quinta-feira, novembro 22, 2012

O comportamento com os irmãos muçulmanos- Parte II

O muçulmano deve cumprir as suas obrigações para com seus irmãos muçulmanos, considerando esses deveres uma devoção a Deus, uma vez que foi Ele quem estabeleceu tais obrigações e entre as atitudes que o muçulmano terá que cumprir em relação aos seus irmãos são:

1- cumprimenta-lo pela saudação da paz e com as mãos, e a resposta deverá ser igual ou melhor, sendo que a ordem será da seguinte forma como disse profeta (SAS): “cumprimente quem está na sua montaria ao pedestre, ao pedestre ao sentado, e os que estão em pouco número aos que estão em número maior, o cumprimento se estende àqueles que você conhece e àqueles que você não conhece, sendo muçulmanos ou não muçulmanos”. 

2- fazer súplicas a ele quando espirrar e fazer louvores a Deus, dizendo: “Deus tenha misericórdia de ti- e quem espirrou diz: – que Deus me perdoe e te perdoe, ou: que Deus lhes guie e acerte todos os seus passos.”

3- visita-lo se este ficar doente e suplicar a Deus para que proporcione a sua cura.

4- que acompanhe seu funeral.

5- fazer cumprir seu juramento, se não implicar no pecado.

6- dar-lhe conselho quando for solicitado.

7- que deseje ao seu irmão o que deseja para si mesmo, disse o profeta (SAS): “não é crente aquele que não deseja para seu irmão o que deseja para si mesmo, e completou, o exemplo dos crentes no seu carinho, piedade e compaixão como se fosse um só corpo, se um órgão adoecer o restante do corpo fica febril e passa a noite em claro”.

8- deve apoiá-lo e não decepciona-lo se ele estiver sendo injustiçado e se ele está praticando injustiça deve impedi-lo, disse o profeta (SAS): “o muçulmano é o irmão do muçulmano, não deve injustiça-lo, decepciona-lo e nem despreza-lo”.

9- não deverá causar nenhum dano a ele, disse o Profeta (SAS): “tudo o que um muçulmano tem é vedado a outro muçulmano, sua vida, seus bens, sua dignidade e honra” e disse também: “não é permitido ao muçulmano aterrorizar outro muçulmano” e completou “não é permitido ao muçulmano olhar de um modo que prejudique seu irmão” e disse “o verdadeiro muçulmano é aquele que os outros muçulmanos são salvos de sua língua e de suas mãos”.

10- que seja humilde para com seus irmãos, não arrogante e não deve fazê-lo levantar para se sentar em seu lugar.

11- não deve abandoná-lo porque o Profeta (SAS) disse: “não é permitido ao muçulmano abandonar seu irmão acima de três dias, e quando ambos se encontram o melhor entre ambos é aquele que começa cumprimentando o outro”.

12- não deve falar mal dele na sua ausência, despreza-lo, apontar seus defeitos ou debochar dele, também não deve apelidá-lo de modo pejorativo, nem fazer intriga contra ele, disse o profeta(SAS): “não existe um sujeito pior que aquele que despreza seu irmão muçulmano” e completou “não entrará no paraíso aquele que faz intrigas”, disse também: “a maledicência apaga os méritos como o fogo se alastra no capim seco”.

13- não deve insultá-lo vivo ou morto, disse o Profeta (SAS): “se um homem alegar que o outro é incrédulo ou transgressor e este não o é, o mesmo será taxado de estes dois atributos” disse também: “um dos maiores pecado é que o homem insulte seus próprios pais disseram (seus companheiros) alguém ousa insultar seu próprios pais? Respondeu: sim, ele insulta o pai do outro, o outro responde insultando seu próprio pai e mãe”.

14- não deverá ter inveja, má suspeita, ódio ou espiar seu irmão, disse o profeta(SAS): “não se invejem, não se odeiem, não se espiem, e não divirjam e sejam servos de Deus irmãos”.

