sexta-feira, junho 10, 2016

Estudiosos Cristãos Reconhecem Contradições na Bíblia!



Estudiosos Cristãos Reconhecem Contradições na Bíblia (parte 1 de 5): Introdução

  Descrição: Um olhar no que alguns importantes estudiosos cristãos disseram sobre a autenticidade da Bíblia.
Por Misha’al ibn Abdullah (retirado do livro: What did Jesus really Say?(O que Jesus Realmente Disse?Publicado em 09 Mar 2009 - Última modificação em 03 Feb 2013 
“Ai daqueles que copiam o Livro, (alterando-o) com as suas mãos, e então dizem: Isto emana de Deus, para negociá-lo a vil preço. Ai deles, pelo que as suas mãos escreveram! E ai deles, pelo que lucraram!” (Alcorão 2:79)
“E quando lhes foi apresentado um Mensageiro (Muhammad) de Deus, que corroborou o que já possuíam, alguns dos adeptos do Livro (os judeus) atiraram às costas o Livro de Deus, como se não o conhecessem.” (Alcorão 2:101)
“Não acrescentareis à palavra que vos mando, nem diminuireis dela, para que guardeis os mandamentos do Senhor vosso Deus, que eu vos mando.” (Deuteronômio 4:2)
Comecemos do começo.  Nenhum estudioso da Bíblia na terra jamais reivindicará que a Bíblia foi escrita pelo próprio Jesus.  Todos concordam que a Bíblia foi escrita depois da partida de Jesus, que a paz esteja sobre ele.  O Dr. W Graham Scroggie do Instituto Bíblico Moody, em Chicago, uma missão evangélica cristã de prestígio, diz:
“... Sim, a Bíblia é humana, embora alguns em nome do zelo que não está de acordo com o conhecimento, neguem isso.  Aqueles livros passaram pelas mentes dos homens, são escritos na língua do homem, foram escritos pelas mãos dos homens e carregam em seu estilo as características dos homens... É Humano e, ainda assim, Divino,” [1]
Outro estudioso cristão, Kenneth Cragg, o bispo anglicano de Jerusalém, diz:
“...Nem tanto o Novo Testamento... Existe uma condensação e edição; existe escolha na reprodução e testemunho.  Os Evangelhos têm a mente da igreja por trás dos autores.  Representam experiência e história...”[2]
“É bem conhecido que o Evangelho cristão primitivo foi inicialmente transmitido oralmente e que essa tradição oral resultou em relatos variantes de palavras e atos. É igualmente verdade que quando o registro cristão foi transformado em escrita continuou a ser sujeito à variação oral involuntária e intencional, nas mãos dos escribas e editores.”[3]
“De fato, todos os livros do Novo Testamento com exceção das quatro grandes epístolas de São Paulo são no momento mais ou menos temas de controvérsias, e interpolações são reivindicadas mesmo naqueles.”[4]
O Dr. Lobegott Friedrich Konstantin Von Tischendorf, um dos defensores cristãos da Trindade mais conservadores e inflexíveis, foi ele mesmo levado a admitir que:
“[o Novo Testamento tinha] sofrido modificações tão sérias de significado em muitas passagens que nos deixava em incerteza dolorosa em relação ao que os Apóstolos tinham de fato escrito” [5]
Depois de listar muitos exemplos de afirmações contraditórias na Bíblia, o Dr. Frederic Kenyon diz:
“Além das discrepâncias maiores, como essas, são raros os versos nos quais não exista algum tipo de variação de frase em algumas cópias [dos manuscritos antigos dos quais a Bíblia foi coletada].  Ninguém pode dizer que essas adições ou omissões ou alterações são assuntos de mera indiferença” [6]
Ao longo desse livro você encontrará incontáveis citações semelhantes de alguns dos principais estudiosos da Cristandade.  Vamos nos contentar com essas por enquanto.
Os cristãos em geral são pessoas boas e decentes e quanto mais fortes são suas convicções, mais decentes eles são.  Isso é atestado no nobre Alcorão:
“...aqueles que estão mais próximos do afeto dos crentes são os que dizem: Somos cristãos!, porque possuem sacerdotes e não ensoberbecem de coisa alguma.  E, ao escutarem o que foi revelado ao Mensageiro, tu vês lágrimas a lhes brotarem nos olhos; reconhecem naquilo a verdade, dizendo: Ó Senhor nosso, cremos! Inscreve-nos entre os testemunhadores!” (Alcorão 5:82-83)
Todas as “versões” bíblicas da Bíblia anteriores à versão revisada de 1881 dependiam das “Cópias Antigas” (aquelas que datavam de quinhentos a seiscentos anos depois de Jesus).  Os revisores da Versão Padrão Revisada (Revised Standard Version (RSV)) de 1952 foram os primeiros estudiosos bíblicos a terem acesso às “cópias MAIS antigas” que datam de trezentos a quatrocentos anos depois de Cristo.  É lógico supormos que quanto mais próximo um documento é da fonte, mais autêntico ele é.  Vejamos qual é a opinião da Cristandade com relação à versão mais revisada da Bíblia (revisada em 1952 e novamente em 1971):
“A melhor versão que foi produzida no século atual” – (jornal da Igreja da Inglaterra)
“Uma tradução completamente nova por estudiosos da mais alta eminência” - (suplemento literário do Times)
“As características muito amadas da versão autorizada combinadas com uma nova precisão de tradução” (Life and Work)
“A versão mais precisa e próxima do original” – (jornal “The Times)
Os próprios editores (Collins) mencionam na página 10 de suas notas:
“Esta Bíblia (RSV) é o produto de trinta e dois estudiosos assistidos por um comitê consultivo representando cinquenta denominações”
Vejamos o que esses trinta e dois estudiosos cristãos da mais alta eminência apoiados pelas cinquenta denominações cristãs têm a dizer sobre a Versão Autorizada, ou como é mais conhecida, a Versão do Rei Jaime (KJV).  No prefácio da RSV de 1971 encontramos o seguinte:
“...Ainda assim a Versão do Rei Jaime tem DEFEITOS GRAVES...”
Prosseguem nos prevenindo que:
“...Esses defeitos SÃO TANTOS E TÃO SÉRIOS que requerem uma revisão”
As Testemunhas de Jeová em sua revista “DESPERTAI!” datada de 8 de setembro de 1957 publicou a seguinte manchete: “50.000 Erros na Bíblia” onde diziam “...existem provavelmente 50.000 erros na Bíblia...erros que se infiltraram no texto bíblico... 50.000 erros sérios...”  Depois de tudo isso, entretanto, eles prosseguem dizendo: “... como um todo a Bíblia é precisa.”  Vejamos apenas alguns poucos desses erros.


Footnotes:
[1] W Graham Scroggie, p. 17
[2] The Call of the Minaret (O Chamado do Minarete, em tradução livre), Kenneth Cragg, p 277
[3] Peake’s Commentary on the Bible (Comentário de Peake sobre a Bíblia, em tradução livre), p. 633
[4] Enciclopédia Britânica, 12a. Ed. Vol. 3, p. 643
[5] Secrets of Mount Sinai (Segredos do Monte Sinai, em tradução livre), James Bentley, p. 117
[6] Our Bible and the Ancient Manuscripts (Nossa Bíblia e os Manuscritos Antigos, em tradução livre), Dr. Frederic Kenyon, Eyre & Spottiswoode, p. 3

Estudiosos Cristãos Reconhecem Contradições na Bíblia (parte 2 de 5): Exemplos de Interpolação

Descrição: Alguns exemplos das interpolações na Bíblia, como mencionado por estudiosos cristãos.
Em João 3:16 – Versão Autorizada lemos:
“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.”
[...] essa fabricação “unigênito” foi agora extirpada sem cerimônia por esses revisores mais eminentes da Bíblia.  Entretanto, a humanidade não teve que esperar 2.000 anos por essa revelação.
Em Maria (19):88-98 do nobre Alcorão, lemos:
“Afirmam: O Clemente teve um filho!  Sem dúvida que haveis proferido uma heresia.  Por isso, pouco faltou para que os céus se fundissem, a terra se fendesse e as montanhas, desmoronassem.  Isso, por terem atribuído um filho ao Clemente,  Quando é inadmissível que o Clemente houvesse tido um filho.  Sabei que tudo quanto existe nos céus e na terra comparecerá, como servo, ante o Clemente.  Ele já os destacou e os enumerou com exatidão.  Cada um deles comparecerá, solitário, ante Ele, no Dia da Ressurreição.  Quanto aos crentes que praticarem o bem, o Clemente lhes concederá afeto perene.  Só to facilitamos (o Alcorão), na tua língua para que, com ele, exortes os devotos e admoestes os impugnadores.  Quantas gerações anteriores a eles aniquilamos!  Vês, acaso, algum deles ou ouves algum murmúrio deles?”
Na primeira epístola de João 5:7 (Versão do Rei Jaime) encontramos:
“Porque três são os que testificam no céu: o Pai, a Palavra e o Espírito Santo; e estes três são um.”
Como já vimos na seção 1.2.2.5, esse verso é o mais próximo do que a Igreja chama de sagrada Trindade.  Entretanto, como visto naquela seção, esse pilar da fé cristão também foi descartado da RSV pelos mesmos trinta e dois estudiosos cristãos da mais alta eminência apoiados por cinquenta denominações cristãs, mais uma vez tudo de acordo com os “manuscritos mais antigos.”  E mais uma vez, descobrimos que o nobre Alcorão revelou essa verdade há mil e quatrocentos anos:
“Ó adeptos do Livro, não exagereis em vossa religião e não digais de Deus senão a verdade. O Messias, Jesus, filho de Maria, foi tão-somente um mensageiro de Deus e Seu Verbo, com o qual Ele agraciou Maria por intermédio do Seu Espírito. Crede, pois, em Deus e em Seus mensageiros e não digais: Trindade! Abstende-vos disso, que será melhor para vós; sabei que Deus é Uno. Glorificado seja! Longe está a hipótese de ter tido um filho. A Ele pertence tudo quanto há nos céus e na terra, e Deus é mais do que suficiente Guardião.” (Alcorão 4:171)
Antes de 1952 todas as versões da Bíblia faziam menção a um dos eventos mais milagrosos associados com o profeta Jesus, que a paz esteja sobre ele, que é a sua ascensão aos céus:
“Ora, o Senhor, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu e assentou-se à direita de Deus.” (Marcos 16:19)
... e mais uma vez em Lucas:
“E aconteceu que, abençoando-os ele, se apartou deles e foi elevado ao céu.  E, adorando-o eles, tornaram com grande júbilo para Jerusalém.” (Lucas 24:51-52)
Na RSV de 1952 Marcos 16 termina no verso 8 e o restante é relegado a nota de rodapé em letras pequenas (mais informações adiante).   De forma semelhante, no comentário sobre os versos de Lucas 24, nos é dito nas notas de rodapé da Nova Bíblia RSV “Em outras autoridades antigas falta “e foi elevado ao céu” e “Em outras autoridades antigas falta ‘adorando-o eles.’”  Dessa forma, vemos que o verso de Lucas em sua forma original apenas dizia:
“E aconteceu que, abençoando-os ele, se apartou deles. E tornaram com grande júbilo para Jerusalém.”
Foram séculos de “correção inspirada” para nos dar Lucas 24:51-52 em sua forma atual.
Como outro exemplo, em Lucas 24:1-7 lemos:
“E, no primeiro dia da semana, muito de madrugada, foram elas ao sepulcro, levando as especiarias que tinham preparado.  E acharam a pedra do sepulcro removida.  E, entrando, não acharam o corpo do Senhor Jesus.  E aconteceu que, estando elas perplexas a esse respeito, eis que pararam junto delas dois varões com vestes resplandecentes. E, estando elas muito atemorizadas e abaixando o rosto para o chão, eles lhe disseram: Por que buscais o vivente entre os mortos?  Não está aqui, mas ressuscitou. Lembrai-vos como vos falou, estando ainda na Galiléia, dizendo: Convém que o Filho do Homem seja entregue nas mãos de homens pecadores, e seja crucificado, e, ao terceiro dia, ressuscite.”
Mais uma vez, em referência ao verso 5, as notas de rodapé dizem: “Em outras autoridades antigas falta ‘Não está aqui, mas ressuscitou’”.
Os exemplos são muito numerosos para listá-los aqui. Entretanto, o encorajamos a obter uma cópia da Nova Versão Revisada da Bíblia e examinar os quatro evangelhos. Você terá grande dificuldade em encontrar ao menos duas páginas consecutivas que não contenham as palavras “Em outras autoridades antigas falta...” ou “Em outras autoridades antigas é adicionado...” etc., nas notas de rodapé.

