terça-feira, janeiro 21, 2014

AS ÁRVORES DO PARAÍSO – 2ª. Parte

Assalamo Aleikum Warahmatulah Wabarakatuhu (Com a Paz, a Misericórdia e as Bênçãos de Deus) Bismilahir Rahmani Rahim (Em nome de Deus, o Beneficente e Misericordioso) - JUMA MUBARAK - (Ainda o que o Cur’ane Sagrado e os Hadices esclarecem-nos acerca das árvores no Paraíso):

3) – Sidratul - Muntaha, a grande árvore e o limite onde ninguém pode passar.

De acordo com a interpretação que foi dada, a palavra “Sidratul” significa uma grande árvore com muitas folhas grandes que dão uma grande sombra. E o termo “Sidratul - Muntahá”, é a grande árvore com grandes folhas, que se encontra localizada no ponto mais alto do céu, onde os anjos de Deus não podem passar e desconhecem o que existe para além dela. Sobre esta árvore , o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) disse que ela estava coberta de cores indescritíveis. Bukhari 8:345. E também referiu: “Então eu fui levado para ascender ao Sidrat-ul-Muntaha (ou seja a árvore de lote na fronteira extrema). Os seus frutos eram como os jarros de Hajr (um lugar perto de Madina) e as suas folhas eram tão grandes como as orelhas dos elefantes. Gibrail disse: “esta é a árvore que indica a derradeira fronteira”. Bhukari 58:227

As referências de que seus frutos e as suas folhas eram como os jarros de Hajr e orelhas de elefantes, respectivamente, indicam a grandiosidade das mesmas. Gibrail (Aleihi Salam), Anjo Gabriel (que a Paz de Deus esteja com ele) parou nessa “fronteira”, quando na noite de Mi’raj acompanhou o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalamo) na viagem aos céus. O Profeta chegou tão perto de Deus, onde Gibrail não estava autorizado, pois se tivesse dado mais um passo, transformar-se-ia em chamas. A distância em que o Profeta se encontrava perante Allah, era somente o equivalente a dois arcos (arcos de atirar flechas). “Na verdade, ele presenciou um dos maiores sinais do seu Senhor”. Cur’ane 53:18. Foi aí que o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalamo) recebeu as orientações para o seu Umah (povo) realizar as orações diárias, o segundo pilar do islão. Foram também dados os versículos finais do Sura Al-Baqara e a remissão dos pecados graves para aqueles do seu Umah que não associem nada a Allah. Muslim 1:329.

B) - E também na terra, são confirmadas as virtudes das árvores:

1) – As virtudes de plantar árvores

O homem tem uma grande responsabilidade em manter a terra sustentável, para o benefício das próximas gerações. Uma das maneiras de proteger o planeta é manter e plantar novas árvores. Anas Bin Malik referiu que o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) disse: “O muçulmano que plantar uma árvore e que depois um pássaro, uma pessoa ou um animal coma (dos seus frutos), será considerado uma sadaka (um presente) dado por ele”. Bukhari 39.513.

E também (as árvores) servem de refúgio para as abelhas que produzem um excelente alimento, o mel”. Cur’ane 16:68.

2) – O tronco da árvore que chorou.

Temos a passagem do tronco duma árvore (de tamareira) que chorou quando foi substituída por um púlpito. Teria sido por ciúmes? Jabir Bin Abdullah referiu que o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) costumava ficar encostado numa árvore na sexta-feira (quando proferia o sermão). Então alguém dos ansares perguntou-lhe se poderiam fazer-lhe um púlpito. Respondeu ele que sim, se assim o desejassem. Então construíram para ele um púlpito e na sexta-feira ele subiu nele (para transmitir o sermão). A tamareira chorou como uma criança! O Profeta desceu do púlpito e abraçou a árvore enquanto ela continuava gemendo como uma criança que está sendo acalmada. O Profeta disse: “Ela estava chorando por sentir a falta do conhecimento religioso que costumava ouvir e que era dado ao pé dela”. Bhukari 56:784.

In Sha Allah, continua no próximo Juma. “Rabaná ghfirli waliwa lidaiá wa lilmu-minina yau ma yakumul hisab”. “Ó Senhor nosso, no Dia da Prestação de Contas, perdoa-me a mim, aos meus pais e aos crentes”. Cur’ane 14:41.

Cumprimentos

Abdul Rehman Mangá 16/01/2014 abdul.manga@gmail.com

segunda-feira, janeiro 13, 2014

O Profeta MUHAMMAD (p.e.c.e.) de A a Z

Por: Yusuf Estes * Versão portuguesa de: M. Yiossuf Adamgy

Quem foi ele exatamente? O que ensinou ele? Porque é que foi tão amado por uns e odiado por outros? Viveu de acordo com aquilo que pregava? Foi um homem santo? Foi um Profeta de Deus? Qual é a verdade acerca deste homem?

Prezados Irmãos,

Assalamu Alaikum Wa ráhmatullahi Wa barakatuh:

A. Ele nunca mentiu, jamais quebrou a confiança de alguém, jamais prestou um falso testemunho. Era famoso entre todas as tribos de Meca, sendo conhecido como "O Espírito da Verdade".

B. Jamais teve relações sexuais fora do casamento nem aprovava tal comportamento, embora ele constituísse algo de comum, na época em que viveu.

C. As suas relações com mulheres existiram apenas dentro de casamentos contratuais legítimos, que contaram com testemunhas adequadas, de acordo com a lei.

D. A sua relação com a mulher Aysha (que Deus esteja satisfeito com ela) teve por base apenas o casamento.

Ele não casou com ela na primeira vez que o pai dela lha ofereceu em casamento. Não queria casar com ela até que ela atingisse a puberdade e pudesse decidir por si. A relação entre eles é descrita em por menor por Aysha (que Deus esteja satisfeito com ela) de forma muito carinhosa e respeitosa, como um verdadeiro casamento, criado no céu. Aysha (que Deus esteja satisfeito com ela) é considerada uma das mais nobres escolásticas do Islão, tendo sido apenas casada com Muhammad, que a paz esteja com ele. Nunca ela desejou outro homem ou jamais proferiu uma única observação negativa acerca de Muhammad, que a paz esteja com ele.

E. Ele proibiu que se matasse até que a ordem de retaliação viesse de Deus. Mesmo nesse caso, os limites estavam bem definidos e só mesmo aqueles que se envolviam no combate ativo contra os muçulmanos e o Islão deveriam ser combatidos. E, mesmo nessa circunstância, apenas de acordo com os princípios restritos de Deus.

F. Matar vidas inocentes era proibido por ele.

G. Não foi empreendido nenhum genocídio contra os judeus. Ele ofereceu perdão e protecção mútua aos ju-deus, mesmo quando eles, muitas vezes, quebraram os pactos que haviam estabelecido com ele.

Eles não eram atacados até que ficasse manifestamente provado que eram traidores durante o tempo de guerra e que tentaram prejudicar, a qualquer custo, os muçulmanos e o Profeta (p.e.c.e.) A retaliação só era permitida em relação aos judeus que se haviam revelado traidores, e não contra todos os outros.

H. Ter escravos era algo de comum nessa altura, em todas as nações e tribos. Foi o Islão que encorajou a li-bertação dos escravos, salientando a grande recompensa de Deus para aqueles que a concediam. O Profeta Muhammad, que a paz esteja com ele, deu o exemplo, libertando os seus escravos e encorajando os seus seguidores a fazer o mesmo. Os exemplos incluem o seu próprio criado (que era tido como um verdadeiro filho por Muhammad) Zaid ibn Al Haritha e Bilal, o escravo que foi criado por Abu Bakr (que Deus esteja satisfeito com ele) apenas com o objectivo de os libertar.

I. Enquanto eram feitas várias tentativas de assas-sinato contra Muhammad, paz esteja com ele, o seu primo Ali (que Deus esteja satisfeito com ele) fez-se passar por ele, deitando-se na sua cama, enquanto ele e Abu Bakr fugiam para Medina. No entanto, ele não permitia que os seus companheiros matassem nenhum daqueles que estavam envolvidos nessas tentativas. A prova disto é que quando entraram em Meca em triunfo, as suas primeiras palavras para os seus seguidores foram no sentido de aqueles não punirem esta ou aquela tribo ou esta ou aquela família. Este foi um dos seus mais famosos actos de perdão e humildade.

J. O combate militar esteve proibido durante os pri-meiros treze anos em que o Profeta empreendeu a sua missão. Os árabes do deserto não precisavam que nin-guém lhes ensinasse a lutar ou a combater. Eles eram especialistas nessa área e tinham feudos entre as tribos que se mantiveram durante décadas. A retaliação e combates foram apenas sancionados quando o método adequado de guerra foi instituído por Deus no Alcorão, definindo os direitos e as limitações de acordo com os Seus Mandamentos. As ordens de Deus deixavam bem claro quem devia ser atacado, como, quando e até que ponto essa luta poderia ser levada.

K. A destruição de infra-estruturas foi absolutamente proibida por ele, excepto quando era ordenada por Deus em determinadas circunstâncias e apenas de acordo com as Suas ordens.

L. Praguejar e invocar o mal foi algo que, de facto, afligiu o Profeta (p.e.c.e.), por via dos seus inimigos, enquanto ele rezava para que eles conseguissem orien-tação. Um exemplo clássico foi a viagem que ele empre-endeu a At-Taif, cujos líderes não queriam sequer ouvi-lo ou prestar-lhe a cortesia mínima habitual, tendo, em vez disso, incitado as crianças da rua contra ele, atiran-do-lhe pedras e pedregulhos até que o seu corpo come-çou a sangrar tanto que as suas sandálias se encheram de sangue. O Anjo Gabriel propôs-lhe vingança. Com efeito, se fosse essa a sua ordem, Deus Todo-Poderoso faria com que as montanhas circundantes se abatessem sobre eles e os destruíssem a todos. No entanto, em vez de os amaldiçoar ou pedir a sua destruição, ele pediu para que esse povo pudesse encontrar orientação e adorassem apenas o seu Senhor, exclusivamente.