15- não deverá enganá-lo, disse o Profeta (SAS): “quem nos engana não faz parte de nós”.

16- não devera traí- lo, mentir para ele, nem protelar no pagamento das dividas para ele, disse o profeta(SAS): “quatro características, quem as tiver é considerado um puro hipócrita e quem tiver uma delas terá uma característica da hipocrisia até deixa-la, são elas: quanto lhe confiado algo, trai; quando fala, mente; quando promete, não cumpre; e quando diverge, transgride os limites”.

17- deverá ter bom comportamento para com ele, fazer bem a ele e não causar danos, encontrá-lo com expressão facial aberta, aceite suas boas obras e perdoe suas falhas, não deverá sobrecarrega-lo.

18- respeita-lo se for maior de idade e trata-lo com piedade se for menor, disse o Profeta (SAS): “não faz parte da nossa nação quem não respeita os nossos idosos e não tem piedade dos nossos menores”.

19- deverá ser justo e equitativo com ele, mesmo que seja contra si próprio.

20- deverá perdoar as suas falhas e não espalhar seus segredos, não deve permitir que falem mal dele em sua presença.

21- que ajude-o quando necessitar e interceda para que ele possa resolver seus problemas, disse o profeta(SAS): “quem alivia uma aflição das aflições desta vida a um crente, Deus aliviará uma aflição no dia do julgamento, e quem facilita as coisas para quem esta com dificuldades Deus facilitará para ele nesta vida e na outra; e quem não espalha os segredos alheios de um muçulmano, Deus não o escandalizará nesta vida nem na outra; e Deus esta no auxilio de seu servo enquanto este esta no auxilio de seus irmãos”.

22- devera dar proteção e auxilio quando solicitado, recompensa-lo pelos favores e fazer suplicas a Deus por ele.

Considerações finais:
É importante dizer que esses comportamentos são válidos para irmãos muçulmanos e não muçulmanos.

Orientado pro Shekh Abdu Osman

Fonte:http://amaivos.uol.com.br/amaivos09/noticia/noticia.asp?cod_canal=54&cod_noticia=17158

terça-feira, novembro 20, 2012

SAHABA(Companheiro do Profeta) - Nuaim B Massud

Bismillah!

Nuaim b. Massud

O Nuaim b. Massud foi o protótipo do que o leitor imagina quando pensa num filho do deserto. Era um jovem perspicaz, sempre alerta, que jamais achava qualquer problema difícil de resolver  ou situação complicada demais para ser contornada. Sempre achava uma solução ou uma maneira de se sair bem, dum modo que jamais ocorreria a qualquer outro, e isso devido à intuição rápida e brilhante com a qual Deus o havia dotado.

O único porém, é que ele era dado aos prazeres e à dissolução, coisas que ele procurava em Yaçrib, entre os judeus. Sempre que ansiava por um entretenimento amoroso ou por ouvir música, selava seus animais de montaria, saía da sua terra tribal, em Najd, e tocava para Yaçrib. Aí, ele gastava o seu dinheiro nas tavernas dos judeus, que o entretinham prodigamente. Por causa das suas freqüentes viagens a Yaçrib, o Nuaim b. Massud se pôs em bons termos com os judeus que ali viviam, especialmente com os de Banu Curaiza.

Quando Deus abençoou toda a humanidade, enviando o Seu Profeta (SAAS) com a religião da verdade e diretriz, a começar por Makka – que foi a primeira cidade a ouvir a mensagem da retidão –, o Nuaim b. Massud não se encontrava muito longe. Em espírito, contudo, ele estava num outro mundo, num mundo de devaneio e dissipação. Ele rejeitava a mensagem da verdade, por temer que ela se fosse colocar entre ele e os seus prazeres. Não demorou muito para que ele fosse atraído para as fileiras dos mais hostis inimigos do Islam, e portasse uma espada nas guerras contra os muçulmanos.