Estudiosos Cristãos Reconhecem Contradições na Bíblia (parte 3 de 5): Supostos Autores do Novo Testamento

  
Notaremos que todo Evangelho começa com a introdução "De acordo com...", como “O Evangelho de acordo com Mateus”, “o Evangelho de acordo com Lucas,” “o Evangelho de acordo com Marcos,” “o Evangelho de acordo com João.” A conclusão óbvia para o homem comum é que essas pessoas são conhecidas como os autores dos livros atribuídos a elas.  Esse, entretanto, não é o caso.  Por que? Porque nenhuma das alardeadas quatro mil cópias existente apresenta a assinatura de seu autor.  Foi apenas suposto que eles eram os autores.  Descobertas recentes, entretanto, refutam essa crença.  Até as evidências internas provam que, por exemplo, Mateus não escreveu o Evangelho atribuído a ele:
“E Jesus, passando adiante dali, viu assentado na alfândega um homem chamado Mateus e (Jesus) disse-lhe: Segue-me. E ele (Mateus), levantando-se, o seguiu.” (Mateus 9:9)
Não é preciso ser um cientista espacial para ver que nem Jesus e nem Mateus escreveram esse verso de “Mateus.” Essa evidência pode ser encontrada em muitos lugares ao longo do Novo Testamento.  Embora muitas pessoas tenham levantado a hipótese de que é possível que um autor às vezes escreva na terceira pessoa, ainda assim, à luz do resto da evidência que veremos nesse livro, existe simplesmente muita evidência contra essa hipótese.
Essa observação não está de forma alguma limitada ao Novo Testamento.  Existe até prova de que ao menos partes do Deuteronômio não foram nem escritas por Deus e nem por Moisés.  Isso pode ser visto em Deuteronômio 34:5-10 no qual lemos:
“Então Moisés... MORREU… e ele (Deus Todo-Poderoso) O ENTERROU (Moisés)... Tinha 120 anos QUANDO MORREU... e não houve um profeta DESDE ENTÃO em Israel como Moisés...”
Moisés escreveu seu próprio obituário? Josué também fala em detalhes sobre sua própria morte em Josué 24:29-33.  A evidência apóia de forma esmagadora o reconhecimento atual de que a maioria dos livros da Bíblia não foi escrita por seus supostos autores.
Os autores da RSV pela Collins dizem que o autor de “Reis” é “desconhecido”.  Se soubessem se tratar da palavra de Deus a teriam indubitavelmente atribuído a Ele.  Ao contrário, escolheram honestamente dizer “Autor... desconhecido.” Mas se o autor é desconhecido então por que atribuí-la a Deus? Como se pode então alegar que foi “inspirada”? Continuando, lemos que o livro de Isaías é “Creditado principalmente a Isaías. Partes podem ter sido escritas por outros.”  Eclesiastes: “Autor. Duvidoso, mas comumente atribuído a Salomão.”  Rute: “Autor. Não é definitivamente conhecido, talvez Samuel,” e assim por diante.
Olhemos mais detalhadamente apenas um livro do Novo Testamento:
“O autor do Livro dos Hebreus é desconhecido.  Martim Lutero sugeriu que Apolo fosse o autor...  Tertuliano disse que Hebreus era uma carta de Barnabé... Adolf Harnack e J. Rendel Harris especularam que foi escrito por Priscila (ou Prisca).  William Ramsey sugeriu que foi feito por Felipe.  Entretanto, a posição tradicional é que o apóstolo Paulo escreveu Hebreus... Eusébio acreditava que Paulo o escreveu, mas Orígenes não foi positivo em relação à autoria paulina.”[1]
Isso é como definimos “inspirado por Deus”?
Como visto no capítulo um, São Paulo e sua igreja depois dele foram responsáveis por mudanças por atacado na religião de Jesus (que a paz esteja sobre ele) depois de sua partida, e foram posteriormente responsáveis pelo estabelecimento de uma campanha maciça de morte e tortura de todos os cristãos que se recusaram a renunciar aos ensinamentos dos apóstolos em favor das doutrinas paulinas.  Todos os evangelhos que não estavam de acordo com a fé paulina foram então sistematicamente destruídos ou reescritos.  O Rev. Charles Anderson Scott tem o seguinte a dizer:
“É altamente provável que nenhum dos Evangelhos Sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas) existisse na forma que os temos, antes da morte de Paulo.  Se os documentos fossem adotados em sua ordem cronológica estrita, as epístolas paulinas viriam antes dos Evangelhos sinóticos.”[2]
Essa afirmação é confirmada posteriormente pelo Prof. Brandon: “Os primeiros escritos cristãos que foram preservados para nós são as cartas do apóstolo Paulo” [3]
Na última parte do segundo século, Dionísio, Bispo de Coríntios, disse:
“Como os irmãos desejavam que escrevesse epístolas (cartas), eu o fiz, e isso os apóstolos do demônio encheram com elementos indesejáveis, mudando algumas coisas e adicionando outras, para quem existe uma aflição reservada.  Não é, portanto, uma questão de espanto se alguns também tentaram adulterar os escritos sagrados do Senhor, uma vez que tentaram o mesmo em outros trabalhos que não são comparados com esses.”
O Alcorão confirma isso com as palavras:
“Ai daqueles que copiam o Livro, (alterando-o) com as suas mãos, e então dizem: Isto emana de Deus, para negociá-lo a vil preço.  Ai deles, pelo que as suas mãos escreveram! E ai deles, pelo que lucraram!” (Alcorão 2:79)


Footnotes:
[1] Da introdução à Bíblia do Rei Jaime, nova sexta edição revisada e atualizada, o Estudo Hebreu/Grego, Edição Red Letter.
[2] History of Christianity in the Light of Modern Knowledge (História do Cristianismo à Luz do Conhecimento Moderno, em tradução livre), Rev. Charles Anderson Scott, p.338
[3] “Religions in Ancient History,” (Religiões na História Antiga, em tradução livre) S.G.F. Brandon, p. 228.

Estudiosos Cristãos Reconhecem Contradições na Bíblia parte 4 de 5): Alterações nas Escrituras Cristãs

Vitor de Tununa, um bispo africano do século seis relatou em sua Crônica (566 AD) que quando Messala foi cônsul em Constantinopla (506 AD), ele “censurou e corrigiu” os Evangelhos gentílicos escritos por pessoas consideradas analfabetas pelo imperador Anastácio.  A implicação foi que foram alterados para se adequarem ao Cristianismo do século seis que diferia do Cristianismo dos séculos anteriores.[1]
Essas “correções” não estavam de forma alguma confinadas aos primeiros séculos depois de Cristo.  Sir Higgins diz:
“É impossível negar que os monges beneditinos de Saint Maur, com relação às línguas latina e grega, eram muito letrados e talentosos, assim como muitos grupos de homens. Em ‘Life of Lanfranc, Archbishop of Canterbury’ (Vida de Lanfranc, Arcebispo de Canterbury, em tradução livre) de Cleland, existe a seguinte passagem: ‘Lanfranc, um monge beneditino, Arcebispo de Canterbury, ao constatar as escrituras muito corrompidas por copistas, se aplicou para corrigi-las, assim como os escritos dos patriarcas, em conformidade com a fé ortodoxa, secundum fidem orthodoxam.”[2]
Em outras palavras, as escrituras cristãs foram reescritas para se adequarem às doutrinas dos séculos onze e doze, e até os escritos dos fundadores da igreja primitiva foram “corrigidos” para que as mudanças não fossem descobertas.  Sir Higgins prossegue dizendo: “O mesmo divino Protestante tem essa passagem notável: ‘A imparcialidade exige de mim a confissão, de que os ortodoxos alteraram os Evangelhos em alguns lugares’”.
O autor então prossegue demonstrando como um esforço maciço foi empreendido em Constantinopla, Roma, Canterbury e no mundo cristão em geral para “corrigir” os Evangelhos e destruir todos os manuscritos anteriores a esse período.
Teodoro Zahan, ilustrou os profundos conflitos dentro das igrejas estabelecidas nos Artigos do Credo Apostólico.  Ele destaca que os católicos romanos acusam a Igreja Ortodoxa grega de remodelar o texto das escrituras sagradas por adições e omissões, com boas e más intenções.  Os ortodoxos gregos, por outro lado, acusam os católicos romanos de se desviarem em muitos lugares do texto original.  Apesar de suas diferenças, ambos unem forças para condenar os cristãos não-conformistas de desvio do “caminho verdadeiro” e condená-los como hereges.  Os hereges por sua vez condenam os católicos por terem “cunhado novamente a verdade como ferreiros.” O autor conclui “Fatos não suportam essas acusações?”
14. “E também aceitamos a promessa daqueles que disseram: Somos cristãos! Porém, esqueceram-se de grande parte do que lhes foi recomendado, pelo que disseminamos a inimizade e o ódio entre eles, até ao Dia da Ressurreição. Deus os inteirará, então, do que cometeram. 
15. Ó adeptos do Livro, foi-vos apresentado o Nosso Mensageiro para mostrar-vos muito do que ocultáveis do Livro e perdoar-vos em muito. Já vos chegou de Deus uma Luz e um Livro lúcido, 
16. Pelo qual Deus conduzirá aos caminhos da salvação aqueles que procurarem a Sua complacência e, por Sua vontade, tirá-los-á das trevas e os levará para a luz, encaminhando-os para a senda reta. 
17. São blasfemos aqueles que dizem: Deus é o Messias, filho de Maria. Dize-lhes: Quem possuiria o mínimo poder para impedir que Deus, assim querendo, aniquilasse o Messias, filho de Maria, sua mãe e todos os que estão na terra? Só a Deus pertence o reino dos céus e da terra, e tudo quanto há entre ambos. Ele cria o que Lhe apraz, porque é Onipotente. 
18. Os judeus e os cristãos dizem: Somos os filhos de Deus e os Seus prediletos. Dize-lhes: Por que, então, Ele vos castiga por vossos pecados? Qual! Sois tão-somente seres humanos como os outros! Ele perdoa a quem Lhe apraz e castiga quem quer. Só a Deus pertence o reino dos céus e da terra e tudo quanto há entre ambos, e para Ele será o retorno. 
19. Ó adeptos do Livro, foi-vos apresentado o Nosso Mensageiro, para preencher a lacuna (na série) dos mensageiros,a fim de que não digais. Não nos chegou alvissareiro nem admoestador algum! Sim, já vos chegou um alvissareiro e admoestador, porque Deus é Onipotente.”(Alcorão 5:14-19)
O próprio Santo Agostinho, um homem reconhecido e consultado tanto por protestantes quanto por católicos, professou que existiam doutrinas secretas na religião cristã e que:
“... existiam muitas coisas verdadeiras na religião cristã que não era conveniente para o vulgar [pessoa comum] saber, e algumas coisas eram falsas, mas era conveniente para o vulgar acreditar nelas.”
Sir Higgins admite:
“Não é injusto supor que nessas verdades ocultadas temos parte dos mistérios cristãos modernos, e penso que dificilmente será negado que a igreja, cujas autoridades mais altas mantiveram essas doutrinas, não teve escrúpulos em retocar as escrituras sagradas.”[3]
Mesmo as epístolas atribuídas a Paulo não foram escritas por ele.  Após anos de pesquisa, católicos e protestantes concordam que das treze epístolas atribuídas a Paulo apenas sete são genuinamente dele.  São elas: Romanos 1, Coríntios 2, Gálatas, Filipenses, Filemom e Tessalonicenses 1.
Denominações cristãs não concordam nem mesmo sobre a definição do que é exatamente um livro “inspirado” de Deus.  Os protestantes são ensinados que existem 66 livros verdadeiramente “inspirados” na Bíblia, enquanto que os católicos são ensinados que existem 73 livros verdadeiramente “inspirados”, sem mencionar muitas outras denominações e seus livros “mais novos”, como os mórmons, etc.  Como veremos brevemente, os primeiros cristãos, por muitas gerações, não seguiram nem os 66 livros dos protestantes nem os 73 livros dos católicos.  Muito pelo contrário, eles acreditavam nos livros que, muitas gerações depois, foram “reconhecidos” como fabricações e apócrifos por uma época mais iluminada do que a dos apóstolos.