M. O Profeta Muhammad (que a paz esteja com ele) defendia que, ao nascer, todos os seres humanos se encontram no estado de ISLÃO (a submissão pacífica a Deus e de acordo com os Seus parâmetros) sendo Muçulmanos (significado: aquele que pratica o Islão, isto é: que se submete à vontade de Deus e obedece aos Seus Mandamentos). Ele salientou ainda que Deus criou cada indivíduo à Sua imagem, ou seja, de acordo com o Seu plano, sendo que o espírito de cada indivíduo é o d’Ele. Depois, à medida que vão crescendo, a sua fé começa a ser alterada consoante a influência da socie-dade dominante e os seus próprios preconceitos.

N. O Profeta Muhammad (que a paz esteja com ele) ensinou os seus seguidores a acreditar no Deus de Adão, Noé, Abraão, Jacob, Moisés, David, Salomão e Jesus (que a paz esteja com todos eles) e a acreditar neles como verdadeiros profetas, mensageiros e servos de Deus Todo-Poderoso. Insistiu em colocar todos os profetas ao mais alto nível, sem fazer qualquer distinção entre eles, ordenando que os seus seguidores proferissem a frase "que a paz esteja com ele" depois de mencionarem os seus nomes.

O. Ele também instruiu os Seus Companheiros não apenas a acreditar no Islão, mas a acreditar, igualmente, nas origens divinas tanto do Judaísmo como do Cristia-nismo, na Tora (Antigo Testamento), no Zabur (Salmos) e no Enjil (Evangelho ou Novo Testamento) e que todas essas escrituras foram originalmente provenientes da mesma fonte que o Alcorão, ou seja, de Deus (ár. Allah) e dos seus Profetas (que a paz esteja com eles) e através do Anjo Gabriel (que a paz esteja com ele). Ele pediu aos judeus que julgassem de acordo com o seu Li-vro e eles tentaram ocultar parte do Livro, a fim de evitar um juízo correcto, pois sabiam que ele era iletrado.

P. Ele profetizou, vaticinou e antecipou acontecimen-tos que viriam a decorrer e que, de facto, vieram a realizar-se da forma que ele previra.

Ele conseguiu até prever um acontecimento do passado que se viria a tornar realidade no futuro, e foi o que aconteceu.

No Alcorão afirma-se que o Faraó se afogou no Mar Vermelho quando perseguia Moisés (que a paz esteja com ele) e Deus disse que iria preservar o Faraó, como um sinal para o futuro. O Dr. Maurice Bucaille, no seu livro "A Bíblia, o Alcorão e a Ciência", torna claro que tal de facto aconteceu e que, com efeito, o corpo do Faraó foi descoberto no Egipto, estando agora dispo-nível para ser visto por todos. Este acontecimento teve lugar milhares de anos antes do nascimento de Muham-mad (que a paz esteja com ele), só tendo vindo a tornar-se verdadeiro nas últimas décadas, muitos séculos depois da sua morte.

Q. Escreveu-se mais sobre o Profeta Muhammad (que a paz esteja com ele), do que sobre qualquer outra pessoa. Ele foi louvado a um nível muito elevado ao longo dos séculos, até pelos não-muçulmanos. Um dos primeiros exemplos que citamos é referido na Ency-clopedia Britannica, na medida em que confirma: (refe-rindo-se a Muhammad) "… uma vasta quantidade de pormenores de fontes ancestrais demonstra que era um homem honesto e recto e que conseguiu o respeito e a lealdade dos outros que, como ele, eram homens honestos e rectos." (Vol. 12)
R. Outra homenagem impressionante feita a Muham-mad, que a paz esteja com ele, é a muitíssimo bem escrita obra de Michael H. Hart: "Os 100: O Top das In-dividualidades mais Influentes da História". Ele afirma que a personalidade mais influente da história foi Mu-hammad, sendo Jesus, paz esteja com ele, a segunda.


Examine as palavras exatas do autor:

"A minha escolha de Muhammad para liderar a lista das personalidades mais influentes pode surpreender alguns leitores e ser questionada por outros, mas ele foi o único homem, que ao longo de toda a história, foi capaz de alcançar sucesso supremo tanto no campo religioso como no secular".

New York: Hart Publishing Company, Inc., 1978, page. 33.

S. Enquanto passamos revista às declarações de não- -muçulmanos famosos acerca do Profeta Muhammad, que a paz esteja com ele, tenha em atenção o seguinte:

"Filósofo, orador, apóstolo, legislador, guerreiro, conquistador de ideias, reconciliador de dogmas racio-nais, de um culto sem recurso a imagens, fundador de vinte impérios terrestres e de um império espiritual, assim foi Muhammad. De acordo com todos os padrões pelos quais a grandeza de um homem pode ser aferida, poderemos bem perguntar-nos: 'Existe algum homem melhor que ele?'"

Lamartine, HISTÓRIA DA TURQUIA, Paris, 1854, Vol. II, pp. 276-277.

T. De seguida, lemos a seguinte afirmação, feita por George Bernard Shaw, um famoso escritor não-muçulmano:

"Ele deve ser apelidado de Salvador da Humanidade. Considero que se um homem como ele assumisse a ditadura do mundo moderno, seria capaz de resolver os problemas que assolam a humanidade, de forma a trazer-lhe a tão necessária felicidade e paz."

(O Islão Genuíno, Singapura, Vol. 1, No. 8, 1936)

U. Depois descobrimos que K.S. Ramakrishna Rao, um professor de filosofia indiano (Hindu), na sua bro-chura "Muhammad, o Profeta do Islão" o chama de "modelo perfeito para a vida humana".

O professor Ramakrishna Rao explica a sua teoria, afirmando:

"A personalidade de Muhammad é a mais difícil de abarcar na plenitude da sua verdade. Sou apenas ca-paz de apreender um vislumbre do seu todo. Que su-cessão dramática de imagens pitorescas! Existe o Muhammad Profeta; o Muhammad Guerreiro; o Mu-hammad homem de negócios; o Muhammad estadista; o Muhammad orador; o Muhammad Reformista; o Muhammad que ampara os órfãos; Muhammad o Pro-tector dos escravos; Muhammad o emancipador da mulher; Muhammad o juiz; Muhammad o Santo. Ele foi um herói no desempenho de todas estas extraordinárias funções e em todas estas áreas da actividade humana."

V. O que deveremos pensar acerca do nosso Profeta Muhammad quando alguém com o estatuto mundial de Mahatma Gandhi afirma o seguinte em 'Jovem Índia', ao descrever a personalidade de Muhammad, que a paz esteja com ele:

"Eu gostaria de conhecer o melhor dos homens, aquele que domina actualmente de forma inques-tionável o coração de milhões de homens... Estou plenamente convicto de que não foi a violência que conquistou um lugar para o Islão na ordem da vida, nesse tempo. Foi a feroz simplicidade do Profeta, a sua absoluta abnegação, o escrupuloso respeito para com os seus compromissos, a sua profunda devoção aos seus amigos e companheiros, a sua coragem, a sua intrepidez, a sua confiança absoluta em Deus e na sua própria missão. Foram estes factores e não a violência que levaram tudo à sua frente, ultrapassando todos os obstáculos. Quando fechei o 2º volume (da biografia do Profeta) tive pena de não haver mais para ler sobre esta vida extraordinária."

W. O autor inglês Thomas Carlyle, na sua obra "Os Heróis e o seu Culto", relevou-se simplesmente espan-tado com o facto de:

"Um único homem, sozinho, ter sido capaz de unir tribos inimigas e levar os beduínos a tornarem-se numa nação extremamente poderosa e civilizada em menos de duas décadas."

X. E Diwan Chand Sharma escreveu na obra "Pro-fetas do Oriente":

"Muhammad era a alma da bondade e a sua influência foi sentida e jamais esquecida por aqueles que estive-ram à sua volta."

(D.C. Sharma, Os Profetas do Oriente, Calcutá, 1935, pp. 12)

Y. Ao abordar a questão da igualdade perante Deus no Islão, a famosa poetisa indiana Sarojini Naidu afirma o seguinte:

"Foi a primeira religião a pregar e a praticar a de-mocracia, pois, na Mesquita, quando é feita a chamada

para a oração e os devotos são reunidos, a democracia é incorporada cinco vezes por dia, dado que tanto o camponês como o rei se ajoelham lado a lado, anun-ciando: "Apenas Deus é Grande". Tenho sido constan-temente surpreendida pela unidade indivisível do Islão, que, instintivamente, torna cada homem num irmão."

(S. Naidu, Ideais do Islão, vide Discursos & Escritos, Madras, 1918, p. 169)

Z.1 Nas palavras do Professor Hurgronje:

"A liga de nações criada pelo Profeta do Islão funda-mentou o princípio da unidade internacional e da irmandade humana em alicerces de grande universa-lidade, a fim de dar o exemplo às outras nações." Acrescenta ainda: "A verdade é que não existe no mun-do uma nação que tenha igualado aquilo que o Islão fez, com vista à realização do ideal da Liga das Nações."

Z.2 (Passámos em revista o alfabeto de A a Z) Edward Gibbon e Simon Ockley escreveram o seguinte na "História dos Impérios Sarracenos" sobre a profissão do ISLÃO:

"EU ACREDITO NUM ÚNICO DEUS E EM MU-HAMMAD, UM PROFETA DE DEUS". Esta é a mais simples e invariável profissão do Islão. A imagem inte-lectual da Divindade jamais foi aviltada por qualquer ídolo visível, a honra do Profeta nunca transgrediu a medida das virtudes humanas; e os seus preceitos de vida confinaram a gratidão dos seus discípulos aos li-mites da razão e da religião."

(História dos Impérios Sarracenos, Londres, 1870, p. 54)

Z.3 Wolfgang Goethe, que foi talvez o maior poeta da Europa, escreveu o seguinte acerca do Profeta Mu-hammad, que a paz esteja com ele:

"Ele foi um Profeta e não um poeta; por isso, o seu Alcorão deve ser entendido enquanto uma Lei Divina e não como um livro escrito por um ser humano, com o propósito de educar ou entreter."

(Noten und Abhandlungen zum Weststlichen Dvan, WA I, 7, 32)

O leitor é um ser humano racional e com interesses. Então, já deve ter posto a si próprio a seguinte pergunta:

"Poderão, todas estas afirmações extraordinárias, revolucionárias e surpreendentes acerca deste homem, ser verdadeiras?"

E se isto for tudo verdade?

Agora faça a si próprio esta pergunta à luz daquilo que acabamos de descobrir acerca deste homem:

"O que é que tem a dizer acerca do Profeta Mu-hammad (p.e.c.e.)?" .■

* - Yusuf Estes é muito querido pelos muçulmanos jovens, bem como por aqueles cujo coração se manteve jovial e que o apelidam de "Sheik Divertido".

