quinta-feira, abril 23, 2015

Karen Armstrong: “Não há nada no Islão que seja mais violento do que no Cristianismo”

Os ataques terroristas em Paris originaram o seu novo livro Campos de Sangue. Religião e História da Violência repentina e tragicamente muito urgente. Em mais de quinhentas páginas, Karen Armstrong, que já foi freira e é autora de best-sellers respeitados como Uma História de Deus e O Processo de Deus, responde à questão de saber se a religião é a principal causa da violência. Uma conversa sobre o Islão e os terroristas, a responsabilidade ocidental e o mundo em que vivemos.

Prezados Irmãos, 

Saúdo-vos com a saudação do Islão, "Assalam alaikum", (que a Paz esteja convosco), que representa o sincero esforço dos crentes por estender o amor e a tolerância entre as pessoas, seja qual for o seu idioma, crença ou sociedade. 

Não é um livro alegre, o mais recente de Karen Armstrong: o sangue flui livremente sobre as páginas, metaforicamente falando. Em detalhe, ela descreve a violência que tem sido sempre indissoluvelmente asso-ciada com o desenvolvimento de Estados-nações e culturas. Mas é um livro necessário, uma espécie de verificação da realidade. Pois é tempo de perceber o quanto cada civilização tem as suas raízes na submissão e exploração, incluindo a nossa. Importante altura de ouvir essa voz. 

Karen Armstrong entra no hall do hotel, com um ritmo firme — uma mulher pequena e elegante, com uma ma-deixa loira de cabelo que continua caindo na frente de seus olhos. E um riso pronto, apesar do assunto sombrio. Vamos começar com a pergunta de um milhão de dólares. 

1) - Existe alguma diferença entre Jesus (Issa a.s.) e Maomé (Muhammad s.a.w.) em termos de violência ou, em outras palavras, como explica que a maior parte do terrorismo agora seja inspirado no Islão? 

R. «O terrorismo não tem nada a ver com Muhammad, tal como as Cruzadas não tinham nada a ver com Jesus. Não há nada no Islão que seja mais violento do que no Cristianismo. Todas as religiões têm sido violentas, incluindo o Cristianismo. Não havia nada no mundo Muçulmano como o antissemitismo, que é uma importação do período moderno. Eles tomaram de nós. Os missionários trouxeram-no. E então veio o estado de Israel. O judaísmo tornou-se violento no mundo moderno, graças ao Estado-nação». 

2) - Mas, então, qual é a causa do terrorismo muçulmano? No seu livro escreve que os muçul-manos foram introduzidos para a modernidade de uma forma mais abrupta... 

R). «À maneira mais violenta. Quando George Bush e Tony Blair foram para o Iraque, eles pensavam que a modernidade levaria todos para a democracia, imediatamente. Não é necessariamente o caso. Ela trabalhou para nós, porque a democracia era boa para a indústria. A liberdade, que ouvimos muito no momento, foi funda-mental para a nossa economia, tanto quanto para qual-quer outra coisa. Para as pessoas, tem que haver a liberdade para inovar, para manter o país produtivo. Mas nesses países a modernidade veio com subjugação colonial. Não houve autodeterminação. No Egipto houve dezassete eleições gerais entre 1922 e 1952, todas vencidas pelo Partido Wafd, o que só permitiu aos britânicos governar cinco vezes. A democracia foi uma piada de mau gosto. 

O secularismo foi introduzido por estes oficiais do exército, com grande violência: o clero teve os seus salários confiscados, foram derrubados, torturados até a morte. O Shah atirou sobre cem manifestantes desarmados num santuário sagrado no Irão porque não queriam usar roupas ocidentais. E nós, no Ocidente suportamos constantemente governantes como Saddam Hussein que negou ao seu povo qualquer liberdade de expressão. Tudo isso ajudou a empurrar o Islão para a violência. Quando as pessoas são atacadas, invariavelmente se tornam extremistas. Mas apenas uma pequena proporção delas realmente concorda com o terrorismo: 93% responderam "não" à pergunta na pesquisa Gallup se os ataques de 9/11 foram justificados. E as razões que deram foram inteiramente religiosas. Os sete por cento que disseram "sim" - as razões que deram eram totalmente políticas. 

A minha mensagem não é que a religião não tem nada a ver com violência. Sempre foi implicada nela, e tentar tirar a religião fora da política e da guerra teria sido como tirar o gin fora do cocktail. Está inextricavelmente interligada. Até ao ano 1700 ninguém pensava em separar religião; ela permeava toda a vida. E ainda as pessoas, que não tiveram a modernização especial, acham que é uma distinção arbitrária. Porque os assuntos como a justiça, a situação dos pobres, o sofrimento — estas são questões políticas. E são questões de importância sagrada. 

Portanto, Jesus não teria tido tempo para as pessoas que disseram as suas orações e negligenciaram o sofrimento dos necessitados ou oprimidos. Mas nós separamo-la. Esta separação foi importante para nós, e, em muitos aspectos, era boa para a religião, porque libertou--a da violência do governo». 

3) – Então a conclusão sobre a leitura deste livro é: toda a civilização está enraizada em violência. 

R). "Isso é assim para a grande maioria da história da civilização. Sem a opressão das pessoas pela aristocracia nunca teríamos a ciência e as artes das quais dependemos. Foi a economia que fez os camponeses trabalhar e tomar o seu excedente e mantê-los no nível de subsistência. Também manter a população em baixo. É uma coisa terrível. 

Nós olhamos para a civilização como a que começou em Atenas. Mas o Pártenon foi construído na parte de trás da ilha grega, todas as outras cidades gregas - foram construídas com os seus impostos. Por isso, foram livre para alguns, mas não para outros. 

Ainda é assim hoje. Nenhum Estado pode dispensar o seu exército. Ele ainda está em curso. Mas há sempre pessoas que se levantaram e disseram: ”Isso é errado”, e têm sido tanto uma parte da religião como qualquer Cruzada ou Jihad". 

4) - Ayaan Hirsi Ali escreveu num jornal que agora é a hora de ser claro sobre o terrorismo muçulmano ser parte do Islão. Será que ela deveria ler o seu livro? 

R. «Eu não deveria pensar que ela quer lê-lo. Ela é casada com aquele homem terrível, Niall Ferguson, que foi o arquitecto da guerra do Iraque. E que desastre que foi! Isso foi uma grande ajuda para Al Qaida. 

Este ataque contra a revista não foi simplesmente inspirado pela devoção fanática ao Profeta. Não foi apenas puramente religioso: mais uma vez, a política é essencial. Al Qaida é profundamente política. Este foi um ataque estratégico num símbolo sagrado. A liberdade de expressão é para nós um símbolo sagrado da nossa civilização ocidental, tão sagrado para nós, como o Profeta é para eles. E eles querem que sejamos indignados. Eles vão adorar isso. E eles vão entusiasmar-se com a nova edição com o Profeta na capa. Porque isso vai levar a novos recrutamentos. Eu não estou a dizer que era errado fazer isso, mas eles vão usá-lo. Isso tudo é muito politicamente organizado». 

5) - O que deve ter acontecido? 

R). "Eu não sei! Mas eu acho que uma das coisas que devemos fazer é chorar os seus mortos também. Não há muito tempo atrás 165 crianças paquistanesas foram filmadas pelo Taliban. Dois mil moradores na Nigéria foram abatidos por Boko Haram. Mas nós não estamos marchando por eles. Assim, a impressão que dá é que nós simplesmente não nos importamos, que as suas vidas não são tão valiosas para nós. Portanto eu acho que nós devemos tomar nota de que não somos os únicos a ser mortos por extremistas. Muito mais muçulmanos estão a morrer». 

6) - São os terroristas traumatizados primaria-mente? 

R. «Alguns deles são, e alguns deles são simples malvados. Ossama bin Laden era um criminoso comum. Mas também há um grande temor e desespero entre eles. Houve levantamentos realizados por psiquiatras forenses que entrevistaram as pessoas condenadas por terrorismo desde 9/11. Eles entrevistaram centenas de pessoas em Guantánamo e outras prisões. E um psiquiatra forense que também é um oficial da CIA — por isso ele não é flexível como eu! — concluiu que o Islão não tinha nada a ver com isso. O problema era bastante ignorância acerca do Islão. Se eles tivessem tido uma educação muçulmana adequada não estariam a fazer isso. Apenas 20% deles teve uma educação muçulmana regular. O resto são ou novos convertidos - como os pistoleiros que recentemente atacaram o Parlamento do Canadá; ou não-observantes, o que significa que eles não vão para a Mesquita - como os bombardeiros na maratona de Boston; ou autodidatas. Dois jovens que deixaram a Grã-Bretanha para se juntar à Jihad na Síria a partir de um livro intitulado Islam for Dummies, encomendado na Amazon. 

As pessoas vão para lá com um sentimento de falta de sentido. Foi interessante ouvir os parisienses falarem sobre isso. Vários deles disseram: Olha, não prestamos atenção a esses subúrbios, onde há desespero e desesperança. Tivemos uma chamada para acordar quando houve tumultos e nós não fizemos nada sobre isso. Isto é supuração. As pessoas não se sentem em casa nas nossas sociedades. As suas vidas terão algum significado quando saírem de lá. Aqui não há nenhuma maneira de sair. E o governo francês é hostil a qualquer expressão religiosa. Isso faz com que as pessoas fiquem nervosas. Portanto, há uma sensação de desespero. Eu estava a conversar com um dos nossos principais historiadores há um par de meses atrás e ele disse que a principal coisa que sempre tem levado os jovens para a guerra foi o tédio. Tédio. E isso é algo que, nas nossas sociedades, temos de levar muito a sério, tanto quanto nós tomamos a liberdade de expressão a sério. Miséria e uma sensação de nenhuma esperança, especialmente com a economia a cair. Temos que nos lembrar como somos privilegiados. Eu tomei conhecimento, por causa das minhas viagens e dos meus estudos, da quão privilegiada eu sou. E isso vem com responsabilidade. Se você tiver uma boa mão, você deve fazer algo bom com ela». 