Na Batalha dos Confederados, entretanto, o Nuaim b. Massud instituiu um novo começo para si, que proporcionou, com suas ações, um novo capítulo para a história da missão do Islam. Esse capítulo iria tornar-se um dos mais assombrosos exemplos de estratégia guerreira, e continua sendo, até hoje, o favorito, por causa do seu planejamento fascinante e do seu astuto herói.

Para entender a estória do Nuaim b. Massud, a pessoa precisa estar a par dos antecedentes dos eventos que se desenrolaram quanto à Batalha dos Confederados. Essa batalha recebeu esse nome por causa dos aliados que foram arrebanhados pelos homens de Banu Nadir, uma tribo de judeus que estavam vivendo em Madina. Os líderes de Banu Nadir deram início a uma campanha secreta, na qual se engajaram, tentando aliciar aliadados, e procurando apoio para uma guerra ao Profeta (SAAS) e à religião deste.

Eles foram para Makka, onde incitaram os coraixitas a se prepararem para uma nova campanha contra os muçulmanos, e prometeram que juntariam suas forças às deles, tão logo os coraixitas chegassem a Madina. Todos concuíram o plano, estabelecendo uma data em que os dois exércitos ir-se-iam encontrar.

Então os de Banu Nadir foram a Najd, onde incitaram os de Ghatafan(Ghatafan – uma grande confederação de árabes que viviam em Najd) a se juntarem a eles numa guerra contra o Islam e o seu profeta. O plano deles era sobrepujarem os muçulmanos, e porem um completo fim àquela nova religião. Eles afirmaram que já haviam concluído um tratado com os coraixitas, conseguiram chegar a um mesmo acordo com os de Ghatafan e os informaram acerca do encontro.

Então os coraixitas saíram de Mkka com o seu enorme exército de cavalaria e infantaria, liderado por Abu Sufyan b. Háris, e se puseram a marchar em direção a Madina. Do mesmo modo, os de Ghatafan saíram de Najd com toda a sua força combatente, liderada por Uyayna b. Hisn. Na vanguarda das forças dos de Ghatafan estava o herói da nossa estória, o Nuaim b. Massud.

As notícias das forças que avançavam chegaram ao Profeta (SAAS); então ele chamou os Companheiros, e estabeleceu um conselho com eles. Debateram as possíveis corentes de ações em aberto para eles, e decidiram-se por cavarem uma trincheira ao redor da cidade, para estancar o assalto dos Confederados, que eram muito numerosos para que os muçulmanos os encarassem em batalha. Até hoje aquela batalha é conhecida como a Batalha da Trincheira, trincheira essa que foi cavada para retardar o exército invasor.

Logo que os exércitos se aproximaram de Madina, os líderes dos Banu Nadir se encontraram com os líderes dos Banu Curaiza, outra tribo judaica que vivia em Madina. Aqueles encorajaram a estes a se unirem às forças que convergiam sobre o Profeta (SAAS), vindas de Nadj e de Makka. A resposta dos de Banu Curaiza foi como se segue:

“Nós achamos o vosso plano muito atraente, e gostaríamos de nos juntar a vós. No entanto, vós sabeis que nós assinamos um tratado de paz com Mohammad com a cláusula de que mantenhamos relações amigáveis e pacíficas com os muçulmanos, em troca de vivermos em Madina em completa segurança e com liberdade religiosa. A tinta, no documento, ainda não secou. Também tememos que se Mohammad vier a vencer esta guerra, ele nos irá pegar pra valer, e nos extirpará de Madina, em retaliação à nossa traição!”

O líderes dos Banu Nadir não iriam desistir tão facilmente, e persistiram em convencer os de Banu Curaiza a se juntarem ao plano, e quebrarem sua promessa feita a Mohammad (SAAS). Eles fizeram 

Então os coraixitas saíram de Mkka com o seu enorme exército de cavalaria e infantaria, liderado por Abu Sufyan b. Háris, e se puseram a marchar em direção a Madina. Do mesmo modo, os de Ghatafan saíram de Najd com toda a sua força combatente, liderada por Uyayna b. Hisn. Na vanguarda das forças dos de Ghatafan estava o herói da nossa estória, o Nuaim b. Massud.