Tanto as crianças como os adultos se deleitam ao ouvir Yusuf Estes falar sobre a sua conversão ao Islão no momento em que tentava converter ao Cristianismo um muçulmano do Egipto.

É uma história extraordinária, que nos faz rir e chorar ao mesmo tempo. (www.YusufEstes.com)

Educado no seio de uma tradição cristã, cresceu no Texas e tornou-se muito conhecido pelas suas lojas de música e programas de televisão, tendo sido pastor musical e pregador da Bíblia.

Ele explica a forma como alguns padres e pregadores se convertem ao Islão quando compreendem a Verdade. (www. BibleIslam.com).

Foi capelão federal dos Estados Unidos e Delegado das Nações Unidas na Cimeira de Paz para os Líderes Religiosos. Actualmente, é o responsável por centenas de sítios da Internet dedicados ao Islão.

As palestras que dá nas universidades respeitam a todas as religiões e até os rabis, pastores, pregadores e padres o felicitam pela sua forma de apresentar uma perspectiva nova e esclarecida acerca da religião, cujo crescimento é o mais rápido — o Islão.

Trabalha no sentido de transmitir a mensagem correcta do Islão à nossa juventude, aos novos muçulmanos e também aos não-muçulmanos, em língua inglesa e com linguagem simples, revelando um tom agradável e, por vezes, até humor, quando se refere ao Alcorão e aos ensinamentos do Islão.

Obrigado, boas leituras.

M. Yiossuf Adamgy

sábado, janeiro 11, 2014

NOS RECORDAR DO NASCIMENTO DO PROFETA MUHAMMAD(QUE A PAZ DE ALLAH ESTEJA COM ELE)

Centro Islâmico de Brasília-DF  -Khutuba : Sheikh Muhammad Zidan

Em nome de Allah , O Clemente, O Misericordioso. Louvado seja Allah , criador do céu e da terra. Nos recordamos e nos voltamos humildes a Allah (SWT), pedimos o Seu perdão e suplicamos a Sua misericórdia.

Testemunho que não há Divindade a não ser Allah (SWT), e testemunho que o Profeta Mohammad (SAAW) é seu servo e Mensageiro, o escolhido entre as criaturas. Aquele que divulgou a mensagem, zelou pelo que lhe foi confiado, aconselhou o povo, aboliu a injustiça e serviu em nome de Allah (SWT).

Não reparas em que Allah conhece tudo quanto existe nos céus e na terra ? não há confidência entre três pessoas, sem que Ele seja a quarta delas ; nem entre cinco, sem que Ele seja a sexta ; nem que haja menos ou mais do que isso, sem que Ele esteja com elas, onde quer que se achem. Logo, no Dia da Ressurreicão, os inteirará de tudo quanto fizerem, porque Allah é Onisciente.

Que Allah (SWT) abençõe e de paz ao Profeta (SAAW), bem como para a sua família, companheiros e seguidores até o Dia do Juízo Final.

Meus irmãos e irmãs muçulmanos, nosso assunto trata sobre em recordar do nascimento do nosso amado Profeta Muhammad(Que a paz de Allah esteja com ele), nós vivemos dias felizes e abençoados por receber a mensagem do Profeta Muhammad(SAAW), que veio para toda a humanidade, a mensagem de perdão para todo o mundo. Nos recordamos neste mês o nascimento do Profeta Muhammad(SAAW), que trouxe luz para os muçulmanos, nos trouxe o Alcorão Sagrado e não podemos afastar do Alcorão, que nos orienta e ensina a melhor forma de viver e recordar de Allah(Louvado Seja). E o nosso amado Profeta(SAAW), desde sua origem, com FÉ e com sua paciência e determinação transmitiu o que foi revelado o Alcorão Sagrado. O Profeta(SAAW) desde seu nascimento estava em viver da forma que Allah(SWT) o orientou dentro do Alcorão Sagrado, nos deixou o Alcorão de forma organizada e clara com as suas explicações para todos os seguidores da FÉ, e sua dedicação de ensinar e transmitir a mensagem para todos seu companheiros e seguidores. Desta forma ao chegar a data do nascimento do Profeta(SAAW) e seus companheiros e seguidores não comemoravam essa data, pois ele vivia e trabalhava junto deles e estava sempre no meios deles e o modo de vida de todos e viver e dedicando ao Alcorão Sagrado e a Sunna do Profeta Muhammad(SAAW), e o modo de viver eram espelhados no nosso amado Profeta(que a paz de Allah esteja com ele). Devemos recordar do nosso amado Profeta, como disse Allah(SWT) no Alcorão Sagrado na Surat AZ-ZARIYAT vers 55 : « E adverte, pois a advertência benefícia os crentes. » Pois nos dias de hoje há pessoas que andam no caminho de Allah(SWT) enquanto outras andam em caminhos que elas próprias pensam que estão corretas deixando de lado o caminho de Allah(SWT). Devemos viver com essa recordação para orientar os fiéis para não esquecer que Deus é Único e orientar no caminho do Islam, para podermos nos afastar do caminho erroneo

que está no meio do Islam, e buscar o caminho certo. Pois Allah(SWT) não muda o que está em seu intimo até que mudem as pessoas. E precisamos de mudança e recordar desta data não só neste dia e nem com coisas pequenas, e sim por um período maior e com ações mais relevantes e importantes e essas ações com responsabilidade e compromisso de comprir nossas obrigações e andar sempre no caminho abençoado de Allah(SWT). Não devemos recordar desta data só com palavras e sim com ações e práticas do que nos foi orientado dentro do Alcorão e a Sunna do Profeta Muhammad(SAAW), e quem andar neste caminho anda no caminho do Profeta Muhammad(SAAW). Disse o Profeta Muhammad(que a paz de Allah esteja com ele) : « Vocês não serão muçulmanos até que sigam as minhas práticas. » É necessário que todos os muçulmanos recordem desta data, com amor , FÉ e com ações dignas de amar a Allah(Louvado Seja) e amar o nosso Profeta(SAAW), esse sentimento deve existir nos dias de hoje com todas essas dificuldades e desafios, para vivermos melhor e alcançar a vitória junto de Allah(SWT), com esse sentimento dentro de nossos corações um sentimento forte. Não devemos recordar deste dia por um tempo determinado por um mês e sim por um tempo indeterminado pois nossas vidas junto com o nosso amado Profeta estão ligadas em recordar de Allah(SWT). Disse Allah(SWT) no Alcorão Sagrado na Surat AL-AHZAB vers 21 : « Com efeito, há, para vós no Mensageiro de Allah, belo paradigma, para quem espera em Allah, e no Derradeiro Dia, e se lembra amiúde de Allah. » Devemos amar a Allah(Louvdo Seja) e o nosso Profeta Muhammad(SAAW) e andar no caminho que nos foi orientado a senda reta. Disse Allah(SWT) no Alcorão Sagrado na Surat AL’IMARAN vers 31 : « Dize : « Se amais a Allah, segui-me, Allah vos amará e vos perdoará os delitos. » E Allah é Perdoador, Misericordiador. » Não devemos só viver da recordação do nosso amado Profeta(SAAW), mas lembra-lo em todos os momentos de nossa vida, como na hora de realizar a abulução, na oração, etc..., e ao recordar e lembrar do nosso amado Profeta(que a paz de Allah esteja com ele), não devemos acrescentar nem diminuir nada das palavras dele que foram ditas, ou dizer alguma obra dele sem que tenha feita, pois Allah(SWT) não perdoa esse ato. Disse Allah(SWT) no Alcorão Sagrado na Surat AN-NUR vers 63 : « Não façais, entre vós, a convocação do Mensageiro, como a convocação de um de vós para outros. E não vos retireis de sua companhia, sem sua permissão. Com efeito, Allah sabe dos que, dentre vós, se retiram sorrateiramente. Então, que os que discrepam de sua ordem se precatem de que não os alcance provocação ou não os alcance doloroso castigo. » Não é aceitável falar mentiras ou calúnias a respeito do Mensageiro de Deus(SAAW) é um grande pecado e perde a sua Fé. Disse o Profeta Muhammad(SAAW) : « Quem fala mentiras a meu respeito de propósito seu lugar é o inferno. » disse Allah(SWT) no Alcorão Sagrado na Surat AT-TAUBAH vers 128 : « Com efeito, um Mensageiro vindo de vós chegou-vos ; é-lhe penoso o que vos embaraça ; é zeloso de guiar-vos, é compassivo e misericordiador para com os crentes. » Também disse Allah(SWT) na Surat AL- QALAM vers 4 : « E, por certo, és de magnífica moralidade. » Que Allah (Louvado Seja) abençõe e de paz ao Profeta Muhammad(SAAW), bem como para a sua família, companheiros e seguidores até o Dia do Juízo Final.

Salamo Aleikom

(SWT) SUBAHANA WA TAALA (LOUVADO SEJA ALLAH)

(SAAW) SALA ALLAHU ALEIREM WA SALAM ( QUE A PAZ DE ALLAH ESTEJA COM ELE)

ALLAH= DEUS

RA= QUE ALLAH(SWT) ESTEJA SATISFEITO COM ELE

ANSAR= MORADORES DE MADINA

MUHAJIRIM= IMIGRANTES QUE VIERAM DE MECA E RESEDIRAM EM MADINA

HADITH=DITOS DO PROFETA MUHAMMAD(SAAW)

Estamos conscientes de que a tradução do sentido tanto da khutuba (Sermão) quanto do Alcorão Sagrado, seja qual for a precisão, é quase sempre inadequada para realçar o magnífico sentido do texto , a tradução pode conter falhas ou lapsos como todo ato humano. (Que Allah (SWT) nós perdoe).

sexta-feira, janeiro 10, 2014

O Profeta MUHAMMAD(p.e.c.e.)», para reflexão e possível divulgação.

Prezados Irmãos,

Assalamu Alaikum Wa ráhmatullahi Wa barakatuh:

Comemora-se, in cha Allah, no próximo dia 13 de Ja-neiro de 2013 — 12 de Rabi-al-Awwal de 1435, o nascimento do último Profeta de Deus, Muhammad [Maomé], paz esteja com ele.