7) - Lendo o livro, percebi: que um rio de sangue e lágrimas está a correr através da nossa história mundial… 

R). «E de miséria e opressão, e de injustiça. Grande injustiça e que ainda somos injustos. Porque falamos sobre o nosso Iluminismo como se o Messias viesse para baixo... E foi óptimo, foi muito importante para nós. Mas olhe para os Pais Fundadores dos Estados Unidos, que disseram que todas as pessoas são criadas iguais: eles não tinham nenhum problema em possuir escravos africanos. Liberdade foi sempre apenas para os euro-peus. E ainda é assim, por causa da ganância por petróleo. Nós damos um apoio enorme aos Sauditas, que não dão ao seu povo direitos humanos». 

8) - Há o blogger Raif Badawi ameaçado com es-pancamentos à cana todas as sextas-feiras... (Entretanto o caso Badawi está a ser revisto, ed.) 

R. «Nós não nos importamos com ele, desde que nós tenhamos o nosso petróleo. Há a Amnistia Internacional, sim, mas temos de continuar a lembrar as pessoas. Temos de ser coerentes». 

9) - Não é deprimente para si escrever este livro? 

R. «Sim, mas existe também o outro lado. Pessoas como Confúcio falando sobre a Regra de Ouro, Jesus, Paulo que tenta... as pessoas continuam tentando. E nós precisamos criar uma voz alternativa que seja tão forte, que se baseie na realidade, mas também na justiça». 

10) - E agora temos de fazer isso sem religião? 

R. «Bem, nós podemos... O seu país é secular, mas os Estados Unidos não são seculares. Quando eu dou uma palestra lá e converso com as pessoas, a resposta é bem diferente: eles não querem fazer nada sem religião. Eles disseram ser o segundo país mais religioso do mundo, depois da Índia. Mas criaram uma forma secular, vendo a santidade de cada ser humano. Cada ser hu-mano é precioso, inviolável e não pode ser adulterado. Quer interfira com a nossa economia ou não». 

11) - Então está dizendo que a religião é um bode expiatório? 

R. «Nós estamos amontoando toda a violência do século 21 nas costas da religião, mandando-a embora, dizendo que não temos nada a ver com religião. En-quanto ainda temos que lidar com a situação política. O ataque ao supermercado em Paris, foi sobre a Palestina, acerca de Isis. Não tinha nada a ver com o antissemitismo; muitos deles são, eles próprios, semitas. Mas eles tentam conquistar a Palestina e nós não estamos a falar sobre isso. Estamos muito implicados e não sabemos o que fazer. 

Seria ingênuo pensar que nunca vamos ter um mundo sem guerra. Mas eu escrevi este livro porque estou cheia de uma sensação de pavor, pensando para onde nós estamos indo. Criamos bombas que podem acabar com o mundo, e é aceite no direito internacional que, se o seu país esteja ameaçado, é aceitável disparar uma arma nuclear, mesmo que isso, certamente, signifique a destruição da sua própria nação. Este é um desejo suicida. Então, similarmente, o suicida bombardeiro que vai, sabendo que ele ou ela irá morrer, é uma forma primitiva do mesmo. 

Não vai demorar muito para que a Al-Qaida ou um desses grupos se apodere de um dispositivo nuclear. A situação é tão perigosa que somos obrigados a abrir os olhos e ver o que está a acontecer. E isso não é sobre religião, Islão ou outra forma». 

12) - Mas muitas pessoas acreditam que, ainda: os seguidores de Wilders, Marine Le Pen... 

R. «Um dos problemas do Estado-nação sempre foi a sua incapacidade de tolerar as minorias. Essa tem sido a causa de alguns dos piores crimes do século 20, o Holocausto, por exemplo. Por causa da ênfase na língua e cultura que vem no Estado-nação, a nação torna-se o valor supremo. 

O nacionalismo não nos está a ajudar a perceber que nós vivemos num mundo global. Agora não nos podemos dar ao luxo de pensar apenas no nosso próprio país - o mundo não é mais assim. Nós criamos uma economia global e estamos tão conectados que, se um mercado cai numa parte do mundo, as ações caem em todo o mundo no mesmo dia». 

13) - Não falando sobre o clima... 

R. «Sim, nós compartilhamos essa situação. E agora vemos que o que acontece em Paris hoje terá repercussões no Médio Oriente, e de volta. Estamos ligados politicamente. E as nossas histórias misturam-se. Nós, britânicos, particularmente temos uma grande responsabilidade pelo que aconteceu no Médio Oriente. E na Índia e no Paquistão. Considere as linhas de fronteira desses Estados pós-coloniais, como elas foram desenhadas com tal cinismo e oportunismo. E quanta violência que levou a isso». 

14) - Escreve, no seu livro, surpreendentemente, que a Sharia tem sido um impulso para a paz...? 

R. «Nós demonizamos a Sharia. Mas se estão tão interessados no mundo muçulmano, é porque, tradicionalmente, era um contrapeso para a tirania do estado. Foi a lei de Deus, e foi anunciar que ninguém tem o direito de dizer a ninguém o que fazer. Porque cada pessoa é soberana e responsável somente perante Deus. Nenhum governo podia governar através disso, mas eles tiveram que reconhecer que esta foi a palavra de Deus. Eles têm desenvolvido a sua própria versão da Sharia. Mas a paixão por ela não era para cortar as mãos». 

15) - E confinar as mulheres? 

R. «O assunto das mulheres é um problema mundial. Uma das marcas da modernidade tem sido a emancipação das mulheres. E assim, quando as pessoas estão com raiva sobre a modernidade e modernização vão voltar e... Você vê-o no Cristianismo também, há os cristãos no Estados do Sul dos EUA que dizem que as mulheres devem ficar em casa. A Igreja Católica diz que as mulheres não podem ser sacerdotes. E da mesma forma no judaísmo também. 

E uma das coisas no mundo Muçulmano é que os governantes estão muitas vezes a debater, não têm é muito apoio popular. Se eles tomarem decisões draconianas que mantenham as mulheres sob controlo, eles agradam aos homens. 

Mas as feministas muçulmanas vão transformar o Islão. De dentro». 

Obrigado. Wassalam. 

M. Yiossuf Adamgy - 23/04/2015.

OS ANJOS – 7ª. E ÚLTIMA PARTE

Assalamo Aleikum Warahmatulah Wabarakatuhu (Com a Paz, a Misericórdia e as Bênçãos de Deus) 
Bismilahir Rahmani Rahim (Em nome de Deus, o Beneficente e Misericordioso) - JUMA MUBARAK

Ao longo do ano, os muçulmanos têm dias e noites abençoados por Allah Subhanahu wa Taala. É o exemplo da noite de Lailatul Kadr, a Noite do Poder, que é equivalente (em adoração) a mil meses. A Noite de Lailatul Kadr, é procurada nas noites ímpares dos últimos 10 dias do mês sagrado de Ramadan. Nessa noite os anjos, comandados por Jibrail (Aleihi Salam) descem à terra e permanecem até à aurora, para acompanharem aqueles que se encontram em adoração. “(Nessa noite) descem os anjos e o Espírito (Anjo Gabriel), com a permissão do seu Senhor, com todos os decretos. Essa noite é de Paz até ao romper da aurora”. Surat Al Kadr 97.

Deus e os Anjos derramam bênçãos sobre Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam) o selo da profecia. E Deus exorta aos crentes para que também enviem bênçãos para ele. “Na verdade, Allah e Seus anjos abençoam o Profeta. Ó crentes, abençoai-o e saudai-o reverentemente”. Surat Al Ahzab 33:56. E quantas mais vezes pedirmos bênçãos para ele, mais perto estaremos dele no dia do Juízo Final, em que ele irá acalmar a nossa sede e angústia, dando-nos de beber a Água de Kauçar.

70.000 anjos aguardam nossos pedidos para nos protegerem. E quem não gostaria de ter uma protecção destas honrosas criaturas de Deus? O pedido consiste em recitar, todas as manhãs começando por dizer 3 vezes: “aunzo bilahis sami il aleem, minash sheitani rajim – peço protecção a Allah, o Omniouvinte, o Omnisciente, contra o amaldiçoado sheitane” e depois recitar os últimos 3 versículos do Surah Hashr. 70.000 anjos são designados por Allah, para pedirem perdão em seu nome até à noite. Aquele que recitar o mesmo à noite, terá a protecção até de manhã. Mishkaat p. 188. E também quem recitar o Surat Ad-Dukhan na noite de Juma (noite de quinta para sexta), 70.000 anjos pedirão perdão a favor dele até ao amanhecer. (Relato de At-Tirmizi).

Os anjos fazem preces a Deus para os crentes que depois de efectuarem a oração na Mesquita, ficam aguardando nos seus mussâllós (lugares) pela oração seguinte. O Profeta Muhammad (Salalahu Aleihi wassalam) disse: “Nas suas preces, os anjos pedem: “Ó Allah, conceda Tuas Bênçãos sobre ele, seja Misericordioso e Bondoso para com ele”. Este período de espera será considerado como se estivesse em permanente oração”. Bhukari 11:620.