As notícias das forças que avançavam chegaram ao Profeta (SAAS); então ele chamou os Companheiros, e estabeleceu um conselho com eles. Debateram as possíveis corentes de ações em aberto para eles, e decidiram-se por cavarem uma trincheira ao redor da cidade, para estancar o assalto dos Confederados, que eram muito numerosos para que os muçulmanos os encarassem em batalha. Até hoje aquela batalha é conhecida como a Batalha da Trincheira, trincheira essa que foi cavada para retardar o exército invasor.

Logo que os exércitos se proximaram de Madina, os líderes dos Banu Nadir se encontraram com os líderes dos Banu Curaiza, outra tribo judaica que vivia em Madina. Aqueles encorajaram a estes a se unirem às forças que convergiam sobre o Profeta (SAAS), vindas de Nadj e de Makka. A resposta dos de Banu Curaiza foi como se segue:

“Nós achamos o vosso plano muito atraente, e gostaríamos de nos juntar a vós. No entanto, vós sabeis que nós assinamos um tratado de paz com Mohammad com a cláusula de que mantenhamos relações amigáveis e pacíficas com os muçulmanos, em troca de vivermos em Madina em completa segurança e com liberdade religiosa. A tinta, no documento, ainda não secou. Também tememos que se Mohammad vier a vencer esta guerra, ele nos irá pegar pra valer, e nos extirpará de Madina, em retaliação à nossa traição!”

O líderes dos Banu Nadir não iriam desistir tão facilmente, e persistiram em convencer os de Banu Curaiza a se juntarem ao plano, e quebrarem sua promessa feita a Mohammad (SAAS). Eles fizeram 

Então os coraixitas saíram de Mkka com o seu enorme exército de cavalaria e infantaria, liderado por Abu Sufyan b. Háris, e se puseram a marchar em direção a Madina. Do mesmo modo, os de Ghatafan saíram de Najd com toda a sua força combatente, liderada por Uyayna b. Hisn. Na vanguarda das forças dos de Ghatafan estava o herói da nossa estória, o Nuaim b. Massud.

As notícias das forças que avançavam chegaram ao Profeta (SAAS); então ele chamou os Companheiros, e estabeleceu um conselho com eles. Debateram as possíveis corentes de ações em aberto para eles, e decidiram-se por cavarem uma trincheira ao redor da cidade, para estancar o assalto dos Confederados, que eram muito numerosos para que os muçulmanos os encarassem em batalha. Até hoje aquela batalha é conhecida como a Batalha da Trincheira, trincheira essa que foi cavada para retardar o exército invasor.

Logo que os exércitos se proximaram de Madina, os líderes dos Banu Nadir se encontraram com os líderes dos Banu Curaiza, outra tribo judaica que vivia em Madina. Aqueles encorajaram a estes a se unirem às forças que convergiam sobre o Profeta (SAAS), vindas de Nadj e de Makka. A resposta dos de Banu Curaiza foi como se segue:

“Nós achamos o vosso plano muito atraente, e gostaríamos de nos juntar a vós. No entanto, vós sabeis que nós assinamos um tratado de paz com Mohammad com a cláusula de que mantenhamos relações amigáveis e pacíficas com os muçulmanos, em troca de vivermos em Madina em completa segurança e com liberdade religiosa. A tinta, no documento, ainda não secou. Também tememos que se Mohammad vier a vencer esta guerra, ele nos irá pegar pra valer, e nos extirpará de Madina, em retaliação à nossa traição!”