De acordo com o Alcorão, o Profeta Muhammad (s.a.w.) foi o exemplo que mais sobressaiu para toda a humanidade, mas também os historiadores não-muçul-manos reconhecem-no como uma das personagens de mais êxito da história.

Em 1946 o Reverendo R. Bosworth-Smith escreveu sobre o Profeta em "Mohammed & Mohammedanism":

«Chefe de estado como também da Igreja, foi César e Papa simultaneamente; mas foi Papa sem as exi-gências de Papa, e César sem as legiões de César, sem um exército permanente, sem escolta, sem um palácio, sem uma fonte de ingressos fixa. Se alguma vez um homem pode dizer que governava por direito divino foi Muhammad (p.e.c.e.), porque ele teve todo o poder sem instrumentos e sem o seu respectivo apoio. Não se importava com os adornos de poder. A simplicidade da sua vida privada estava de acordo com a sua vida pública».

Em 1978 Michael Hart no seu livro "Las 100 Personas más Influyentes en la Historia” elegeu Muhammad como a pessoa mais influente na história e dizia isto acerca da sua escolha:

"A minha escolha de Muhammad para liderar a lista das pessoas mais influentes no mundo pode surpre-ender alguns leitores e pode ser questionada por outros, mas ele foi o único homem completamente bem-sucedido na história, tanto a nível civil como religioso... A combinação, sem precedentes, de influ-ência civil e religiosa é o que sinto que dá direito a Muhammad de ser considerado a figura individual mais influente de toda a história humana”.

K.S. Ramakrishna Rao, um professor de filosofia indi-ano (Hindu), na sua brochura "Muhammad, o Profeta do Islão" o chama de "modelo perfeito para a vida humana".

O Prof. Ramakrishna Rao explica a sua teoria, afirmando:

"A personalidade de Muhammad é a mais difícil de abarcar na plenitude da sua verdade. Sou apenas capaz de apreender um vislumbre do seu todo. Que su-cessão dramática de imagens pitorescas! Existe o Muhammad Profeta; o Muhammad Guerreiro; o Muhammad homem de negócios; o Muhammad estadis-ta; o Muhammad orador; o Muhammad reformista; o Muhammad que ampara os órfãos; o Muhammad, Protector dos escravos; o Muhammad, emancipador da mulher; o Muhammad, o juiz; o Muhammad, o Santo. Ele foi um herói no desempenho de todas es-tas extraordinárias funções e em todas estas áreas da actividade humana."

As palavras e os actos do Profeta (p.e.c.e.) mostram- -nos o caminho para alcançar o sucesso, não só neste mundo, mas também no Além.

Em suma, o Profeta do Islão era um pensador positivo, no sentido pleno da palavra. Todas as actividades eram orientadas para um resultado. Absteve-se dos elementos negativos de comportamento que são contraproducentes para a realização dos objectivos, tais como o ódio, a inveja, a arrogância e a ganância.

Todas as acções do Profeta Muhammad (p.e.c.e.) fo-ram baseadas apenas na pura intenção de agradar a Deus.

Estudando a vida do último Profeta, podemos identi-ficar alguns dos princípios de sucesso.

O primeiro princípio:

A escolha do caminho mais fácil. Este princípio é bem explicado numa frase de Aisha (r.a.). Ela disse: "Quando o Profeta teve que escolher entre duas opções, sempre optou pela escolha mais fácil". (Bukhari).

Escolher a opção mais fácil significa que se devem avaliar as opções e escolher a mais viável. Quem come-ça a partir deste ponto, certamente alcançará o seu objectivo.

O segundo princípio:

Veja vantagem na desvantagem. Nos primeiros dias do Islão em Meca, havia muitos problemas e dificuldades. Naquela época, foi revelado o versículo guia do Alcorão: «Na verdade, com a adversidade está a facilidade! Certamente, com a adversidade está a facilidade!» (94:5-6).

Isto significa que se houver problemas, há também oportunidades. A estrada para o sucesso é superar os problemas e aproveitar as oportunidades.

O terceiro princípio:

Alterar o local de acção. Este princípio é derivado da Hégira. Esta não foi apenas uma migração de Meca para Medina, foi igualmente uma jornada para encontrar um lugar mais apropriado para colocar o Islão em acção.

Migração física e perseverança são elementos impor-tantes para estabelecer a paz e a justiça. Isso também serviu de base para a migração intelectual das mentes subjugadas para um espírito despertado.

O quarto princípio:

Converta em amigo, um inimigo. O Profeta do Islão foi repetidamente submetido a práticas hostis dos descren-tes. Naquele momento, o Alcorão prescreveu o retorno do bem para o mal: «Jamais poderão equiparar-se a bondade e a maldade! Retribui (ó Muhammad) o mal da melhor forma possível, e eis que aquele que nutria inimizade por ti converter-se-á em íntimo ami-go!» (41:34).

Isso significa que uma boa acção em troca de uma má acção tem um efeito conquistador sobre os seus inimi-gos. E a vida do Profeta é uma prova histórica deste princípio.

O Profeta (p.e.c.e.) foi o maior exemplo de amnistia após a conquista de Meca sem derramamento de sangue. Para todos os inimigos do Islão foi concedido o perdão, incluindo Hinda, a esposa de Abu Sufyan, que tinha estripado o corpo martirizado de Hamza (r.a.), o tio do Profeta (s.a.w.). Apesar da mutilação detestável do corpo do tio, o Profeta (p.e.c.e.) perdoou-a.

O quinto princípio:

A educação é fundamental para o sucesso. Após a batalha de Badr, 70 incrédulos foram levados como pri-sioneiros de guerra. Eles eram pessoas cultas. O Profeta Muhammad (s.a.w.) anunciou que se algum deles ensi-nasse dez crianças muçulmanas a ler e a escrever, seria libertado. Esta foi a primeira escola na história do Islão em que todos os alunos eram muçulmanos, e em que todos os professores eram da posição inimiga.

O sexto princípio:

Não use a dicotomia como uma maneira de pensar. Na famosa batalha de Mutah, o comandante Khalid Ibn

Walid decidiu retirar as forças muçulmanas do campo de batalha, ao descobrir que eles estavam desproporcio-nadamente superados em número pelo inimigo. Quando chegaram a Medina alguns muçulmanos receberam-nos dizendo: "Desertores!". O Profeta (p.e.c.e.) disse: "Não, eles são homens da avançada".

Estas pessoas de Medina estavam a pensar dicotomia-mente, lutar ou recuar. O Profeta (p.e.c.e.) disse que há também uma terceira opção, que é a de evitar a guerra e encontrar um tempo para se fortalecer. Actualmente, a história diz-nos que esses muçulmanos, depois de três anos de preparação, avançaram novamente em direcção à fronteira romana e, dessa vez, obtiveram uma vitória retumbante.

O sétimo princípio:

Não se envolver em confrontos desnecessários. Este princípio decorre do Tratado de Hudaybiyyah. Naquela época, os incrédulos estavam determinados a envolver- -se na luta contra os muçulmanos, porque estavam nu-ma posição vantajosa. Mas o Profeta (p.e.c.e.), aceitan-do as suas condições unilateralmente, entrou num pacto. Foi um tratado de paz de dez anos. Até então, o ponto de encontro entre muçulmanos e não-muçulmanos tinha sido o campo de batalha. Depois, a área de conflito foi o debate ideológico. Ao longo de dois anos, o Islão saiu vitorioso, pela simples razão da superioridade ideoló-gica.

O oitavo princípio:

O gradualismo em vez do radicalismo. Este princípio está consagrado num Hadith mencionado no Bukhari. Aisha (r.a.) diz que os primeiros versículos do Alcorão foram na sua maioria relacionados com o Céu e o Infer-no. Depois de um tempo em que a fé se tinha afirmado nos corações das pessoas, Deus revelou ordens especí-ficas para desistir de práticas sociais injustas e auto-desaprovação que prevaleciam nos tempos árabes es-curos. Esta é uma prova clara de que para as mudanças sociais, o Islão recomenda o método evolutivo, ao invés do método revolucionário.

O nono princípio:

Ser pragmático em questões controversas. Durante a elaboração do Tratado de Hudaybiyyah, o Profeta (p.e.-c.e.) disse estas palavras: "Isto é da parte de Muham-mad, o Mensageiro de Deus". O delegado dos Corai-xitas opôs-se a estas palavras. O Profeta ordenou que se alterassem as palavras por: “Muhammad, filho de Abdullah". Essa simples mudança apaziguou o delegado dos Coraixitas.

Estes são alguns dos princípios pelos quais o último Profeta do Islão (p.e.c.e.) conduziu a sua vida. As suas realizações foram reconhecidas pelos historia-dores como um sucesso supremo. Devemos ser sábios para recordá-las sempre e, sobretudo na passagem do seu aniversário, e seguir-lhe o exemplo.

«Com efeito, tendes no Mensageiro de Deus um excelente exemplo para quem espera contemplar Deus, deparar-se com o Dia do Juízo Final, e se lembra de Deus frequentemente". (Alcorão 33:21).

Nas próximas reflexões islâmicas, e durante o mês islâmico de Rabia-al-Awwal, o mês do nascimento do Profeta Muhammad (p.e.c.e.), in cha Allah, falar-se-á sobre: “Quem foi ele, exactamente?”; “O que ensinou ele?”; “Porque é que foi ele tão amado por uns e odiado por outros?”; Viveu de acordo com aquilo que pregava?”; “Foi um homem santo”? “Foi um Profeta de Deus?”; “Qual é a verdade acerca deste homem?” Tudo isto, escrito por Yusuf Estes, ex-Pregador Cristão nos E.U.A. e Delegado das Nações Unidas na Cimeira de Paz para os Líderes Religiosos.

“Wa salamu aleikum wa ráhmatullahi wa barakatuh”. E a paz de Deus esteja convosco... .■

Obrigado, boas leituras.

M. Yiossuf Adamgy

AS ÁRVORES – 1ª. Parte

Assalamo Aleikum Warahmatulah Wabarakatuhu (Com a Paz, a Misericórdia e as Bênçãos de Deus) Bismilahir Rahmani Rahim (Em nome de Deus, o Beneficente e Misericordioso) - JUMA MUBARAK

A- O Cur’ane Sagrado e os Hadices esclarecem-nos acerca das árvores no Paraíso:

1) – Adam, Hawa (Aleihin Salam) e a árvore do Paraíso

No início da criação do ser humano, a utilização indevida do fruto duma certa árvore , deu origem à expulsão do paraíso para a terra, dos primeiros seres humanos. Após a criação do nosso pai e da nossa mãe, Adam e Hawa (Aleihi Salam), Adão e Eva (Que a Paz de Deus estejam com eles), Allah Subhana Wataala autorizou-os a comerem de tudo no Paraíso, mas alertou-os para não se aproximarem duma certa árvore : “Ó tu Adão, habita com a tua esposa o Paraíso! Desfrutai do que vos aprouver; porém, não vos aproximeis desta árvore, porque estareis entre os transgressores”. Cur’ane 7:19. 