Footnotes:
[1] The Dead Sea Scrolls, the Gospel of Barnabas, and the New Testament, by M. A. Yusseff, p. 81.
[2] History of Christianity in the light of Modern knowledge (História do Cristianismo à luz do Conhecimento Moderno, em tradução livre), Higgins p.318.
[3] The Dead Sea Scrolls, the Gospel of Barnabas, and the New Testament (Os Manuscritos do Mar Morto, o Evangelho de Barnabé e o Novo Testamento, em tradução livre), M. A. Yusseff, p.83

Estudiosos Cristãos Reconhecem Contradições na Bíblia (parte 5 de 7): Começando a Ser um Pouco Mais Honesto

  
Bem, de onde todas essas Bíblias vêm e por que a dificuldade em definir qual é realmente a palavra “inspirada” de Deus? Elas vêm de “manuscritos antigos” (também conhecidos como MSS).  O mundo cristão hoje apresenta um excesso de 24.000 “manuscritos antigos” da Bíblia todos datando do século quatro depois de Cristo (mas não da época de Cristo ou dos apóstolos).  Em outras palavras, temos conosco evangelhos que datam do século em que os trinitaristas assumiram o controle da Igreja Cristã.  Todos os manuscritos anteriores a esse período estranhamente pereceram.  Todas as Bíblias em existência hoje são compiladas desses “manuscritos antigos”. Qualquer estudioso da Bíblia nos dirá que não existem dois manuscritos exatamente idênticos.
As pessoas hoje geralmente acreditam de só existe UMA Bíblia e UMA versão de qualquer verso da Bíblia.  Isso está longe de ser verdade.  Todas as Bíblias em nossas mãos hoje (como a do Rei Jaime, NVI, etc.) são o resultado de um extenso recortar e colar desses vários manuscritos sem nenhum deles atuando como a referência definitiva.  São casos incontáveis em que um parágrafo aparece em um “manuscrito antigo”, mas não aparece em muitos outros.  Por exemplo, Marcos 16: 8-20 (doze versos inteiros) não aparece nos manuscritos mais antigos disponíveis hoje (como o manuscrito sinaítico, o Vaticano 1209 e a versão armênia), mas aparece em “manuscritos antigos” mais recentes. Também existem muitos casos documentados em que até as localizações geográficas são completamente diferentes de um manuscrito antigo para outro.  Por exemplo, no “manuscrito pentateuco samaritano”, o Deuteronômio 27:4 fala de “monte Gerizim”, enquanto que o “manuscrito hebreu” o mesmo verso fala de “monte Ebal.” De Deuteronômio 27: 12-13 podemos ver que esses são dois locais totalmente diferentes.  Da mesma forma, Lucas 4:44 em alguns “manuscritos antigos” menciona “sinagogas da Judéia”, enquanto que em outros menciona “sinagogas da Galiléia.” Essas são apenas amostras. Seria necessário um livro para uma lista abrangente.
Existem inúmeros exemplos na Bíblia em que versos de natureza questionável são incluídos no texto sem qualquer aviso ao leitor de que muitos estudiosos e tradutores fazem sérias reservas em relação às suas autenticidades.  A Bíblia do Rei Jaime (também conhecida como “Versão Autorizada”), a única nas mãos da maioria da Cristandade hoje, é uma das mais notórias a esse respeito.  Não dá ao leitor nenhuma pista quanto à natureza questionável desses versos.  Entretanto, traduções mais recentes da Bíblia estão agora começando a ser um pouco mais honestas e acessíveis a esse respeito.  Por exemplo, a Nova Versão Revisada da Bíblia, da Oxford Press, adotou um sistema extremamente sutil de colocação de parênteses duplos ([[ ]]) nos exemplos mais evidentes desses versos questionáveis.   É altamente improvável que o leitor casual perceba a verdadeira função desses parênteses.  Estão lá para dizer ao leitor informado que os versos marcados são de uma natureza altamente questionável.  Alguns exemplos são a história da “mulher tomada em adultério” em João 8:1-11, Marcos 16:9-20 (ressurreição e retorno de Jesus) e Lucas 23:34 (que, muito interessantemente, está lá para confirmar a profecia de Isaías 53:12)... e assim por diante.
Por exemplo, com relação a João 8:1-11, os comentadores dessa Bíblia dizem em letras muito pequenas no rodapé:
“As autoridades mais antigas não têm 7.53-8.11; outras autoridades acrescentam a passagem depois de 7.36 ou depois de 21.25 ou depois de Lucas 21.38 com variações de texto; algumas marcam o texto como duvidoso.”  
Com relação a Marcos 16:9-20, nos é dada, estranhamente, a escolha de como gostaríamos que o Evangelho de Marcos terminasse.  Os comentadores forneceram um “final curto” e um “final longo”. Então, nos é dada uma escolha do que preferimos que seja a “palavra inspirada de Deus.”  Mais uma vez, no fim desse evangelho em letras muito pequenas, os comentadores dizem:
“Algumas das autoridades mais antigas terminam o livro no fim do verso 8. Uma autoridade conclui o livro com um final mais curto; outras incluem o final mais curto e então continuam com os versos 9-20. Na maioria das autoridades, os versos 9-20 seguem imediatamente o verso 8, embora em algumas dessas autoridades a passagem esteja marcada como duvidosa.”
O Comentário de Peake sobre a Bíblia registra:
“Agora é geralmente aceito que 9-20 não são uma parte original de Marcos.  Não são encontrados nos MSS mais antigos e, de fato, aparentemente não estavam nas cópias usadas por Mateus e Lucas.  Um manuscrito armênio do século 10 atribui a passagem a Aristion, o presbítero mencionado por Papias (ap. Eus. HE III, xxxix, 15).
“De fato, uma tradução armênia de São Marcos foi descoberta muito recentemente, na qual os últimos doze versos de São Marcos são atribuídos a Aristion, conhecido como um dos primeiros dos fundadores da Igreja Cristã; e é muito possível que essa tradição esteja correta.”
“Our Bible and the Ancient Manuscripts,” (“Nossa Bíblia e os Manuscritos Antigos”), F. Kenyon, Eyre and Spottiswoode, pp. 7-8
Nesse ponto esses versos estão destacados como tendo sido narrados de forma diferente em diferentes “autoridades”. Por exemplo, é dito pelos comentadores que o verso 14 teve as seguintes palavras acrescentadas em algumas “autoridades antigas”:
“e se justificaram dizendo ‘Essa época sem lei e descrente está sob Satanás, que não permite que a verdade e o poder de Deus prevaleçam sobre as coisas impuras dos espíritos.  Assim, revelem sua retidão agora” falaram para Cristo e Cristo lhes respondeu “O termo dos anos do poder de Satanás foi cumprido, mas outras coisas terríveis se aproximam.  E por aqueles que pecaram fui entregue para a morte, para que possam retornar à verdade e não pequem mais, para que possam herdar a glória espiritual e imperecível da virtude que está no paraíso.”

Estudiosos Cristãos Reconhecem Contradições na Bíblia (parte 6 de 7): Adulteração Impiedosa com o Texto da Bíblia

O Dr. Lobegott Friedrich Konstantin Von Tischendorf foi um dos estudiosos cristãos conservadores mais eminentes do século dezenove. Também foi um dos defensores mais leais e inflexíveis da Trindade que a história conheceu. Uma das suas grandes realizações foi a descoberta do manuscrito bíblico conhecido pela humanidade mais antigo, o “Codex Sinaiticus”, do monastério de Santa Catarina no Monte Sinai. Uma das descobertas mais devastantes feitas a partir do estudo desse manuscrito do século quatro foi que o Evangelho de Marco terminava originalmente nos versos 16:8 e não no verso 16:20 como acontece hoje. Em outras palavras, os últimos 12 versos (Marcos 16:9 a Marcos 16:20) foram “injetados” pela igreja na Bíblia em algum momento depois do século 4. Clemente de Alexandria e Orígenes nunca citaram esses versos. Posteriormente também foi descoberto que os ditos 12 versos, onde consta o relato da “ressurreição de Jesus”, não aparecem nos códigos Siríaco, Vaticano e Bobiensis. Originalmente o “Evangelho de Marcos” não continha menção da “ressurreição de Jesus” (Marcos 16: 9-20). Pelo menos quatrocentos anos (se não mais) depois da partida de Jesus a Igreja recebeu a “inspiração” divina para adicionar a história da ressurreição ao final desse evangelho.
O autor do “Codex Sinaiticus” não tinha dúvida de que o Evangelho de Marcos terminava em Marcos 16:8. Para enfatizar esse ponto encontramos que imediatamente a seguir desse verso ele termina o texto com um til artístico e as palavras “O Evangelho de acordo com Marcos”. Tischendorf foi um cristão conservador inflexível e como tal conseguiu deixar de lado essa discrepância, uma vez que em sua estimativa o fato de Marcos não ser um apóstolo nem uma testemunha ocular do ministério de Jesus, tornava o seu relato secundário em relação aos dos apóstolos Mateus e João. Entretanto, como visto várias vezes nesse livro, a maioria dos estudiosos cristãos reconhece os escritos de Paulo como os mais antigos da Bíblia. Eles são seguidos de perto pelo “Evangelho de Marcos”, e os “Evangelhos de Mateus e Lucas” são quase que universalmente reconhecidos como sendo baseados no “Evangelho de Marcos.” Essa descoberta foi o resultado de séculos de estudos detalhados e esmerados por esses estudiosos cristãos e os detalhes não podem ser repetidos aqui. É suficiente dizer que os estudiosos cristãos de maior reputação hoje reconhecem isso como um fato básico indisputável.
Hoje, os tradutores e editores de nossas Bíblias modernas estão começando a ser um pouco mais acessíveis e honestos com seus leitores. Embora não admitam abertamente que esses doze versos sejam fraudes da Igreja e não a palavra de Deus, pelo menos estão começando a chamar a atenção do leitor para o fato de que existem duas “versões” do “Evangelho de Marcos” e então deixam que o leitor decida o que fazer com essas duas “versões”.
Agora a pergunta passa a ser “se a Igreja adulterou o Evangelho de Marcos, parou por aí ou tem mais nessa história?” Tischendorf também descobriu que o “Evangelho de João” tinha sido fortemente retrabalhado pela Igreja ao longo dos séculos. Por exemplo:
1.      Foi descoberto que os versos começando de João 7:53 a 8:11 (a história da mulher tomada em adultério) não são encontrados nas cópias mais antigas da Bíblia disponíveis para o Cristianismo hoje, especificamente os códigos Sinaiticus ou Vaticano.
2.      Também foi encontrado que João 21:25 foi uma inserção posterior e que um verso do evangelho de Lucas (24:12) que fala de Pedro descobrindo o túmulo vazio de Jesus não é encontrado nos manuscritos antigos.
(Para mais sobre esse tópico por favor leia “Secrets of Mount Sinai” (Segredos do Monte Sinai) de James Bentley, Doubleday, Nova Iorque, 1985).
Muitas das descobertas do Dr. Tischendorf em relação à adulteração contínua e impiedosa do texto da Bíblia ao longo dos tempos foi verificada pela ciência do século vinte. Por exemplo, um estudo do Codex Sinaiticus sob luz ultravioleta revelou que o “Evangelho de João” terminava originalmente no verso 21:24 e foi seguido por um pequeno til e então pelas palavras “O Evangelho de acordo com João.” Entretanto, algum tempo depois, um indivíduo “inspirado” diferente pegou a pena, apagou o texto que se seguia ao verso 24 e então adicionou o texto “inspirado” de João 21:25 que encontramos em nossas Bíblias hoje.
A evidência de adulteração prossegue. Por exemplo, no Codex Sinaiticus o Pai-Nosso de Lucas difere substancialmente da versão que chegou até nós através da atuação de séculos de correção “inspirada”. Lucas 11: 2-4 nesse manuscrito mais antigo de todos diz:
“Pai, Santificado pelo teu nome, Teu reino vem. Seja feito, como nos céus, na terra. Dê-nos nosso pão de cada dia. E perdoe nossos pecados como perdoamos todos que nos estão em dívida. E não nos deixe cair em tentação.”
Além disso, o “Codex Vaticanus” é outro manuscrito antigo mantido pelos estudiosos do Cristianismo na mesma posição reverencial do Codex Sinaiticus. Esses códigos do século quatro juntos são considerados as cópias mais antigas da Bíblia disponíveis hoje. No codex Vaticanus encontramos uma versão de Lucas 11:2-4 ainda mais curta que a do Codex Sinaiticus. Nessa versão até as palavras“Seja feito, como nos céus, na terra” não são encontradas.
Qual tem sido a posição oficial da Igreja em relação a essas “discrepâncias”? Como a Igreja decidiu lidar com essa situação? Conclamaram os estudiosos mais destacados da literatura cristã para se reunirem em uma conferência, para juntos estudarem os manuscritos cristãos mais antigos disponíveis para a Igreja e chegarem a um acordo em relação à verdadeira palavra original de Deus? Não!
Imediatamente dedicaram todos os esforços para fazer cópias em massa dos manuscritos originais e enviá-los para o mundo cristão para que pudessem tomar suas próprias decisões sobre qual era a verdadeira palavra imutável de Deus?  Mais uma vez, não!

