios foram fornecidos para que eles continuem seus estudos e se dediquem neles. Eles eram pagos, tinham alojamentos construídos exclusivamente para eles[26]. Dentre estas mesquitas, que eram semelhantes às universidades atuais:
 Tradução: Sheikh Ahmad Mazloum
 - Mesquita dos Omíadas em Damasco,
 - Mesquita de Amr Ibn Al-As em Al-Fustat, no Egito.
- Mesquita Al-Azhar, no Egito. 
- Mesquita de Al-Zaytunah, na Tunísia.
 - A Mesquita de Al-Qarawiyyin, em Fez, no Marrocos.
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 [1] Abdullah Al-Mashukhi: Mawqif Al-Islam Al-wa Kanisah min Al-Ilm (a posição do Islão e da igreja sobre o conhecimento), p 54.
 [2] Al-Khatib al-Baghdadi: Ele é Ahmad ibn Ali ibn Thabit al-Baghdadi (392-463 dH / 1002-1072 dC), um proeminente historiador, conhecer a literatura, escrevendo poesia, e os interessados em leitura e escrita. Uma de suas obras é "Tarikh Bagdá" (a história de Bagdá). Veja: Ibn Al-Imad: Shazarat Al-Zahab (pedaços de ouro) 3/311-313.
 [3] Ahmad Shalabi: Tarikh Al-Tarbiyah Al-Islamiya (história da educação islâmica), p 91.
 [4] Ibn Asakir: Dimashq Madinat Tarikh, 7 / 216.
 [5] Al-Zahabi: Siyar A'lam Al-Nubala (biografias de figuras proeminentes) 2 / 611.
 [6] Al-Khatib al-Baghdadi: Al-Jami li Akhlaq Al-Rawi wa Adab Al-Sami (A Conduta do narrador e o Comportamento do Ouvinte) 1 / 174.
[7] Akram Al-Umari: Al-Asr Khilafah Al-Rashidah, p.278.
[8] Al-Faswi: Al-Ma'rifah wa Al-Tarikh (Conhecimento e história), 2 / 185.
[9] Ibn Kathir Al- Bidayah wa Al-Nihayah, 9 / 124.
[10] Idem, 9 / 337.
[11] Al-Faswi: wa Al-Ma'rifah Al-Tarikh (Conhecimento e História) 2 / 49.
[12] Ibn Asakir: Ele é Abu Al-Qasim ibn Ali al-Husayn ibn Al-Hibatullah Dimashqi (AH/1105-1176 499-571 dC), historiador e viajante. Ele foi o estudioso sênior hadith no Levante. Um de seus livros é "Tarikh Dimashq Al-Kabir" (a grande história de Damasco). Veja: Al-Zahabi: Siyar A'lam Nubala Al-21/405.
[13] Abu Idris al-Khawlani: Ele é A'izullah Abdullah ibn Amr Ibn Al-Khawlani Al-Awdi Al-Dimashqi (80-80 dH/630-700 dC), pertence à geração que se seguiu os companheiros do Profeta, jurisprudenciais . Ele foi o pregador de Damasco, na era de Abdul-Malik. Veja: Al-Zirikli: Al-Alam 3 / 239.
[14] Ibn Asakir: Tarikh Madinat Dimashq 26/163.
[15] Nafií Al Qarií: Ele é Nafi ibn Abdul-Rahman ibn Abu Na'im Madani Al-Al-Qari (morreu em 169 dC AH/785), um dos sete proeminentes leitores Alcorão. Ele é natural de Isbahan.
[16] Warsh: Ele é Uthman ibn Said ibn Uday Al-Misri (110-197 dH/728-812 dC), um leitor sênior Alcorão, originalmente de Al-Qayrawan. Ele nasceu e morreu no Egito. Veja: Al-Zirikli: Al- A'lam 4 / 205.
