sexta-feira, janeiro 10, 2014

AS ÁRVORES – 1ª. Parte

Assalamo Aleikum Warahmatulah Wabarakatuhu (Com a Paz, a Misericórdia e as Bênçãos de Deus) Bismilahir Rahmani Rahim (Em nome de Deus, o Beneficente e Misericordioso) - JUMA MUBARAK

A- O Cur’ane Sagrado e os Hadices esclarecem-nos acerca das árvores no Paraíso:

1) – Adam, Hawa (Aleihin Salam) e a árvore do Paraíso

No início da criação do ser humano, a utilização indevida do fruto duma certa árvore , deu origem à expulsão do paraíso para a terra, dos primeiros seres humanos. Após a criação do nosso pai e da nossa mãe, Adam e Hawa (Aleihi Salam), Adão e Eva (Que a Paz de Deus estejam com eles), Allah Subhana Wataala autorizou-os a comerem de tudo no Paraíso, mas alertou-os para não se aproximarem duma certa árvore : “Ó tu Adão, habita com a tua esposa o Paraíso! Desfrutai do que vos aprouver; porém, não vos aproximeis desta árvore, porque estareis entre os transgressores”. Cur’ane 7:19. 

O sheitan (satanás), nosso inimigo e sempre à procura do lado fraco do ser humano desviando-o do caminho da verdade, conseguiu captar a atenção do nosso pai Adam: “Então o satanás lhe sussurrou para revelar-lhe o que, até então, lhes tinha sido ocultado das suas partes íntimas, dizendo: Vosso Senhor vos proibiu esta árvore para que não vos convertêsseis em dois anjos ou não estivésseis entre os mortais”. Cur’ane 7:20. E o sheitan continuou com ironia: ”E ele lhes jurou: sou para vós um fiel conselheiro”. Cur’ane 7:21. 

Adão e Hawa (Eva) enganados pelo satanás, desobedeceram as ordens divinas, conforme o referido no versículo seguinte: “E, com enganos, seduziu-os. Mas quando colheram o fruto da árvore, se manifestaram as suas partes intimas e começaram a cobrir-se com folhas das plantas do Paraíso. Então Seu Senhor os admoestou: “Não vos havia vedado esta árvore e não vos havia dito que satanás, era vosso inimigo declarado?”. Cur’ane 7:22. 

Adam e Hawa (Aleihi Salam), foram os primeiros a serem ludibriados pelo satanás. Voltaram-se para Deus, procurando o Seu Perdão e Misericórdia. E Deus lhes ordenou: “Descei! Sereis inimigos uns dos outros e tereis na terra, residência e gozo transitórios”. Cur’ane 7:24. Os Livros anteriores ao Cur’ane, atribuem a culpa unicamente à Hawa, que teria levado Adam a transgredir as ordens de Deus. “Respondeu o homem (a Deus): A mulher que me deste por esposa, ela me deu (o fruto) da árvore e eu comi”. Gênesis 3:12. O Cur’ane livrou a primeira mulher do chamado “pecado original”, atribuindo a transgressão unicamente ao nosso pai Adam, conforme os versículos anteriormente referidos.

2) - Ibrahim (Aleihi Salam) e a grande árvore.

Quando o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) visitou o Paraíso, num jardim muito bem florescido, viu um homem acompanhado de crianças, que estava sentado junto à raiz duma grande árvore . Era o Profeta Ibrahim (Aleihi Salam) – Abraão, que a Paz de Deus esteja com ele, que estava rodeado de crianças, filhos das pessoas. (Bukhari 23:468)

Outra narrativa em Bukhari – Al Adab al Mufrad, Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam) referiu que os filhos menores dos crentes que morreram (ainda pequenos), viverão no Paraíso sob a supervisão do Profeta Ibrahim e da sua esposa Sarah (que a Paz de Deus esteja com eles). Eles tomarão conta deles e os entregarão aos pais no Dia da Ressurreição. E disse ainda: “Os vossos filhos estão circulando livremente no Paraíso. SubhanaAllah! Na narração de Muslim, Abu Huraira (Radiyalahu an-hu) acrescentou que Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam) disse: “Eles (os filhos) encontrarão os seus parentes e lhes segurarão as mãos ou as suas roupas, como eu estou segurando as vossas roupas e eles não largarão as mãos deles até que Allah, o nosso Criador e Perdoador os façam entrar no Paraíso com os seus parentes”. Muslim 32:6370.

3) – Tooba, a grande árvore do Paraíso.

Abu Huraira (Radiyalahu an-hu) relatou que Profeta Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam) disse: “Há uma árvore no Paraíso que é tão grande, que um cavaleiro poderia viajar à sua sombra durante cem anos e podem recitar, se o desejarem: “E extensa é a sombra” (56.30). E um lugar no Paraíso do tamanho de um arco duma flecha, é melhor do que toda a terra, em que o sol nasce e se põe”. Bukhari 54:475.

In Sha Allah, continua no próximo Juma. “Rabaná ghfirli waliwa lidaiá wa lilmu-minina yau ma yakumul hisab”. “Ó Senhor nosso, no Dia da Prestação de Contas, perdoa-me a mim, aos meus pais e aos crentes”. Cur’ane 14:41.

Cumprimentos

Abdul Rehman Mangá 09/01/2014 abdul.manga@gmail.com

As Boas Maneiras nas Reuniões

Em nome de Allah o Clemente e Misericordioso!

Quando o Profeta (que Allah o abençoe e lhe de paz) estava sentado na mesquita com os seus companheiros, três indivíduos chegaram. Dois entraram e um foi embora. Os dois se aproximaram do local onde estava o Rassulullah (que Allah o abençõe e lhe de paz). Um deles ao verificar que havia um local vago no círculo, lá sentou. O segundo sentou atrás do círculo e o terceiro se rejeitou a sentar. Quando o Rassulullah (que Allah o abençõe e lhe de paz) terminou de falar, ele informou os companheiros a respeito da situação dos três indivíduos. Disse: “Um deles se aproximou de Allah e Ele o cumulou com Sua Misericórdia. O segundo ficou com vergonha (não disputou o lugar com os outros) e Allah o acolheu. Quanto ao terceiro, rejeitou participar da invocação de Allah e Ele o rejeitou.” (Bukhári).

Dentre as boas maneiras que o muçulmano deve praticar nas reuniões citamos:

Participar das reuniões dos benevolentes: O muçulmano escolhe bem com quem se reúne e se torna amigo. Ele escolhe as pessoas benevolentes e piedosas, quem são conhecidos por obedecerem e adorarem a Allah. O muçulmano não se reúne com os ímpios, os sem educação, porque o companheiro e o amigo exercem grande influência no companheiro.

O muçulmano não participa de reuniões com os inúteis, os viciados, os imorais para não o influenciarem e o atraírem para o seu meio. A cada dia ele ouve ou lê sobre um novo caso causador de desvios por se acompanhar algum viciado, inútil, anormal, ou desviado. Por isso, ele escolhe os amigos entre as pessoas de boa conduta, dos bem sucedidos em seus estudos e trabalhos. O Rassulullah (que Allah o abençõe e lhe de paz) disse: “A pessoa costuma seguir a religião de seu amigo. Portanto vede de quem sois amigos.” (Abu Daúd e Tirmizi)

O Rassulullah (que Allah o abençõe e lhe de paz) comparou o bom companheiro e o amigo como aquele que carrega almíscar. Quanto à má companhia é como quem assopra a forja para ativar a fornalha. Ele disse: “A amizade com um virtuoso ou com um malfeitor tem a aparência de um vendedor de almíscar e de um acendedor de forja ; o vendedor de almíscar pode oferecer-te um perfume, ou pedir-te que lhe compre, ou, pelo menos, que lhe cheires o grato perfume; ao passo que o acendedor de forja pode queimar a tua roupa, ou fazer-te sentir o seu desagradável odor.” (Muttafac alaih).

O Rassulullah (que Allah o abençõe e lhe de paz) incentivou procurarmos a companhia dos virtuosos e piedosos. Ele disse: “Não tomes por amigo senão a um crente, e não convides a comer senão a um que tema a Allah.” (Abu Daúd e Tirmizi).

Allah, exaltado seja, ordenou-nos a não termos amizade com quem deturpam os versículos d’Ele e a colocam fora de seu contexto. Ele diz: “Quando deparares com aqueles que difamam os Nossos versículos, afasta-te deles, até que mudem de conversa. Pode ocorrer que Satanás te fizesse esquecer disso; porém, após à lembrança, não te sentes com os injustos.” (6:68). Portanto, o muçulmano participa sempre das boas reuniões e se preocupa em aproveitá-las.

O saudar os presentes e o sentar ao lado do último: O muçulmano saúda as pessoas ao entrar numa reunião e deseja participar dela. O Profeta (que Allah o abençõe e lhe de paz) nos ordenou fazermos isso, dizendo: “Quando alguém chega a uma reunião, deve saudar os presentes.” (Tirmizi).

O muçulmano senta ao lado da última pessoa: Não é permitido que faça alguém sair do lugar para sentar no lugar dele, não importa a sua posição. As pessoas descendem de Adão e este foi criado do barro. Todas as pessoas são iguais, não há distinção entre eles a não ser pela piedade e os bons atos. O Profeta (que Allah o abençõe e lhe de paz) disse: “Ninguém tem direito de fazer outra pessoa se levantar para sentar em seu lugar.” (Muttafac alaih).

O muçulmano não pode sentar no meio da roda: Foi relatado que o Rassulullah (que Allah o abençoe e lhe de paz) disse: “Censurado está quem sentar no meio da roda.” (Abu Daúd e Tirmizi). (Isso incomodaria as pessoas no seu percurso até chegar ao meio da roda e sua permanência atrapalharia a visão das pessoas). Não deve sentar entre duas pessoas a não ser com a sua permissão para não separá-los. O Profeta (que Allah o abençoe e lhe de paz) disse: “Ninguém pode sentar entre duas pessoas a não ser com a permissão delas.” (Abu Daúd)

O sentar-se comportadamente: O muçulmano senta comportado, educado. Ele não fica encarando os presentes, não fica mudando de um lugar a outro. Não faz nada fora das boas maneiras. Não fica em pé e as outras pessoas estando sentadas. Não senta e as pessoas estão de pé. O muçulmano permanece em seu lugar com dignidade, respeito e boa aparência.