Estudiosos Cristãos Reconhecem Contradições na Bíblia (parte 7 de 7): Modificações “Inspiradas” da Igreja


O que eles fizeram? Perguntemos ao reverendo Dr. George L. Robertson. Em seu livro “Where did we get our Bible?” (Onde Conseguimos nossa Bíblia?) ele escreve:
“Dos MSS da Escritura Sagrada em grego que continuam a existir lá se diz existirem vários milhares de variantes significativas... Três ou quatro em particular desses documentos antigos, desbotados e sem atrativos constituem os tesouros mais antigos e mais preciosos da Igreja Cristã e são, dessa forma, de interesse especial.” Em primeiro na lista do reverendo Richardson está o “Codex Vaticanus” do qual ele diz: “Esse é provavelmente o mais antigo de todos os MSS gregos que se tem conhecimento. É designado como Codex “B”. Em 1448 o Papa Nicolau V o trouxe para Roma onde tem estado desde então, sendo guardado diligentemente por oficiais papais na biblioteca do Vaticano. Sua história é breve: Erasmus em 1533 sabia de sua existência, mas nem ele nem nenhum de seus sucessores receberam permissão para estudá-lo... se tornando muito inacessível para os estudiosos, até que Tischendorf em 1843, depois de meses de adiamentos, teve permissão de vê-lo por seis horas. Outro especialista, chamado de Muralt em 1844 também recebeu permissão para vê-lo por nove horas. A história de como o Dr. Tregelles em 1845 recebeu permissão das autoridades para segurá-lo página por página enquanto memorizava o texto é fascinante. O Dr. Tregelles o fez. Recebeu permissão para estudar o MS continuamente por um longo tempo, mas não para tocá-lo ou fazer anotações. De fato, todos os dias quando entrava na sala em que documentos preciosos estavam guardados, seus bolsos eram revistados e caneta, papel e tinta eram tirados dele, se carregasse esses acessórios com ele. A permissão para entrar, entretanto, foi repetida até que ele finalmente levou e anotou em seu quarto a maioria das principais variantes de leitura desse texto mais antigo. Entretanto, no processo, com frequência as autoridades papais retiravam o MS dele se observassem que ele estava muito absorvido em uma seção, e dirigiam sua atenção para outra folha. Finalmente descobriram que Tregelles tinha praticamente roubado o texto e que o mundo bíblico sabia os segredos de seu MS histórico.  O Papa Pio IX ordenou que devia ser fotografado e publicado e foi, em cinco volumes que apareceram em 1857. Mas o trabalho foi feito de maneira insatisfatória. Por volta da mesma época Tischendorf fez uma terceira tentativa de ganhar acesso ao manuscrito e examiná-lo. Teve sucesso e posteriormente pôs em circulação o texto das primeiras vinte páginas. Finalmente em 1889-90, com permissão papal, o texto inteiro foi fotografado, distribuído em fac-símile e publicado para que uma cópia do caro livro fosse obtida, e está agora em posse de todas as principais bibliotecas do mundo bíblico.”[1]
O que todos os Papas temiam? O que todo o Vaticano temia? Por que o conceito de liberar o texto da cópia mais antiga da Bíblia para o público em geral era tão terrível para eles? Por que acharam necessário enterrar as cópias mais antigas da palavra de Deus em um canto escuro do Vaticano para não ser vista por olhos de fora? Por quê? E os milhares e milhares de outros manuscritos que até hoje permanecem enterrados nas profundezas escuras dos escaninhos do Vaticano para nunca serem vistos ou estudados pelas massas em geral da Cristandade?
“Recorda-te de quando Deus obteve a promessa dos adeptos do Livro, (comprometendo-se a) evidenciá-lo (o Livro) aos homens, e a não ocultá-lo. Mas eles jogaram às costas, negociando-o a vil preço. Que detestável transação a deles!”  (Alcorão 3:187)
“Dize: Ó adeptos do Livro, não exagereis em vossa religião, profanado a verdade, nem sigais o capricho daqueles que se extraviaram anteriormente, desviaram muitos outros e se desviaram da verdadeira senda!” (Alcorão 5:77)
Retornando ao nosso estudo de algumas das “discrepâncias” encontradas em nossas Bíblias modernas e entre as cópias mais antigas da Bíblia disponíveis para uns poucos escolhidos, descobrimos que o verso de Lucas 24:51 contém o alegado relato de Lucas da partida final de Jesus, que a misericórdia e bênçãos de Deus estejam sobre ele, e como ele foi “elevado aos céus”. Entretanto, como visto nas páginas anteriores, no Codex Sinaiticus e outros manuscritos antigos as palavras “e foi elevado aos céus” estão totalmente ausentes. O verso só diz:
“E aconteceu que, enquanto os abençoava, apartou-se deles.”
C.S.C Williams observou, se essa omissão fosse correta, “não há nenhuma referência à Ascensão no texto original do Evangelho.”
Algumas outras modificações “inspiradas” da Igreja para o Codex Sinaiticus e nossas Bíblias modernas:
·       Mateus 17:21 está faltando no Codex Sinaiticus.
·       Em nossas Bíblias modernas, em Marcos 1:1 se lê “Princípio do Evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus”. Entretanto, nos manuscritos cristãos mais antigos esse verso somente diz “Princípio do Evangelho de Jesus Cristo”. Estranhamente, as mesmas palavras que são mais discordantes para o Alcorão dos muçulmanos, “o filho de Deus”, estão totalmente ausentes. Não é interessante?
·       As palavras de Jesus em Lucas 9:55-56 estão faltando.
·       O texto original de Mateus 8:2 como encontrado no Codex Sinaiticus nos diz que um leproso pediu a Jesus para curá-lo e Jesus “de forma zangada, estendendo a mão, tocou-lhe, dizendo: Quero, fica limpo!”  Em nossas Bíblias modernas, as palavras “de forma zangada” estranhamente estão ausentes.
·       Lucas 22:44 no Codex Sinaiticus e nossas Bíblias modernas alegam que um anjo apareceu diante de Jesus, fortalecendo-o. No Codex Vaticanus esse anjo estranhamente está ausente. Se Jesus era o “Filho de Deus” então obviamente seria muito inapropriado que necessitasse de um anjo para fortalecê-lo.  Esse verso, então, deve ter sido um erro do escriba. Certo?
·       As alegadas palavras de Jesus na cruz “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lucas 23:34) estavam originalmente presentes no Codex Sinaiticus, mas foram apagadas posteriormente do texto por outro editor. Tendo em mente como a Igreja considerava e tratava os judeus na Idade Média, podemos pensar em alguma razão para esse verso ter sido um obstáculo para a política oficial da Igreja e suas “inquisições”?
·       João 5:4 está faltando no Codex Sinaiticus.
·       Em Marcos capítulo 9 as palavras “Onde seus vermes não morrem e o fogo não se extingue” novamente estão ausentes.
·       Em Mateus 5:22 as palavras “sem causa” estão faltando tanto no Vaticanus quanto no Sinaiticus.
·       Em Mateus 21:7 em nossas Bíblias modernas se lê “E [os discípulos] trouxeram a jumenta e o jumentinho, e sobre eles puseram os seus mantos e fizeram-no [Jesus] assentar em cima.” Nos manuscritos originais esse verso se lê “e fizeram-no [Jesus] assentar em cima dele” (“dele” quem?) Logo depois a tradução para o inglês evitou completamente esse problema ao traduzir como “nisso”.
·       Em Mateus 10:15 nossas Bíblias modernas contem as palavras “Em verdade vos digo que menos rigor haverá para Sodoma e Gomorra, no Dia do Juízo, do que para aquela cidade.” Entretanto, essas palavras não são encontradas em nenhum dos dois manuscritos bíblicos cristãos mais antigos, tendo sido introduzidas no texto séculos depois.
·       As palavras de Mateus 6:13 “pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre” Não são encontradas nesses dois manuscritos mais antigos e em muitos outros. As passagens paralelas em Lucas também são incompletas.
·       Mateus 27:35 em nossas Bíblias modernas contém as palavras “Depois de o crucificarem, repartiram entre si as suas vestes, tirando a sorte.” Essa passagem, mais uma vez, não é encontrada de acordo com o reverendo Merrill em nenhum manuscrito uncial bíblico datando de antes do século nove.
·       Em 1 Timóteo 3:16 originalmente se lê “Evidentemente, grande é o mistério da piedade: que foi manifestado na carne.” Isso foi então modificado (como visto anteriormente) alterado sutilmente para“Evidentemente, grande é o mistério da piedade: Aquele que foi manifestado na carne...” Assim nasceu a doutrina da “encarnação”.


Footnotes:
[1] “Where did we get our Bible?” (Onde Conseguimos nossa Bíblia?”), Rev. Dr. George L. Robertson. Harper & Brothers Publishers, pp.110-112
Fonte: http://www.islamreligion.com/pt/articles/584/viewall/estudiosos-cristaos-reconhecem-contradicoes-na-biblia-parte-1-de-5/

sexta-feira, junho 03, 2016

Reflexão na Véspera de Ramadão

Prezados Irmãos, 

Saúdo-vos com a saudação do Islão, "Assalam alai-kum", (que a Paz esteja convosco), que representa o sincero esforço dos crentes por estender o amor e a tolerância entre as pessoas, seja qual for o seu idioma, crença ou sociedade.