O sheitan (satanás), nosso inimigo e sempre à procura do lado fraco do ser humano desviando-o do caminho da verdade, conseguiu captar a atenção do nosso pai Adam: “Então o satanás lhe sussurrou para revelar-lhe o que, até então, lhes tinha sido ocultado das suas partes íntimas, dizendo: Vosso Senhor vos proibiu esta árvore para que não vos convertêsseis em dois anjos ou não estivésseis entre os mortais”. Cur’ane 7:20. E o sheitan continuou com ironia: ”E ele lhes jurou: sou para vós um fiel conselheiro”. Cur’ane 7:21. 

Adão e Hawa (Eva) enganados pelo satanás, desobedeceram as ordens divinas, conforme o referido no versículo seguinte: “E, com enganos, seduziu-os. Mas quando colheram o fruto da árvore, se manifestaram as suas partes intimas e começaram a cobrir-se com folhas das plantas do Paraíso. Então Seu Senhor os admoestou: “Não vos havia vedado esta árvore e não vos havia dito que satanás, era vosso inimigo declarado?”. Cur’ane 7:22. 

Adam e Hawa (Aleihi Salam), foram os primeiros a serem ludibriados pelo satanás. Voltaram-se para Deus, procurando o Seu Perdão e Misericórdia. E Deus lhes ordenou: “Descei! Sereis inimigos uns dos outros e tereis na terra, residência e gozo transitórios”. Cur’ane 7:24. Os Livros anteriores ao Cur’ane, atribuem a culpa unicamente à Hawa, que teria levado Adam a transgredir as ordens de Deus. “Respondeu o homem (a Deus): A mulher que me deste por esposa, ela me deu (o fruto) da árvore e eu comi”. Gênesis 3:12. O Cur’ane livrou a primeira mulher do chamado “pecado original”, atribuindo a transgressão unicamente ao nosso pai Adam, conforme os versículos anteriormente referidos.

2) - Ibrahim (Aleihi Salam) e a grande árvore.

Quando o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) visitou o Paraíso, num jardim muito bem florescido, viu um homem acompanhado de crianças, que estava sentado junto à raiz duma grande árvore . Era o Profeta Ibrahim (Aleihi Salam) – Abraão, que a Paz de Deus esteja com ele, que estava rodeado de crianças, filhos das pessoas. (Bukhari 23:468)

Outra narrativa em Bukhari – Al Adab al Mufrad, Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam) referiu que os filhos menores dos crentes que morreram (ainda pequenos), viverão no Paraíso sob a supervisão do Profeta Ibrahim e da sua esposa Sarah (que a Paz de Deus esteja com eles). Eles tomarão conta deles e os entregarão aos pais no Dia da Ressurreição. E disse ainda: “Os vossos filhos estão circulando livremente no Paraíso. SubhanaAllah! Na narração de Muslim, Abu Huraira (Radiyalahu an-hu) acrescentou que Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam) disse: “Eles (os filhos) encontrarão os seus parentes e lhes segurarão as mãos ou as suas roupas, como eu estou segurando as vossas roupas e eles não largarão as mãos deles até que Allah, o nosso Criador e Perdoador os façam entrar no Paraíso com os seus parentes”. Muslim 32:6370.

3) – Tooba, a grande árvore do Paraíso.

Abu Huraira (Radiyalahu an-hu) relatou que Profeta Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam) disse: “Há uma árvore no Paraíso que é tão grande, que um cavaleiro poderia viajar à sua sombra durante cem anos e podem recitar, se o desejarem: “E extensa é a sombra” (56.30). E um lugar no Paraíso do tamanho de um arco duma flecha, é melhor do que toda a terra, em que o sol nasce e se põe”. Bukhari 54:475.

In Sha Allah, continua no próximo Juma. “Rabaná ghfirli waliwa lidaiá wa lilmu-minina yau ma yakumul hisab”. “Ó Senhor nosso, no Dia da Prestação de Contas, perdoa-me a mim, aos meus pais e aos crentes”. Cur’ane 14:41.

Cumprimentos

Abdul Rehman Mangá 09/01/2014 abdul.manga@gmail.com

As Boas Maneiras nas Reuniões

Em nome de Allah o Clemente e Misericordioso!

Quando o Profeta (que Allah o abençoe e lhe de paz) estava sentado na mesquita com os seus companheiros, três indivíduos chegaram. Dois entraram e um foi embora. Os dois se aproximaram do local onde estava o Rassulullah (que Allah o abençõe e lhe de paz). Um deles ao verificar que havia um local vago no círculo, lá sentou. O segundo sentou atrás do círculo e o terceiro se rejeitou a sentar. Quando o Rassulullah (que Allah o abençõe e lhe de paz) terminou de falar, ele informou os companheiros a respeito da situação dos três indivíduos. Disse: “Um deles se aproximou de Allah e Ele o cumulou com Sua Misericórdia. O segundo ficou com vergonha (não disputou o lugar com os outros) e Allah o acolheu. Quanto ao terceiro, rejeitou participar da invocação de Allah e Ele o rejeitou.” (Bukhári).

Dentre as boas maneiras que o muçulmano deve praticar nas reuniões citamos:

Participar das reuniões dos benevolentes: O muçulmano escolhe bem com quem se reúne e se torna amigo. Ele escolhe as pessoas benevolentes e piedosas, quem são conhecidos por obedecerem e adorarem a Allah. O muçulmano não se reúne com os ímpios, os sem educação, porque o companheiro e o amigo exercem grande influência no companheiro.

O muçulmano não participa de reuniões com os inúteis, os viciados, os imorais para não o influenciarem e o atraírem para o seu meio. A cada dia ele ouve ou lê sobre um novo caso causador de desvios por se acompanhar algum viciado, inútil, anormal, ou desviado. Por isso, ele escolhe os amigos entre as pessoas de boa conduta, dos bem sucedidos em seus estudos e trabalhos. O Rassulullah (que Allah o abençõe e lhe de paz) disse: “A pessoa costuma seguir a religião de seu amigo. Portanto vede de quem sois amigos.” (Abu Daúd e Tirmizi)

O Rassulullah (que Allah o abençõe e lhe de paz) comparou o bom companheiro e o amigo como aquele que carrega almíscar. Quanto à má companhia é como quem assopra a forja para ativar a fornalha. Ele disse: “A amizade com um virtuoso ou com um malfeitor tem a aparência de um vendedor de almíscar e de um acendedor de forja ; o vendedor de almíscar pode oferecer-te um perfume, ou pedir-te que lhe compre, ou, pelo menos, que lhe cheires o grato perfume; ao passo que o acendedor de forja pode queimar a tua roupa, ou fazer-te sentir o seu desagradável odor.” (Muttafac alaih).

O Rassulullah (que Allah o abençõe e lhe de paz) incentivou procurarmos a companhia dos virtuosos e piedosos. Ele disse: “Não tomes por amigo senão a um crente, e não convides a comer senão a um que tema a Allah.” (Abu Daúd e Tirmizi).

Allah, exaltado seja, ordenou-nos a não termos amizade com quem deturpam os versículos d’Ele e a colocam fora de seu contexto. Ele diz: “Quando deparares com aqueles que difamam os Nossos versículos, afasta-te deles, até que mudem de conversa. Pode ocorrer que Satanás te fizesse esquecer disso; porém, após à lembrança, não te sentes com os injustos.” (6:68). Portanto, o muçulmano participa sempre das boas reuniões e se preocupa em aproveitá-las.

O saudar os presentes e o sentar ao lado do último: O muçulmano saúda as pessoas ao entrar numa reunião e deseja participar dela. O Profeta (que Allah o abençõe e lhe de paz) nos ordenou fazermos isso, dizendo: “Quando alguém chega a uma reunião, deve saudar os presentes.” (Tirmizi).

O muçulmano senta ao lado da última pessoa: Não é permitido que faça alguém sair do lugar para sentar no lugar dele, não importa a sua posição. As pessoas descendem de Adão e este foi criado do barro. Todas as pessoas são iguais, não há distinção entre eles a não ser pela piedade e os bons atos. O Profeta (que Allah o abençõe e lhe de paz) disse: “Ninguém tem direito de fazer outra pessoa se levantar para sentar em seu lugar.” (Muttafac alaih).

O muçulmano não pode sentar no meio da roda: Foi relatado que o Rassulullah (que Allah o abençoe e lhe de paz) disse: “Censurado está quem sentar no meio da roda.” (Abu Daúd e Tirmizi). (Isso incomodaria as pessoas no seu percurso até chegar ao meio da roda e sua permanência atrapalharia a visão das pessoas). Não deve sentar entre duas pessoas a não ser com a sua permissão para não separá-los. O Profeta (que Allah o abençoe e lhe de paz) disse: “Ninguém pode sentar entre duas pessoas a não ser com a permissão delas.” (Abu Daúd)

O sentar-se comportadamente: O muçulmano senta comportado, educado. Ele não fica encarando os presentes, não fica mudando de um lugar a outro. Não faz nada fora das boas maneiras. Não fica em pé e as outras pessoas estando sentadas. Não senta e as pessoas estão de pé. O muçulmano permanece em seu lugar com dignidade, respeito e boa aparência.

O evitar sentar-se nas ruas e nos mercados: O muçulmano deve evitar sentar nas vias públicas e nos mercados para não perturbar os outros muçulmanos. O Profeta (que Allah o abençoe e lhe de paz) disse: “Evitem sentar nas vias públicas.” Eles disseram: “Não temos alternativas, temos de conversar nelas.” O Rassulullah (que Allah o abençõe e lhe de paz) disse: “Se quiserem permanecer nas vias públicas dêem às elas os seus direitos.” Perguntaram-lhe: “Quais são os direitos do caminho?” Ele respondeu: “O recato dos olhares, o evitar perturbar aos outros, responder à saudação, ordenar a prática do bem e coibir a prática do mal.” (Bukhári).