O evitar sentar-se nas ruas e nos mercados: O muçulmano deve evitar sentar nas vias públicas e nos mercados para não perturbar os outros muçulmanos. O Profeta (que Allah o abençoe e lhe de paz) disse: “Evitem sentar nas vias públicas.” Eles disseram: “Não temos alternativas, temos de conversar nelas.” O Rassulullah (que Allah o abençõe e lhe de paz) disse: “Se quiserem permanecer nas vias públicas dêem às elas os seus direitos.” Perguntaram-lhe: “Quais são os direitos do caminho?” Ele respondeu: “O recato dos olhares, o evitar perturbar aos outros, responder à saudação, ordenar a prática do bem e coibir a prática do mal.” (Bukhári).

O evitar os locais suspeitos: O muçulmano não senta em cafeterias a não ser quando necessário. Da mesma forma, afasta-se dos locais de diversão e dos bares, sabendo que fazem parte dos locais demoníacos.

A educação no diálogo: O muçulmano fica sentado com dignidade e educação. Ouve os oradores se não estiverem falando coisas proibidas. Não corta a conversa de quem está falando. Se falar, o faz suavemente, para os que estão ao redor ouçam sem elevar a voz. Allah, exaltado seja, diz: “... e baixa a tua voz, porque o mais desagradável dos sons é o zurro dos asnos.” (31:19). ( O zurrido do asno e emitido sem motivo algum).

Quando o muçulmano apresenta a sua opinião, o faz com calma e clareza para que as pessoas a entendam: Se achar que deve repetir as palavras para melhor compreensão, deve fazê-lo. O Profeta (que Allah o abençoe e lhe de paz) quando falava, costumava repetir as palavras três vezes para que o ouvinte entendesse. Aicha (que Allah a abençõe) ao descrever as palavras do Profeta (que Allah o abençõe e lhe de paz), disse: “Suas palavras eram claras e fáceis que todos os ouvintes as entendiam.”

No seu diálogo, o muçulmano toma cuidado de não falar o que não conhece: Allah, exaltado seja, diz: “Não sigas (ó humano) o que ignoras, porque pelo teu ouvido, pela tua vista, e pelo teu coração, por tudo isto serás responsável!” (17:36). O Rassulullah (que Allah o abençoe e lhe dê paz) disse: “Para que um homem se torne um mentiroso, é suficiente que faça circular tudo o que ouve.” (Musslim). O muçulmano presta atenção à conversa dos outros, respeita a opinião dos outros e não se prolonga a sua fala para que as pessoas não se cansem de sua conversa e companhia.

Duas pessoas não devem falar confidencialmente, estando uma terceira presente: Se houver três pessoas numa reunião, dois deles não podem ficar falando confidencialmente, para não entristecer e constranger a terceira e para que ela não suponha que estão falando dela. O Rassulullah (que Allah o abençoe e lhe dê paz) disse: “Se três de vocês estiverem em uma reunião, não devem dois conversar confidencialmente antes de se misturarem com outras pessoas, porque isso poderá constranger o terceiro.” (Bukhári).

O abrir espaço para quem chega a uma reunião: Se houver uma reunião num local e outras pessoas chegarem, sendo o local apertado, os presentes devem abrir espaço para quem chega quanto puderem. Allah, Exaltado seja, diz: “Ó crentes, quando vos for dito para vos apertardes, (dando) nas assembléias (lugar aos demais), fazei-o; e sabei que Allah vos dará lugar no Paraíso.” (58:11). O Rassulullah (que Allah o abençoe e lhe dê paz) disse: “Os melhores lugares para as reuniões são os mais amplos.” (Abu Daúd e Ahmad).

Não se deve se levantar para os que chegam para engrandecê-los: Isso é proibido pela lei islâmica. A proibição é confirmada quando a pessoa gosta que isso seja feito a ele. O Rassulullah (que Allah o abençoe e lhe dê paz) disse: “Quem espera que os servos de Allah se levantem para recebê-lo, que espere um lar no Inferno.” (Bukhári).

Não há inconveniente em se levantar para os pais, para o idoso, para o sábio, para a autoridade e para o professor; levantar-se com a intenção de cumprimentar, abraçar e felicitar as pessoas, porque tudo isso faz parte das boas maneiras islâmicas. A nossa religião islâmica nos incentiva respeitar as pessoas, dar-lhes o seu devido valor, honrar as pessoas dignas. O Profeta (que Allah o abençoe e lhe dê paz) ordenou os Ansar de se levantarem para o seu líder, Saad Ibn Moaz (que Allah o abençoe). Ele disse: “Levantem-se para o seu líder.” (Bukhári).

O muçulmano deve ter boas maneiras ao espirrar, tossir ou cuspir: É dever do muçulmano evitar perturbar aos outros. Quando o Profeta (que Allah o abençoe e lhe dê paz) tossia, costumava colocar a mão ou o manto sobre a boca para abafar o som da tosse.” (Abu Daúd e Tirmizi).

Ao tossir, o muçulmano deve dizer: “Alhamdu liláh” (Louvado seja Allah). Os presentes devem lhe dizer: “Yarhamakukullah” (Que Allah tenha misericórdia de você.” Ele deve lhes responder: “Yahdikumullah wa yusslih bálakum” (Que Allah os oriente e lhes conceda o sossego).

Saudar as pessoas ao se despedir: Quando o muçulmano quiser sair de uma reunião, pede licença dos presentes e os saúda. O Rassulullah (que Allah o abençõe e lhe dê paz) disse: “Se alguém chegar a uma reunião deve saudar os presentes; ao abandonar a reunião deve também saudá-los, pois a primeira oportunidade não é mais meritória do que a última.” (Abu Daúd e Tirmizi).

A prece de penitência da reunião: O muçulmano invoca sempre ao seu Senhor em suas reuniões. O Profeta (que Allah o abençõe e lhe dê paz) disse: “As pessoas que encerram suas reuniões sem invocarem a Allah, fazem-no como se tivessem se levantado perante o cadáver de um asno. Isso lhes será como angústia.” (Abu Daúd).(A imprureza do cadáver de um asno foi comparada as reuniões cujo o nome de Allah não e invocado ).

O muçulmano deve, no encerramento da reunião, invocar a Allah como penitência da reunião, como fomos instruídos pelo Profeta (que Allah o abençõe e lhe dê paz). Ele disse: “A penitência da reunião que o servo de Allah diga: ‘Glorificado e louvado seja Allah. Presto testemunho que não há outra divindade além de Allah, peço o Teu perdão e me arrependo a Ti.” (Ahmad)

A fidelidade à reunião: O muçulmano guarda o segredo da reunião, ao sair. Não revela o que foi discutido nela, porque é uma confiança depositada nele. O Profeta (que Allah o abençõe e lhe dê paz) disse: “Quando alguém fornece uma informação , olhando para os lados (temendo ser escutado por terceiros), e pede para se guardar segredo, é em confiança.” (Abu Daúd, Tirmizi e Ahmad)

A não participação de reuniões após a oração do Ichá (oração da noite ): O muçulmano não participa de reuniões após a oração do Ichá (oração da noite) se não forem úteis a ele ou a outros, auferindo delas apenas bate papo e insônia. É preferível que o muçulmano vá dormir cedo para acordar cedo, praticar a oração da Alvorada, começando as suas atividades o mais cedo possível que Allah, exaltado seja, tornou um tempo abençoado. O Rassulullah (que Allah o abençoe e lhe dê paz) costumava orientar as pessoas para não dormirem antes da oração do Ichá, e não fazem reuniões após a oração do Ichá. (Abu Daúd).

*O muçulmano ignorante não entende sua religião e é extremista na sua ignorância e escuridão, ele é o mais perigoso para o Islam do que os seus inimigos... 

يُرِيدُونَ أَن يطفئوا نُورَ اللّهِ بِأَفْوَاهِهِمْ وَيَأْبَى اللّهُ إِلاَّ أَن يُتِمَّ نُورَهُ وَلَوْ كَرِهَ الْكَافِرُونَ

"Desejam em vão extinguir a Luz de Allah com as suas bocas; porém, Allah nada permitirá, e aperfeiçoará a Sua Luz, ainda que isso desgoste os incrédulos!" (41:33)

Mohamad ziad -محمد زياد

Os Muçulmanos Amam Jesus!

Assalamu Aleikom wa Ramatulahi wa Baraketuhu!

quinta-feira, janeiro 02, 2014

Aperto de Mãos entre Sexos Opostos

Em nome de Allah o Clemente e Misericordioso!

Meus queridos irmãos e Caríssimos Leitores1

Para nós que nascemos e vivemos em um país ocidental, onde, um aperto de mão e até oscular o rosto de uma mulher faz parte da boa educação e uma demonstração de amizade, não é fácil entender isso como haram (Ilícito). No entanto esse ato é reconhecido como haram (ilícito) por todas as quatro escolas islâmicas e sábios consultados. Há muito tempo eu desejava colocar esse assunto em nosso blogger, mas, por falta de conhecimento e embasamento ainda não tinha o feito. Em fim, Allah SW me direcionou para uma página na qual eu encontrei um artigo formidável sobre o assunto, e agora sim, posso compartilhá-lo com vocês. Que Allah SW ilumine a vida da nossa irmã Cláudia Simões, tradutora do artigo e titular do site http://islamemportugues.blogspot.com.br, o qual convido a todos para visitar e tomar conhecimento dos excelentes artigos encontrados nessa brilhante página a serviço do Islam, em língua portuguesa.

Aperto de Mãos entre Sexos Opostos

Em primeiro lugar:

Não é admissível que um homem que acredita em Allah e no Seu Mensageiro coloque a sua mão na mão de uma mulher que não lhe é permitida ou que não é uma das suas mahrams. Quem fizer isso prejudicou-se a si mesmo (ou seja, pecou).

Foi narrado que Ma'qil ibn Yassaar disse: o Mensageiro de Allah (paz e bênçãos de Allah estejam sobre ele) disse:“Um de vocês ser apunhalado na cabeça com uma agulha de ferro é melhor para ele do que tocar uma mulher que não lhe é permitida.”

(Narrado por al-Tabaraani em al-Kabir, 486. Shaykh al-Albani disse em Sahih al-Jaami ', 5045, que este hadith é sahih)

Este hadith é suficiente para dissuadir e incutir a obediência exigida de nós por Allah, porque implica que tocar mulheres pode levar a tentação e imoralidade.