In ch’Allah, hoje é o último Jummah (última sexta-feira) antes de entrarmos no mês Sagrado de Ramadan. A luz de Jummah, a gratidão e a humildade acompanham as últimas horas do bendito mês de Sha’bán. Despedimos só o fugaz das suas horas, seus dias e noites e conservamos o mel e a piedade de Sha’bán. Deus (ár. Allah) abriu as comportas do Seu perdão sanador e absoluto através do seu último Profeta Muhammad ﷺ e revelou o coração profético como uma veneração aberta, directamente sobre o oceano da Sua misericórdia. Convidou-nos a beber ali do anel que produz o Seu amor. Sha’bán é intimidade e proximidade com o Profeta do amor. Cada vez que permitimos à bondade e à gentileza expressar-se em nós, cada vez que olhamos sem juízos nem con-denações, cada vez que acariciamos ou abraçamos livres da pretensão de submeter ou possuir, cada vez que a prostração e o louvor foram a voz do coração… estivemos no santuário da presença profética.

Chegamos diante da porta magnífica de Ramadão. Marhaba ya Ramadán Karim. Na noite do início de Ramadão, a paixão cega e os sussurros desinte-gradores serão encadeados e negar-se-á o seu fogo a permissão de queimar. Qualquer dureza ou nega-ção da alma podem ser diluídas na piedade magni-ficente deste mês. As portas do tesouro completo da graça divina permanecerão, de par em par, sem guardiães, sem obstáculos, nem prova. A Gene-rosidade Divina transbordará em chamamentos à alma: convida-a, oferece-se, responde, acolhe, preserva, acaricia. É o magnífico despertar do verdadeiro ser humano — a possibilidade de reconhecer-se a si mesmo como os influxos e refluxos dinâmicos da Essência Divina — que ocorre durante o mais sagrado mês de Ramadão com a suavidade que se experimenta e é própria só do Paraíso… Os portais da eternidade abrem-se sem restrição no reino do tempo… o Alcorão, de facto, descendeu escondido entre as suas noites sagra-das… fresco… pleno… curativo. Ramadão é um estado de consciência em que a generosidade ilimitada da Essência Divina se desprega aberta-mente a si mesma…

Ya Rahman. Ya Rahman. Ya Rahman.

Ramadão é o tempo da comunidade e da contem-plação profunda. O mês para a actividade bondosa e incansável desse corpo místico que foi ascendido e deslumbrado com a consciência da sua identidade verdadeira no mês de Rajab. Que foi logo sanado, vivificado e com poderes no anel do coração profético através da súplica de Rassul’Allah (Mensageiro de Deus) ﷺ e da resposta divina de total perdão que trouxe Sha’bán. E que agora pode erguer-se como esplêndido califa, como servo da misericórdia e do amor divino, como cuidador sensitivo e enternecido da criação, aguador dos rios do Paraíso…

O jejum de Ramadão não é um meio para pagar culpas, nem uma compensação oferecida a quem mantém entre as suas mãos de misericórdia a nossa alma. É uma formosa oferenda de amor, um acto de adoração e intimidade que em ocasiões nos exige um pouco mas que nos reúne com a sensível santidade da humanidade, com os servos, com o sangue que bombeia o coração profético. Allah desvela a dimen-são do jejum dirigindo-se directamente aos crentes:

‎«Ó VÓS que credes! Está-vos prescrito o jejum, tal como foi prescrito aos vossos antepassados, para que temais a Deus.

Jejuareis determinados dias; porém, quem de vós não cumprir jejum, por achar-se enfermo ou em viagem, jejuará, depois, o mesmo número de dias. Mas quem, só à custa de muito sacrifício, consegue cumpri-lo, vier a quebrá-lo, redimir-se-á, alimentando um necessitado; porém, quem se empenhar em fazer além do que for obrigatório, será melhor. Mas, se jejuardes, será preferível para vós, se quereis sabê-lo.

O mês de Ramadan foi o mês em que foi revelado o Alcorão, orientação para a humanidade e evidência de Orientação e Discernimento. Por conseguinte, quem de vós presenciar o novilúnio deste mês deverá jejuar; porém, quem se achar enfermo ou em viagem jejuará, depois, o mesmo número de dias. Deus vos deseja a comodidade e não a dificuldade, mas cumpri o número (de dias), e glorificai a Deus por ter-vos orientado, a fim de que (Lhe) agradeçais.

E quando os Meus servos te perguntarem, por Mim, dize-lhes que estou próximo e ouvirei o rogo do suplicante quando a Mim se dirigir. Que atendam o Meu apelo e que creiam em Mim, a fim de que se encaminhem». - Alcorão, 2: 183-186).

Recordemos, pois, que Allah nos conferiu a incomensurável e única honra de sermos servos da Sua Misericórdia, de formar parte da Ummah do seu Bem-amado e de ter-Se dirigido a nós e ter-nos dado um lugar no Alcorão.

Contemos ainda com outra bênção: uma vez, em cada ano, vem o mês de Ramadão, que no seu princípio é misericórdia, no seu meio é perdão e no seu final é a libertação de toda a negação. Quando o Ramadão chegar, apreciemo-lo, porque passa muito rapidamente. A própria vida passa também muito rapidamente. Não digamos: Ramadão virá de novo, porque um Ramadão que já se foi nunca regressará. O seguinte Ramadão será um diferente, precioso e tão único como este. E o Ramadão continuará vindo até ao Dia da Ressurreição, mas quem sabe se este poderá ser o último para algum de nós?”.

Numa tradição sagrada, Allah, o Único, afirma: “O jejum é para Mim, e Eu sou quem o recompensa.” O jejum tem inúmeras e maravilhosas estações e paragens. Não é algo estático, a sua graça e reali-dade transcende em muito o nível em que o corpo deseja alimento ou água. Está mais além do território do eu limitado que se irrita e arde. No centro do jejum está a alegria e o gozo. A ligeireza da entrega. 

Numa das tradições o Bem-amado de Allah, o Profeta Muhammad ﷺ diz: “À minha comunidade foram outorgados cinco favores divinos que não foram dados a outra comunidade. O primeiro é que na véspera do primeiro dia de Ramadão, o mais Misericordioso dos misericordiosos olha, com compai-xão, aqueles da minha comunidade que estão jejuando. Nunca mais expõe ao seu tormento aqueles sobre quem este misericordioso olhar caiu. O se-gundo agraciado favor é este: Allah ordena aos nobres anjos que rezem pelo perdão em nome da comunidade de Muhammad. O terceiro é que o odor da boca de um crente jejuante seja mais querido a Allah que a essência do almíscar. O quarto é que se dê esta ordem ao Paraíso: ‘Embeleza-te e adorna-te para a comunidade de Muhammad’. Pois Allah disse: Dá aos meus servos que creem em Mim as boas novas de que eles são meus amigos. A quinta Generosidade Divina é que Allah perdoa a toda a comunidade de Muhammad que mantém o jejum.”

Ya Ramadán Karim, ya Allah, aceita-nos no sagrado deste tempo. Aceita a nossa intenção de nos entregarmos à graça de Ramadão por amor ao Profeta do teu Amor divino, e bendi-lo com a exaltação e a graça que reservaste para ele. 

Ó Glorioso Alcorão! Suplicamos a Allah que nos revele a natureza da generosidade divina através da tua magnificente e poderosa Sura Rahman, para assim podermos abordar e abraçar a natureza de Rahman. Que não sigamos a nossa visão ou vontade limitadas. Que sejamos levados através dos portais reais do Sagrado Alcorão, que são precisamente os portais abertos do Paraíso, durante este mês bendito de Ramadan.

A terminar, desejando a todos os Muçulmanos um Próspero Ramadan, sugiro que ouçam este lindo e profundo QASSIDAH, na voz de Abdul Samad Ali, neste link:

domingo, maio 22, 2016

A METADE DO MÊS CHABAN

Centro Islâmico de Brasília-DF - Khutuba : Sheikh Muhammad Zidan

Em nome de Allah , O Clemente, O Misericordioso. Louvado seja Allah , criador do céu e da terra. Nos recordamos e nos voltamos humildes a Allah (SWT), pedimos o Seu perdão e suplicamos a Sua misericórdia.

Testemunho que não há Divindade a não ser Allah (SWT), e testemunho que o Profeta Mohammad (SAAW) é seu servo e Mensageiro, o escolhido entre as criaturas. Aquele que divulgou a mensagem, zelou pelo que lhe foi confiado, aconselhou o povo, aboliu a injustiça e serviu em nome de Allah (SWT).

Que Allah (SWT) abençõe e de paz ao Profeta (SAAW), bem como para a sua família, companheiros e seguidores até o Dia do Juízo Final.

Meus irmãos e irmãs muçulmanos, nosso assunto trata sobre o mês sagrado de Chaban. Passou o mês de Rajeb um dos meses sagrados que possui grande valor para Allah(SWT), que disse no Alcorão Sagrado na Surat AT-TAUBAH vers 36 : « Por certo, o número dos meses, junto de Allah, é de doze meses, conforme está no Livro de Allah, desde o dia em que Ele criou os céus e a terra. Quatro deles são sagrados. Essa é a religião reta. Então, não sejais, neles, injustos com vós mesmos, e combatei os idólatras, a todos eles, como eles vos combatem, a todos vós. E sabei que Allah é com os piedosos.

Com a passada do mês de Rajeb, e estamos no oitavos mês que se chama Chaban. Tem este nome porque é o mês no qual os árabes buscavam água e também diziam que tinha esse nome pois eles realizam ataques e incursões. Logo em seguida iremos receber o Ramadan.

Meus irmãos no mês de Shaban nele o Profeta Muhammad(SAAW) jejuou mais do que nos outros meses sem considerar o mês de Ramadan, quando o jejum é obrigatório. Em uma narração de Al-Bukhari e Muslim, Aisha(que Allah esteja satisfeito com ela) disse: “ O Mensageiro de Allah(SAAW) costumava jejuar tanto ao ponto de acharmos que nunca quebraria o jejum e não jejuava até acharmos que nunca jejuaria. Nunca vi o Mensageiro de Allah jejuando por um mês inteiro, exceto no Ramadan, e nunca o vi jejuar maisdo que no mês de Chaban.”

Usaamah Ibn Zayd narrou que falou ao Profeta Muhammad(SAAW): “Eu disse, “Ó Mensageiro de Allah, não o vejo jejuando em qualquer outro mês o quanto você jejua no mês de Chaban.” Ele disse: “ Este é um mês entre o Rajeb e o Ramadan, que as pessoas não prestam atenção e é um mês em que as boas ações ascendem ao Senhor dos Mundos. Eu gosto porque minhas ações ascendem quando estou jejuando.”

Também de acordo com um relato narrado por Abu Dawood, ele disse: “Os meses mais estimados pelo Mensageiro de Allah(SAAW) para o jejum era o Chaban e seu jejum no Chaban era ininterrupto com o jejum no Ramadan.” As pessoas obeservaram que o Profeta Muhammad(SAAW) jejuava nas segundas e quintas de cada semana e perguntaram porque ele cuidava de realizar o jejum nestes dois dias. O Profeta Muhammad (SAAW) respondeu que durante estes dois dias o trabalho das pessoas sobem a Allah(SWT) e ele queria que seu trabalho subisse com seu jejum.