[17] Al-Zahabi: Ma'rifat Al-Qurra Al-Kibar ala Al-Tabaqat wa Al-A'sar (sênior leitores Alcorão durante as idades) 1 / 154, 155.
[18] Ibn Al-Najjar, Al-Baghdadi: Zhail Tarikh Bagdá (suplemento da história de Bagdá) 1 / 49.
[19] Al-Zajjaj: Ele é Abu Ishaq ibn Ibrahim Al-Surri ibn Sahl (241-311 dH/855-923 dC), estudioso da gramática e da língua. Ele nasceu e morreu em Bagdá. Um de seus livros é "Ma'ani Al-Qur'an" (significados do Alcorão) Veja: Al Safadi: Al-Wafi bi Al-Wafiyat 5 / 228.
[20] Al-Mazzi: Tahzib Al-Kamal 24/375.
[21]  Al-Khatib al-Baghdadi: Tarikh Bagdad 4 / 557, 558.
[22] Abu al-Walid Al-Baji: Ele é Sulayman ibn Khalaf ibn Said Al-Tajyi Al-Qurtubi (403-474 dH/1012-1081 dC), um estudioso, muhaddith (estudioso do hadith) e faqih (jurista) maliki sênior jurisprudenciais. Ele é natural de Badajoz. Ele nasceu em Beja, na Andaluzia. Ele assumiu o poder judiciário. Veja: Al-Ziriklii: A'lam Al-3 / 125.
[23] Sulayman ibn Khalaf Al-Baji: Al-Ta'dil wa Al-Tajrih 1 / 106.
[24] Ibn Kathir: Al-Bidayah wa Al-Nihayah 9 / 66.
[25] Ibn Battuta: Viagens de Ibn Battuta, p 70, e Al-Safadi: Al-Wafi bi Al-Wafiyat 16/348.
[26] Ver: Al-Abdullah Mashukhi: Mawqif wa al-Islam Al-Kanisah min Ilm-Al, p 54.
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Conselho Superior dos Teólogos e Assuntos Islâmicos do Brasil,Grupo independente, constituído de sábios, cheiques que seguem a sunna e o consenso no Brasil, São propagadores locais e enviados dos ministérios dos bens religiosos e dos assuntos islâmicos das diferentes regiões para cuidar dos assuntos islâmicos dos muçulmanos no Brasil.
 المجلس الأعلى للأئمة والشؤون الإسلامية في البرازيل هو تجمع مستقل يضم علماء ومشايخ أهل السنة والجماعة في البرازيل، وهم عبارة عن دعاة محليين ومبتعثين من وزارات الأوقاف والشؤون الإسلامية في الأقطار الإسلامية لرعاية الجالية المسلمة في البرازيل
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"São aqueles aos quais foi dito: Os inimigos concentraram-se contra vós; temei-os! Isso aumentou-lhes a fé e disseram: Allah nos é suficiente. Que excelente Guardião! Pela mercê e pela graça de Deus, retornaram ilesos. Seguiram o que apraz a Deus; sabei que Allah é Agraciante por excelência." (03: 173-174)
يُرِيدُونَ أَن يطفئوا نُورَ اللّهِ بِأَفْوَاهِهِمْ وَيَأْبَى اللّهُ إِلاَّ أَن يُتِمَّ نُورَهُ وَلَوْ كَرِهَ الْكَافِرُونَ
......Desejam em vão extinguir a Luz de Deus com as suas bocas; porém, Deus nada permitirá, e aperfeiçoará a Sua Luz, ainda que isso desgoste os incrédulos!
Mohamad ziad -محمد زياد
Você que mora no sul do Brasil visite o site: www.islamboy.com.br