Foi narrado que 'A'isha, a esposa do Profeta (que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre ele), disse: “Quando as mulheres crentes migraram para o Mensageiro de Allah (paz e bênçãos de Allah estejam sobre ele), elas seriam testadas de acordo com as palavras de Allah:

Ó Profeta, quando as crentes se apresentarem a ti, jurando-te fidelidade, afirmando-te que não atribuirão parceiros a Allah, não roubarão, não fornicarão...” (Qur'an 60:12)”

'A'isha disse: “Quem das mulheres crentes concordasse com isso passaria no teste, e quando as mulheres concordaram com isso, o Mensageiro de Allah (paz e bênçãos de Allah estejam sobre ele) disse-lhes: 'Ide, pois vós destes o vosso juramento de fidelidade'. Não, por Allah, a mão do Mensageiro de Allah (paz e bênçãos de Allah esteja com ele) nunca tocou a mão de qualquer mulher, pelo contrário, elas davam o seu juramento de fidelidade com palavras apenas”.

E 'A'isha disse: “Por Allah, o Mensageiro de Allah (que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre ele) só tomou o juramento de fidelidade das mulheres da forma prescrita por Allah, e a mão do Mensageiro de Allah (paz e bênçãos de Allah esteja com ele) nunca tocou a mão de qualquer mulher. Quando ele tomava o juramento de fidelidade delas, ele dizia 'Eu aceitei o seu juramento de fidelidade verbalmente.'” (Narrado por Muslim, 1866)

Foi narrado de 'Urwah que 'A'isha lhe contou sobre o juramento de fidelidade das mulheres: “O Mensageiro de Allah (paz e bênçãos de Allah esteja com ele) nunca tocou qualquer mulher com a sua mão. Ele explicava à mulher o que o juramento de fidelidade implica, e quando ela aceitava, ele dizia 'Vá, pois já deu o seu juramento de fidelidade'.” (Narrado por Muslim, 1866)

O melhor da humanidade, o líder dos filhos de Adão no Dia da Ressurreição, não tocou em mulheres. Isto apesar do facto de que o juramento de fidelidade era originalmente dado com a mão. Então como seria para outros homens além do Profeta (que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre ele)?

Foi narrado que Umaymah, a filha de Raqiqah, afirmou: "O Mensageiro de Allah (paz e bênçãos de Allah estejam sobre ele) disse “Eu não aperto as mãos de mulheres”"

(Narrado por al-Nasaa'i (4181) e Ibn Maajah, 2874; classificado como sahih por al-Albani em Sahih al-Jaami ', 2513)

Em segundo lugar:

Não é permitido apertar as mãos, mesmo com uma barreira no meio, como apertar as mãos debaixo de uma roupa e afins. O hadith que foi narrado permitindo isso é da'if (fraco).

Foi narrado a partir de Ma'qal ibn Yassaar que o Profeta (que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre ele) costumava apertar as mãos de mulheres por baixo de uma roupa. (Narrado por al-Tabaraani em al-Awsat, 2855)

Al-Haythami disse sobre este hadith:

“Isso foi narrado por al-Tabaraani em al-Kabir e al-Awsat. A sua isnaad (corrente de narração) inclui 'Ataab ibn Harb, que é da'if (fraco).”

(Majma al-Zawaa'id, 6/39)

Wali al-Deen al-'Iraaqi disse:

“As palavras de 'A'isha 'Ele costumava aceitar o juramento de fidelidade das mulheres só por palavras' significam que ele o fez sem agarrar as mãos ou apertar as mãos delas . Isso indica que o bay'ah (juramento de fidelidade) dos homens era aceite agarrando as suas mãos e apertando as mãos deles, bem como por palavras, e assim era. O que 'A'isha mencionou era o costume.

Alguns dos mufassirin mencionaram que o Profeta (que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre ele) pediu por um recipiente com água e mergulhou a mão nele, e depois as mulheres mergulharam as suas mãos nele. E alguns deles disseram que ele não apertou as mãos com elas por trás de uma barreira e tinha uma capa Qatari sobre a sua mão. E foi dito que 'Umar (que Allah esteja satisfeito com ele) apertou as mãos com elas em seu nome. Nenhum destes relatos são autênticos, especialmente o último. Como poderia 'Umar (que Allah esteja satisfeito com ele) ter feito algo que o Profeta (que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre ele), que era ma'sum (infalível), não faria?

(Tarh al-Tathreeb, 7/45)

Shaykh Ibn Baaz (que Allah tenha misericórdia dele) disse:

“A opinião mais correcta é que isto (ou seja, apertar as mãos de mulheres por trás de uma barreira) não é permitido de todo, por causa do significado geral do hadith, segundo o qual o Profeta (que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre ele) disse “Eu não aperto as mãos de mulheres”, e de forma a afastar os meios que podem levar a um mal.”

(Adaptado de Hashiyat Majmoo'at Rasaa'il fi'l-Hijab wa'l-Sufoor, p. 69)

O mesmo veredicto aplica-se a apertar as mãos de mulheres mais velhas (e idosas), o que também é haram por causa do sentido geral dos textos sobre o tema. Os relatos que dizem que é permitido são da'if (fracos).

Al-Zayla'i disse:

“Quanto ao relato de que Abu Bakr costumava apertar as mãos de mulheres mais velhas, também é ghareeb (estranho)”.

(Nasab al-Raayah, 4/240)

Ibn Hajar disse:

“Eu não encontro este hadith (isto é, não existe).”

(Al-fi Diraayah Takhreej hadices al-Hidaayah, 2/225)

Em quarto lugar:

Com relação aos pontos de vista dos quatro imams, estes são os seguintes: 

1 - A madhhab Hanafi:

Ibn Nujaym disse:

“Não é permitido a um homem tocar a face de uma mulher ou mãos, mesmo que não haja nenhum risco de desejo, porque é haraam em princípio, e não há nenhuma necessidade que o permitiria.”

(Al-Bahr al-Raa'iq, 8/219) 

2 - A madhhab Maaliki:

Muhammad ibn Ahmad ('Ulaysh) disse:

“Não é admissível que um homem toque o rosto ou a mão de uma mulher não-mahram, e não é permitido para ele colocar a sua mão sobre a dela, sem uma barreira. 'A'isha (que Allah esteja satisfeito com ela) disse que: “O Profeta (que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre ele) nunca aceitou o juramento de fidelidade de uma mulher apertando as mãos dela, pelo contrário, ele (que a paz e as bênçãos de Allah estejam com ele) costumava aceitar o seu juramento de fidelidade por palavras apenas”. De acordo com outro relato, “Não, por Allah, a mão do Mensageiro de Allah (paz e bênçãos de Allah esteja com ele) nunca tocou a mão de qualquer mulher, pelo contrário, elas davam o seu juramento de fidelidade com palavras apenas”.

(Manh al-Jaleel Sharh Mukhtasar Khaleel, 1/223) 

3 - A madhhab Shaafa'i:

Al-Nawawi disse:

“Não é permitido tocar numa mulher de qualquer maneira.”

(Al-Majmoo ', 4/515)

Wali al-Deen al-'Iraaqi disse:

"Isto indica que a mão do Profeta (que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre ele) não tocou na mão de uma mulher para além das suas esposas e mahrams, seja no caso de aceitar o juramento de fidelidade ou em outros casos. Se ele não fez isso, apesar do facto de ele ser infalível e acima de qualquer suspeita, então é ainda mais essencial que outros cumpram esta proibição. É aparente pelos textos que ele se absteve de fazer isso porque era haram para ele fazer isso. Os fuqaha' entre os nossos companheiros e outros disseram que é haram tocar uma mulher não-mahram mesmo que esteja a tocar partes do seu corpo que não são 'awrah, como o rosto. Mas divergiram quanto a olhar quando não há desejo nem medo de fitnah. A proibição de tocar é mais forte do que a proibição de olhar, e é haram quando não há necessidade que o permitiria. Se for o caso de necessidade, por exemplo, tratamento médico, a remoção de um dente ou tratamento dos olhos, etc, se não há mulher que possa fazer isso, então é permitido que um não-mahram faça isso, porque é um caso de necessidade."

(Tarh al-Tathreeb, 7/45, 46) 

4 - A madhhab Hanbali:

Ibn Muflih disse:

“Abu 'Abd Allah-- ou seja, Imam Ahmad - foi questionado sobre um homem que aperta a mão de uma mulher. Ele disse não, e foi enfático ao dizer que isso é haram. Eu disse 'Ele pode apertar as mãos dela com a barreira da sua roupa?' Ele disse: 'Não'.”

O Sheikh Taqiy al-Deen também favoreceu a opinião de que é proibido, e deu a razão de que o toque é mais grave do que o olhar.

(Al Adaab al-Shar'iyyah, 2/257)

Fontes utilizadas: IslamQA - Traduzido por Cláudia Sofia Simões (Safyiah)

O Véu Islâmico e a Tradição Judaico-Cristã e a origem da Burka

Permita-me que lance algumas luzes a respeito do que, no Ocidente, é considerado o maior símbolo da opressão e da sujeição feminina, ou seja, o véu ou a cabeça coberta. Será verdade que não existe nada de semelhante ao véu na tradição Judaico-Cristã? Examinemos de seguida os registos que ainda existem:

No seu livro, "As mulheres Judias na Literatura Rabínica", o Rabino Dr. Menachem M. Brayer (Professor de Literatura Bíblica na Universidade Yeshiva) refere que era hábito das mulheres Judias apresentarem-se em público com as cabeças cobertas, cobertura essa que, por vezes, cobria mesmo toda a face, deixando apenas uma abertura para um dos olhos.

O Dr. Brayer cita alguns antigos Rabinos famosos, que referiram o seguinte:

"Não é próprio das Filhas de Israel apresentarem-se em público com as cabeças descobertas" e "Amaldiçoado seja o homem que permitir que o cabelo da sua esposa seja visto...a mulher que usar o cabelo como adorno causará a pobreza".

A lei Rabínica proíbe a recitação de bênções ou de orações na presença de uma mulher casada cuja cabeça se encontre descoberta, isto porque descobrir o cabelo de uma mulher é considerado "nudez".