Os anjos estão ao nosso lado, quando nos encontramos nas orações, na meditação (Zikr) e na recitação do Cur’ane. Abu Huraira (Radiylalahu an-hu) referiu que o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) disse: “Digam (também) AMIN, quando o imamo (que está a dirigir a oração) disser Amin. Se o Amin de qualquer um de vós coincidir com o dos anjos, em seguida, todos os vossos pecados passados serão perdoados”. Ibh Shihab referiu que o Apóstolo de Deus tinha por hábito dizer Amin. Bhukari 12.762. É naoração que o crente está em diálogo o com Criador, pedindo para que lhe guie no caminho recto e não no caminho daqueles que se perderam. Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam) deixou-nos a seguinte orientação: “Quando o Imamo (que está orientar a oração em congregação) disser: “Sami al-lahu liman hamida - Allah ouviu aquele que o louvou“vocês devem dizer: “Allahuma Rabbana lakal Hamd – Senhor nosso, todo o Louvor é para Ti“. E se as vossas palavras coincidirem com a dos anjos, todos os vossos pecados passados serão perdoados”. Relato de Abu Huraira. Bhukari 12.762. SubhanaAllah!

A visita aos doentes é uma das 5 obrigações que um crente tem para com outro irmão. E os anjos são protectores daqueles que visitam os doentes e os necessitados. Os muçulmanos são como os membros que formam um único corpo, Se um dos membros se encontra doente, os outros ressentem-se. A Umah é um todo, é como os tijolos duma casa que foram colocados unidos, de forma a oferecerem segurança aos seus residentes. As relações entre os muçulmanos devem ser fortificadas, seguindo as inúmeras recomendações do Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam), entre elas o de proferirmos uma palavra amiga, visitarmos os doentes e alimentar os necessitados. E com estes pequenos, mas grandes gestos, teremos a intercessão dos anjos e alcançaremos elevados estatutos perante Deus. Abu Huraira (radiyalahu an-hu) referiu que o Profeta de Deus (Salalahu Aleihi Wassalam) disse: “Todo aquele que visitar um doente ou um irmão em busca da satisfação de Allah, uma voz (anjo) proclama: “Que você seja feliz, que a sua caminhada seja abençoada e que lhe seja atribuída uma posição digna no Jannah (Paraíso)”. Tirmidhi.

Os anjos estão também nas nossas casas, acompanhando-nos e fazendo-nos companhia. Mas acautelem-se aqueles que têm figuras de pessoas e animais como decoração e mesmo de cães como animais de estimação, dentro das residências. Abu Talha (radiyalahu an-hu) referiu que ouviu do Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) dizer: “Osanjos (da misericórdia) não entram numa casa onde há um cachorro ou imagensduma criatura viva (ser humano ou animal)”. Bhukari 54.448.
 
“Wa ma alaina il lal balá gul mubin" "E não nos cabe mais do que transmitir claramente a mensagem". Surat Yácin 36:17. “Rabaná ghfirli waliwa lidaiá wa lilmuminina yau ma yakumul hisab”. “Ó Senhor nosso, no Dia da Prestação de Contas, perdoa-me a mim, aos meus pais e aos crentes”. Cur’ane 14:41. “Wa Áhiro da wuahum anil hamdulillahi Rabil ãlamine”. E a conclusão das suas preces será: Louvado seja Deus, Senhor do Universo!”. 10.10.

Cumprimentos

Abdul Rehman Mangá

23/04/2015

sábado, abril 18, 2015

A L M A D I N A A SOLUÇÃO PARA UM PROBLEMA GLOBAL GRAVE Por: Sheikh Aminuddin Mohamad

Na crônica de hoje vamos falar acerca de um problema grave, que se tornou global, e que dia a dia está afetando mais pessoas. Vamos ver como a religião, neste caso a isslâmica, sendo um sistema completo de vida, pode contribuir na solução desse problema, e proporcionar a satisfação, o sossego e a tranquilidade que são os primeiros passos na sua solução.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o número de doentes psicológicos no Mundo , está constantemente a aumentar, sendo que mais de 350 milhões de pessoas em todo o Mundo sofrem de doenças ligadas à depressão.
E o número de afetados entre as senhoras é superior ao dos homens. O mesmo estudo diz que em situações extremas desta doença, o doente acaba por cometer suicídio.

Só em 2011, foram registados em todo o Mundo aproximadamente um milhão de  suicídios, sendo que na sua maioria ocorreram em resultado da depressão.

Mas afinal o que é que se passa no Mundo? O que leva as pessoas a deixarem-se levar pelo desespero? Porque é que as pessoas não conseguem superar as dificuldades da vida e se reforçam com paciência e fé? Coitado do homem que pensa em se suicidar. Tal extremo decorre de um défice na orientação divina, orientação essa que consta no Al-Qur’án, Cap. 2, Vers. 155 – 157:

Decerto, submeter-vos-emos com algo do medo e da fome, e da perda de bens,  de vidas e de frutos. Mas anuncia a boa nova aos perseverantes. Àqueles que quando uma desgraça os atinge, dizem: Por certo, pertencemos a Deus e para Ele voltaremos. Sobre estes vão as bênçãos do Senhor e a Sua misericórdia. E esses é que são os guiados”.

O mais triste é ver que anualmente, um milhão de pessoas comete suicídio portanto, aproximadamente 3.000 casos diários, o que dá um suicídio por minuto.
E contra cada caso de suicídio consumado existem 20 tentativas, isto é, 60.000 por dia.

O suicídio não ocorre apenas em países ricos onde os seus cidadãos têm tudo, não lhes faltando nada material. Como exemplo temos o co-piloto da companhia aérea “GermanWings” que se suicidou no mês passado, matando uma centena e meia de passageiros. Antes disso tivemos um concidadão nosso, comandante das Linhas Aéreas de Moçambique, que no seu ato suicida matou mais de três dezenas de passageiros.

As razões que concorrem para o aumento de suicídios prendem-se à perda da fé verdadeira que proporciona ao crente a segurança e a tranquilidade psicológica, independentemente de ser numa Europa rica ou numa África pobre.

A depressão (stress) é uma desordem psicológica que impede a pessoa de cumprir a sua tarefa normalmente. E esta é uma doença tão antiga quanto o próprio Ser Humano.

Quem está afetado com este tipo de doença sente-se preocupado e vive uma tristeza constante, o que afeta a sua capacidade de trabalho, de estudo, etc.

Outras questões como a pressão econômica, o desemprego, as calamidades, os conflitos familiares ou de outra natureza, as guerras, etc., também podem aumentar o perigo de alguém sofrer de depressão. E é isso que acaba levando a pessoa a cometer suicídio se não tiver fé em Deus.

Nas causas que também concorrem para o aumento de casos de depressão e do suicídio, temos também o aumento do número de divórcios, separações, problemas e divergências familiares.

A situação é tão grave, que só na Inglaterra, mais de 6.000 pessoas morreram pela via do suicídio, no ano de 2013.

Para se pôr termo a esta situações é necessário restituir a honra humana, e proporcionar os meios adequados para uma vida honrosa, e o regresso para junto do Criador, pois a crença em Deus ajuda-nos na tranquilização da situação difícil em que se vive, e cria em nós uma auto-confiança, o que por sua vez nos ajuda a esquecer os nossos problemas e aflições, pois um crente nessas condições invoca a Deus sabendo que Ele tem todo o poder de remover, e salvar-nos de todas as aflições.

Recorrer ao álcool ou às drogas para nos abstrairmos dos problemas que atravessamos não é solução. Pelo contrário, agravam-nos ainda mais.

Nas sociedades materialistas os homens sofrem mais de isolamento social quando atingem a velhice, e a tendência é de o número de velhos vivendo sozinhos aumentar em 65% nos próximos quinze anos, pois mais homens estão-se a separar das suas esposas.

E por causa desse isolamento alguns homens podem acabar por cometer suicídio.

Por isso, temos que preservar a família e os seus valores na união e na convivência familiar, e não internar os pais já na terceira idade, em lares de idosos. Esta não é a nossa tradição.

Na nossa tradição, o bem paga-se com o bem. Eles cuidaram de nós quando éramos pequeninos, pelo que agora que eles atingiram a velhice, é a vez dos filhos cuidarem deles e tratá-los bem.

Nessa fase da vida eles não estão preocupados com questões materiais. Querem sim, sentir-se rodeados de amor e atenção, bem como de calor humano que deve emanar dos filhos, netos, bisnetos, etc. Isto para não caírem na depressão e deixar-se resvalar para as tendências suicidas.

Fanáticos e Mercenários Promovem a Islamofobia


Quase todos os muçulmanos que vivem na Europa tiveram que realizar, em algum momento, algum tipo de manifestação rejeitando o terrorismo e condenando-o - 27/02/2015 - Por: Ángel Álvarez Hernández - Fonte: Webislam - Tradução: Al Furqán/Yiossuf Adamgy 

Prezados Irmãos, 

Saúdo-vos com a saudação do Islão, "Assalam alaikum", (que a Paz esteja convosco), que representa o sincero esforço dos crentes por estender o amor e a tolerância entre as pessoas, seja qual for o seu idioma, crença ou sociedade.

Estes grupos criminais são o alimento da islamofobia e o inimigo mais eficaz contra o Islão.

A cada atentado terrorista, cometido por grupos desviados do Islão, seguem-se manifestações como estas, (recolhidas na edição da CNN em inglês):

"Preocupo-me pela minha mulher, que leva um lenço na cabeça, e pelos meus filhos quando estão com ela e eu não estou ali para os proteger."

"Sinto-me aterrorizado pelos meus dois filhos. Ainda que tenham nascido e crescido aqui, temo pela nossa segurança."

"Há pouco o meu pai disse à minha mãe e à minha irmã que tratassem de dissimular o seu hijab com um chapéu."