O líderes dos Banu Nadir não iriam desistir tão facilmente, e persistiram em convencer os de Banu Curaiza a se juntarem ao plano, e quebrarem sua promessa feita a Mohammad (SAAS). Eles fizeram 

Então os coraixitas saíram de Mkka com o seu enorme exército de cavalaria e infantaria, liderado por Abu Sufyan b. Háris, e se puseram a marchar em direção a Madina. Do mesmo modo, os de Ghatafan saíram de Najd com toda a sua força combatente, liderada por Uyayna b. Hisn. Na vanguarda das forças dos de Ghatafan estava o herói da nossa estória, o Nuaim b. Massud.

As notícias das forças que avançavam chegaram ao Profeta (SAAS); então ele chamou os Companheiros, e estabeleceu um conselho com eles. Debateram as possíveis corentes de ações em aberto para eles, e decidiram-se por cavarem uma trincheira ao redor da cidade, para estancar o assalto dos Confederados, que eram muito numerosos para que os muçulmanos os encarassem em batalha. Até hoje aquela batalha é conhecida como a Batalha da Trincheira, trincheira essa que foi cavada para retardar o exército invasor.

Logo que os exércitos se aproximaram de Madina, os líderes dos Banu Nadir se encontraram com os líderes dos Banu Curaiza, outra tribo judaica que vivia em Madina. Aqueles encorajaram a estes a se unirem às forças que convergiam sobre o Profeta (SAAS), vindas de Nadj e de Makka. A resposta dos de Banu Curaiza foi como se segue:

“Nós achamos o vosso plano muito atraente, e gostaríamos de nos juntar a vós. No entanto, vós sabeis que nós assinamos um tratado de paz com Mohammad com a cláusula de que mantenhamos relações amigáveis e pacíficas com os muçulmanos, em troca de vivermos em Madina em completa segurança e com liberdade religiosa. A tinta, no documento, ainda não secou. Também tememos que se Mohammad vier a vencer esta guerra, ele nos irá pegar pra valer, e nos extirpará de Madina, em retaliação à nossa traição!”

O líderes dos Banu Nadir não iriam desistir tão facilmente, e persistiram em convencer os de Banu Curaiza a se juntarem ao plano, e quebrarem sua promessa feita a Mohammad (SAAS). Eles fizeram 

Então os coraixitas saíram de Mkka com o seu enorme exército de cavalaria e infantaria, liderado por Abu Sufyan b. Háris, e se puseram a marchar em direção a Madina. Do mesmo modo, os de Ghatafan saíram de Najd com toda a sua força combatente, liderada por Uyayna b. Hisn. Na vanguarda das forças dos de Ghatafan estava o herói da nossa estória, o Nuaim b. Massud.

As notícias das forças que avançavam chegaram ao Profeta (SAAS); então ele chamou os Companheiros, e estabeleceu um conselho com eles. Debateram as possíveis corentes de ações em aberto para eles, e decidiram-se por cavarem uma trincheira ao redor da cidade, para estancar o assalto dos Confederados, que eram muito numerosos para que os muçulmanos os encarassem em batalha. Até hoje aquela batalha é conhecida como a Batalha da Trincheira, trincheira essa que foi cavada para retardar o exército invasor.

Logo que os exércitos se proximaram de Madina, os líderes dos Banu Nadir se encontraram com os líderes dos Banu Curaiza, outra tribo judaica que vivia em Madina. Aqueles encorajaram a estes a se unirem às forças que convergiam sobre o Profeta (SAAS), vindas de Nadj e de Makka. A resposta dos de Banu Curaiza foi como se segue:

“Nós achamos o vosso plano muito atraente, e gostaríamos de nos juntar a vós. No entanto, vós sabeis que nós assinamos um tratado de paz com Mohammad com a cláusula de que mantenhamos relações amigáveis e pacíficas com os muçulmanos, em troca de vivermos em Madina em completa segurança e com liberdade religiosa. A tinta, no documento, ainda não secou. Também tememos que se Mohammad vier a vencer esta guerra, ele nos irá pegar pra valer, e nos extirpará de Madina, em retaliação à nossa traição!”