O Dr. Brayer menciona também que «Durante o período Tanático, a recusa da mulher Judia em cobrir a sua cabeça era tida como uma afronta à 'suo recato'. Devido a esta ofensa, quando a sua cabeça se encontrava descoberta, a mulher podia ser multada em quatrocentos zuzim».

O Dr. Brayer explica também que o véu da mulher Judia nem sempre foi considerado um símbolo da 'suo recato'. Por vezes, o véu simbolizava mais um estado ou uma distinção e um luxo, do que propriamente recato. O véu personificava a dignidade e a superioridade da mulher nobre. Representava também a inaces-sibilidade da mulher enquanto posse sagrada do seu marido.

O véu representava o amor-próprio e o estatuto social da mulher.

Muitas vezes, as mulheres das classes mais baixas usavam o véu para darem a impressão de que pertenciam a um estatuto social mais elevado. Devido ao facto do véu ser o símbolo da nobreza, na antiga sociedade Judaica não era permitido às prostitutas cobrirem as suas cabeças. Contudo, e de modo a parecerem respeitáveis, era frequente as prostitutas usarem um véu especial a cobrir-lhes a cabeça. As mulheres Judias da Europa continuaram a usar véus até ao século XIX, altura em que as suas vidas se confundiram mais com a cultura secular que as rodeava. As pressões externas da vida Europeia do século XIX levaram a que muitas deixassem de cobrir a cabeça. Algumas mulheres Judias consideraram que seria mais conveniente substituir o véu tradicional por uma peruca. Actualmente, muitas das mulheres Judias devotas não cobrem o cabelo a não ser na sinagoga. Algumas delas, tais como as das seitas Chassídicas, continuam a usar a peruca. 

E quanto à tradição Cristã?

Sabe-se bem que desde há séculos as Freiras Católicas cobrem as suas cabeças. Mas isto não é tudo. No Novo Testamento, São Paulo teceu algumas considerações deveras interessantes a respeito do véu:

Mas toda a mulher que ora ou profetiza, tendo a cabeça descoberta, desonra a sua própria cabeça, porque é como se estivesse rapada. Portanto, se a mulher não se cobre com o véu, tosquie-se, também. Mas se, para a mulher, é coisa indecente tosquiar-se ou rapar-se, que ponha o véu. O homem, pois, não deve cobrir a cabeça, porque é a imagem e glória de Deus; mas a mulher é a glória do homem». (I Epístola de São Paulo aos Coríntios, 11:5-7).

O argumento dado por São Paulo para a utilização do véu por parte das mulheres, é o de que o véu é um sinal da autoridade do homem, o qual é a imagem e a glória de Deus sobre a mulher, a qual foi criada a partir do homem e para o homem.

No seu famoso tratado "Sobre o Véu das Virgens", São Tertuliano escreveu o seguinte:

"Meninas, vós usais os vossos véus quando saem à rua, então, usai-os na Igreja; usam-nos quando se encontram entre estranhos, então, usai-os entre os vossos irmãos..."

Entre as Leis Canônicas da atual Igreja Católica, existe uma que exige que as mulheres cubram as cabeças quando estão na Igreja. Atualmente, em algumas seitas Cristãs, como por exemplo os Amish e os Manonistas, as mulheres continuam a usar o véu. A razão apresentada pelo líder religioso destas seitas, para a conservação do véu, é a de que "A cabeça coberta é sinal da sujeição da mulher ao homem e a Deus", o que segue a mesma lógica introduzida por São Paulo no Novo Testamento.

Com base nas provas atrás apresentadas, é óbvio que o ato de cobrir a cabeça não foi inventado pelo Islão. Contudo, o Islão apoiou este ato. O Alcorão incentiva os homens e as mulheres crentes a baixarem o olhar e a serem recatados e, em seguida, incentiva as mulheres crentes a cobrirem não apenas o cabelo, mas também o pescoço e o peito:

«Dize aos homens crentes que recatem os seus olhares e conservem os seus pudores, porque isso é mais benéfico para eles; e Deus está bem inteirado de tudo quanto fazem». (24:30).

«Dize às mulheres que recatem os seus olhares, conservem os seus pudores e não mostrem os seus atractivos, além dos que (normalmente) aparecem». (30:31).

O Alcorão é perfeitamente claro no que respeita ao facto do véu ser essencial para o recato. Mas, porque motivo é o recato essencial? O Alcorão continua a ser claro:

«Ó Profeta! Dize às tuas esposas e filhas e às mulheres dos crentes que se envolvam e fechem nos seus mantos (quando saírem); isso é mais conveniente para que se distingam das demais e para que não sejam molestadas...». (33:59).

É este o ponto central, o recato é prescrito para proteger a mulher de ser molestada ou, simplesmente, o recato representa proteção.

Consequentemente, o objectivo do véu no Islão é a proteção. O véu Islâmico, ao contrário do véu da tradição Cristã, não é um sinal da autoridade do homem sobre a mulher, assim como não é um sinal da sujeição da mulher ao homem. O véu Islâmico, ao contrário do véu da tradição Judaica, não é um sinal de luxo e de distinção de algumas mulheres casadas pertencentes à nobreza. O véu Islâmico é um sinal de recato, o qual tem como objectivo a proteção da mulher. A filosofia Islâmica é a de que mais vale prevenir do que remediar. De facto, a proteção do corpo e da reputação da mulher é de tal forma importante para o Alcorão que o homem que se atrever a acusar falsamente uma mulher de não ser casta, será severamente punido:

«E aqueles que difamarem as mulheres castas, sem apresentarem quatro testemunhas, infligi-lhes oitenta vergastadas e nunca mais aceiteis os seus testemunhos porque são depravados». (24:4).

Compare-se esta rígida atitude Alcorânica, com o castigo extremamente lasso que é dado na Bíblia aos casos de violação:

«Quando um homem achar uma moça virgem, que não for desposada, e pegar nela, e se deitar com ela, e forem apanhados, então o homem que se deitou com ela dará ao pai da moça cin-quenta siclos de prata: e ela tornar-se-á sua mulher, porque a violou. Não a poderá repudiar enquanto viver». (Deuteronómio, 22:28-29).

Podemo-nos aqui interrogar sobre quem verdadeiramente é castigado. Será o homem, que se limita a pagar uma multa devido à violação que cometeu, ou será a mulher, que é obrigada a desposar o homem que a violou e a viver com ele até que ele morra?

Uma outra questão que se pode colocar é a seguinte: quem é que protege mais a mulher? Será a rígida atitude Alcorânica, ou será a lassa atitude Bíblica?

Algumas pessoas, especialmente pessoas do Ocidente, tendem a ridicularizar a justificação do uso do recato para proteção da mulher. Estas pessoas argumentam que a melhor proteção consiste na disseminação da educação, de um comportamento civilizado e do auto domínio. A nossa resposta é a de que isso pode ser bom, mas que não é suficiente.Se a "civilização" fosse proteção suficiente, por que motivo as mulheres da América do Norte (e em alguns outros lugares) não se atrevem a andar sozinhas por uma rua não iluminada – ou mesmo a atravessarem um parque de estacionamento vazio? Se a educação é a solução, porque motivo uma respeitada universidade, como é o caso da Queen, tem um serviço de acompanhamento a casa dirigido principalmente às estudantes femininas que se encontram nos terrenos da Universidade?

Se o autodomínio fosse a resposta, por que motivo existem casos de assédio sexual no local de trabalho, casos esses que são noticiados todos os dias pelos “media”?

Uma amostra de pessoas acusadas de assédio sexual durante os últimos anos, inclui: Oficiais da Marinha, Administradores, Professores Universitários, Senadores, Juízes do Supremo Tribunal e até o Presidente dos Estados Unidos da América!

E que dizer das seguintes estatísticas, escritas num panfleto emitido pelo Deão do Gabinete para a Mulher da Universidade de Queen:

"No Canadá, uma mulher é atacada sexualmente a cada 6 minutos; num dado momento das suas vidas, 1 em cada 3 mulheres do Canadá será sexualmente atacada; 1 em cada 4 mulheres corre o risco de, em algum momento da sua vida, ser vítima de violação ou de tentativa de violação; 1 em cada 8 mulheres será sexualmente atacada enquanto frequenta o liceu ou a universidade e, um estudo revelou que 60% dos estudantes universitários masculinos cometeria um ataque sexual se tivessem a certeza de que não seriam apanhados". E isto está a alastrar-se a toda a Europa!

Algo se encontra essencialmente errado na sociedade em que vivemos. Torna-se absolutamente necessária uma mudança na cultura e no estilo de vida da sociedade, sobretudo ocidental. É grandemente necessária ma cultura do recato, do recato no vestir, no falar e nas maneiras, tanto para homens, como para mulheres. De outra forma, as sinistras estatísticas serão cada vez piores e, infelizmente, serão as mulheres a pagar o preço das mesmas. Na realidade, todos nós sofremos mas, como disse K. Gibran, "… para a pessoa que recebe, os golpes não são os mesmos que para a pessoa que os conta". Consequentemente, uma sociedade, como é o caso da sociedade Francesa, que expulsa as jovens da escola devido à sua roupa recatada pre-judica-se simplesmente a si mesma.

É uma das maiores ironias do nosso mundo actual, que o mesmo véu reverenciado como sinal de "santidade", quando usado pelas Freiras Católicas com o objectivo de mostrarem a autoridade do homem, seja insultado como sendo um sinal de "opressão", quando usado pelas mulheres Muçulmanas com o objectivo de se protegerem.

A maioria de eruditos do Islão diz que o véu é obrigatório. Mas isso não significa que se obrigue a mulher a levá-lo. O véu é um acto de fé. Obrigar a uma mulher a levá-lo não é islâmico, do mesmo modo que obrigá-la a deixá-lo não é coerente com a liberdade de consciência. O que é inaceitável para o Islão é forçar as consciências. Não há coerção em matéria de religião.


A origem da burca

A burka, traje islâmico que cobre o rosto e corpo da mulher, tem a sua origem num culto à divindade Astarte, deusa do amor, da fertilidade e da sexualidade, na antiga Mesopotâmia, muito anterior ao surgimento do islamismo.

Em homenagem à deusa do amor físico, todas as mulheres, sem exceção, tinham de se prostituir uma vez por ano, nos bosques sagrados em redor do templo da deusa.

Para cumprirem o preceito divino sem serem reconhecidas, as mulheres de alta sociedade acostumaram-se a usar um longo véu em proteção da sua identidade.