Quase todos os muçulmanos, que vivem na Europa, tiveram que realizar em algum momento algum tipo de manifestação rejeitando o terrorismo e condenando-o. Milhares de muçulmanos não foram contratados pelo temor dos empresários de ter um presumível simpatizante destes grupos criminais, ainda que o motivo que deram para não os contratar fosse outro.

Cada atentado cometido por estes terroristas desviados do Islão significa um trilho de atos islamófobos, manifestações e políticos pedindo a restrição de direitos religiosos e a liberdade de movimentos para os muçulmanos. Depois do atentado a Charlie Hebdo, uma granada explodiu num edifício onde há uma Mesquita, em Le Mans, no oeste do país. Posteriormente, dezenas de atos islamófobos e agressões recorreram toda a França.

O fanatismo destes grupos desviados do Islão está a promover a islamofobia por toda a Europa e Ocidente, com os seus atos terroristas. Uma web digital publicou o título “Espanha sabe distinguir uns muçulmanos dos outros”. Dito título, (bem intencionado), não se ajusta aos factos. Não existem muçulmanos bons e muçulma-nos radicais que cometem actos terroristas. Existem muçulmanos, de diferentes tendências, (desde o sufismo até ao salafismo pacífico), e terroristas que se afastaram do Islão.

Mounir Benjellboun Andaloussi Azhari, Presidente da Federação Espanhola de Entidades Religiosas Islâmicas, manifestou:

O Estado Islâmico está a alimentar-se do ódio e da confrontação no mundo, … porque matam sem piedade e sem nenhum remorso”.

Riay Tatary, Presidente da União de Comunidades Islâmicas de Espanha, que chama à convivência e à paz, manifestou: “Não coincidem com o espírito do Islão”. “Temos que condenar toda a violência, saia de onde sair, seja violência estatal ou violência de grupos”.

Cada crime, barbaridade e selvajaria cometida por estes grupos desviados do Islão, quer seja na Nigéria, Somália, norte de Iraque ou qualquer parte do mundo, provoca uma onda de rejeição contra os muçulmanos em toda a Europa. Estes grupos criminais são o alimento da islamofobia e o inimigo mais eficaz contra o Islão.

Estes grupos desviados não representam uma corren-te dentro do Islão, do mesmo modo que a Ku Klux Klan não representa nenhuma corrente dentro do Cristianis-mo. Não se pode dizer que o salafismo ou o wahabismo avaliem este tipo de crimes, cometidos por fanáticos, que pervertem qualquer interpretação do Islão para se apropriar dela e justificar a sua contínua agressão contra a cultura e a civilização. O alimento ideológico destes grupos desviados é o ressentimento e o ódio. O mesmo ressentimento de que se alimentou o movimento nacio-nal-socialista na Alemanha, depois da segunda guerra mundial, e o mesmo ódio que habitava no coração e na mente dos SS de Hitler que, como eles, matavam e assassinavam, sem nenhum tipo de remorso.

Do mesmo modo que os nazis assassinavam os seus rivais e consideravam que existiam vidas com menos valor que outras, estes grupos de desviados do Islão consideram que se pode assassinar sem nenhum tipo de impunidade pessoas com outras crenças religiosas ou aos próprios muçulmanos. Se os nazis assassinavam e discriminavam seguindo critérios racistas, estes grupos desviados assassinam seguindo critérios fanáticos pseu-do-religiosos, que nada têm que ver com o Islão.

Dizer não a estes grupos fanáticos desviados é afirmar a convivência, a tolerância, a cultura, o me-lhor da civilização Islâmica. Amar o Islão é amar a sua rica variedade e o seu amor pela paz. Encher as nossas vidas de Islão é purificar-nos contra o ódio e a discriminação que outros predicam. Lutar pelo Islão não é ir com um lança-granadas mas ser ho-nesto, humilde, moderado e sincero. O Islão não é uma bomba andante, intolerante e sedenta de san-gue; o Islão não é nem pode ser representado por estes grupos desviados, que têm interesses bastar-dos inconfessáveis e que realizam uma completa lavagem de cérebro aos seus seguidores, até os converter em máquinas sem sentimentos, para que actuem como autómatos ou zombis. O Sagrado Alcorão diz: «E lutai na causa de Deus contra os que lutam contra vós, mas não sejais transgressores. Na verdade, Deus não ama os transgressores». (Alcorão, 2:190), «... e não cometais iniquidades na terra, criando a desordem». (Alcorão, 2:60).

O Profeta Muhammad (s.a.w.), disse: "O ser humano combate pelos lucros; o ser humano combate pela glória; o ser humano luta por demonstrar a superioridade do seu templo; quem é que combate no caminho de Deus? O que combate para que seja exaltada a Sua palavra, esse está no caminho de Deus". (Al-'Aïnî, 6557).

Num hadith do Profeta Jesus, (a.s.), este disse: “Nos últimos dias haverá seres humanos com conhecimento que ensinarão a abstinência neste mundo, mas eles próprios não se absterão, ensinarão as pessoas a sentir delícia pela outra vida mas não a sentirão eles mesmos, e que advertirão as pessoas a seguir os seus dirigentes mas eles não irão atrás deles. Aproximar-se-ão dos ricos, mas afastar-se-ão dos pobres; serão prazenteiros com grandes individualidades mas abster-se-ão de se aproximar das pessoas humildes. Esses serão irmãos dos diabos e inimigos do Misericordioso”.

Obrigado. Wassalam.

M. Yiossuf Adamgy - 10/04/2015. 

quinta-feira, abril 16, 2015

TEMA DA SEMANA: OS ANJOS – 6ª. PARTE

AssalamoAleikumWarahmatulahWabarakatuhu(Com a Paz, a Misericórdia e as Bênçãos de Deus) - BismilahirRahmaniRahim(Em nome de Deus, o Beneficente e Misericordioso) - JUMA MUBARAK
 
(Os anjos) que carregam o Trono de Allah e aqueles que o circundam, celebram os louvores do seu Senhor; crêem n’Nele e imploram-Lhe o perdão para os crentes, (dizendo): “Ó Senhor nosso, Tu, que envolves tudo com a Tua Misericórdia e a Tua Ciência (conhecimento), perdoa os arrependidos que seguem a Tua senda e preserva-os do suplício da fogueira”. Surat Gháfer 40:07.

“E aqueles que crerem, bem como as suas proles, que os seguirem na fé, reuni-los-emos às suas famílias e não os privaremos de nada, quanto à sua recompensa merecida. Todo o indivíduo será responsável pelos seus actos”.Surat At Tur 52:21.

E os virtuosos que rogaram pelos seus que lhes seguiram na Fé em Deus e na Crença da Vida Futura quererão ver no paraíso, toda a sua família reunida à sua volta. E os anjos que ouviram as suas preces, disseram Amin e transportam estas preces para Aquele que ouve tudo e que aceita os pedidos dos virtuosos. Quão será a alegria de os voltar a ver e de os abraçar, depois duma “eternidade” passada na sepultura e dos anos infindáveis à espera da vez da prestação de contas! E aqueles que obtiveram um estatuto mais inferior pelas ações praticadas, estarão reunidos com aqueles que rogaram por eles e que têm uma posição mais elevada, sem que estes vejam os seus estatutos diminuídos por isso. 
 
Segundo o tafsir do imamo IbnKhatir, Said Bin Jubair referiu que quando os crentes entrarem no Paraíso, vão perguntar onde se encontram os seus pais, as suas esposas / maridos, os seus filhos, os seus irmãos. Ser-lhes-á dito que eles não alcançaram o mesmo nível através das suas próprias ações. Mas eles irão argumentar de que as boas ações que praticaram, não foram só para benefício próprio, mas também para beneficiarem os seus. Em seguida serão todos reunidos, apesar de terem posições diferentes e ninguém sairá prejudicado. Depois Said Bin Jubair recitou o versículo (duah dos anjos): “Ó Senhor nosso, introduze-os nos Jardins do Éden, que lhes prometeste, assim como os virtuosos dentre os seus pais, as suas esposas e a sua prole, porque Tu és o Poderoso, o Prudentíssimo”.Surat Gháfer 40:08. E Mutarrif bin Abdullah bin Ash-Shikhkhir disse: “Os mais sinceros servos de Allah, para com os crentes, são os anjos”.SubhanaAllah! E AllahSubhanaWataala, nunca quebra a Sua promessa. “São jardins do Éden, nos quais entrarão com os seus pais, seus companheiros e seus filhos que tiverem sido virtuosos e os anjos entrarão por todas as portas, saudando-os: Que a Paz esteja convosco por vossa perseverança. Que magnífica é a Ultima Morada”.Surat 13:23 e 24. (ver também o 22).

Serão acompanhados pelos anjos, que lhes indicarão as várias portas do Paraíso, para que possam escolher e pelas quais entrarão para nunca mais sentirem receio, fome, humilhação, doenças, tristezas e todas outras aflições próprias deste mundo. Será uma vida eterna de paz e de tranquilidade. E os anjos do Paraíso os receberão com mesma saudação que eles costumavam utilizar para saudar os seus, quando lhes desejavam a Paz de Allah, dizendo: “AssalamoAlaikum”. “(Os anjos dirão): “Que a Paz de Deus esteja convosco! Entrai no Paraíso, pelo que haveis feito”.Surat AnNahl 16:32. E os anjos lhes mostrarão tudo aquilo que lhes foi prometido como recompensa de terem passado uma vida na rectidão e na submissão às ordens Divinas. “… e os anjos os receberão, dizendo-lhes “”Eis aqui o dia que vos foi prometido”.Surat Ambiyá 21:103. “A saudação deles (dos anjos), no dia em que comparecerem perante Ele, será: Paz! E está-lhes destinada uma generosa recompensa”.Surat Al Ahzab 33:44. 
 