O líderes dos Banu Nadir não iriam desistir tão facilmente, e persistiram em convencer os de Banu Curaiza a se juntarem ao plano, e quebrarem sua promessa feita a Mohammad (SAAS). Eles fizeram com que aquele ato de traição parecesse coisa certa, e lhes garantiu que a derrota de Mohammad (SAAS) era inevitável, com dois enormes exércitos a caminho, para lhes darem assistência.

Depois de um curto tempo, os de Banu Curaiza enfraqueceram-se em sua postura e, por fim, consentiram em romper o tratado com o Mensageiro de Deus (SAAS). Rasgaram sua cópia do tratado, e anunciaram sua aliança com os Confederados, na sua guerra contra o Profeta (SAAS). Os muçulmanos ficaram atônitos com a notícia.

As forças dos Confederados circundaram a cidade de Madina de tal modo, que nenhum suprimento podia chegar aos citadinos. O Profeta (SAAS) sentia que a sua comunidade havia caído diretamente nas mandíbulas do inimigo. Os coraixitas e os de Ghatafan estavam acampados fora da cidade, e os de Banu Curaiza estavam dentro dela, esperando a oportunidade para atacar. Entre os muçulmanos, uma porção deles revelavam-se formar uma quinta-coluna. Eram os munaficun(Munaficun – os hipócritas. Um Munaficun é um “duplo agente”, um indivíduo que pretende ser um muçulmano, para que possa causar danos ao Islam, estando do lado de dentro) que começaram a dizer entre eles:

“Mohammad estava a nos prometer posses dos tesouros da Pérsia e de Bizâncio, mas olha para nós! estamos num perigo tal, que se um de nós precisar ir fora para fazer suas necessidades, estará arriscando sua vida!”

Em pequenos grupos, começaram a ir ter com o Profeta com a desculpa de que seus filhos estavam em perigo de serem atacados pelos de Banu Curaiza quando a batalha começasse. Com aquela desculpa, muitos abandonaram suas posições de encararem o inimigo, até que umas poucas centenas dos mais sinceros crédulos permaneceram com o Mensageiro de Deus (SAAS).

O cerco já se arrastava por quase vinte dias. A situação era tão desesperadora, que uma noite o Profeta passou em claro, em oração, implorando incessantemente:

“Ó Deus, imploro-Te pelo que nos prometeste!”

Naquela mesma noite, o Nuaim b. Massud estava-se debatendo na cama, como se as suas pálpebras estivessem pregadas, abertas. Sem poder dormir, ele olhava para o céu como se estivesse tentando ver além das estrelas, a meditar. De súbito, ele se viu a cismar:

“Que tolo és, ó Nuaim! Que coisa te trouxe, por todo o caminho desde Najd, a fazer guerra contra esse homem e o seu povo? Tu não o estás combatendo para reaver um direito que te foi usurpado, nem tampouco em defesa da honra de algém. Tu vieste lutar, e nem sequer sabes a razão por quê. Será que faz sentido um homem da tua inteligência encetar uma batalha e ser morto, sem nenhuma razão?

“Quão tolo és! Que te faz levantares tuas armas contra esse homem de retidão, que ordena seus seguidores a praticarem a justiça, a caridade e a generosidade para com os seus parentes? Por que deverias derramar o sangue dos seus companheiros que estão apenas a seguir a diretriz e a verdade que lhes foi apresentada?”

Aquele debate continuou dentro do Nuaim b. Massud, até que chegou a uma conclusão: decidiu-se por uma corrente de ação, determinado a agir de acordo com ela, imediatamente.

Na escuridão, o Nuaim b. Massud saiu sorrateiramente do acampamento do seu povo, e apressou-se em direção ao campo muçulmano, à procura do Mensageiro de Deus (SAAS). Quando o Profeta (SAAS) o viu, exclamou:

“És o Nuaim bin Massud?”