Com base nessa origem histórica, Mustapha Kemal Atatürk, fundador da moderna Turquia (1923 – 1938), no quadro das profundas e revolucionárias reformas políticas, económica e culturais, que introduziu no país, desejoso de acabar de uma vez por todas com a burka, serviu-se de uma brilhante astúcia para calar a boca dos fundamentalistas da época.

Pôs definitivamente um fim à burka na Turquia com uma simples lei que determinava o seguinte:

«Com efeito imediato, todas as mulheres turcas têm o direito de se vestir como quiserem, no entanto todas as prostitutas devem usar a burka».

No dia seguinte, ninguém mais viu a burka na Turquia.

Essa lei ainda se mantém em vigor.
Assalamu Aleikom

segunda-feira, dezembro 23, 2013

O Natal ... no Islão

Prezados Irmãos,

Assalamu Alaikum Wa ráhmatullahi Wa barakatuh:

Nesta época, entre alguns internautas muçulmanos se suscita um debate recorrente a respeito de celebrar ou não o Natal com a família, especialmente entre aqueles que abraçaram o Islão na sua maturidade ou os envolvidos de casamentos com mulheres cristãs. As posições aqui, como em qualquer outra ocasião onde os valores e as culturas se vêem forçadas a conviver, são variadas e não há uma resposta definitiva.

Existem certas questões superficiais e simbólicas que são incompatíveis com o Islão, mas outras não. Entre as superficiais estão: o jogo (Lotaria de Natal), a carne de porco e o álcool (brindes com champanhe).

No simbólico já teríamos que colocar-nos muitos transcendentes para questionar aspectos como a divin-dade de Jesus, a paz esteja com ele, e a adequação de comemorar o seu nascimento, especialmente quando sabemos que é uma data herdada da festividade pagã do solstício de Inverno.

Se o Mawlid, ou a celebração do nascimento do último Profeta do Islão, Muhammad [Maomé], paz e bênçãos de Deus estejam com ele, é posta em questão por setores islâmicos mais rigoristas tachando-a de "idolátrica", a celebração do Natal por um muçulmano seria considerada por eles como "apostasia".

Não existe, pois, tal coisa como o “Natal Muçulmano”, porque no Islão não celebramos nem o nascimento de Jesus, nem o de qualquer Profeta ou Mensageiro de Deus. (1) Isso não significa, todavia, que Jesus, filho de Maria (Issa ibn Maryam, no Alcorão) não tenha qualquer significado no Islão. Jesus é o Messias, a palavra do Criador e um espírito proveniente d’Ele. Mencionado, pelo menos vinte cinco vezes no Alcorão, é tanto dos Muçulmanos como dos Cris-tãos. Os Muçulmanos acreditam nele, amam-no e honram-no.

Não se pode professar o Islão sem aceitar que o Messias nasceu da Virgem Maria, é um Mensageiro de Deus, devolveu a visão a cegos, curou leprosos e ressuscitou mortos, por intermédio de Deus. Também o muçulmano aguarda a segunda vinda (2) de Jesus (p.e.c.e.) como um prenúncio do Último Dia.

Para além destas considerações teológicas, o que realmente nos deve preocupar é como eles interagem com ambas as comunidades por ocasião de uma celebração tão íntima, afetuosa como o Natal e os dois Eids Islâmicos (o Eid al Fitr que finaliza o jejum de Ramadão e Eid al Adha, a Festa do sacrifício).

Para começar, convém recordar a ambas as comunidades que o que se celebra no Natal aconteceu na Palestina, há cerca de 2.000 anos e os seus protagonistas não eram brancos, europeus, cristãos e imperialistas, mas sim semitas que falavam aramaico, professavam o monoteísmo de Abraão e de Moisés e viviam no Médio Oriente. Ou seja, que eles tinham muito mais a ver com um palestino atual do que com um Pai Noel.

Naquela época, Palestina também era uma terra ocupada por um império pagão que reprimia com vigor qualquer ameaça aos seus interesses hegemó-nicos na zona. A religião também era manipulada pelos movimentos independentistas. Demasiadas coincidências com a actualidade.

Talvez o Natal possa ser um lugar de encontro entre cristãos e muçulmanos para reflectir sobre a Palestina. E fazendo isso é, em suma, reflectir sobre a humanidade, já que em 2.000 anos não temos sido capazes de modelar esses desejos de paz e boa vontade no mesmo cenário onde Jesus veio ao mundo e onde sofreu perseguição, expulsão e tortura.

Outro lugar comum para ambas as comunidades é a família. Acima de diferenças de credo ou de militância política, estas festividades, como acontece nas celebrações muçulmanas, são uma oportunidade para reunir-mo-nos com a família, amigos, vizinhos e colegas de trabalho. Isso tem as bênçãos de ambas as religiões. É uma oportunidade de compartilhar, estabelecer laços, cooperar e desembaraçar as dificuldades para a coexistência; o extremismo segregacionista míope é contrário a ambas as tradições, cristãs e muçulmanas.

Por conseguinte, se um muçulmano perguntar se é lícito ou não que ele e os seus filhos celebrem o Natal com os seus parentes cristãos, haveria de se responder: é recomendável e além disso, ele (esse muçulmano) deveria esforçar-se também por convidá-los (aos parentes cristãos) para comemorar os dois EIDS. É precisamente nas celebrações, ao esquecermos a amargura da vida e nos deleitarmos nas suas doçuras, quando ficamos mais predispostos a perdoar as ofensas, a ser generosos e a encurtar as distâncias das nossas diferenças.

E quanto à preocupação a respeito da carne de porco e do álcool, é simples: leve consigo algo de embutidos halal, ou melhor ainda uma boa pescada, chá, alguns torrões deliciosos e tâmaras que, pelo visto, essa sobremesa fora inventada pelos muçulmanos.

E Deus é Quem sabe melhor.

Boas Festas ao Povo Cristão.

Wassalam! (E Paz!) ■

(1) – Nenhum Profeta celebrou o seu nascimento. No entanto, há povo que tem celebrado o nascimento do seu respectivo Mensageiro, no sentido de recordar e transmitir a sua vida e obra no cumprimento da sua missão. A partir do séc. IX, alguns muçulmanos começaram a celebrar a semana do nascimento do Profeta Muhammad [Maomé] (p.e.c.e.) – Maulid-al Nabi naturalmente uma inovação, quiçá sadia, com palestras e colóquios alusivos à vida do Profeta para recordar, reflectir, compartilhar e passar à nova geração o melhor que há da tradição profética, o amor em relação ao último Profeta enviado por Deus – Muhammad (s.a.w.) – e em relação a todos os Profetas anteriores (p.e.c.e.).

(2) - Ver o livro: «Jesus Regressará», da autoria de Harun Yahya – edição portuguesa de Al Furqán. -   No século XXI...a caminho de Belém - Caminhos de Natal...na Palestina - Desenho do Basnky

Obrigado, boas leituras.

M. Yiossuf Adamgy

quinta-feira, dezembro 19, 2013

TEMA DA SEMANA: Ó Allah, lave o meu coração com água pura da neve e do granizo - 3ª. Parte.

Assalamo Aleikum Warahmatulah Wabarakatuhu (Com a Paz, a Misericórdia e as Bênçãos de Deus) Bismilahir Rahmani Rahim (Em nome de Deus, o Beneficente e Misericordioso) - JUMA MUBARAK

Encontramos nas histórias dos nossos Profetas, muitas passagens onde é referida a importância da água , como fonte da vida e como purificadora . Outros referiram nas suas preces, duma forma directa ou no sentido figurado, a água como purificadora dos corações.

O Profeta Dawud (Aleihi Salam) – David (que a Paz de Deus esteja com ele), pediu a Deus para lhe lavar os seus pecados e para lhe purificar o seu coração: “Tem Misericórdia de mim, ó Deus, por Teu Amor, por Tua Grande Compaixão, apaga as minhas transgressões. Lava-me de toda a minha culpa e purifica-me (o meu coração) do meu pecado”. Salmo 51:1:2.

Issa (Aleihi Salam), outro Profeta de Deus aconselha o seu povo para serem regrados e preferirem as coisas simples da vida, já que as extravagâncias podem conduzir à arrogância e ao orgulho e esquecerem-se de agradecer ao Deus Sustentador: Issa, filho de Mariam (Aleihi Salam), Jesus, filho de Maria (que a Paz de Deus esteja com eles), referiu: “Ó Israelitas, bebam água pura e comam os produtos verdes da terra e o pão de cevada. Cuidado com o pão de trigo, porque vocês não vão ser suficientemente agradecidos por isso”. Malik’s Muwatta 49.10.27

Ibrahim (Aleihi Salam) – Abraão (que a Paz de Deus esteja com ele), testado por Deus, deixou a sua esposa o seu pequeno filho Ismael no deserto. Ao sentirem os efeitos da sede, enquanto a mãe procurava ajuda percorrendo os pequenos montes de Safa e Marwa, Ismael, com os seus pezinhos e com a ajuda de um anjo, abriu uma pequena cavidade na terra, donde começou a brotar Água de Zam Zam . Ibn Abass (Radyialahu an-hu) narra que o Profeta Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam) disse: “Que Allah tenha misericórdia da mãe de Issmail. Se ela não tivesse controlado o caudal, aquela teria sido uma fonte de água que escorreria como um rio!”. Ainda hoje existe essa fonte de água que é consumida todos os anos, por milhões de peregrinos e pelos residentes de Maka. É um verdadeiro milagre de Deus.

Também Deus foi generoso com o povo de Mussa (Aleihi Salam) Moisés (que a Paz de Deus esteja com ele), conforme o seguinte versículo: “E lembrai-vos quando Moisés pediu água para o seu povo; Nós dissemos-lhe: “Bate na rocha com o teu cajado”. Então brotaram da rocha doze nascentes. Cada tribo sabia da qual devia beber. Portanto comei e bebei do sustento proporcionado por Allah. E não deveis praticar o mal ou a corrupção sobre a (face da) terra”. Cur’ane 2:60.

O Cur’ane refere que encontraremos água no akhirat (vida futura):
a)- No inferno, como meio de castigo: “…quanto aos incrédulos……será derramada sobre as suas cabeças, água fervente”. Cur’ane 22:19; 
b)- E no paraíso para deleite e nosso sossego: “…No Paraíso, há rios de água não poluída e rios de leite de sabor inalterável e rios de vinho deliciosos para os que o bebem e rios de mel purificado…” Cur’ane 47:15.