duvidas/ informações: info@islamismo.org
Por: Dr. Ragheb Elsergany

quinta-feira, outubro 20, 2011

O EHRAM -Roupa Imprescindível para a Peregrinação ou Umra - 5º Pilar da Religião Islâmica

Assalamo Aleikum Warahmatulah Wabarakatuhu (Com a Paz, a Misericórdia e as Bênçãos de Deus) Bismilahir Rahmani Rahim (Em nome de Deus o Beneficente e Misericordioso). JUMA MUBARAK.

Os peregrinos que se dirigem a Maka, com a intenção de fazerem o Haj (ou o Umra – pequena peregrinação), antes de entrarem nas zonas delimitadas da cidade sagrada, chamadas de Micát, devem vir já com o Ehram trajado. Duma maneira geral os peregrinos chegam de avião através do aeroporto de Jeddah, a cerca de 70 Kms de Maka. Antes da aeronave atingir a cidade, o peregrino já deve estar em estado de Ehram. Uns já vêm com o Ehram vestido dos aeroportos de origem, outros preferem colocá-lo dentro do avião.

Para usar o Ehram, é obrigatória a intenção. “As ações só são julgadas segundo o niyat (intenção) e cada pessoa só terá aquilo de acordo com o seu niyat”. Referiu o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam), segundo o relato de Bhukari. Previamente, o peregrino deverá cortar as unhas, retirar os pelos (axilas e púbicas) e tomar banho (ghússl). Se não for possível o banho, então deverá fazer o wudhú (ablução). Usar o Ehram e fazer a oração de Sunattul- Ehram de dois ciclos e a seguir fazer o niyat (intenção) e pronunciar o Talbiya: Labbaika, Allahumma labbaika. Labbaika lá charika laka, labbaik. Innal ham’da wanni’imata laka walmulk, lá charika lak”. - “Eis-me aqui, meu Senhor!, Eis-me aqui. Aqui estou, ó Tu que não tens nenhum parceiro, eis-me aqui. Na verdade, a Ti pertencem o louvor e o favor, assim como o reino. Tu não tens nenhum parceiro”.

Háram, significa sagrado. Outra palavra muito semelhante é Harám, que significa o oposto, isto é proibido. Quem não domina a língua Árabe, terá dificuldades em pronunciá-las com correcção, pelo que é preferível referir os referidos nomes na sua linguagem materna. De Háram (sagrado), deriva EHRAM, que significa entrar no estado de sagrado. Depois de efetuada a intenção de Ehram, está proibido ao peregrino de usar roupas cosidas, calçados que tapem a parte superior e cobrir a cabeça (não aplicável às senhoras). Não é permitido; cortar as unhas; ter relações intimas com a esposa/marido; perseguir, ferir ou matar animais (de caça); usar perfume; sabonetes perfumados e alimentos com fortes aromas. 

O peregrino em estado de Ehram para cumprir com os rituais de Haj ou de Umra, está no estado de sagrado. Se assim morrer, quando for ressuscitado no dia do Julgamento Final, pronunciará as palavras “Labbaika, Allahumma labbaika”. Ibn Abbás (Radiyalahu an-hu) referiu que uma pessoa, que se encontrava em estado de Ehram, caiu do camelo, quebrou o pescoço e morreu. O Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) disse: “banhe-o com agua misturada com as folhas de arvore, cubram-no com as duas peças de Ehram e não lhe tapem a cabeça, porque Deus o ressuscitará no Dia da Ressurreição, prenunciando o Talbiya. Muslim.

O peregrino que se encontra em estado de Ehram, chama-se MÚHRIM e nesta condição, encontra-se apto para: 

1) – Fazer só o Umra (neste caso o chamaremos de Mútamir); 
2)- Para fazer só o Haj Ifrad, não faz o Umra (será o Mufrid); 
3)- para fazer o Haj At-Tamatu, Umra e o Haj na mesma viagem. Depois de completar o Umra, rapa ou diminui o cabelo e tira o Ehram.

Coloca outro Ehram (pode ser o mesmo depois de lavado), para fazer o Haj (será o Mutamatti); e 4)- Para fazer o Haj Quirán, nos dois rituais de Umra e Haj, com o mesmo Ehram (será o Cárin). O tipo de Haj mais utilizado (mais prático) é o At-Tamatu, porque permite fazer o Umra e o Haj, sem estar em permanente estado de Ehram. No Haj Quirán, o crente fica em estado permanente de Ehram, desde o início do Umra, até terminar o Haj, situação que pode durar semanas seguidas.