Meus irmãos o jejum do Ramadan aproxima, o crente de Deus(Louvado Seja), liberta a alma e aumenta a força moral e espiritual do jejuador. Faz a alma ser bela, harmoniosa, pacífica, justa e compassiva. O jejum dá para as pessoas o poder de manter seus desejos controlados, evita o pecado, as agressões, a crueldade e a opressão em atos e palavras. O jejum no mês de Chaban é um jejum voluntário e não obrigatório como acontece no mês de Ramadan que é obrigatório. Serve para a recuperação dos dias que não foram jejuados no mês de Ramadan pelas pessoas que estavam em viagem, doentes ou pelas mulheres que estavam em seus ciclos menstruais. É a compensação de qualquer erro no número de preces obrigatórias e que deve ocorrer antes do próximo Ramadan.

Como é um mês de passagem entre o Rajeb e o Ramadan algumas pessoas podem estar descuidadas com os atos de adoração a Allah (Louvdo Seja), por isso o mês de Chaban é importante para Allah(SWT). É um mês no qual o jejum não é exposto. Muitas pessoas acreditam que jejuar por alguns dias no mês de Chaban é como treinar para o jejum de Ramadan. Assim, ao jejuar antes, terá o costume com o jejum e se sentirá mais forte com a chegada do mês de Ramadan. A caridade também deve ser praticada não apenas no Ramadan, mas em toda a vida do muçulmano, assim como a recitação do Alcorão Sagrado deve ser parte de nossos dias. Irmãos outro assunto que marca a noite da metade do mês de Shaban. Num Hadith narrado PR Moaz Bin Jabel que o Profeta Muhammad(SAAW) disse: “Allah observa sua criação durante a noite da metade do Chaban e perdoa a todos, menos o gentio politeísta e aqueles que possuem conflitos e ódio com seus irmãos.”

O fundamental no Islam, um pilar de vida das pessoas, está reunido em duas ações; a primeira é melhorar a relação com Allah(Louvado Seja) e a segunda é melhorar sua relação entre as pessoas, para serem irmãos com amor. Disse Allah(SWT) no Alcorão Sagrado na Surat AL-HACHR ver 10 ”...Perdoa-nos e a nossos irmãos, que se nos anteciparam, na Fé, e não faças existir, em nossos corações, ódio para com os que creem, Senhor nosso! Por certo, és Compassivo, Misericordiador.” Amados irmãos, esta é uma lição em que aprendemos sobre a noite da metade do mês de Chaban. 

Não exite na Sunnah uma oração especial para esta noite e não existe também um dia especial para jejuar.

Ó Allah conceda gloria ao Islam e aos muçulmanos, proteja a unidade de sua religião, destrua as inimizades contra Islam. Ó Allah conceda a vitória a sua religião e de seu Livro e a Sunna do Profeta Muhammad (SAAW) Ó Allah conceda piedade a nossas almas. Ó Allah cure aqueles que estão doentes. Ó Allah abençoe as almas daqueles que já morreram. Ó Allah nos pedimos que nos perdoe e tenha misericórdia de nós. Ó Allah nos faz pacientes tanto na dificuldade como na facilidade da vida. Que a Paz e as bênçãos estejam com nosso amado Profeta Muhammad sua família, companheiros .

E Todo o Louvor a Allah, O Senhor do Universo! 

(SWT) = SUBAHANA WA TAALA = (LOUVADO SEJA ALLAH)
(SAAS) = SALA ALLAHU ALEIREM WA SALAM ( QUE A PAZ DE ALLAH ESTEJA COM ELE)
(R.A) = RADY ALLAHU AANHO( QUE ALLAH ESTEJA SATISFEITO COM ELE)
ALLAH = DEUS
HADITH SHARIF= DITOS DE ALLAH(SWT) DIRETO PARA O PROFETA MUHAMMAD(SAAS)

Estamos conscientes de que a tradução do sentido tanto da khutba (Sermão) quanto do Alcorão Sagrado, seja qual for a precisão, é quase sempre inadequada para realçar o magnífico sentido do texto, a tradução pode conter falhas ou lapsos como todo ato humano. Que Allah (SWT) nós perdoe.

sábado, maio 14, 2016

Será que o fato de dizer La Ilaaha illa-llah garante o Paraíso a Alguém?

Os muçulmanos sabem que essa declaração é a chave do Paraíso, "Não há outra divindade senão Allah". E muitos de nós fiam-se nessa declaração e acreditam que nada mais precisa ser feito. Isso não é verdade, uma vez que mesmo os hipócritas costumavam proferi-la. No entanto Allah SW os descreve como mentirosos e diz que eles habitarão no mais profundo abismo do inferno.

Segundo vários exegetas (sábios, estudiosos), ainda que essa frase seja a chave para o Paraíso, para que surta o efeito esperado é necessário preencher certos requisitos.

Certa vez, Al-Hasan Al-Basri perguntou a uma pessoa: "O que você preparou para a morte"? Ela respondeu: " O testemunho de que não há outra divindade senão Allah". " Há certas condições para isso, e , cuidado para não difamar as mulheres castas!.

Um famoso seguidor Wahb Ibn Munabbih, certa vez perguntou: " La Ilaaha illa-llah", não é a chave para o Paraíso?" E ele respondeu sim, mas toda chave tem suas saliências. Se as saliências da chave não coincidirem com as da fechadura da porta, você não conseguirá abri-la. As saliências, das quais Al-Hasan Al-Basri falava, nada mais são do que as condições que diferenciarão no dia do Juízo Final, os muçulmanos que se beneficiarão dessa declaração.

Muitas pessoas se precipitam em acreditar na citação de um único versículo ou um hadith que diz: "não há outra divindade senão Allah", entrará no Paraíso, no entanto deve-se considerar o conjunto de todos os versículos do Alcorão Sagrado e hadith correlatos.

Um estudo dos versículos do Alcorão e dos hadith do Profeta SAAS, nos mostra que as condições para a Shahadah (Testemunho de Fé), consiste em 7(sete), 8(oito) ou até 9(nove), vai depender da forma que se olha para eles. Vamos ao 9(nove) então:

1ª) A primeira condição é o conhecimento: A pessoa deve ter a compreensão básica necessária do significado da Shahadah. É preciso não ter nenhuma dúvida quanto ao que a Shahadah afirma e o que a Shahadah nega. Diz Allah no Alcorão Sagrado: " Sabe, portanto, que não há mais divindade, além de Deus e implora o perdão das tuas faltas, assim como das dos fiéis e das fiéis, porque Deus conhece as vossas atividades e os vossos destinos". (Muhammad 19). Da mesma forma, o Profeta SAAS, disse: " Aquele que morre sabeno que não há outra divindade além de Allah, entrara no Paraíso (Muslim). 

De fato, a Shahadah, por si só, é um testemunho. Quando alguém presta o testemunho sobre alguma coisa, e preciso que saiba sobre o que está testemunhando. Obviamente ninguém aceitaria um testemunho se não tiver a convicção de que o a testemunha está ciente dos fatos a serem testemunhados. Veja o que diz Allah sobre o assunto no Alcorão Sagrado:"Proteja aquele que testemunha sabiamente a verdade." (Al Zukhruf 86). Por exemplo se o testemunhante não compreender, por exemplo, que Allah é a única divindade que mereça ser adorada e que todos os outros deuses são falsos, então não terá alcançado a compreensão elementar, dai, essa Shahadah não pode ser considerada válida para que Allah a aceite. Bom lembrar, que essa é uma percepção lógica, contudo Allah SW sempre sabe melhor.

2ª) A segunda condição da Shahadah é a certeza, ou Al-yaqeen, que é o oposto de dúvida e incerteza. No Islam, na verdade, qualquer espécie de dúvida em relação ao que está no Alcorão ou na Sunnah equivale a kufr(descrença). Há uma exceção relacionada ao caso de ignorância, ou seja, a pessoa não tem conhecimento do que está confirmado no Alcorão e na Sunnah. Uma vez sanada essa dúvida, não há mais desculpa para dúvidas. Veja a definição de um verdadeiro fiel segundo o Alcorão: "Somente são fiéis aqueles que crêem em Deus e em Seu Mensageiro e não duvidam, mas sacrificam os seus bens e as suas pessoas pela causa de Deus. Estes são os verazes!" Al-Hujuraat 15). Diz ainda o Profeta SAAS: " Ninguém encontra Allah a não ser pelo testemunho, de que não existe outra divindade além Dele e que Eu sou o Mensageiro de Allah. Não havendo essa dúvida o crente entrará no Paraíso (Muslim). Por outro lado Allah SW descreve no Alcorão Sagrado os hipócritas, como aquelas pessoas, cujos corações vacilam com frequência: " Pedir-te-ão isenção só aqueles que não crêem em Deus, nem no Dia do Juízo Final, cujos corações estão em dúvida e, em sua dúvida, vacilam.(Al-Taubah 45).

Alguns sábios afirmam que as dúvidas ou as suspeitas infundadas que existem no coração do crente e mais perigosa para a fé do que a ambição e os desejos. Isso porque a ambição e os desejos podem ser saciados enquanto as dúvidas e as suspeitas, elas prolongam-se nos corações, sem obter cura, até que a pessoa deixa o Islam por completo ou passa a exercê-lo mecanicamente, sem que exista no seu coração uma verdadeira fé. 

Não é a toa que o Profeta SAAS nos instruiu a buscar o conhecimento enquanto vivermos. Ele é o maior remédio para as duvidas e para a desconfiança. Cabe a cada um de nós aperfeiçoar nossos conhecimentos diariamente mergulhando no Alcorão e na Sunnah. E ainda recorrendo aos sábios e pessoas mais preparadas e com maior experiência na Religião.

3ª) A terceira condição da Shahadah é a sua aceitação, ou Al-qabool. A pessoa que fez a Shahadah com consciência e está certa da verdade deve dar sequência a essa aceitação, com a língua e o coração de tudo que significa a Shahadah. Aquele que rejeitar qualquer aspecto que envolve a Shahadah é declarado Kafir (Infiel). Essa condição implica ainda na aceitação irrestrita do que afirma o Alcorão e a Sunnah, sem que a pessoa possa escolher em que acreditar ou rejeitar. Diz Allah no Alcorão: "Credes, acaso, em uma parte do Livro e negais a outra? Aqueles que, dentre vós, tal cometem, não receberão, em troca, senão aviltamento, na vida terrena e, no Dia da Ressurreição, serão submetidos ao mais severo dos castigo. E Deus não está desatento em relação a tudo quanto fazeis". Diz Allah ainda a respeito: "Não é dado ao fiel, agir conforme seu arbítrio, quando Allah e Seu Mensageiro decidiram sobre o assunto. Aquele que desobedecer a Allah e ao Seu Mensageiro desviar-se-á evidentemente"(Al-Ahzaab 33).

4ª) A quarta condição da Shahadah é a submissão e a concordância ou Al-inqiyaad, ou seja, a representação física verdadeira das ações da Shahadah da pessoa. Este é um dos principais significados da palavra Islam, "submissão à vontade de Allah". Allah ordena assim no Alcorão:" E voltai arrependidos, ao vosso Senhor e submetei-vos a Ele".(Al Zumah54). Allah elogiou aqueles, que por suas ações, se submetem aos Seus mandamentos. Diz Allah:"Quem pe melhor na religião do que aquele que submete seus objetivos a Allah e pratica o bem".(Al-Nissa 125).

A submissão aos mandamentos de Allah e de Seu Mensageiro é uma condição de fé imposta por Allah. Diz Ele: " .Qual! Por teu Senhor, não crerão até que te tomem por juiz de suas dissensões e não objetem ao que tu tenhas sentenciado. Então, submeter-se-ão a ti espontaneamente.(Al-Nissa 65).

A Shahadah não é algo subjetivo! Com palavras a testemunhamos e com nossos atos cumprimos o que foi testemunhado. Quem quer que se diz muçulmano e não pratica os atos correspondente da Religião impostos por Allah SW e seu amantíssimo Profeta SAAS, não entendeu nada do compromisso assumido ao fazer a Shahadah, por outro lado esta prestando testemunho contra si próprio, isso porque seu testemunho de fé não foi verdadeiro ou mal compreendido. Em ambos os casos você deve rever sua condição de muçulmano.