No dia Ressurreição (e da Prestação de Contas), o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam), aliviará a sede e a aflição dos seus seguidores, dando-lhes de beber a água da sua Fonte (Água de Kauçar) . Abu Huraira (Radiyalahu an-hu), referiu que Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam) disse: “Por Aquele em cujas Mãos está a minha alma, no Dia da Ressurreição, vou afastar os estranhos da minha fonte, como os camelos estranhos são expulsos de um bebedouro privado”. Bukhari 40:555.

Allahumaghfirli yá Arhama Ráhimin”. Ó Allah, perdoa-me e tenha pena de mim, ó Tu mais Misericordioso de todos os que mostram misericórdia!

In Sha Allah, este tema será concluído na próxima semana.

Rabaná ghfirli waliwa lidaiá wa lilmu-minina yau ma yakumul hisab”. “Ó Senhor nosso, no Dia da Prestação de Contas, perdoa-me a mim, aos meus pais e aos crentes”. Cur’ane 14:41.

Cumprimentos

Abdul Rehman Mangá 19/12/2013 abdul.manga@gmail.com

quinta-feira, dezembro 12, 2013

Esclarecimento de Fatwa (parecer jurídico) sobre a relação entre muçulmanos e não muçulmanos.

Publicado em 05/12/2013

Em nome de Allah, o Clemente, o Misericordioso Conselho Superior dos Teólogos e Assuntos Islâmicos no Brasil Esclarecimento de Fatwa (parecer jurídico) sobre a relação entre muçulmanos e não muçulmanos.

Os muçulmanos no Brasil agradecem sobejamente por todas as regalias que o país lhes proporciona, como liberdade de professar, praticar e divulgar a sua religião, em completa paz e harmonia.

O povo brasileiro, mesmo com sua diversidade religiosa, durante décadas, vem convivendo em paz com os muçulmanos emigrantes, recebendo-os de braços abertos de vários países, com generosidade, e segurança.

Os muçulmanos fazem parte deste país, tanto na parte social, econômica, diplomática em diversos países islâmicos.

A base desta relação é a reciprocidade de gentileza, equidade, amor respeito e amizade.

O Conselho Superior dos Teólogos de Assuntos Islâmicos no Brasil confirma a publicação e publicará novamente a todos os muçulmanos e não muçulmanos que não é proibido manter boas relações com os não muçulmanos, e avisa a todos os irmãos brasileiros que o responsável pelas Fatwas islâmicos (pareceres jurídicos islâmicos) no Brasil é unicamente o Conselho Superior dos Teólogos e Assuntos Islâmicos no Brasil. Comunica a todos que a incitação ao ódio contra o povo brasileiro devido à sua diversidade religiosa não faz parte dos ensinamentos Islâmicos e quem faz esta incitação não representa o Islam, nem tem qualificação para emitir Fatwas. Quem faz isso não representa o Islam devido à sua falta de conhecimento, sua ignorância, ou somente para causar discórdia.

O Conselho dos Sábios no Brasil tem o imenso prazer de receber novos integrantes ao Conselho, depois de comprovadas as qualificações e os conhecimentos necessários para a finalidade, para que todos os nossos irmãos brasileiros, recebam os ensinamentos corretos do Alcorão e da Sunna (ditos e atos do Profeta Mohammad), e não traduzindo desejos pessoais, gerados por ignorância ou arrogância.

O Conselho Superior dos Teólogos e Assuntos Islâmicos no Brasil tem a grata satisfação de publicar novamente os pareceres (as Fatwas) dos Grandes Sábios: Cheikh Mohamed Saleh Ibn Uçaymin, Dr. Cheikh Youssef Al-Karadhawi e a Junta de Jurisprudência dos Sábios Muçulmanos da Europa:

O Significado da Amizade Para Com os Não Muçulmanos

Uma questão que preocupa algumas pessoas e que às vezes é discutida abertamente é a seguinte: Como podemos mostrar-lhes bondade, afeto, e tratar bem aos não muçulmanos quando Deus, o Altíssimo, Ele Próprio, proíbe aos muçulmanos de aceitar a amizade, a aliança ou o apoio de incrédulos:

"Ó crentes, não tomeis por confidentes os judeus nem os cristãos; que sejam confidentes entre si. Porém. quem dentre vós tomá-los por confidentes, certamente será um deles; e Deus não encaminha os iníquos. Verás aqueles que abrigam a morbidez em seus corações apressarem-se em ter intimidade com eles." (Alcorão Sagrado, 5ª Surata, versículos 51-52).

A resposta a isto está em que esses versículos não são incondicionais, a serem aplicados a todo judeu, cristão ou não muçulmano. Interpretá-los assim contradiz as injunções do Alcorão que urgem dispensar afeto e bondade aos povos bons e amantes da paz de todas as religiões, bem como aos versículos que permitem o casamento às do Povo do Livro, com tudo o que Deus diz sobre o casamento – "E vos vinculou pelo amor e pela piedade." (Alcorão Sagrado, 30ª Surata, versículo 21) – e o versículo sobre os cristãos:

"Constatarás que aqueles que estão mais próximos do afeto dos crentes são os que dizem: Somos cristãos!" (Alcorão Sagrado, 5ª Surata, versículo 82).

Os versículos citados acima foram revelados em relação àquelas pessoas que eram hostis para com o Islam e guerreavam contra os muçulmanos. Por isso, não é permissível ao muçulmano apoiá-los ou ajudá-los isto é, aliar-se a eles nem de confiar-lhes segredos a custa de sua própria religião e comunidade. Este ponto é explicado em outros versículos, nos quais Deus, o Altíssimo, diz:

"Ó crentes, não tomeis por confidentes outros que não sejam dos vossos, porque eles tratarão de vos arruinar e de vos corromper, posto que só ambicionam vossa perdição. O ódio já se tem manifestado por suas bocas; porém, o que ocultam em seus corações é ainda pior. lá vos elucidamos os sinais se sois sensatos. E eis que vós os amais; porém, eles não vos amam." (Alcorão Sagrado, 3ª Surata, versículos, 118-119).

Esse versículo esclarece o caráter de tais pessoas, que escondem enorme inimizade e ódio contra os muçulmanos nos seus corações e cujas línguas exprimem somente alguns efeitos dessa hostilidade.

Deus, Altíssimo, também diz:

"Não encontrarás povo algum que creia em Deus e no Dia do Juízo Final, que tenha relações com aqueles que contrariam a Deus e Seu Mensageiro, ainda que sejam seus pais ou seus filhos, seus irmãos ou parentes." (Alcorão Sagrado, 58ª Surata, versículo 22).

A oposição a Deus não é uma simples crença e inclui hostilidade para com o Islam e os muçulmanos.

"Ó crentes, não tomeis por confidentes a Meus e vossos inimigos, demonstrando-lhes afeto, posto que renegam o quanto vos chegou da verdade, e expulsam (de Makka) tanto o Mensageiro como vós mesmos, porque credes em Deus, vosso Senhor." (Alcorão Sagrado, 60ª Surata, versículo 1).

Esse versículo foi revelado em relação aos pagãos de Makka, que declararam guerra a Deus e ao Seu Mensageiro (Deus o abençoe e lhe dê paz), expulsando os muçulmanos de suas casas apenas porque estes disseram: "Nosso Senhor é Deus." Com esse tipo de gente, não se pode permitir nem amizade nem alianças. Mas, apesar disso, o Alcorão não descartou a esperança de algum dia poder haver uma reconciliação; ele não declarou um desapontamento definitivo com eles, mas encorajou os muçulmanos a nutrir a esperança de circunstancias melhores e relações melhoradas, pois na mesma surata Deus diz:

"E possível que Deus restabeleça a cordialidade entre vós e vossos inimigos, porque Deus é Poderoso, e porque Deus é Indulgente, Misericordiosíssimo." (Alcorão Sagrado, 60ª Surata, versículo 7).

Essa afirmação alcorânica faz a afirmação de que essa amarga hostilidade e profundo ódio irão passar, como também foi afirmado na Tradição:

"Modere o seu ódio pelo seu inimigo, porque ele poderá vir a ser seu amigo."

A proibição de fazer amizade com os inimigos do Islam é ainda mais enfática quando eles são mais fortes que os muçulmanos, e arrasam as esperanças e geram o medo na mente das pessoas. Em tal situação, somente os hipócritas e aqueles que abrigam a morbidez em seus corações se apressam a fazer amizade com eles, fornecendo-lhes ajuda hoje com a intenção de se beneficiarem deles amanhã. Deus, Altíssimo, descreve essa situação como segue:

"Verás aqueles que abrigam a morbidez em seus corações apressarem-se em ter intimidades com eles, dizendo: Tememos que nos açoite uma vicissitude! Pode ser que Deus apresente a vitória ou algum outro desígnio Seu e, então, arrepender-se-ão de quanto haviam maquinado." (Alcorão Sagrado, 5ª Surata, versículo 52).

E também:

"Adverte aos hipócritas de que sofrerão um doloroso castigo. Aqueles que tomam por confidentes os incrédulos em vez dos crentes, porventura pretendem obter deles honra? Sabei que toda honra pertence integralmente a Deus." (Alcorão Sagrado, 4ª Surata, versículos 138-139).

Obter Ajuda de Não Muçulmanos

Não há mal nenhum se os muçulmanos, quer a nível particular quer a governamental, pedirem ajuda a não-muçulmanos em assuntos técnicos que não têm nenhuma relação com a religião – por exemplo, na medicina, indústria ou agricultura. Ao mesmo tempo é claro, é extremamente desejável que os muçulmanos se tornem autossuficientes em todos esses campos.

Vemos na vida do Profeta (Deus o abençoe e lhe dê paz) que ele empregava 'Abdullah Bin 'Uraiquit, um politeísta, como seu guia na fuga (hijra) de Makkah para Madina. Os eruditos concluíram daí que a incredulidade de uma pessoa não significa que ela é basicamente não confiável, pois o que seria mais arriscado do que depender de um guia para lhe mostrar o caminho, especialmente se em fuga de Makka para Madina?