O Ehram para os homens é constituído por 2 peças de pano branco largas, sem costuras, com dimensões cerca de 2,5 m x 1,5 m. Uma peça destinada à cobertura da parte superior do corpo (Ridá) e outra para a parte inferior, da cintura para baixo (Izár). Quando nascemos, cobrem-nos com uma pano branco. Quando nos forem enterrar, In Sha Allah, seremos também embrulhados com um pano branco

O Ehram das senhoras é constituído pelas suas roupas habituais, bem como as peças habituais, nomeadamente as meias. As jóias são permitidas, mas desaconselhadas. Ibn Umar (Radiyalahu an-hu) referiu que uma pessoa perguntou ao Mensageiro de Deus (Salalahu Aleihi Wassalam), o que é que o Muhrim (peregrino) deve usar. Respondeu: “Não deve usar nenhuma camisa, turbante, calças, boné, meias de couro. Aquele que não tem sapatos (adequados), pode usar meias, mas deve corta-las o ou de warss (um fluido perfumado)”. Muslim. Os sapatos não podem tapar os tornozelos e por isso, os Hajis utilizam chinelos adequados.

Na era da ignorância, antes do advento do Isslam, os peregrinos ao aproximarem-se da Caaba, despiam-se, ficando sem qualquer peça de roupa, para circundar a Casa de Deus.

Consideravam que as roupas com as quais cometeram pecados eram impuras para o efeito. O Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) considerou aquela prática incorrecta, pelo que instituiu o uso das duas peças de tecido.

Durante a peregrinação, todos estão vestidos de igual. Não se distingue o pobre do rico. Em Miná, Arafát e em Muzdalifa, estarão milhões de peregrinos, todos de branco. Imagine-se o dia do julgamento final, em que todos serão levantados das suas sepultaras e reunidos perante o Senhor da criação. É a maior concentração de crentes naqueles pequenos vales, onde se ouve falar línguas de todo o planeta.

Recomenda-se a leitura do livro “Umra – Haj – Ziyárat, do Sheik Aminuddin Mohammad (Moçambique), uma obra essencial para conhecer todos os pormenores do haj e do Umra.

Façam o favor de ter um bom dia de Juma.
Cumprimentos
Abdul Rehman
20/10/2011

quinta-feira, outubro 13, 2011

ÁGUA DE ZAM – ZAM

Assalamo Aleikum Warahmatulah Wabarakatuhu (Com a Paz, a Misericórdia e as Bênçãos de Deus) Bismilahir Rahmani Rahim (Em nome de Deus o Beneficente e Misericordioso) JUMA MUBARAK

O poço donde provém a água de zam-zam, está situado no Massjid Al Harám – Mesquita de Makka. Até aos nossos dias, a água do poço continua com um caudal necessário para abastecer todos os Hajis (peregrinos), visitantes e residentes e nunca se verificou qualquer falta de água. È um verdadeiro milagre naquela zona do deserto.

Ibrahim - Abraão (Aleihi Salam – Que a Paz de Deus esteja com ele), cumprindo com as ordens de Deus, nosso Guia e Senhor, levou a sua esposa Hajra e o seu filho recém- nascido Issmail (Aleihi Salam – Que a Paz de Deus esteja com eles) e deixou os perto do Al-Baitul Atiq (A casa antiga). Com eles ficaram algumas tâmaras e água.

Naqueles tempos Makka, era um autentico deserto, sem condições de sobrevivência. Hajra perguntou ao marido, o motivo porque lhes deixava naquele local onde não havia ninguém. 
O Profeta (Aleihi Salam) não lhe respondeu, apesar da pergunta ter sido feita várias vezes. Então Hajra (Que Deus esteja satisfeita com ela) perguntou se foi Deus que lhe deu orientações para o facto. E aí o marido respondeu-lhe afirmativamente. Ela, confiante, disse que neste caso, o nosso Senhor nunca os abandonará. Ibrahim (Aleihi Salam) retirou-se e mais ao longe, no pico da montanha, fez a seguinte prece:

 “Ó Senhor nosso! Eu fiz habitar parte da minha descendência num vale inculto, perto da Tua Casa Sagrada, Senhor Nosso, para que cumpram a oração; fazei, portanto, com que os corações de algumas pessoas se inclinem para eles, com fervor e sustenta-os com os frutos para que Te agradeçam.” Cur’ane 14, Vers.37

Mãe e filho beberam e comeram até que a provisão se esgotou e começaram a sentir sede. A mãe, aflita, deixou o filho e subiu o monte Safa para ver se alguém a acudia e a seguir correu para o monte Marwa, mas não via ninguém. De Safa para Marwa, e assim sucessivamente, fez o percurso sete vezes e foi então que ela ouviu uma voz.