Todos os Louvores são para a Allah, SubhanaWataala que criou os anjos, que para além de desempenharem as suas funções, também nos protegem e intercedem por nós.

Tão Honorável é o nosso Senhor que cumpre com a Sua promessa. Nosso Senhor é Deus, o Único e que não tem parceiros, que nos criou da argila e que nos deu a faculdade do critério do bem e do mal. Bem-aventurados aqueles que procuram a orientação do Senhor, para encontrarem o caminho dos virtuosos. YÁ HADI HEHDINÁ SIRATAL MUSTAQUIM – Ó nosso Senhor, Guia-nos para o caminho da verdade. Amin.

ALLAHU NURO SAAMÁ WÁTI WAL ARDH. “ALLAH É A LUZ DOS CÉUS E DA TERRA”. “Wa ma alainaillalbalágulmubin""E não nos cabe mais do que transmitir claramente a mensagem". Surat Yácin 36:17. “Rabanághfirliwaliwalidaiáwalilmu-mininayau ma yakumulhisab”. “Ó Senhor nosso, no Dia da Prestação de Contas, perdoa-me a mim, aos meus pais e aos crentes”.Cur’ane 14:41. “WaÁhiro da wuahum anil hamdulillahi Rabil ãlamine”.E a conclusão das suas preces será: Louvado seja Deus, Senhor do Universo!”. 10.10.

Cumprimentos

Abdul Rehman Mangá

16/04/2015

sexta-feira, abril 10, 2015

A L M A D I N A A VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER Por: Sheikh Aminuddin Mohamad

Existe na sociedade uma profunda preocupação, relacionada com a postura de alguns homens muçulmanos que demonstram hábitos sociais vis no que ao trato dos seus entes queridos diz respeito.

Em muitos lares, ardem autênticas chamas de ira entre os cônjuges, pois o seu dia-a-dia é de discussões.

Abusos que derivam de um descontrolo da estrutura emocional tornam-se normais em muitas casas. E as vítimas desta situação deveras melindrosa são geralmente as mulheres.

E para além de se lhes aumentar ainda mais a sua dor, tudo se faz para se lhes esmorecer a autoconfiança e amor próprio ao ponto de lhes imputar todas as culpas.

Nalgumas vezes, a despeito da irredutível zanga do marido, ela tudo faz como quem caminha sobre ovos, numa tentativa de evitar que o marido se torne mais irascível.

A tensão no seu seio aumenta, às vezes por coisas mesquinhas, degenerando muitas vezes numa tempestade com muita ira, violência, troca de palavras azedas, gritos, sangue, choro, crianças atemorizadas e corações quebrados, palpitando e cheios de medo. 

Quando a tempestade amaina, vem as desculpas feitas de frases pré-concebidas, próprias do período de lua de mel, com chocolates e flores à mistura e pedidos de perdão de ambas as partes assentes num aparente espírito de bondade. 

E porque é que ela continua nessa situação? Porque é que o ciclo de abuso e violência continua?

A mulher suporta e mantém-se no lar. Será por causa das crianças? Por causa do abrigo? Ou será por medo de ser rejeitada pelos seus familiares? 

O nosso querido Profeta, o Grande Líder e Guia, expressou tal preocupação tendo dito no seu último sermão: “Os homens que oiçam bem. As mulheres são um “Amanat” (depósito, da parte de Deus). Tratai-as bem, com amor, carinho e bondade, pois elas são vossas companheiras e empenhadas ajudantes. Perdoem as suas falhas e erros“. É aconselhável que a mulher oprimida e de quem se abusa, a nunca perder esperança da misericórdia de Deus, pois não é qualidade de um crente desesperar da misericórdia de seu Senhor.

Ela deve voltar-se para Deus, o Bondoso, o Misericordioso, o Criador Amoroso, arrependida de todos os pecados.

Deve fazer um esforço por se mudar nos mais variados aspectos, abstendo-se do pecado, vestindo-se com sobriedade, abstendo-se de ver programas ilícitos (haraam) na televisão, música e outros hábitos pecaminosos.

Como uma boa e forte mulher muçulmana, deve criar amor e temor para com Deus e confiança n’Ele. Deve procurar ajuda e bons conselhos para resolver seus problemas.

Segundo os dizeres do Profeta Muhammad S.A.W. Deus eleva o pedido e a súplica do oprimido acima das nuvens e abre as portas do céu e diz: 

“Eu juro pela Minha Majestade e Honra. De certo que eu vou-te ajudar, mesmo que seja depois de algum tempo”.

Peça com as tuas valiosas lágrimas, tudo o que desejas (halaal) de uma forma positiva. Entrega-te à vontade de Deus, o Compassivo, o Misericordioso.

A vida do mundo é muito curta. Este mundo é o lugar de plantação. A colheita será no Outro Mundo. Cada um de nós, deve, consoante a sua capacidade ocupar-se em semear para colher bons frutos no Mundo do Além.

Com todos os meios que possuamos, capacidade de raciocínio, língua, riqueza, etc., tentemos proporcionar alegria aos corações dos outros, dar conforto e abatermo-nos de magoar ou ofender o coração de quem quer que seja.

Considere-se isso um ato de grande importância, pois as deficiências e dificuldades desta vida mundana são muitas. Porém, este mundo foi criado como uma terra fértil para nela se semear, colhendo-se no Próximo Mundo. 

Certa vez perguntaram a um santo, quantas avenidas é que havia para se chegar a Deus, e o santo respondeu: “Os caminhos para se chegar a Deus são tantos quantos átomos existem na terra. Contudo, não existe um caminho mais benéfico e compensador, que manter feliz o coração de alguém, consolando-o. Eu encontrei Deus através desse caminho e aconselho aos outros a seguirem o mesmo caminho. Consolar e trazer alegria aos corações quebrados e cheios de tristeza tem muito mais peso do que passar uma noite inteira na adoração“.

Geralmente uma coisa partida não tem valor e é fútil, mas no que respeita ao coração, quanto mais partido estiver, quanto mais tristeza tiver, maior é o seu valor.

Portanto os homens devem consolar as suas esposas e proporcionar alegria aos seus corações.

Pela passagem de mais um 7 de Abril, um aceno de simpatia à mãe, à esposa, à sogra, à irmã enfim, a toda a mulher moçambicana.

OS ANJOS – 5ª. PARTE

AssalamoAleikumWarahmatulahWabarakatuhu(Com a Paz, a Misericórdia e as Bênçãos de Deus) BismilahirRahmaniRahim(Em nome de Deus, o Beneficente e Misericordioso) JUMA MUBARAK

“E verás os anjos circundando o Trono Divino, celebrando os louvores do seu Senhor. E todos serão julgados com equidade, e será dito: “Louvado seja Allah Senhor do Universo”.Surat Az Zumar 39:75. 
 
Os oito Anjos a quem foram concedidos a honra e o privilégio de carregarem o Trono de Allah e também os anjos que se encontram à Sua volta, glorificam a Allah, e suplicam misericórdia para todos aqueles que acreditam em Allah e no Dia do Juízo Final, que se arrependem dos pecados cometidos e que se encontram entre o temor e a esperança de se apresentarem perante o Rei dos Reis, o Criador de tudo o que existe no universo. Os anjos suplicam também para que Allah salve os crentes dos tormentos do fogo do inferno. Não são anjos comuns, são os que estão mais próximos de Deus. “(Os anjos) que carregam o Trono de Allah e aqueles que o circundam, celebram os louvores do seu Senhor; crêem n’Nele e imploram-Lhe o perdão para os crentes, (dizendo): “Ó Senhor nosso, Tu, que envolves tudo com a Tua misericórdia e a Tua ciência (conhecimento), perdoa os arrependidos que seguem a Tua senda e preserva-os do suplício da fogueira”. Surat Gháfer 40:07.
Os anjos, nossos protetores, continuam a pedir a Allah, nosso Senhor e Criador, para cumprir com a promessa de nos recompensar pelo bom comportamento e pelas boas ações praticadas. A Misericórdia de Allah cobre os pecados e o Seu Conhecimento, cobre todas as acções, palavras e intenções dos crentes. Assim, Ele perdoa todos os que se arrependem (com sinceridade) e que passam a abster-se dos pecados, praticam e recomendam o bem e proíbem o mal. E os anjos pedem ao Criador: “Ó Senhor nosso, introduze-os nos Jardins do Éden, que lhes prometeste, assim como os virtuosos dentre os seus pais, as suas esposas e a sua prole, porque Tu és o Poderoso, o Prudentíssimo”.Surat Gháfer 40:08. “E salve-os dos pecados (dos castigos por aquilo que fizeram), e preserva-os das maldades, porque àquele a quem preservares das maldades, nesse dia terás mostrado, certamente, misericórdia; isso será o magnífico benefício”.Surat Gháfer 40:09. E o maior benefício referido é o de ser perdoado dos pecados e de ser salvo do suplício do inferno.