O evitar os locais suspeitos: O muçulmano não senta em cafeterias a não ser quando necessário. Da mesma forma, afasta-se dos locais de diversão e dos bares, sabendo que fazem parte dos locais demoníacos.

A educação no diálogo: O muçulmano fica sentado com dignidade e educação. Ouve os oradores se não estiverem falando coisas proibidas. Não corta a conversa de quem está falando. Se falar, o faz suavemente, para os que estão ao redor ouçam sem elevar a voz. Allah, exaltado seja, diz: “... e baixa a tua voz, porque o mais desagradável dos sons é o zurro dos asnos.” (31:19). ( O zurrido do asno e emitido sem motivo algum).

Quando o muçulmano apresenta a sua opinião, o faz com calma e clareza para que as pessoas a entendam: Se achar que deve repetir as palavras para melhor compreensão, deve fazê-lo. O Profeta (que Allah o abençoe e lhe de paz) quando falava, costumava repetir as palavras três vezes para que o ouvinte entendesse. Aicha (que Allah a abençõe) ao descrever as palavras do Profeta (que Allah o abençõe e lhe de paz), disse: “Suas palavras eram claras e fáceis que todos os ouvintes as entendiam.”

No seu diálogo, o muçulmano toma cuidado de não falar o que não conhece: Allah, exaltado seja, diz: “Não sigas (ó humano) o que ignoras, porque pelo teu ouvido, pela tua vista, e pelo teu coração, por tudo isto serás responsável!” (17:36). O Rassulullah (que Allah o abençoe e lhe dê paz) disse: “Para que um homem se torne um mentiroso, é suficiente que faça circular tudo o que ouve.” (Musslim). O muçulmano presta atenção à conversa dos outros, respeita a opinião dos outros e não se prolonga a sua fala para que as pessoas não se cansem de sua conversa e companhia.

Duas pessoas não devem falar confidencialmente, estando uma terceira presente: Se houver três pessoas numa reunião, dois deles não podem ficar falando confidencialmente, para não entristecer e constranger a terceira e para que ela não suponha que estão falando dela. O Rassulullah (que Allah o abençoe e lhe dê paz) disse: “Se três de vocês estiverem em uma reunião, não devem dois conversar confidencialmente antes de se misturarem com outras pessoas, porque isso poderá constranger o terceiro.” (Bukhári).

O abrir espaço para quem chega a uma reunião: Se houver uma reunião num local e outras pessoas chegarem, sendo o local apertado, os presentes devem abrir espaço para quem chega quanto puderem. Allah, Exaltado seja, diz: “Ó crentes, quando vos for dito para vos apertardes, (dando) nas assembléias (lugar aos demais), fazei-o; e sabei que Allah vos dará lugar no Paraíso.” (58:11). O Rassulullah (que Allah o abençoe e lhe dê paz) disse: “Os melhores lugares para as reuniões são os mais amplos.” (Abu Daúd e Ahmad).

Não se deve se levantar para os que chegam para engrandecê-los: Isso é proibido pela lei islâmica. A proibição é confirmada quando a pessoa gosta que isso seja feito a ele. O Rassulullah (que Allah o abençoe e lhe dê paz) disse: “Quem espera que os servos de Allah se levantem para recebê-lo, que espere um lar no Inferno.” (Bukhári).

Não há inconveniente em se levantar para os pais, para o idoso, para o sábio, para a autoridade e para o professor; levantar-se com a intenção de cumprimentar, abraçar e felicitar as pessoas, porque tudo isso faz parte das boas maneiras islâmicas. A nossa religião islâmica nos incentiva respeitar as pessoas, dar-lhes o seu devido valor, honrar as pessoas dignas. O Profeta (que Allah o abençoe e lhe dê paz) ordenou os Ansar de se levantarem para o seu líder, Saad Ibn Moaz (que Allah o abençoe). Ele disse: “Levantem-se para o seu líder.” (Bukhári).

O muçulmano deve ter boas maneiras ao espirrar, tossir ou cuspir: É dever do muçulmano evitar perturbar aos outros. Quando o Profeta (que Allah o abençoe e lhe dê paz) tossia, costumava colocar a mão ou o manto sobre a boca para abafar o som da tosse.” (Abu Daúd e Tirmizi).

Ao tossir, o muçulmano deve dizer: “Alhamdu liláh” (Louvado seja Allah). Os presentes devem lhe dizer: “Yarhamakukullah” (Que Allah tenha misericórdia de você.” Ele deve lhes responder: “Yahdikumullah wa yusslih bálakum” (Que Allah os oriente e lhes conceda o sossego).

Saudar as pessoas ao se despedir: Quando o muçulmano quiser sair de uma reunião, pede licença dos presentes e os saúda. O Rassulullah (que Allah o abençõe e lhe dê paz) disse: “Se alguém chegar a uma reunião deve saudar os presentes; ao abandonar a reunião deve também saudá-los, pois a primeira oportunidade não é mais meritória do que a última.” (Abu Daúd e Tirmizi).

A prece de penitência da reunião: O muçulmano invoca sempre ao seu Senhor em suas reuniões. O Profeta (que Allah o abençõe e lhe dê paz) disse: “As pessoas que encerram suas reuniões sem invocarem a Allah, fazem-no como se tivessem se levantado perante o cadáver de um asno. Isso lhes será como angústia.” (Abu Daúd).(A imprureza do cadáver de um asno foi comparada as reuniões cujo o nome de Allah não e invocado ).

O muçulmano deve, no encerramento da reunião, invocar a Allah como penitência da reunião, como fomos instruídos pelo Profeta (que Allah o abençõe e lhe dê paz). Ele disse: “A penitência da reunião que o servo de Allah diga: ‘Glorificado e louvado seja Allah. Presto testemunho que não há outra divindade além de Allah, peço o Teu perdão e me arrependo a Ti.” (Ahmad)

A fidelidade à reunião: O muçulmano guarda o segredo da reunião, ao sair. Não revela o que foi discutido nela, porque é uma confiança depositada nele. O Profeta (que Allah o abençõe e lhe dê paz) disse: “Quando alguém fornece uma informação , olhando para os lados (temendo ser escutado por terceiros), e pede para se guardar segredo, é em confiança.” (Abu Daúd, Tirmizi e Ahmad)

A não participação de reuniões após a oração do Ichá (oração da noite ): O muçulmano não participa de reuniões após a oração do Ichá (oração da noite) se não forem úteis a ele ou a outros, auferindo delas apenas bate papo e insônia. É preferível que o muçulmano vá dormir cedo para acordar cedo, praticar a oração da Alvorada, começando as suas atividades o mais cedo possível que Allah, exaltado seja, tornou um tempo abençoado. O Rassulullah (que Allah o abençoe e lhe dê paz) costumava orientar as pessoas para não dormirem antes da oração do Ichá, e não fazem reuniões após a oração do Ichá. (Abu Daúd).

*O muçulmano ignorante não entende sua religião e é extremista na sua ignorância e escuridão, ele é o mais perigoso para o Islam do que os seus inimigos... 

يُرِيدُونَ أَن يطفئوا نُورَ اللّهِ بِأَفْوَاهِهِمْ وَيَأْبَى اللّهُ إِلاَّ أَن يُتِمَّ نُورَهُ وَلَوْ كَرِهَ الْكَافِرُونَ

"Desejam em vão extinguir a Luz de Allah com as suas bocas; porém, Allah nada permitirá, e aperfeiçoará a Sua Luz, ainda que isso desgoste os incrédulos!" (41:33)

Mohamad ziad -محمد زياد

Os Muçulmanos Amam Jesus!

Assalamu Aleikom wa Ramatulahi wa Baraketuhu!

quinta-feira, janeiro 02, 2014

Aperto de Mãos entre Sexos Opostos

Em nome de Allah o Clemente e Misericordioso!

Meus queridos irmãos e Caríssimos Leitores1

Para nós que nascemos e vivemos em um país ocidental, onde, um aperto de mão e até oscular o rosto de uma mulher faz parte da boa educação e uma demonstração de amizade, não é fácil entender isso como haram (Ilícito). No entanto esse ato é reconhecido como haram (ilícito) por todas as quatro escolas islâmicas e sábios consultados. Há muito tempo eu desejava colocar esse assunto em nosso blogger, mas, por falta de conhecimento e embasamento ainda não tinha o feito. Em fim, Allah SW me direcionou para uma página na qual eu encontrei um artigo formidável sobre o assunto, e agora sim, posso compartilhá-lo com vocês. Que Allah SW ilumine a vida da nossa irmã Cláudia Simões, tradutora do artigo e titular do site http://islamemportugues.blogspot.com.br, o qual convido a todos para visitar e tomar conhecimento dos excelentes artigos encontrados nessa brilhante página a serviço do Islam, em língua portuguesa.

Aperto de Mãos entre Sexos Opostos

Em primeiro lugar:

Não é admissível que um homem que acredita em Allah e no Seu Mensageiro coloque a sua mão na mão de uma mulher que não lhe é permitida ou que não é uma das suas mahrams. Quem fizer isso prejudicou-se a si mesmo (ou seja, pecou).

Foi narrado que Ma'qil ibn Yassaar disse: o Mensageiro de Allah (paz e bênçãos de Allah estejam sobre ele) disse:“Um de vocês ser apunhalado na cabeça com uma agulha de ferro é melhor para ele do que tocar uma mulher que não lhe é permitida.”

(Narrado por al-Tabaraani em al-Kabir, 486. Shaykh al-Albani disse em Sahih al-Jaami ', 5045, que este hadith é sahih)

Este hadith é suficiente para dissuadir e incutir a obediência exigida de nós por Allah, porque implica que tocar mulheres pode levar a tentação e imoralidade.

Foi narrado que 'A'isha, a esposa do Profeta (que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre ele), disse: “Quando as mulheres crentes migraram para o Mensageiro de Allah (paz e bênçãos de Allah estejam sobre ele), elas seriam testadas de acordo com as palavras de Allah:

Ó Profeta, quando as crentes se apresentarem a ti, jurando-te fidelidade, afirmando-te que não atribuirão parceiros a Allah, não roubarão, não fornicarão...” (Qur'an 60:12)”

'A'isha disse: “Quem das mulheres crentes concordasse com isso passaria no teste, e quando as mulheres concordaram com isso, o Mensageiro de Allah (paz e bênçãos de Allah estejam sobre ele) disse-lhes: 'Ide, pois vós destes o vosso juramento de fidelidade'. Não, por Allah, a mão do Mensageiro de Allah (paz e bênçãos de Allah esteja com ele) nunca tocou a mão de qualquer mulher, pelo contrário, elas davam o seu juramento de fidelidade com palavras apenas”.