5ª) A quinta condição é a verdade em oposição à hipocrisia e desonestidade, ou seja, quando alguém pronuncia a Shahadah, as palavras são ditas honestamente em todo o seu significado. Ele o ela não estão mentindo ou tentando enganar a si próprio ou a alguém. Disse o Profeta SAAS: "Ninguém presta testemunho a outra divindade que não seja Allah, sinceramente do fundo do seu coração, salvo quando Allah torna o Inferno Proibido para ele." (Al-Bukhari).

Existem muitas histórias de pessoas que disseram o testemunho de fé, mas, que não o fizeram honestamente. Elas assim agem para se protegerem ou para conseguirem algum benefício. São os hipócritas e Allah os descreveu na abertura do Alcorão, com as seguintes palavras: "8.Entre os humanos há os que dizem: Cremos em Deus e no Dia do Juízo Final. Contudo, não são fiéis. 9.Pretendem enganar Deus e os fiéis, quando só enganam a si mesmos, sem se aperceberem disso. 10.Em seus corações há morbidez, e Deus os aumentou em morbidez, e sofrerão um castigo doloroso por suas mentiras". (Al Bakara 8:9,10).

A Shahadah daqueles que se tornaram muçulmanos apenas para usufruírem dos benefícios de serem muçulmanos e não por acreditar no Islam será recusada por Allah na outra Vida. Daí terão que enfrentarem um doloroso castigo pela mentira.

6ª) A sexta condição é a sinceridade pura, ou Ikhlaas. Quando alguém pronuncia a Shahadah, o faz unicamente por Allah! Não deve existir qualquer outra razão. Dessa forma, o significado da pureza do ato é o oposto do shirk (idolatria), ou associação de parceiros a Allah.O único objetivo aceito para alguém se tornar muçulmano é servir a Allah. Diz Allah no Sagrado Alcorão: "Adora a Allah com sincera devoção,"(Al-Zumar 2). Diz ainda: " .E lhes foi ordenado que adorassem sinceramente a Deus, fossem monoteístas, observassem a oração e pagassem o zakat; esta é a verdadeira religião."( A Evidência 5). E disse também o Profeta SAAS: " Allah vedou o inferno para aquele que diz, Não há outra Divindade se não Allah, a preservarem a religião para Ele, a observar a oração e a pagarem o zakat. Essa é a verdadeira Religião". (Muslim). E disse ainda o Rassulolah :" Allah vedou o inferno para aquele que diz , Não há outra Divindade se não Allah, e quer contemplar o rosto (e o prazer) de Allah" (Muslim).

7ª) A sétima condição é o amor, isto é o fiel ama a Shahadah. Ama as implicações e os requisitos da Shahadah e ama todos aqueles que agem e se empenham de acordo com os fundamentos da Shahadah. Se a pessoa fizer a Shahadah e não sentir-me amando-a incondicionalmente por ele e por tudo que ela estabelece, então, na verdade, a fé não está completa. Isso e simples de se verificar, após a Shahadah o amor do crente deve ser direcionado exclusivamente para Allah. Diz Allah no Alcorão: " 165.Entre os humanos há aqueles que adotam, em vez de Deus, rivais (a Ele) aos quais professam igual amor que a Ele; mas os fiéis só amam fervorosamente a Deus. Ah, se os iníquos pudessem ver (a situação em que estarão) quando virem o castigo (que os espera!), concluirão que o poder pertence a Deus e Ele é Severíssimo no castigo.(Al Bakara 165).

Em outra súrata diz: " 24.Dize-lhes: Se vossos pais, vossos filhos, vossos irmãos, vossas esposas, vossa tribo, os bens que tenhais adquirido, o comércio, cuja estagnação temeis, e as casas nas quais residis, são-vos mais queridos do que Deus e Seu Mensageiro, bem como a luta por Sua causa, aguardai, até que Deus venha cumprir os Seus desígnios. Sabei que Ele não ilumina os depravados. (O Arrependimento 24). Diz o Profeta SAAS, sobre esse assunto: " Aquele que possui três características seguintes provou a doçura da fé. A primeira delas é que ama a Allah e ao seu Mensageiro mais do que qualquer outra coisa" (Al-Bukhari e Muslim).

8ª) A oitava condição da Shahadah é que a pessoa que pronuncia deve repudiar qualquer outro objeto de adoração, embora isso esteja evidente no testemunho de fé, não parece claro para aquele que o declara. É necessário que seja dito explicitamente.

Na Surata Al Bakara, Allah lembre aos muçulmanos esse aspecto importante da Shahadah. De que não é apenas uma simples afirmação, mas também implica uma negação: Diz Allah: " 256.Não há imposição quanto à religião, porque já se destacou a verdade do erro. Quem renegar o sedutor e crer em Deus, Ter-se-á apegado a um firme e inquebrantável sustentáculo, porque Deus é Oniouvinte, Sapientíssimo. (Al Bakara). Veja que o Profeta SAAS ressalta essa idéia:" Aquele que diz, não há outra divindade exceto Allah e rejeita tudo que é adorado além de Allah, tem seus bens e seu sangue protegidos e seu acerto será com Allah". (Muslim).

9ª) A nona condição da Shahadah é a adesão do muçulmano a ela, até morrer. Isso é fundamental uma vez que a Shahadah tem um significado que se estende pela outra vida. Não se pode repousar sobre os louros do passado. Não na verdade, a Shahadah precisa ser a bandeira número um do muçulmano até sua morte. Diz Allah no Alcorão: " Ó fiéis, temei a Allah como deve ser temido e não morrais senão como muçulmanos (submissos a Allah)".(Al -Imraan 102).

Irmãos, irmãs e caros leitores, é unanimidade entre os sábios que aquele o aquela que transgride a Shahadah voluntariamente torna-se uma infiel. Mas antes de tudo lembramos que Allah SW sabe mais e melhor. E que Ele é dono de tudo. Ele dá o que Ele quiser, a quem Ele quiser. Não estamos aqui para julgar esse ou aquele. Somente Allah SW tem elementos para um julgamento sem retoques. Ele conhece o coração de cada um de nós.

Assalamu Aleikom wa Ramatulahi wa Baraketuh!

Fonte: Os Fundamentos do Islam (Jamaal al-Din M Zaraboso).

domingo, maio 08, 2016

Será que a Imprensa Ocidental é Equitativa?

Malala e Nabila - Vítimas de violência
Em nome de Allah , O Clemente, O Misericordioso. Louvado seja Allah , criador do céu e da terra. Nos recordamos e nos voltamos humildes a Allah (SWT), pedimos o Seu perdão e suplicamos a Sua misericórdia.

Testemunho que não há Divindade a não ser Allah (SWT), e testemunho que o Profeta Mohamed (SAAW) é seu servo e Mensageiro, o escolhido entre as criaturas. Aquele que divulgou a mensagem, zelou pelo que lhe foi confiado, aconselhou o povo, aboliu a injustiça e serviu em nome de Allah (SWT).

Não reparas em que Allah conhece tudo quanto existe nos céus e na terra ? não há confidência entre três pessoas, sem que Ele seja a quarta delas ; nem entre cinco, sem que Ele seja a sexta ; nem que haja menos ou mais do que isso, sem que Ele esteja com elas, onde quer que se encontrem. Logo, no Dia da Ressurreição, os inteirará de tudo quanto fizerem, porque Allah é Onisciente.

Que Allah (SWT) abençoe e de paz ao Profeta (SAAW), bem como para a sua família, companheiros e seguidores até o Dia do Juízo Final. 

Queridos irmãos, nosso assunto de hoje é como a imprensa, principalmente a ocidental dão tratamento totalmente diferentes a fatos semelhantes, e , com a mesma gravidade. 

Nabila Ur-Rahman uma menina paquistanesa de 09 anos, começou assim a relatar sua história para alguns congressistas americanos em Washington DC e pasmem,dos 430 congressistas apenas 05 apareceram a essa audiência. A Família de Nabila foi totalmente ignorada: 

"Ouvi um grito. Tudo se tornou negro comecei a correr, mas vi que tinha sangue na mão. Tratei de a enfaixar, mas, não parava de sangrar". Com essas palavras ela narrava como a morte, as lesões e o medo mudaram a vida da sua comunidade, depois de um ataque com drones no oeste do Paquistão ter acabado com a vida de sua avó e ferido os seu irmãos, no dia 24 de outubro de 2012.. 

Acompanhada por seu pai e irmão mais velho, Nabila acabava de romper o silêncio. Essa foi a primeira vez que os legisladores estatais ouviram vítimas inocentes de bombardeios com drones, aviões não tripulados comandados pela CIA. 

Ao tomar contato com a história de Nabila, não posso evitar pensar noutra menina: Malala Yousafzai. Ambas , Nabila e Malala, são paquistanesas e muçulmanas. De igual forma a violência transtornou as jovens vida das duas. E Malala também viu a morte de perto, quando um militante talibã disparou com um revólver contra seu crânio e seu ventre quando ela se dirigia para a escola.

Apesar das semelhanças dos fatos a imprensa internacional fez com que o caso de Malala corresse por todo o mundo. A menina vítima do extremista talibã se assentou em palácios, mesas presidenciais, vários organismos internacionais, programas televisivos, congressos, conferências e banquetes. Teve sua imagem de heroína explorada, manipulada, a história de Nabila, por outro lado recebeu algumas publicações. Seu nome jaz no esquecimento, para esse fato nada de rasgar sedas e indicações para Prêmio Nobel. Também não apareceram nenhum título de cidadania, contratos para escrever livros. Nem tão pouco existe uma circulação sistemática de suas fotos pelos sites de jornais e redes sociais. A viagem de Nabila pela mídia apenas se deu de forma indireta através de algumas reportagens.

Vejam a diferença, quando a arma do crime é um revólver disparado por um homem oriental pertencente a um grupo fundamentalista islâmico, existe um superdimensionamento inclusive nas ações dirigidas em favor da vítima. Pelo contrário quando as armas de morte são drones, comandados por um Estado imperialista, de predominância cristã e ocidental, então as noções de justiça e indignação são cuidadosamente ponderadas nas mais diversas esferas da opinião popular. 

Por incrível que pareça os atos violentos acometidos contra as meninas paquistanesas, Nabila e Malala ocorreram apenas com 03 (três) dias de diferença. No entanto o destino dessas duas muçulmanas tomaram rumos totalmente diferentes.

Malala foi viver no Canadá, continuará longe dos seus agressores e onde aparentemente estará em segurança. Nabila voltará ao Paquistão, também longe dos seus agressores.

Estima-se que desde o começo do mandato do Presidente Baraka Obama, cerca de 200 crianças morreram no Paquistão, e muito mais no Yêmen em consequência de ataques com drones.

A sede de justiça e de paz pelas duas meninas são indiscutíveis e preocupantes, disso não há dúvidas, mas as suas histórias demonstram os preconceitos contra as comunidades muçulmanas e os pesos e medidas diferentes no julgamento de fatos semelhantes e que levam as vítimas às mesmas condições (morte, traumas, desesperança, etc).

Assalamu Aleikom wa Ramatulahi wa Barketuh!

Fonte: Periódico El Nuevo Dia/ Por: Juan F. Caraballo-Resto - Versão Portuguesa Yiossuf Adamgy Diretor da Al Furkan- Portugal.

O QUE É UMA MESQUITA?

Em nome de Deus, O Clemente, O Misericordioso!

A Mesquita

A Mesquita é um lugar sagrado para os muçulmanos, é onde os muçulmanos se congregam para realizar as suas orações diárias. A palavra " Mesquita " é uma tradução do árabe; Masjid, que quer dizer um lugar de prostração.