“Na verdade, quanto aqueles que dizem: “Nosso Senhor é Allah, e se firmam, os anjos descerão sobre eles e lhes dirão: “Não temais, nem vos entristeçais; outrossim, regozijai-vos com o Paraíso que vos está prometido”.Surat Fússilat 41:30. E dirão também: “Temos sido os vossos protectores na vida terrena (e o seremos) na outra vida e tereis tudo quanto anelam as vossas almas e onde tereis tudo o que pretendeis”. Surat Fússilat 41.31.
Para os crentes que oram pelos seus pais, amigos, familiares, mesmo na ausência deles, os anjos dizem: “Amin, e o mesmo também para ti”. Muslim. Uma das grandes virtudes dos filhos crentes é pedir a AllahSubhanaWataala, para perdoar os seus pais e para ter Misericórdia deles como eles tiveram misericórdia ao tomarem conta deles quando eram pequenos. Também os pais, sabendo que a sua protecção não é suficiente, pedem a AllahSubhanaWataala, para que proteja os seus filhos e lhes dê o Hidayate (o caminho da fé). Por outro lado, os pais que perderam os filhos, com paciência e resignação, pedem para que o Melhor dos Perdoadores mostre Misericórdia para os seus tesouros que já deixaram este mundo. E também os crentes, maridos e esposas, agradecidos por terem uma bondosa companhia e tementes a Deus, pedem um para o outro, para que sejam reunidos no jardim dos virtuosos, na companhia dos filhos e dos pais, após o derradeiro dia da Prestação de Contas. E os anjos dizem AMIN e continuam a rogar por eles! “E aqueles que crerem, bem como as suas proles, que os seguirem na fé, reuni-los-emos às suas famílias e não os privaremos de nada, quanto à sua recompensa merecida. Todo o indivíduo será responsável pelos seus actos”.Surat At Tur 52:21.
“ALLAHU NURO SAAMÁ WÁTI WAL ARDH. “ALLAH É A LUZ DOS CÉUS E DA TERRA”. “Wa ma alainaillalbalágulmubin""E não nos cabe mais do que transmitir claramente a mensagem". Surat Yácin 36:17. “Rabanághfirliwaliwalidaiáwalilmu-mininayau ma yakumulhisab”. “Ó Senhor nosso, no Dia da Prestação de Contas, perdoa-me a mim, aos meus pais e aos crentes”.Cur’ane 14:41. “WaÁhiro da wuahum anil hamdulillahi Rabil ãlamine”.E a conclusão das suas preces será: Louvado seja Deus, Senhor do Universo!”. 10.10.

Cumprimentos

Abdul Rehman Mangá

09/04/2015

Uma Oração (ár. Salat) Diferente

Prezados Irmãos,

Saúdo-vos com a saudação do Islão, "Assalam alaikum", (que a Paz esteja convosco), que representa o sincero esforço dos crentes por estender o amor e a tolerância entre as pessoas, seja qual for o seu idioma, crença ou sociedade.

Um relato da vida do Profeta Muhammad (p.e.c.e.)

Há três meses que Salima não ia à Mesquita. Quando ouvia o som do Azan (Chamamento para a Oração), experimentava uma estranha sensação. Há três meses tinha dado à luz o seu pequenino e não tinha ninguém que o cuidasse, para poder participar da oração em congregação. O seu esposo, que vendia tâmaras, transitava desde manhã cedo até à noite pelas ruas de Medina a fim de obter o sustento, pelo que não tinha dinheiro para pagar a alguém que o cuidasse.

Salima estava conformada com a vida que levava, mas quando ouvia o Azan, experimentava aquela estranha sensação. Recordava a cálida e agradável voz do Profeta enchendo o espaço da Mesquita. Quanto desejava ir lá e participar da oração em congregação!

Mas havia três meses que não podia ir. O seu filho, de só três meses, chorava constantemente….

A maior parte do dia, Salima estava cansada e sonolenta, e pensava que indo à Mesquita e orando atrás do Profeta, se sentiria alegre e animada. Mas, lamentavelmente, não podia.

Mas naquele dia, à medida que escurecia o céu de Medina, o som de Azan ecoava com as palavras “Allahu Akbar” (Allah é o Maior), a tristeza ensombreceu o coração de Salima. Enquanto escutava, deteve o seu olhar no rosto do seu bebé. O menino dormia e respirava calmamente. Sem poder conter-se mais, vestiu-se, realizou o wudú (a ablução), e lentamente levantou nos braços o seu filho e saiu depressa para chegar a tempo à oração em congregação. Caminhou rapidamente e com passos largos. Sem advertir, os seus pés levavam- -na à Mesquita. Ao chegar à porta tranquilizou-se, pois ainda a oração não tinha começado. Isto contentou-a. Ao entrar e olhar o rosto do menino, viu que um doce sorriso brilhava nos seus lábios. Salima reflectiu: “Porque me afligia tanto? Poderia ter vindo desde o primeiro dia. É uma pena ter que orar sozinha em casa, podendo fazê-lo junto com a comunidade. Seria um triunfo para mim, ainda que somente pudesse completar um só ciclo da oração atrás do Profeta”.

Todavia Salima não se tinha sentado entre as filas, quando ouviu que o muezim advertia: “Haiia’alas salat” (venham à oração).

Olhou à sua volta para ver onde havia um sítio adequado para deixar o bebé. Prontamente ouviu a voz do Profeta que dizia: “Allahu Akbar”. A oração tinha começado. Colocou o menino sobre um tapete. O pequeno estava calmo. Olhou e acreditou que per-maneceria em silêncio e lhe permitiria orar, depois de três meses, em congregação e em paz.

Salima uniu-se à fila. A agradável voz do Profeta (p.e.c.e.) podia ouvir-se sem que nenhum outro som a perturbasse. Parecia como se todos os elementos tivessem emudecido para ouvir o enviado de Allah. Com todo o seu coração, Salima escutava a Sura Fatiha (da abertura). Havia três meses que não podia ouvi-la da própria boca do Profeta. O seu coração encheu-se de paz e alegria. Os três ciclos da oração do ocaso foram realizados. No segundo ciclo da oração, a voz de Allahu Akbar indicou a inclinação. “Sub’hana Rabbial’Azim (glorificado seja o meu Senhor, o Grande) ”. E prontamente, o pranto do menino se levantou. Foi como se o céu e a terra golpeassem a cabeça de Salima. Dentro do pacífico silêncio da Mesquita, o pranto do seu filho soava demasiado estridente. Enquanto o bebé continua-va a chorar, a sua mãe apenas pode completar os dois primeiros ciclos. Culpava-se a si mesma por ter alterado a tranquilidade dos orantes, ao levar o seu pequenino. Ansiava terminar a oração o mais prontamente possível, pegá-lo e sair dali. “Allahu Akbar”, todos se puseram de pé. Salima também. O menino continuava chorando. O Profeta (p.e.c.e.) apressou a oração e terminou mais rápido, do que habitual. Salima, que só pensava no bebe, não se tinha dado conta de que o Profeta tinha abreviado a oração. Estava aflita e envergonhada, só desejava tomar o seu menino e sair dali. Prontamente observou o sorridente rosto do Profeta (p.e.c.e.), que já se encontrava de joelhos junto ao seu bebe. Ao ver o sorriso do enviado de Allah, o menino acalmou-se.

Os crentes estavam surpreendidos pela alguma brevidade com que se havia realizado a oração. E surpreenderam-se mais ao ver que o Profeta se tinha levantado imediatamente depois de terminar a oração. Quando todos lhe perguntaram o motivo, contestou: “Por ventura não escutaram o pranto do menino?”. Assim, Salima e todos os demais descobriram que o Profeta (p.e.c.e.) tinha abreviado a oração a fim de ajudar o seu filho. Já não sentiu vergonha e, docemente, disse: “Ó menininho chorão! Tanto choraste que atraíste a atenção do Profeta. Quando fores grande, contar-te-ei o quanto amava o Profeta as crianças”.
Todos os louvores e graças são para Deus, o Senhor do Universo. Que a Paz esteja convosco.
 
Obrigado. Wassalam.

M. Yiossuf Adamgy - 09/04/2015.

quinta-feira, abril 02, 2015

O Islão e a Tolerância Religiosa Coord. por: M. Yiossuf Adamgy

Prezados Irmãos, 

Saúdo-vos com a saudação do Islão, "Assalam alaikum", (que a Paz esteja convosco), que representa o sincero esforço dos crentes por estender o amor e a tolerância entre as pessoas, seja qual for o seu idioma, crença ou sociedade.

Mal-entendidos comuns acerca do Islão

Gostaria de começar falando sobre algumas ideias erróneas que obscureceram o caminho do entendimen-to, de muitos cristãos e ocidentais, sobre o Islão. Muitos creem que o Islão se estendeu por meio da espada e que o Islão é sinónimo de opressão, coerção e ausência dos direitos e liberdades básicas. Ainda mais, muitos países ocidentais fazem valer como sinónimos de Islão a intolerância e o extremismo e, inclusivamente, muitos in-telectuais de países não muçulmanos, os seus políticos, os jornalistas e autoridades religiosas, insistiram em seguir agarrados a esta visão negativa e errónea.

Este estereótipo deve desaparecer e deve-se mostrar aos ocidentais, de forma clara e sincera, o que é o Islão.

O Islão exige examinar qualquer assunto com atenção antes de chegar a uma conclusão. Deus disse, textual-mente, no Alcorão:

«Ó crentes! Se alguém, que não é digno de con-fiança, chega com uma notícia, assegurem-se antes; não vá a ser que, por ignorância, causem dano a alguém e tenham logo que se arrepender do que fizeram». (49:6).

O Islão e o Espírito da Tolerância Religiosa

Assim como o monoteísmo é a base do Islão, a tole-rância é uma das suas características mais importantes. O Islão significa, literalmente, submissão a Deus e paz. A tolerância religiosa foi sempre uma lei necessária para a vida, uma lei que não se pode recusar sem ameaçar a existência da humanidade; permitam-me oferecer-vos só uns quantos exemplos do espírito de tolerância que resi-de no coração do Islão.