E 'A'isha disse: “Por Allah, o Mensageiro de Allah (que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre ele) só tomou o juramento de fidelidade das mulheres da forma prescrita por Allah, e a mão do Mensageiro de Allah (paz e bênçãos de Allah esteja com ele) nunca tocou a mão de qualquer mulher. Quando ele tomava o juramento de fidelidade delas, ele dizia 'Eu aceitei o seu juramento de fidelidade verbalmente.'” (Narrado por Muslim, 1866)

Foi narrado de 'Urwah que 'A'isha lhe contou sobre o juramento de fidelidade das mulheres: “O Mensageiro de Allah (paz e bênçãos de Allah esteja com ele) nunca tocou qualquer mulher com a sua mão. Ele explicava à mulher o que o juramento de fidelidade implica, e quando ela aceitava, ele dizia 'Vá, pois já deu o seu juramento de fidelidade'.” (Narrado por Muslim, 1866)

O melhor da humanidade, o líder dos filhos de Adão no Dia da Ressurreição, não tocou em mulheres. Isto apesar do facto de que o juramento de fidelidade era originalmente dado com a mão. Então como seria para outros homens além do Profeta (que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre ele)?

Foi narrado que Umaymah, a filha de Raqiqah, afirmou: "O Mensageiro de Allah (paz e bênçãos de Allah estejam sobre ele) disse “Eu não aperto as mãos de mulheres”"

(Narrado por al-Nasaa'i (4181) e Ibn Maajah, 2874; classificado como sahih por al-Albani em Sahih al-Jaami ', 2513)

Em segundo lugar:

Não é permitido apertar as mãos, mesmo com uma barreira no meio, como apertar as mãos debaixo de uma roupa e afins. O hadith que foi narrado permitindo isso é da'if (fraco).

Foi narrado a partir de Ma'qal ibn Yassaar que o Profeta (que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre ele) costumava apertar as mãos de mulheres por baixo de uma roupa. (Narrado por al-Tabaraani em al-Awsat, 2855)

Al-Haythami disse sobre este hadith:

“Isso foi narrado por al-Tabaraani em al-Kabir e al-Awsat. A sua isnaad (corrente de narração) inclui 'Ataab ibn Harb, que é da'if (fraco).”

(Majma al-Zawaa'id, 6/39)

Wali al-Deen al-'Iraaqi disse:

“As palavras de 'A'isha 'Ele costumava aceitar o juramento de fidelidade das mulheres só por palavras' significam que ele o fez sem agarrar as mãos ou apertar as mãos delas . Isso indica que o bay'ah (juramento de fidelidade) dos homens era aceite agarrando as suas mãos e apertando as mãos deles, bem como por palavras, e assim era. O que 'A'isha mencionou era o costume.

Alguns dos mufassirin mencionaram que o Profeta (que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre ele) pediu por um recipiente com água e mergulhou a mão nele, e depois as mulheres mergulharam as suas mãos nele. E alguns deles disseram que ele não apertou as mãos com elas por trás de uma barreira e tinha uma capa Qatari sobre a sua mão. E foi dito que 'Umar (que Allah esteja satisfeito com ele) apertou as mãos com elas em seu nome. Nenhum destes relatos são autênticos, especialmente o último. Como poderia 'Umar (que Allah esteja satisfeito com ele) ter feito algo que o Profeta (que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre ele), que era ma'sum (infalível), não faria?

(Tarh al-Tathreeb, 7/45)

Shaykh Ibn Baaz (que Allah tenha misericórdia dele) disse:

“A opinião mais correcta é que isto (ou seja, apertar as mãos de mulheres por trás de uma barreira) não é permitido de todo, por causa do significado geral do hadith, segundo o qual o Profeta (que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre ele) disse “Eu não aperto as mãos de mulheres”, e de forma a afastar os meios que podem levar a um mal.”

(Adaptado de Hashiyat Majmoo'at Rasaa'il fi'l-Hijab wa'l-Sufoor, p. 69)

O mesmo veredicto aplica-se a apertar as mãos de mulheres mais velhas (e idosas), o que também é haram por causa do sentido geral dos textos sobre o tema. Os relatos que dizem que é permitido são da'if (fracos).

Al-Zayla'i disse:

“Quanto ao relato de que Abu Bakr costumava apertar as mãos de mulheres mais velhas, também é ghareeb (estranho)”.

(Nasab al-Raayah, 4/240)

Ibn Hajar disse:

“Eu não encontro este hadith (isto é, não existe).”

(Al-fi Diraayah Takhreej hadices al-Hidaayah, 2/225)

Em quarto lugar:

Com relação aos pontos de vista dos quatro imams, estes são os seguintes: 

1 - A madhhab Hanafi:

Ibn Nujaym disse:

“Não é permitido a um homem tocar a face de uma mulher ou mãos, mesmo que não haja nenhum risco de desejo, porque é haraam em princípio, e não há nenhuma necessidade que o permitiria.”

(Al-Bahr al-Raa'iq, 8/219) 

2 - A madhhab Maaliki:

Muhammad ibn Ahmad ('Ulaysh) disse:

“Não é admissível que um homem toque o rosto ou a mão de uma mulher não-mahram, e não é permitido para ele colocar a sua mão sobre a dela, sem uma barreira. 'A'isha (que Allah esteja satisfeito com ela) disse que: “O Profeta (que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre ele) nunca aceitou o juramento de fidelidade de uma mulher apertando as mãos dela, pelo contrário, ele (que a paz e as bênçãos de Allah estejam com ele) costumava aceitar o seu juramento de fidelidade por palavras apenas”. De acordo com outro relato, “Não, por Allah, a mão do Mensageiro de Allah (paz e bênçãos de Allah esteja com ele) nunca tocou a mão de qualquer mulher, pelo contrário, elas davam o seu juramento de fidelidade com palavras apenas”.

(Manh al-Jaleel Sharh Mukhtasar Khaleel, 1/223) 

3 - A madhhab Shaafa'i:

Al-Nawawi disse:

“Não é permitido tocar numa mulher de qualquer maneira.”

(Al-Majmoo ', 4/515)

Wali al-Deen al-'Iraaqi disse:

"Isto indica que a mão do Profeta (que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre ele) não tocou na mão de uma mulher para além das suas esposas e mahrams, seja no caso de aceitar o juramento de fidelidade ou em outros casos. Se ele não fez isso, apesar do facto de ele ser infalível e acima de qualquer suspeita, então é ainda mais essencial que outros cumpram esta proibição. É aparente pelos textos que ele se absteve de fazer isso porque era haram para ele fazer isso. Os fuqaha' entre os nossos companheiros e outros disseram que é haram tocar uma mulher não-mahram mesmo que esteja a tocar partes do seu corpo que não são 'awrah, como o rosto. Mas divergiram quanto a olhar quando não há desejo nem medo de fitnah. A proibição de tocar é mais forte do que a proibição de olhar, e é haram quando não há necessidade que o permitiria. Se for o caso de necessidade, por exemplo, tratamento médico, a remoção de um dente ou tratamento dos olhos, etc, se não há mulher que possa fazer isso, então é permitido que um não-mahram faça isso, porque é um caso de necessidade."

(Tarh al-Tathreeb, 7/45, 46) 

4 - A madhhab Hanbali:

Ibn Muflih disse:

“Abu 'Abd Allah-- ou seja, Imam Ahmad - foi questionado sobre um homem que aperta a mão de uma mulher. Ele disse não, e foi enfático ao dizer que isso é haram. Eu disse 'Ele pode apertar as mãos dela com a barreira da sua roupa?' Ele disse: 'Não'.”

O Sheikh Taqiy al-Deen também favoreceu a opinião de que é proibido, e deu a razão de que o toque é mais grave do que o olhar.

(Al Adaab al-Shar'iyyah, 2/257)

Fontes utilizadas: IslamQA - Traduzido por Cláudia Sofia Simões (Safyiah)

O Véu Islâmico e a Tradição Judaico-Cristã e a origem da Burka

Permita-me que lance algumas luzes a respeito do que, no Ocidente, é considerado o maior símbolo da opressão e da sujeição feminina, ou seja, o véu ou a cabeça coberta. Será verdade que não existe nada de semelhante ao véu na tradição Judaico-Cristã? Examinemos de seguida os registos que ainda existem:

No seu livro, "As mulheres Judias na Literatura Rabínica", o Rabino Dr. Menachem M. Brayer (Professor de Literatura Bíblica na Universidade Yeshiva) refere que era hábito das mulheres Judias apresentarem-se em público com as cabeças cobertas, cobertura essa que, por vezes, cobria mesmo toda a face, deixando apenas uma abertura para um dos olhos.

O Dr. Brayer cita alguns antigos Rabinos famosos, que referiram o seguinte:

"Não é próprio das Filhas de Israel apresentarem-se em público com as cabeças descobertas" e "Amaldiçoado seja o homem que permitir que o cabelo da sua esposa seja visto...a mulher que usar o cabelo como adorno causará a pobreza".

A lei Rabínica proíbe a recitação de bênções ou de orações na presença de uma mulher casada cuja cabeça se encontre descoberta, isto porque descobrir o cabelo de uma mulher é considerado "nudez".

O Dr. Brayer menciona também que «Durante o período Tanático, a recusa da mulher Judia em cobrir a sua cabeça era tida como uma afronta à 'suo recato'. Devido a esta ofensa, quando a sua cabeça se encontrava descoberta, a mulher podia ser multada em quatrocentos zuzim».

O Dr. Brayer explica também que o véu da mulher Judia nem sempre foi considerado um símbolo da 'suo recato'. Por vezes, o véu simbolizava mais um estado ou uma distinção e um luxo, do que propriamente recato. O véu personificava a dignidade e a superioridade da mulher nobre. Representava também a inaces-sibilidade da mulher enquanto posse sagrada do seu marido.

O véu representava o amor-próprio e o estatuto social da mulher.