Segundo o relato de Abdallah Ibn Abáss (Radiyalahu an-hu) ela disse em voz alta:

“Ó quem quer que sejas, fizeste-me ouvir a tua voz, também me podes ajudar?”. No local, ela viu um anjo que estava remover o chão com a sua asa. Daí começou a brotar água. Então Hajra com as suas mãos começou a abrir uma cavidade e com as suas mãos encheu o odre. Ibn Abass (Radyialahu an-hu) narra que o Profeta Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam) disse: “Que Allah tenha misericórdia da mãe de Issmail. Se ela não tivesse controlado o caudal, aquela teria sido uma fonte de agua que escorreria como um rio !”. Hajra bebeu a agua e deu de amamentar ao filho.

O Anjo tranquilizou-a e disse-lhe “esta é a Casa de Deus, que será construída por esse menino e pelo seu pai e nunca Deus negligenciou o Seu povo”. Parte do relato de Ibn Abaas, em Bukhari. Livro 55:583.

Muito mais tarde, o poço de agua de zam zam foi destruído pelas guerras e não havia dele qualquer vestígio. Por volta do ano 500 D.C., Abdul Muttalib, uma personagem respeitada, era o responsável pela assistência aos peregrinos que se deslocavam a Maka. A agua, um bem precioso, era transportada de outros locais distantes, o que dificultava a tarefa daquele que viria a ser o avô do nosso Profeta Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam). Graças a sonhos que teve, Abdul Muttalib conseguiu descobrir o local onde se encontrava originalmente o poço e com a ajuda do filho Háriss, escavou e retirou todos detritos, fazendo assim renascer o lençol de água que até hoje perdura e que é utilizada por milhões de peregrinos.
Um dos rituais do Haj (Peregrinação), depois de fazer o Tawaf (circundar sete vezes a casa sagrada), é percorrer os montes Safa e Marwa, também sete vezes, fazendo Zikr (recordando a Deus) e reflectindo sobre o percurso que Hajra fez, aflita, com sede e debaixo de um sol escaldante, à procura de água para o seu filho. Nos tempos actuais, este ritual é efectuado dentro de um pavilhão com as melhores condições climáticas.

Percorrer (correr entre os montes Safa e Marwah é um dos rituais ensinados por Deus a Abraão e está relacionado com o Haj. Na altura, os pagãos árabes colocaram ídolos nos dois montes e desvirtuaram este ritual. No monte Safa, colocaram um ídolo macho e no Marwa, um ídolo fêmea e diziam que os dois se transformaram em pedra, por terem cometido adultério. Com o advento do Islamismo, colocou-se a questão se o ritual era um acto instituido por Deus, ou se tinha sido inventado pelos adoradores dos falsos deuses. Depois da Caaba passar a ser a Quibla (orientação) e os ídolos todos destruídos, para acabar com todas as dúvidas, Deus revelou o seguinte versículo:

“Os montes de Safa e Marwa contam-se entre os símbolos de Deus, portanto não é pecado, para aquele que visita a Casa na época da peregrinação (Haj) ou noutra altura (Umra), caminhar à sua volta ritualmente....” Cur’ane 2:158.

Os peregrinos quando regressam às suas terras de origem, têm sempre a preocupação de levaram garrafas de água de zam zam. Oferecem aos familiares e amigos, pequenas porções de agua que são bebidas, em pé, virando-se para quibla (Makka), mencionando o nome de Deus, dizendo: “Bissmillahir Rahmanir Rahim” - “Em nome Deus, o Beneficente, o Misericordioso.” E fazendo a seguinte prece:

Ó Allah! eu peço-Te o Ilm (Conhecimento) benéfico, a abundância na provisão e a cura de todas as doenças”. Ibn Abbáss (Radiyalahu an-hu), referiu: “Apresentei ao Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) a água de zam-zam para beber e ele bebeu de pé.” (Bukhari). Khalil Mujáhid At-Tábil (Radiyalahu an-hu), referiu que a água de zam-zam serve a intenção pela qual for bebida e a pessoa beneficia do objetivo pela qual foi bebida.”

Façam o favor de ter um bom dia de Juma.
Cumprimentos
Abdul Rehman Mangá
13/10/2011