Indo bem além disso, os estudiosos dizem que é permissível ao líder dos muçulmanos recorrer à ajuda de não-muçulmanos, especialmente do Povo do Livro, em assuntos militares, e de dar-lhes uma participação de parte igual dos despojos que couberem aos muçulmanos. Azzuhri relatou que o Mensageiro de Deus (Deus o abençoe e lhe dê paz) procurou a ajuda de alguns judeus em certa guerra e deu-lhes uma parte dos despojos, e de que Safwan Ibn Umaia lutou a lado do Profeta (Deus o abençoe e lhe dê paz) enquanto ainda era um idólatra. A condição para se procurar ajuda de não muçulmano é a de que ele seja confiável aos muçulmanos; de outro modo, não se pode recorrer à ajuda dele. Uma vez que é proibido procurar a ajuda de muçulmanos não confiáveis, tais como aqueles que espalham rumores e ansiedades, tanto isto é mais verdade no caso dos que não creem.

Ao muçulmano é permitido dar presentes a não muçulmano e a aceita-los deles. É suficiente aqui mencionar que o Profeta (Deus o abençoe e lhe dê paz) aceitou presente de reis não muçulmanos. Os estudiosos das tradições dizem que há muitas tradições que relatam que o Profeta aceitava presentes de não muçulmanos, e Ummu Salama, a esposa do Profeta, narrou que o Profeta lhe dissera:

"Enviei um manto e alguma seda para An Najachi."

De fato, o Islam respeita o ser humano só porque ele é humano; e quanto mais então se é um dos do Povo do Livro e ainda mais se ele for dos pactuados? Certa vez passava uma procissão funeral pelo Profeta, e ele ficou de pé. Então alguém observou, "Ó Mensageiro de Deus, este é o funeral de um Judeu." O Profeta (Deus o abençoe e lhe dê paz) respondeu: "Não era ele uma alma?" Assim, a verdade é que, no Islam, cada ser humano é digno e tem uma posição.

Fonte: Cheikh Dr. Youssef Al-Karadáwi - "O Lícito e o Ilícito no Islam" - tradução: Prof. Samir El Hayek

Ó Allah, lave o meu coração com água (pura) da neve e do granizo - 2ª. parte

Assalamo Aleikum Warahmatulah Wabarakatuhu (Com a Paz, a Misericórdia e as Bênçãos de Deus) - Bismilahir Rahmani Rahim (Em nome de Deus, o Beneficente e Misericordioso) - JUMA MUBARAK

O Cur’ane refere vários tipos de águas, de acordo com as suas características de pureza. Podemos dividir em dois grandes grupos. Uma é boa e doce, agradável ao nosso paladar, que pode ser encontrada em diversas qualidades. Outra é amarga e salgada, que não a conseguimos beber. No entanto, as duas trazem muitos benefícios para a humanidade, conforme é referido no seguinte versículo: “Jamais se equipararão as duas águas, uma doce, agradável para ser bebida e a outra que é salobra e amarga; porém tanto uma como da outra comeis carne fresca e extraís ornamentos com que vos embelezais. E vedes nela os navios sulcando as ondas, à procura da Sua Graça, para que Lhe agradeçais”. Cur’ane 35:12.

A água pura é a que vem directamente dos céus, através da chuva , da neve e do granizo . “Ele é Quem envia os ventos alvissareiros, mercê da Sua Misericórdia; e enviamos do céu água pura”. Cur’ane 25:48. 
Esta é a água que a consideramos como pura, porque não contém os sais minerais contidos na água potável, própria para consumo humano. Esta água pura tem uma maior capacidade de remover as sujidades da pela humana, porque está isenta de bactérias e de outros minerais. Lembra-nos a água destilada que era utilizada para manutenção das baterias dos automóveis. Porém, devido à poluição do meio ambiente (pela acção do homem e pelas catástrofes naturais) as chuvas podem tornar-se ácidas, fazendo com que as águas ao caírem, se misturem com as impurezas que pairam no ar.

A água potável é a que consumimos e que nos mantém vivos e saudáveis. Encontramos este tipo de água, nomeadamente nos rios e nos poços de água doce. A água que bebemos diariamente não é pura na acepção da palavra, pois contém diversos minerais e bactérias. Ela é tratada antes de chegar ao nosso consumo. É uma verdadeira dádiva de Deus para aqueles que com um simples gesto de abrir uma torneira, ficam com acesso directo a este líquido precioso. Já nos lembrámos de agradecer a Deus por esta facilidade? “… (são) poucos dos Meus servos que são agradecidos”. Cur’ane 34.13. Milhões de pessoas debatem-se com problemas de falta de água para matarem a sede, para cozinharem os parcos alimentos que vão obtendo e para a higiene pessoal. Outros têm de percorrer dezenas de quilómetros para obterem água, ainda que contaminada.

Sentimos a água do mar amarga, porque a concentração de sal excedeu os limites do nosso paladar, por isso o Cur’ane a refere como salgada e amarga. Mas não deixa de trazer benefícios para a humanidade, fornecendo-nos alimentos e servindo de “estradas” para os navios transportarem pessoas e bens para outros países distantes.

Allahumaghfirli yá Arhama Ráhimin”. Ó Allah, perdoa-me e tenha pena de mim, ó Tu mais Misericordioso de todos os que mostram misericórdia!

In Sha Allah, continua no próximo Juma. “Rabaná ghfirli waliwa lidaiá wa lilmu-minina yau ma yakumul hisab”. “Ó Senhor nosso, no Dia da Prestação de Contas, perdoa-me a mim, aos meus pais e aos crentes”.

Assalamu Aleikom wa Ramatulahi wa Baraketuh!

segunda-feira, dezembro 09, 2013

Judaísmo, Cristianismo e Islão... Não somos tão diferentes Assim..

Por: M. Yiossuf Adamgy, in Revista Islâmica Portuguesa Al Furqán, nº. 194, de Julho/Agosto.2013

Prezados Irmãos,

Assalamu Alaikum Wa ráhmatullahi Wa barakatuh:

O princípio básico é amar a Deus acima de todas as coisas; mas para torná-lo completo deve-se continuar: e a seu vizinho como a si mesmo, por amor a Deus. Como resultado da crença em Deus e a irmandade dos seres humanos, a humanidade deve, necessariamente, viver uma vida de amor, paz, cooperação e harmonia. 
Todas as leis de Deus foram reveladas com o objectivo de enfatizar este tema. Os Profetas de Deus, paz esteja com eles, em épocas diferentes, mostraram à huma-nidade que a religião de Deus é sempre a mesma, que os homens são irmãos, sem qualquer inimizade ou conflito entre eles, que o objectivo de sua mensa-gem é sempre a mesma; que Quem os elevou foi UM e que o fundamento da sua religião é apenas um, sem possibilidade de contradição ou diferença entre eles. … O Alcorão diz:

«Da religião, Ele legislou, para vós, o que recomendara a Noé, e o que te revelamos, e o que recomendamos a Abraão e a Moisés e a Jesus: “Observai a religião e, nela, não vos separeis”». (Alcorão Sagrado, 42:13).

Este texto, sem dúvida algum, é um testemunho de que a religião de Deus é a mesma, em todos os tempos. No Alcorão há muitos exemplos a este respeito, tais como:

- «Na verdade, Nós te fizemos revelações (Muhammad, [em português Maomé]), como fize-mos a Noé e aos Profetas, depois dele. E fizemos re-velações a Abraão e a Ismael, e a Isac e a Jacob, e as tribos e a Jesus, e a Jó e a Jonas, e a Aarão e a Salomão; e concedemos os Salmos a David». (Alcorão Sagrado, 4:163).

- «Dizei: “Cremos em Deus e no que foi revelado para nós, e no que fora revelado para Abraão e Ismael e Isac e Jacob e para as tribos; e no que fora concedido aos Profetas, por seu Senhor. Não fazemos distinção entre nenhum deles. E, para Ele, somos muslimes (isto é, submissos à Sua Vontade) ”». (Alcorão Sagrado, 2:136).

Qualquer pessoa que leia o Alcorão, poderá ver que os Capítulos mais longos do Alcorão enobrecem e dignificam a Jesus e a Virgem Maria. O Alcorão também menciona e esclarece alguns dos milagres de Jesus AS e narra outros milagres que não encontram no próprio Evangelho, como por exemplo pássaros feitos de barro aos quais deu vida por meio de um sopro, com a permissão de Deus, e também menciona o facto de que Jesus falava às pessoas, desde o berço.

Outros dois longos capítulos no Alcorão referem-se a Jesus AS: o primeiro é "Maria AS" (Surata 19) e o segundo é "A família de Imran" (Surata 03), que era a família de Maria. Nesses capítulos é narrado como Maria AS,  que era imaculada, deu à luz a Jesus AS e como foi também uma concepção imaculada: «E (lembra-lhes, Muhammad, de) quando os anjos disseram: “Ó Maria! Na verdade, Deus te escolheu e te purificou, e te preferiu a todas as mulheres da humanidade!...Ó Maria! Na verdade, Deus te anuncia o Seu Verbo, cujo nome será o Messias, Jesus, filho de Maria, nobre neste mundo e no outro, e que se contará entre os diletos de Deus. E falará à hu-manidade, no berço e na maturidade, e será dos virtuosos”». (Alcorão Sagrado,3:42-46).

O Alcorão se dirige aos muçulmanos para mostrar claramente o alto grau que ocupa Jesus AS perante Deus: "... Certamente, o Messias, filho de Maria, é o Mensageiro de Deus, a Sua palavra depositada em Maria e um espírito procedente d’Ele..." (Alcorão Sagrado 4:171). Estas crenças que Deus ordenou aos muçulmanos acreditar sobre Jesus AS abrem os corações para os seus ensinamentos e facilitam a convergência e a cooperação entre muçulmanos e cristãos.

O Alcorão claramente mostra que os cristãos são os mais próximos aos muçulmanos devido a moral e as virtudes que eles compartilham com eles, nestes termos:

«Verificarás que os que estão mais próximos, em afeto, aos que creem, são os que dizem: somos cristãos. Isso é porque entre eles há sacerdotes e monges e não são soberbos».

O Profeta Muhammad (s.a.w) disse: "Ó muçulmanos! Conquistareis o Egipto; quando acontecer isso, sejais amáveis com os cristãos". E há inúmeros exemplos como esses. O próprio Profeta Muhammad (s.a.w.) fez da sua Mesquita em Medina, um lugar de culto para os hóspedes cristãos! Ou quando os muçulmanos fizeram da grande Mesquita Omíada, em Damasco, um templo comum para os muçulmanos e cristãos, que entravam pela mesma porta, mas tinham a Mesquita, dividida em dois, e costumavam fazer as orações juntos.