Primeiro: O Islão estabelece de forma clara, que toda a humanidade não é senão uma grande família e que a sua origem é uma, já que todos os seres humanos foram criados de uma só alma. Deus disse no Sagrado Alcorão:

«Ó humanos! Temei a vosso Senhor, que vos criou de um só ser, do qual criou a sua companheira e, de ambos, fez descender inumeráveis homens e mu-lheres. Temei a Deus, em nome do Qual exigis os vossos direitos mútuos e reverenciai os laços de parentesco, porque Deus é vosso Observador». (4:1).

Na medida em que todo o mundo faz parte da família de Deus, o Islão insiste em que deve haver igualdade e respeito absoluto entre todos os seres humanos. A raça, a cor, a etnia ou os privilégios terrenos não podem ser a medida de valor no Islão, esta medida é só a rectidão. No Sagrado Alcorão, Deus dirige-se à humanidade com estas palavras:

«Ó humanos! Na verdade, Nós vos criamos de macho e fêmea e vos dividimos em povos e tribos, para reconhecerdes uns aos outros. Sabei que o mais honrado, dentre vós, ante Deus, é o mais temente. Sabei que Deus é Conhecedor e está bem inteirado». (49:13).

A variedade de seres humanos e a diversidade é vista no Islão como parte das bênçãos e a generosidade de Deus. O que todos devemos fazer é ir mais além da mera coexistência buscando, de forma activa, o entendi-mento mútuo e a cooperação. O Profeta Muhammad ﷺ ensinou-nos que toda a humanidade deve ser consi-derada como parte da família de Deus e que quem mais ama Deus é quem é mais beneficente para os membros da sua família.

Segundo: O Alcorão insiste neste conceito de justiça que não está limitado pela raça, cor ou nacionalidade. Deus disse:

«Deus manda restituir a seu dono o que vos está confiado; quando julgardes os vossos semelhantes, fazei-o com equidade. Quão excelente é isso a que Deus vos exorta! Ele é Omniouvinte, Omnividente». (4:58).

Deus vai mais além quando disse:

«Ó crentes! Sede perseverantes na causa de Deus e prestai testemunho a bem da justiça; que o ódio aos demais não vos impulsione a serdes injustos para com eles. Sede justos, pois isso está mais próximo da piedade, e temei a Deus, porque Ele está bem inteirado de tudo quanto fazeis». (5:8).

Terceiro: O Islão é universal por natureza e abarca todas as mensagens divinas e religiões anteriores. Assim, tal como Deus é Uno, também o é a mensagem de fé essencial que Ele enviou a todos os Seus profetas e mensageiros. O Sagrado Alcorão disse:

«Prescreveu-vos a mesma religião que havia insti-tuído para Noé, a qual te revelamos, a qual havíamos recomendado a Abraão, a Moisés e a Jesus, (dizen-do-lhes): Observai a religião e não discrepeis acerca disso». (42:13).

No Islão, a unicidade de Deus implica a unidade entre a verdadeira crença e a religião. A mensagem básica que se confiou a todos os profetas é intemporal e universal: chamar a humanidade à adoração de Deus unicamente. Deus disse claramente no Alcorão que os adeptos da fé, aqueles que se submetem a Deus e à Sua verdade, verão claramente a unidade dos mensa-geiros de Deus, das suas respectivas revelações e as aceitarão todas:

«O Mensageiro (Muhammad) crê no que foi reve-lado por seu Senhor, assim como os crentes; todos creem em Deus, nos Seus Anjos, nos Seus Livros e nos Seus Mensageiros. (E dizem:) "Não fazemos dis-tinção alguma entre os Seus Mensageiros". E dizem: "Ouvimos e obedecemos; queremos o Teu perdão, ó Senhor nosso! E para Ti será o nosso retorno». (2:285). 

A tolerância religiosa é uma parte constituinte do próprio Alcorão: no coração do Alcorão estão todos os ensinamentos essenciais da Torah de Moisés e do Evangelho de Jesus (incluídos alguns milagres seus que não aparecem nos evangelhos). Deus disse no Sagrado Alcorão:

«Na verdade, revelamos-te o Livro corroborante e preservador dos anteriores. Julga-os, pois, conforme o que Deus revelou e não sigas os seus caprichos, desviando-te da verdade que te chegou. A cada um de vós temos ditado uma lei e uma norma; e se Deus quisesse, teria feito de vós uma só nação; porém, fez-vos como sois, para testar-vos quanto àquilo que vos concedeu. Emulai-vos, pois, na benevolência, porque todos vós retornareis a Deus, o Qual vos inteirará das vossas divergências». (5:48).

O Alcorão contém os conselhos e as histórias das vidas de muitos profetas bíblicos, que Deus descreve assim:

«Nas suas histórias há um exemplo para os sen-satos. É inconcebível que seja uma narrativa forjada, pois é a corroboração das anteriores, a elucidação de todas as coisas, a orientação e misericórdia para os que creem». (12:111)

Quarto: O Islão afirma que existe um laço especial entre os muçulmanos, os judeus e os cristãos. Os judeus e os cristãos são mencionados como "Adeptos do Livro" Alcorão, fazendo referência à gente da Torah e do Evan-gelho. Os judeus, os cristãos e os muçulmanos são vis-tos como familiares, cujas crenças estão baseadas nas escrituras reveladas e que compartilham a tradição profética. Em particular, o Alcorão faz ênfase na proxi-midade entre os seguidores do Cristianismo e do Islão:

«Constatarás que aqueles que estão mais próxi-mos do afecto dos fiéis são os que dizem: Somos cristãos». (5:82)

No Alcorão Deus ordena aos muçulmanos (e de facto a todos os crentes sinceros) crer em Jesus, Moisés e todos os profetas bíblicos enviados:

«Dizei: “Cremos em Deus, no que nos tem sido revelado, no que foi revelado a Abraão, a Ismael, a Isaac, a Jacó e às tribos; no que foi concedido a Moisés e a Jesus e no que foi dado aos profetas por seu Senhor; não fazemos distinção alguma entre eles, e nos submetemos a Ele”». (2:136).

A tolerância do Islão não se limita aos "Adeptos do Livro", mas estende-se a todos os crentes sinceros e amantes da verdade. Deus afirma no Sagrado Alcorão:

«Os fiéis, os judeus, os cristãos e os sabeus, enfim todos os que creem em Deus, no Dia do Juízo Final, e praticam o bem, receberão a sua recompensa do seu Senhor e não serão presas do temor, nem se atribularão». (2:62).

Os crentes sinceros de todas as religiões, de facto, formam a comunidade dos justos, e Deus estende a Sua graça, sobre eles, com justiça:

«Quanto aos muçulmanos e às muçulmanas, aos fiéis e às fiéis, aos obedientes e às obedientes, aos verazes e às verazes, aos perseverantes e às per-severantes, aos humildes e às humildes, aos cari-tativos e às caritativas, aos jejuadores e às jejua-doras, aos recatados e às recatadas, aos que se recordam muito de Deus e às que se recordam d’Ele, saibam que Deus lhes tem destinado a indulgência e uma magnífica recompensa». (33:35).

Quinto: O Islão afirma, inequivocamente, o direito de cada individuo à liberdade de pensamento e religião. Se alguém tiver o tempo necessário para ler o Alcorão e estudar a vida do Profeta Muhammad, a paz esteja com ele, e à dos seus companheiros, descobrirá que eles construíram uma sociedade baseada no amor, misericór-dia, justiça e irmandade. Também encontrará que a sua aceitação do Islão foi resultado do uso da sua razão e convicção, e não da violência, compulsão ou opres-são. O Sagrado Alcorão ordena:

«Não há compulsão na religião: o caminho verda-deiro já está distinto do errado; aquele que rejeita o mal e crê em Deus terá lançado mão de um susten-táculo firme, inquebrantável». (2:256).

O Islão insiste que as pessoas, não só as muçul-manas, devem desfrutar da liberdade de religião e ado-ração; considera os lugares de adoração sagrados, sejam estes judeus, cristãos ou muçulmanos, e pede aos muçulmanos que defendam esta liberdade de culto para todos. O Islão busca o estabelecimento de uma sociedade livre e universal na qual todos possam viver desfrutando da liberdade religiosa, a salvo e em igual-dade. Deus disse no Alcorão:

«E se Deus não tivesse refreado os instintos ma-lignos de uns em relação aos outros, teriam sido destruídos mosteiros, igrejas, sinagogas e mesqui-tas, onde o nome de Deus é frequentemente celebra-do. Na verdade, Deus secundará quem O secundar, em Sua causa». (22:40).

Sexto: Outro ponto importante dentro da tolerância religiosa do Islão é a ideia de que, onde existam diferenças de credo, os seus seguidores devem relacionar-se uns com os outros sobre a base do respeito mútuo e da amabilidade. O Islão convida os muçulmanos a conduzir este diálogo, e também os debates, sobre assuntos religiosos, com um espírito de amabilidade, sensibilidade e boas intenções e nunca com hostilidade ou violência. Deus disse no Sagrado Alcorão:

«E não discutas com os adeptos do Livro, senão da melhor maneira». (29:46).

O reconhecimento de que Deus é o Senhor de tudo, o Único Juiz e o Conhecedor de tudo, é a razão pela qual os muçulmanos levam as suas discussões com amabi-lidade:

«Convoca à senda do Teu Senhor com sabedoria e uma bela exortação». (16:125).

Inclusivamente quando se enfrentam pessoas que são hostis à sua fé e a eles mesmos, os muçulmanos devem tomar o caminho da bondade, paz e unidade e res-ponder com paciência e amabilidade. Deus dirige-se aos crentes da seguinte maneira:

«Jamais poderão equiparar-se a bondade e a maldade! Retribui (ó Mohammad) o mal da melhor forma possível, e eis que aquele que nutria inimizade por ti converter-se-á em íntimo amigo!» (41:34).