Qual a Importância da Mesquita ?

As Mesquitas foram as primeiras instituições de ensino para os muçulmanos; a Mesquita é o lugar onde se aprende sabedoria e virtudes.O profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), costumava, ao término da oração da Alvorada, em sua Mesquita, ser procurado pelos freqüentadores para aprender os assuntos de sua religião.

Desde o alvorecer do Islam, a Mesquita é uma escola, sendo assim ela representa desta forma, o primeiro instituto de ensino no Islam, nas Mesquitas os muçulmanos, desde os tempos mais remotos, aprendemos princípios e a pratica de sua religião.

O Alcorão Sagrado define como sendo o objetivo mais importante da missão do profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), depois da transmissão dos versículos do Alcorão Sagrado, a reformulação da vida dos indivíduos de acordo com a revelação Divina e promove-los, espiritual e materialmente, à luz dos versículos Sagrados.

O profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), insistia na necessidade de todo muçulmano assistir às sessões de ensino nas mesquitas, a este respeito Abu Huraira (que Deus esteja satisfeito com ele), afirma ter ouvido o profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele),dizer:

''Todas as vezes que um grupo de pessoas se reunir em uma das casas de Deus (referindo-se as Mesquitas), para recitar o Livro de Deus (o Alcorão Sagrado) e estudá-lo, a serenidade e a tranqüilidade Divina os cobre, a Misericórdia de Deus os envolve e os Anjos os cercam, e Deus os menciona junto aos que estão perto dele (os Anjos prediletos).'' (relatado por Muslim)

Em outra tradição, narrada por Utba Ibn Amr (que Deus esteja satisfeito com ele), relata:

Certa vez ao entrar na Mesquita, o profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), encontrou-nos na As-Suffa (lugar na mesquita que era reservado aos hospedes), e disse:Quem de vós gostaria de poder ir todo dia de manhã ao vale de Bathan ou de Al Akik (dois vales perto da cidade de Madina), e poder trazer duas camelas robustas (o bem mais valioso do deserto), sem que seja produto de roubo ou algo ilícito?''Respondemos: Ó mensageiro de Deus, todos nós gostaríamos de uma coisa dessa !Disse-nos, então: ''Porque, então, vocês não vão todo dia de manhã à mesquita para aprender ou ler, nem que seja dois versículos do Livro de Deus (Alcorão Sagrado), isso é melhor que duas camelas, três são melhores do que três camelas, quatro são melhores do que quatro camelas.'' (relatado por Muslim)

Sahil Ibn Saad relata Ter ouvido o profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), dizer:

''Quem for de manhã à Mesquita sem outro objetivo a não ser o de aprender um conhecimento útil ou ensiná-lo, a sua recompensa é igual a de um peregrino que cumpriu Por completo a peregrinação''(relatado por Thabit)

O profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), costumava sentar-se na Mesquita com seus discípulos, e esses em volta dele em forma de um circulo, todos corriam para essas reuniões e competiam em sentar o mais perto possível do profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), para maior aproveitamento de suas palavras.

A esse respeito Abu Wakid Al Harith Ibn Auf relata a seguinte tradição:

''Certa vez o profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), enquanto estava sentado na Mesquita e as pessoas em volta dele, entraram no templo três indivíduos. Dos quais dois se aproximaram do grupo, um dele sentando bem próximo do profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele); um deles viu um espaço entre as fileiras e ali sentou; e o terceiro acabou saindo da Mesquita. Quando o profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), terminou a sua fala, disse aos presentes: o exemplo desses três é o seguinte: um deles procurou refugio junto a Deus e deus lhe deus refugio, o segundo respeitou a Deus, e Deus o respeitou; quanto ao terceiro esse deus as costas para Deus e Deus lhe deu as costas.'' (relatado por Bukhari) - Entende-se evidentemente desta tradição que Deus recebe cada um conforme as suas intenções.

Tradição Consolidada
Depois de sua morte, os companheiros do profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), preservaram a tradição de se reunirem na Mesquitas do Profeta para ensinar a sabedoria Islâmica a quem procurasse, a este respeito Abu Huraira (que Deus esteja satisfeito com ele), disse que certa vez passou Por um mercado na cidade de Madina e chamou em voz alta os freqüentadores do lugar:''Porque sois incapazes?''As pessoas disseram:'' O que você quer dizer com isto ó Abu Huraira ?''Ele, então respondeu:''A herança do profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), está sendo partilhada, porque vocês não vão tomar a sua parte?''Dissera:''E onde isto está acontecendo?''Ele respondeu: ''Na Mesquita.''Todos foram às pressas em direção a Mesquita e Abu Huraira ficou no mesmo lugar, esperando que eles voltassem, e não demorou muito para todos voltarem.Perguntou-lhes em voz alta:''O que há com vocês?''Disseram:''Fomos até a Mesquita, entramos e não achamos nada sendo distribuído !''Disse-lhes então:''Acaso vocês não viram ninguém na Mesquita?''Responderam:''Vimos pessoas rezando, outras lendo o Alcorão e outros tratando da jurisprudência religiosa, do lícito e do ilícito.''Disse Abu Huraira:''E o que é a herança do profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), se não essa !'' (relatado por Tabarani)

As Mesquitas são verdadeiramente as casas de Deus na terra para congregar os homens a fim de cumprirem os preceitos divinos da oração. É o local aonde os muçulmanos se congregam para realizar as suas orações diárias e para as orações de Sexta-feira. Diz deus no Alcorão Sagrado:

"Ó crentes quando fordes convocados para a oração de Sexta-feira, recorrei à recordação de Deus e abandonai vossos afazeres; isto será preferível se quereis saber. Porém, uma vez observada a oração, dispersai-vos pela terra e procurai as dádivas de Deus e mencionai freqüentemente a Ele para que prospereis”. (Alcorão Sagrado, Surata Al Jumu'ah 62ª, versículos 9 e 10)

O muçulmano não deve perder em nenhuma ocasião de orar em congregação, cada vez que tal ocasião se apresentar. A oração em congregação é uma brilhante demonstração da unidade de objetivo e ação, da piedade e humildade coletiva perante Deus, e solidariedade afetiva entre muçulmanos.

A congregação islâmica nas Mesquitas é uma resposta positiva aos problemas mais urgentes da humanidade, causados pela discriminação racial, os conflitos sociais e os preconceitos humanos.

No ofício islâmico, em congregação, não há reis e súditos, nem pobres e ricos, nem brancos e negros; não há primeira ou Segunda classe, nem bancos dianteiros ou traseiros, nem assentos reservados ou públicos. Todos os crentes ficam de pé e agem lado a lado, da maneira mais disciplinada e exemplar, longe de qualquer consideração mundana.

As orações prescritas ao muçulmano são em número de cinco, se não há possibilidade de realizá-las nas Mesquitas, podem ser efetuadas em qualquer lugar onde o fiel estiver quando a oração está no seu horário preceituado.

As Mesquitas organizam a vida espiritual e moral do homem de maneira a fornecer-lhe plenamente o alimento espiritual necessário à piedade e probidade à segurança e à paz. É nas Mesquitas que o Imam, através de seus sermões ''Khutba'', prega a obediência a Deus.

A lei islâmica ordena ao homem que faça o bem e rechace o que é repreensível; é também obrigatório para os muçulmanos incutir o bom comportamento a seus familiares e companheiros. Além das boas práticas que são mencionadas nos sermões do Imam há também a advertência para rejeição do repreensível.

É com razão que os muçulmanos não consideram o Islam apenas como um ideal abstrato destinado somente à oração imaterial. O Islam é um código de vida, uma força ativa que se manifesta em todos os campos da vida humana.

Assim sendo, a vida espiritual islâmica assenta em sólidos alicerces e rege-se por instruções divinas. O sistema espiritual do Islam é único na sua estrutura, funcionamento e finalidade. Cada ação individual ou coletiva deve inspirar-se e guiar-se pela lei de Deus. O Alcorão é o Livro Sagrado que Deus escolheu para os seus verdadeiros servos.

Assim sendo, afirmamos que orar coletivamente nas Mesquitas, qualquer que seja a oração prescrita é mais meritório, que as orações isoladas ou individuais.

No entanto, Deus Glorificado seja Seu Nome, preceituou-nos as orações coletivas de Sexta feira até o Dia da Ressurreição. O estabelecimento e a obrigatoriedade da Oração de Sexta-feira nas Mesquitas foi anunciada pelo Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele) nestes termos:

"Sabei que Deus vos prescreveu a oração da Sexta-feira neste lugar, neste dia, neste mês e a partir deste ano, até o Dia da Ressurreição.

Finalmente, afirmamos seguramente que a Sexta-feira é um dos dias resplandecentes do Islam.

Imam

O Imam é o líder espiritual, o guia no contexto islâmico, o Imam é a pessoa que tem a incumbência de dirigir as atividades superiores de uma Mesquita. O Imam é um homem que pode possuir família, pois o Islam não admite em hipótese alguma o celibato.

Sua função primordial nas Mesquitas é liderar os fiéis nas orações, no entanto, antes das orações profere um sermão no qual glorifica a Deus o Magnificente, enaltece a missão profética de Muhammad(que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), suplica a misericórdia de Deus para sua família, para seus seguidores e para seus nobres companheiros.

Não obstante, enquanto o Imam aguarda a hora da oração, o fiel ao chegar e antes de sentar para esperar a oração, faz-se duas genuflexões voluntárias ,como "Saudação à Mesquita". Porque o Profeta Muhammad(que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), numa tradição, disse:

"Quando alguém de vós entrar na Mesquita, não deve sentar-se antes de ter praticado uma oração de duas prostrações”.

Depois disso, senta-se, e escuta atentamente a leitura do Alcorão, meditando sobre o sentido dos seus eloqüentes versículos. Se não encontrar leitor do Alcorão fazendo a leitura senta-se com bons modos e ocupe-se em meditar e invocar Deus de preferência em silêncio.

O Imam tem também sob sua responsabilidade a incumbência de realizar os casamentos entre os muçulmanos, segundo os mandamentos e normas estabelecidas no contexto divino islâmico. O serviço fúnebre é também de sua alçada, este serviço consiste em lavar o corpo do falecido, de perfumá-lo e de envolvê-lo com mortalha.

E praticar as orações fúnebres e acompanhar o sepultamento até seu último ato. Assim sendo, o Imam tem por dever de dissipar as divergências que surgem no meio da comunidade. Além de harmonizar as pessoas em conflito para superarem as discrepâncias.

O Designer e a Aparência Das MesquitasAlgumas características essenciais são comuns em uma Mesquita.



Mihrab

Dentro de uma mesquita, há um um salão de oração, constituído somente pelos artigos básicos necessários para a adoração dos muçulmanos. Uma característica comum de um salão de oração é um mihrab (figura 1), um nicho decorativo, na parede que indica a Qibla que deve estar direcionado no sentido da kaaba na cidade de Makkah.


Minbar

Na maioria das mesquitas há um minbar (figura 2), que é um púlpito, ao lado do mihrab usado pelo Imam (líder da oração) para os sermões antes das orações. O minbar é feito de madeira, de pedra, de mármore e de alabastro com decorações proeminentes.



Dikka
O Dikka (figura 3), é uma plataforma na linha com o mihrab, de onde os muezzins, fazem as chamadas, para o Sermão do Imam antes das orações na mesquitas.

Estilos de Construção



IRÃ



TURQUIA

Uma característica comum nas mesquitas também são os pátios usado pelos muçulmanos para se purificar (wudhu) antes das orações. Uma outra característica típica é o Minarete, uma torre delgada alta unida a mesquita, usado pelo muezzin para chamar os fiéis à oração.




Fonte: http://www.islam.org.br/o_que_e_uma_mesquita.htm