Este foi o resultado inevitável da compreensão, a proximidade e o respeito que existia entre estas duas religiões reveladas naqueles tempos. Eles coincidiam, nas metas e objetivos, e não havia nenhuma oposição na sua essência e origem. É bem sabido, a este respeito, que Omar (r.a.), o segundo califa, quando entrou em Jerusalém, recusou uma oferta para fazer a oração no Santo Sepulcro, para evitar que os muçulmanos, no futuro, tentassem em converter a Igreja ou parte dela, numa Mesquita.

Muhammad (s.a.w.) ordenou aos muçulmanos ser amáveis com os judeus e cristãos, pois eles eram segui-dores das duas anteriores religiões reveladas. Ele disse: "Quem fizer mal a um cristão ou a um judeu será meu inimigo no dia do Juízo e pagará por isso" e disse: "Sejais amáveis com os cristãos".

O Alcorão, nos diz, textualmente:

«Os fiéis, os judeus, os cristãos, e os sabeus, enfim todos os que creem em Deus, no Dia do Juízo Final, e praticam o bem, receberão a sua recompensa do seu Senhor e não serão presas do temor, nem se atribularão». (Alcorão 2:62).

«Enobrecemos os filhos de Adão e os conduzimos pela terra e pelo mar; agraciamo-los com todo o bem, e preferimos enormemente sobre a maior parte de tudo quanto criamos. Um dia convocaremos todos os seres humanos, com os seus (respectivos) imames (líderes). E aqueles a quem forem entregues os seus livros na destra, lê-los-ão e não serão defraudados no mínimo que seja. Porém, quem estiver cego (espiritualmente) neste mundo estará cego no outro, e mais desencaminhado ainda!» (Alcorão Sagrado,17:70-72).

Se a humanidade, em geral, não for capaz de livrar-se dos seus preconceitos e labutar pela tolerância religiosa, a situação será terrível e Deus nos repreenderá, na Outra Vida, para cada um de nossos erros, pelo nosso fanatismo e discórdia, pois são estas atitudes que incrementam a devastação, a agonia e o derramamento de sangue.

«E não nos cabe mais do que transmitir claramente a Mensagem».

Wassalam. ■

Obrigado, boas leituras.

M. Yiossuf Adamgy

IRMAMDADE NO ISLAM

Centro Islâmico de Brasília-DF - 06/12/2013
Khutuba : Sheikh Muhammad Zidan

Em nome de Allah , O Clemente, O Misericordioso. Louvado seja Allah , criador do céu e da terra. Nos recordamos e nos voltamos humildes a Allah (SWT), pedimos o Seu perdão e suplicamos a Sua misericórdia.

Testemunho que não há Divindade a não ser Allah (SWT), e testemunho que o Profeta Mohammad (SAAW) é seu servo e Mensageiro, o escolhido entre as criaturas. Aquele que divulgou a mensagem, zelou pelo que lhe foi confiado, aconselhou o povo, aboliu a injustiça e serviu em nome de Allah (SWT).

Não reparas em que Allah conhece tudo quanto existe nos céus e na terra ? não há confidência entre três pessoas, sem que Ele seja a quarta delas ; nem entre cinco, sem que Ele seja a sexta ; nem que haja menos ou mais do que isso, sem que Ele esteja com elas, onde quer que se achem. Logo, no Dia da Ressurreicão, os inteirará de tudo quanto fizerem, porque Allah é Onisciente.

Que Allah (SWT) abençõe e de paz ao Profeta (SAAW), bem como para a sua família, companheiros e seguidores até o Dia do Juízo Final.

Meus irmãos e irmãs muçulmanos nosso assunto trata sobre a irmandade dentro do Islam, e como deve ser nosso comportamento com nossos irmãos muçulmanos. Assim devemos viver juntos com união e respeito para termos paz e confiança um com outro. Allah(SWT) criou duas pessoas, e com essa FÉ que devemos nos manter unidos . Disse Allah(SWT) no Alcorão Sagrado na Surat AL HUJURAT vers 13 : « Ó homens ! Por certo, Nós vos criamos de um varão e de uma varoa, e vos fizemos como nações e tribos, para que vos conhecais uns aos outros. Por certo, o mais honrado de vós, perante Allah é o mais piedoso.Por certo, Allah é Onisciente, Conhecedor. » 

A essência da irmandade é o conhecimento que as pessoas tem uma com a outra, e esse conhecimento influência na união ; e da mesma forma que acontece os conflitos e as divergências, no qual a influência no relacionamento delas como brigas por direitos, limites, etc... de cada um, que demostra as como brigas por direitos, limites, etc... de cada um, que demostra as diferenças entre o certo e o errado. Mesmo tendo essas diferenças não devemos nos esquecer a nossa origem e a nossa FÉ, e voltarmos ao caminho certo, que é a melhor decisão diante de Allah(Louvado Seja), pois Ele é o Todo Poderoso. O Islam veio com a mensagem da irmandade entre os muçulmanos, devemos nos dedicar e estudar para não desviar desse caminho que nos fortalesse e nos orienta ao caminho de Allah(SWT). Todos nos somos da mesma origem do mesmo pai e mãe, e somos da mesma família. Quando nos unimos no mesmo caminho do Islam, não importa se é do sul ou do norte, essa união dos da força para suprir todas as nossas necessidades materias espirituais. Essa irmandade é como uma árvore que os galhos que crescem e se espalham,saindo de um só tronco. Também existem as pessoas egoístas que so gostam deles mesmos, não se preocupando com os outros irmãos, desejando o bem só para eles mesmos. E esse tipo de pessoa só procura as outras pessoas atrás de seus interesses e desejando resolver só o seus problemas. 

O Islam combate esse tipo de pessoa, o egoísta, pois a vida foi feita não para esse propósito individualista. Pois Allah(SWT) nos deu responsabilidades a conciência para ajudar e matermos a irmandade entre nos muçulmanos um com outro. Não devemos desejar o mal ou coisas ruins para nossos irmãos, e sim desejar o bem, orientar ao caminho certo, ajuda-los nas dificuldades. No Hadith do Profeta Muhammad(que a paz de Allah esteja com ele) disse : « Como os crentes com seu amor mútuo, misericórdia e compaixão nos tornamos um corpo só, se um membro se queixar de dor, o resto sente febre como se fosse um só corpo. » Esse sentimento nos faz mantermos unidos e nos aproxima com intuito de resolver o problemas de nossos irmãos, essa ação nos engrandece e Allah(SWT) abençoa a nossas vidas. Num outro Hadith do Profeta Muhammad(SAAW) disse : « O muçulmano é irmão de outro Muçulmano. »

Um dos sinais que a irmandade é amar seu irmão e desejar o bem, da mesma forma que você deseja para si mesmo, devemos desejar esse bem para nossos irmãos, esse sentimento nos aproxima de Allah(SWT) e Ele o Todo Poderoso nos da graça de nossas ações. Num outro Hadith do Profeta Muhammad(SAAW) disse : « Meu amor é definitivo para aqueles que amam um ao outro por minha causa. E para aqueles que atendem a reunião por minha causa, e aqueles que visitam uns aos outros por amor de mim, e os que fazem o seu melhor para o outro por minha causa. Allah irá dizer no dia da ressurreição. Onde estão aqueles que amavam por causa da minha magnificência ? Hoje, vou dar-lhes a minha sombra, o dia não há outra sombra, exceto o meu. » 

Certa vez Abu Abass ao entrar na mesquita encontrou um homem e o saldou-o, percebendo que ele encostrava-se triste, questionou-o qual o motivo de sua tristeza ; respondendo que ele era um homem de grandes poderes junto do seu povo, e que Allah(SWT) havia tirado essa graça dele, por ele te-la usado de forma errada ; orientando se uma pessoa ou líder tiver esse poder deve saber usar com sabedoria em prol do povo e para a união do povo fazendo sempre o bem. Assim ao ter poder e ser humilde e ter o proposito de ajudar a unir as pessoas com objetivo de agradar a Allah(SWT). No Hadith do Profeta Muhammad(SAAW) : « Um lider deve fazer sua obrigação e Allah(SWT) o abençoa, caso ele não faça essa graça passa para outro. » 

Meus irmãos muçulmanos quem teme a Allah(Louvado Seja) e quem da prioridade a união dos muçulmanos esse é o caminho mais favorável, e desta forma se tornam irmãos de sangue e uma união permanente. Isso que fortalece a nação muçulmana. E o Profeta Muhammad(SAAW) enfatizou para essa irmandade para combater todas as ameaças que os muçulmanos estão recebendo no mundo e para que não sejamos perdedores. 
Como ocorreu e YATRIB atual Madina quando se tornou a primeira cidade muçulmana com a união de todos, esse fato só ocorreu com a união de todos os muçulmanos indepedente de raça cor ou língua, tudo isso para enfatizar que a unidade é um dos maiores objetivo dos Islam. Que Allah(SWT) nos ajude a estabelecer o verdadeiro espírito de irmandade e fraternidade por esquecer nossas diferenças e agirmos de acordo com os ensinamentos do Alcorão Sagrado e de nosso amado Profeta Muhammad(SAAW). Que nos guie para o caminho certo.

Ó fieis se arrependam, pois Allah(SWT) perdoa o pecado dos arrependidos.

Salamo Aleikom
SWT) SUBAHANA WA TAALA (LOUVADO SEJA ALLAH)

(SAAW) SALA ALLAHU ALEIREM WA SALAM ( QUE A PAZ DE ALLAH ESTEJA COM ELE)

ALLAH= DEUS

YATRIB=ATUAL CIDADE DE MADINA

HADITH=DITOS DO PROFETA MUHAMMAD(SAAW)

Estamos conscientes de que a tradução do sentido tanto da khutuba (Sermão) quanto do Alcorão Sagrado, seja qual for a precisão, é quase sempre inadequada para realçar o magnífico sentido do texto , a tradução pode conter falhas ou lapsos como todo ato humano. (Que Allah (SWT) nós perdoe).

Assalamu Aleikom wa Ramatulahi wa Baraketuh!