A tolerância do Islão na prática: alguns exemplos históricos

Inclusivamente um olhar superficial sobre a história antiga do Islão descobrirá exemplos marcantes da tolerância islâmica. Vou apresentar aqui só uns poucos, como exemplos úteis de harmonia inter-religiosa. Durante a sua vida como homem de religião e chefe de estado, o Profeta Muhammad, a paz esteja com ele, mostrou uma grande sensibilidade e respeito no seu trato com os "Adeptos do Livro", ou seja, com os judeus e os cristãos. Seguindo o espírito da revelação do Sagrado Alcorão que lhe havia sido confiado, o Profeta Muhammad, paz esteja com ele, proibiu os muçulmanos de maltratar os não muçulmanos, dizendo: "quem maltrate um cristão ou um judeu será meu inimigo no Dia do Juízo".

O que primeiro fez o Profeta Muhammad, paz esteja com ele, depois de entrar em Medina, onde havia sido convidado como seu líder, foi fazer um pacto entre os muçulmanos e os "Adeptos do Livro" dessa cidade. Nes-se tratado acordou-se que os muçulmanos lhes garan-tiriam a liberdade de crença e os mesmos direitos e deveres que aos muçulmanos. Quando uma delegação de cristãos de Abissínia chegou a Medina, o Profeta, a paz esteja com ele, levou-os à mesquita e encarregou- -se pessoalmente deles. Logo depois de lhes servir a comida disse-lhes que tinham sido tão amáveis e gene-rosos com os seus companheiros, que tinham emigrado anteriormente para Abissínia, que não podia fazer me-nos que honrá-los ele mesmo.

Assim como, quando chegou a Medina a delegação cristã de Najran, no sudoeste da Arábia, o Profeta recebeu-os na mesquita e convidou-os a fazer as suas orações na mesquita. Os muçulmanos, junto ao Profeta, rezaram numa parte da mesquita e os cristãos na outra; durante a sua visita, o Profeta debateu muitas ideias com eles, de forma educada e amável.

Os sucessores do Profeta continuaram aplicando esta política Alcorânica de tolerância religiosa. Quando Umar ibn Al-Khatab, o segundo califa, libertou Jerusalém da ocupação Romano-bizantina, aceitou as condições que lhe pediam os habitantes cristãos; inclusivamente, du-rante a sua estadia nessa cidade, uma vez, em que Umar estava dentro da igreja mais importante de Jeru-salém, chegou o tempo da oração da tarde, os cristãos ofereceram-lhe fazer as orações na igreja; mas ele recusou, por receio de que os muçulmanos de gerações futuras confiscassem a igreja para fazer uma mesquita.

Quando uma mulher copta, uma seita cristã do Egipto, veio a Umar queixando-se de que o governador muçul-mano Amr ibn al-As tinha tomado a sua casa para acrescentar o seu terreno a uma mesquita que se estava a construir ao lado, Umar indagou ao governador sobre a questão e Amr disse-lhe que o número de muçul-manos tinha crescido tanto que necessitavam de ampliar a mesquita. Amr explicou-lhe que tinha oferecido à mulher uma grande quantidade de dinheiro, mas que ela o tinha recusado e, por isso, tinha deixado o respectivo dinheiro num fundo, para que ela o tomasse quando quisesse. E actuou dessa forma, pois as leis modernas permitam este tipo de procedimento. Umar não aceitou essa justificação por ir contra os princípios islâmi-cos e ordenou aos muçulmanos que detivessem a expansão e reconstruissem a casa da mulher cristã, tal como era antes.

A Jizya, o imposto que os não muçulmanos deviam pagar nos territórios muçulmanos em troca de proteção militar e de outros benefícios que lhes oferecia o estado, foi outro tema que causou mal-entendidos. Quando os muçulmanos se deram conta que tinham sido ven-cidos na cidade de Homs e que não podiam garantir por mais tempo a proteção aos cristãos, devolveram-lhes a Jizya. Os muçulmanos, de facto, “pagam um imposto” chamado Zakat, destinado aos mais necessitados, que é muitas vezes maior que a Jizya.

Um dia Umar ibn al-Khatab viu um homem pedindo esmola na rua e tendo perguntado quem era esse homem, disseram-lhe que era um judeu. Umar tomou-o na sua mão e levou-o a sua casa, alimentou-o e deu-lhe dinheiro e mandou-o ao Tesouro dos muçulmanos, di-zendo: “deem a este homem do dinheiro dos necessita-dos muçulmanos. Por acaso está permitido tomar o seu dinheiro (de Jizya) quando ele era jovem e negá-lo ago-ra, na sua necessidade? Isso não é possível no Islão”.

O filho do governador do Egipto correu numa corrida de cavalos com um cristão copta e o cristão ganhou. Enfadado, o filho do governador golpeou-o com o seu chicote. O homem levou o seu caso a Umar no período de Hajj (a peregrinação anual dos muçulmanos a Meca) e, em frente de todos os muçulmanos, Umar ibn al-Khatab deu um chicote ao cristão copta, dizendo-lhe: "golpeia o homem que te golpeou". Depois, Umar dirigiu--se a Amr, o governador do Egipto, dizendo-lhe: "Como se pode fazer escravo a alguém que nasceu livre?".

Os cargos nos estados islâmicos davam-se aos me-lhor qualificados, independentemente das suas cren-ças ou origens. Por exemplo, ibn Athal, o médico cristão, foi médico privado de Mu’awiya, o fundador do estado Omíada. Outro califa Omíada, Abdul Malik ibn Marwan, pôs dois cristãos, Atanásio e Isaac, nas posições mais altas de Egipto. Adud al-Dawla, o califa Abássida, fez de Nasr ibn Harun, um cristão, o seu primeiro-ministro e deu-lhe autoridade sobre o Ira-que e o sul da Pérsia.

O Islão garante aos não muçulmanos os seus direitos, junto aos dos muçulmanos, entre eles o direito à vida, à liberdade e à propriedade. O Profeta Muhammad, a paz esteja com ele, disse: "Quem maltrata um não muçul-mano ou lhe impõe cargas superiores às que pode suportar, encontrar-me-á como seu inimigo". O Islão permite aos não muçulmanos viver em terras muçul-manas com respeito e honra, longe de impor segrega-ção, permite-lhes participar completamente na socieda-de islâmica e participar nas actividades dos muçulma-nos, de acordo com o que estabelece Deus no Alcorão:

«Hoje, estão-vos permitidas todas as coisas sa-dias, assim como vos é lícito o alimento dos que receberam o Livro, da mesma forma que o vosso é lícito para eles. Está-vos permitido casardes com as castas, dentre as fiéis, e com as castas, dentre aquelas que receberam o Livro antes de vós». (5:5)

Esperanças no Futuro

Os dias em que a humanidade podia simplesmente aceitar a ignorância e a imitação cega foram-se para sempre. É o tempo do conhecimento, da luz e da verdade. Um tempo em que a humanidade só aceita as coisas de acordo com a razão, a lógica e a evidência científica. A humanidade chegou a um alto nível de progresso científico e luxos materiais, longe do ima-ginável pelas gentes de tempos passados. No entanto, a humanidade está ameaçada pela destruição de duas perspectivas: a espiritual e a física. Em último termo, os problemas da civilização moderna se devem à sua indiferença frente a Deus e frente à orientação espiritual que Ele oferece a todos. Deus enviou os Seus mensa-geiros e profetas através dos tempos como um presente da Sua parte, para guiar a humanidade à felicidade e ao êxito. No Alcorão, Deus disse ao Profeta Muhammad:

«E não te enviámos senão como misericórdia para toda a humanidade». (21:107).

As mensagens de Deus, através dos séculos, aconselharam a gente a viver como uma família, em amor e tolerância. Esta é a única forma de vida através da qual a humanidade se pode assegurar e desfrutar das graças de Deus e, ao mesmo tempo, dos frutos do progresso moderno. Se a humanidade tivesse levado no seu coração a essência das revelações divinas, não teria sofrido o inferno das duas últimas Guerras Mundiais e não estaria à beira do desastre nuclear ou da destruição do meio ambiente.

Os homens e as mulheres de fé devem despertar, abrir os seus olhos, e começar a olhar uns aos outros através de lentes que aproximem as coisas e não das que as afastem. A paz verdadeira só se pode conseguir se estivermos unidos sob o estandarte de Deus e dos Seus mensageiros, e nos unirmos em irmandade e co-operação, para construir uma fé racional para a gente do presente e das gerações futuras. Se pudéssemos en-contrar a coragem suficiente para o fazer, os seres hu-manos poderiam viver num paraíso terreno enquanto esperam pelo Paraíso Eterno.

É o momento para que as nossas nações do mundo cooperem com amor e generosidade e se unam na adoração do Único Criador do Universo, o Mais Com-passivo, o Mais Misericordioso. Ao fazê-lo, reviveremos e realizaremos os ensinamentos dos profetas, de uma forma consistente com as realidades da civilização mo-derna, cooperando nas coisas em que estamos de acordo e debatendo de maneira fraternal nas que dife-rimos.

Que Deus nos guie até ao bem, para buscar a verdade, sem prejuízos nem ambições terrenas, com o espírito do amor, da tolerância e da irmandade. 

Todos os louvores e graças são para Deus, o Senhor do Universo. Que a Paz esteja convosco.

Quem não pretender continuar a receber estas reflexões, por favor dê essa indicação e retirarei o respectivo endereço desta lista.

Obrigado. Wassalam.

M. Yiossuf Adamgy - 02/04/2015