Muitas vezes, as mulheres das classes mais baixas usavam o véu para darem a impressão de que pertenciam a um estatuto social mais elevado. Devido ao facto do véu ser o símbolo da nobreza, na antiga sociedade Judaica não era permitido às prostitutas cobrirem as suas cabeças. Contudo, e de modo a parecerem respeitáveis, era frequente as prostitutas usarem um véu especial a cobrir-lhes a cabeça. As mulheres Judias da Europa continuaram a usar véus até ao século XIX, altura em que as suas vidas se confundiram mais com a cultura secular que as rodeava. As pressões externas da vida Europeia do século XIX levaram a que muitas deixassem de cobrir a cabeça. Algumas mulheres Judias consideraram que seria mais conveniente substituir o véu tradicional por uma peruca. Actualmente, muitas das mulheres Judias devotas não cobrem o cabelo a não ser na sinagoga. Algumas delas, tais como as das seitas Chassídicas, continuam a usar a peruca. 

E quanto à tradição Cristã?

Sabe-se bem que desde há séculos as Freiras Católicas cobrem as suas cabeças. Mas isto não é tudo. No Novo Testamento, São Paulo teceu algumas considerações deveras interessantes a respeito do véu:

Mas toda a mulher que ora ou profetiza, tendo a cabeça descoberta, desonra a sua própria cabeça, porque é como se estivesse rapada. Portanto, se a mulher não se cobre com o véu, tosquie-se, também. Mas se, para a mulher, é coisa indecente tosquiar-se ou rapar-se, que ponha o véu. O homem, pois, não deve cobrir a cabeça, porque é a imagem e glória de Deus; mas a mulher é a glória do homem». (I Epístola de São Paulo aos Coríntios, 11:5-7).

O argumento dado por São Paulo para a utilização do véu por parte das mulheres, é o de que o véu é um sinal da autoridade do homem, o qual é a imagem e a glória de Deus sobre a mulher, a qual foi criada a partir do homem e para o homem.

No seu famoso tratado "Sobre o Véu das Virgens", São Tertuliano escreveu o seguinte:

"Meninas, vós usais os vossos véus quando saem à rua, então, usai-os na Igreja; usam-nos quando se encontram entre estranhos, então, usai-os entre os vossos irmãos..."

Entre as Leis Canônicas da atual Igreja Católica, existe uma que exige que as mulheres cubram as cabeças quando estão na Igreja. Atualmente, em algumas seitas Cristãs, como por exemplo os Amish e os Manonistas, as mulheres continuam a usar o véu. A razão apresentada pelo líder religioso destas seitas, para a conservação do véu, é a de que "A cabeça coberta é sinal da sujeição da mulher ao homem e a Deus", o que segue a mesma lógica introduzida por São Paulo no Novo Testamento.

Com base nas provas atrás apresentadas, é óbvio que o ato de cobrir a cabeça não foi inventado pelo Islão. Contudo, o Islão apoiou este ato. O Alcorão incentiva os homens e as mulheres crentes a baixarem o olhar e a serem recatados e, em seguida, incentiva as mulheres crentes a cobrirem não apenas o cabelo, mas também o pescoço e o peito:

«Dize aos homens crentes que recatem os seus olhares e conservem os seus pudores, porque isso é mais benéfico para eles; e Deus está bem inteirado de tudo quanto fazem». (24:30).

«Dize às mulheres que recatem os seus olhares, conservem os seus pudores e não mostrem os seus atractivos, além dos que (normalmente) aparecem». (30:31).

O Alcorão é perfeitamente claro no que respeita ao facto do véu ser essencial para o recato. Mas, porque motivo é o recato essencial? O Alcorão continua a ser claro:

«Ó Profeta! Dize às tuas esposas e filhas e às mulheres dos crentes que se envolvam e fechem nos seus mantos (quando saírem); isso é mais conveniente para que se distingam das demais e para que não sejam molestadas...». (33:59).

É este o ponto central, o recato é prescrito para proteger a mulher de ser molestada ou, simplesmente, o recato representa proteção.

Consequentemente, o objectivo do véu no Islão é a proteção. O véu Islâmico, ao contrário do véu da tradição Cristã, não é um sinal da autoridade do homem sobre a mulher, assim como não é um sinal da sujeição da mulher ao homem. O véu Islâmico, ao contrário do véu da tradição Judaica, não é um sinal de luxo e de distinção de algumas mulheres casadas pertencentes à nobreza. O véu Islâmico é um sinal de recato, o qual tem como objectivo a proteção da mulher. A filosofia Islâmica é a de que mais vale prevenir do que remediar. De facto, a proteção do corpo e da reputação da mulher é de tal forma importante para o Alcorão que o homem que se atrever a acusar falsamente uma mulher de não ser casta, será severamente punido:

«E aqueles que difamarem as mulheres castas, sem apresentarem quatro testemunhas, infligi-lhes oitenta vergastadas e nunca mais aceiteis os seus testemunhos porque são depravados». (24:4).

Compare-se esta rígida atitude Alcorânica, com o castigo extremamente lasso que é dado na Bíblia aos casos de violação:

«Quando um homem achar uma moça virgem, que não for desposada, e pegar nela, e se deitar com ela, e forem apanhados, então o homem que se deitou com ela dará ao pai da moça cin-quenta siclos de prata: e ela tornar-se-á sua mulher, porque a violou. Não a poderá repudiar enquanto viver». (Deuteronómio, 22:28-29).

Podemo-nos aqui interrogar sobre quem verdadeiramente é castigado. Será o homem, que se limita a pagar uma multa devido à violação que cometeu, ou será a mulher, que é obrigada a desposar o homem que a violou e a viver com ele até que ele morra?

Uma outra questão que se pode colocar é a seguinte: quem é que protege mais a mulher? Será a rígida atitude Alcorânica, ou será a lassa atitude Bíblica?

Algumas pessoas, especialmente pessoas do Ocidente, tendem a ridicularizar a justificação do uso do recato para proteção da mulher. Estas pessoas argumentam que a melhor proteção consiste na disseminação da educação, de um comportamento civilizado e do auto domínio. A nossa resposta é a de que isso pode ser bom, mas que não é suficiente.Se a "civilização" fosse proteção suficiente, por que motivo as mulheres da América do Norte (e em alguns outros lugares) não se atrevem a andar sozinhas por uma rua não iluminada – ou mesmo a atravessarem um parque de estacionamento vazio? Se a educação é a solução, porque motivo uma respeitada universidade, como é o caso da Queen, tem um serviço de acompanhamento a casa dirigido principalmente às estudantes femininas que se encontram nos terrenos da Universidade?

Se o autodomínio fosse a resposta, por que motivo existem casos de assédio sexual no local de trabalho, casos esses que são noticiados todos os dias pelos “media”?

Uma amostra de pessoas acusadas de assédio sexual durante os últimos anos, inclui: Oficiais da Marinha, Administradores, Professores Universitários, Senadores, Juízes do Supremo Tribunal e até o Presidente dos Estados Unidos da América!

E que dizer das seguintes estatísticas, escritas num panfleto emitido pelo Deão do Gabinete para a Mulher da Universidade de Queen:

"No Canadá, uma mulher é atacada sexualmente a cada 6 minutos; num dado momento das suas vidas, 1 em cada 3 mulheres do Canadá será sexualmente atacada; 1 em cada 4 mulheres corre o risco de, em algum momento da sua vida, ser vítima de violação ou de tentativa de violação; 1 em cada 8 mulheres será sexualmente atacada enquanto frequenta o liceu ou a universidade e, um estudo revelou que 60% dos estudantes universitários masculinos cometeria um ataque sexual se tivessem a certeza de que não seriam apanhados". E isto está a alastrar-se a toda a Europa!

Algo se encontra essencialmente errado na sociedade em que vivemos. Torna-se absolutamente necessária uma mudança na cultura e no estilo de vida da sociedade, sobretudo ocidental. É grandemente necessária ma cultura do recato, do recato no vestir, no falar e nas maneiras, tanto para homens, como para mulheres. De outra forma, as sinistras estatísticas serão cada vez piores e, infelizmente, serão as mulheres a pagar o preço das mesmas. Na realidade, todos nós sofremos mas, como disse K. Gibran, "… para a pessoa que recebe, os golpes não são os mesmos que para a pessoa que os conta". Consequentemente, uma sociedade, como é o caso da sociedade Francesa, que expulsa as jovens da escola devido à sua roupa recatada pre-judica-se simplesmente a si mesma.

É uma das maiores ironias do nosso mundo actual, que o mesmo véu reverenciado como sinal de "santidade", quando usado pelas Freiras Católicas com o objectivo de mostrarem a autoridade do homem, seja insultado como sendo um sinal de "opressão", quando usado pelas mulheres Muçulmanas com o objectivo de se protegerem.

A maioria de eruditos do Islão diz que o véu é obrigatório. Mas isso não significa que se obrigue a mulher a levá-lo. O véu é um acto de fé. Obrigar a uma mulher a levá-lo não é islâmico, do mesmo modo que obrigá-la a deixá-lo não é coerente com a liberdade de consciência. O que é inaceitável para o Islão é forçar as consciências. Não há coerção em matéria de religião.


A origem da burca

A burka, traje islâmico que cobre o rosto e corpo da mulher, tem a sua origem num culto à divindade Astarte, deusa do amor, da fertilidade e da sexualidade, na antiga Mesopotâmia, muito anterior ao surgimento do islamismo.

Em homenagem à deusa do amor físico, todas as mulheres, sem exceção, tinham de se prostituir uma vez por ano, nos bosques sagrados em redor do templo da deusa.

Para cumprirem o preceito divino sem serem reconhecidas, as mulheres de alta sociedade acostumaram-se a usar um longo véu em proteção da sua identidade.

Com base nessa origem histórica, Mustapha Kemal Atatürk, fundador da moderna Turquia (1923 – 1938), no quadro das profundas e revolucionárias reformas políticas, económica e culturais, que introduziu no país, desejoso de acabar de uma vez por todas com a burka, serviu-se de uma brilhante astúcia para calar a boca dos fundamentalistas da época.

Pôs definitivamente um fim à burka na Turquia com uma simples lei que determinava o seguinte:

«Com efeito imediato, todas as mulheres turcas têm o direito de se vestir como quiserem, no entanto todas as prostitutas devem usar a burka».

No dia seguinte, ninguém mais viu a burka na Turquia.

Essa lei ainda se mantém em vigor.
Assalamu Aleikom