“Sim, sou eu, ó Mensageiro de Deus”, ele respondeu.

“O que te trouxe aqui a esta hora da noite?” perguntou o Profeta (SAAS).

“Eu vim para dizer que presto testemunho de que não há outra divindade além de Deus, e que tu és o servo de Deus e o Seu Mensageiro, e que a revelação que trouxeste é verdadeira”, ele disse. “Eu aceitei o Islam, ó Mensageiro de Deus, mas o meu povo ainda não sabe disso. Dize-me o que queres que eu faça.”

“Se ficares conosco agora”, disse o Profeta (SAAS), “irás ser apenas mais um homem, e nada poderás fazer de bom. Volta para o teu povo, e vê se podes encontrar um meio de os desencorajar quanto ao desfecharem a batalha. Guerra é estratégia.”

“Concordo, ó Mensageiro de Deus”, respondeu o Nuaim, “e acho que obterei algo que te irá agradar, assim queira Deus.”

Nuaim foi primeiramente ter com os de Banu Curaiza, que eram velhos associados a ele nos seus dias de devaneio e frivolidade. Disse-lhes:

“Ouvi-me, ó vós dos Banu Curaiza! Vós sabeis que sou amigo de vós, e o quanto me preocupo com o vosso bem-estar.”

“Não temos dúvidas quanto a isso”, responderam.

“Os coraixitas e os de Ghatafan não estão na mesma situação que vós nesta guerra”, ele disse.

“Que queres tu dizer com isso?” perguntaram.

“Esta é a vossa cidade,” respondeu o Nuaim. “Vossas propriedades, vossas esposas e vossos filhos estão aqui. Não podeis simplesmente ir embora e deixar a cidade. Mas os coraixitas e os de Ghatafan têm suas casas, propriedades e famílias em outro lugar. Eles vieram aqui para fazer guerra contra Mohammad, incitaram-vos a violardes o vosso tratado com ele, e concordastes. Se eles tiverem sucesso na batalha contra ele, sair-se-ão beneficiados, mas se fracassarem em derrotá-lo, voltarão a salvos para os seus lares, deixando-vos aqui a sofrerdes a pior espécie de retaliação. Vós sabeis que não tendes força contra os muçulmanos, caso tenhais que os enfrentar a sós, sem ajuda externa.”

“Que achas que devamos fazer?” perguntaram.

“Vós deveis concordar em lutar, apenas se tomardes um punhado dos seus líderes e retê-los como reféns. Desse modo podereis assegurar-vos de que eles irão lutar até que obtenham a vitória, ou morrer, até ao último homem”, aconselhou o Nuaim.

“Tua idéia é um conselho salutar!”, responderam.

Depois o Nuaim foi ter com os coraixitas, procurou pelo Abu Sufyan b. Háris e seus associados, e se dirigiu a eles, dizendo:

“Ouvi-me, povo do Coraix! Vós sabeis o quanto eu sou afeiçoado a vós, e o quão inimigo eu sou de Mohammad. Eu tenho ouvido algumas informações, e acho melhor que as compartilhe convosco. Estou a fazer isto no vosso melhor interesse, mas com a condição de que o mantenhais em segredo, e não divulgueis o fato de que fui eu quem vô-lo contou.”

“Podes confiar em nós quanto a isso”, responderam.

“Os de Banu Curaiza se arrependeram da sua hostilidade contra Mohammad, e lhe enviaram uma mensagem, dizendo:

“‘Nós lamentamos o que fizemos, e decidimos voltar ao nosso tratado de paz e amizade contigo. Será que irás ficar satisfeito se seguirmos este plano? É o seguinte: nós podemos pegar um grande número de nobres do Coraix e dos de Ghatafan, e entregá-los a ti para que tu possas executá-los. Depois poderemos juntar-nos a ti, na batalha, para que possas pôr um fim a eles.’

“E Mohammad concordou com o plano. Portanto, se os judeus vos enviarem uma petição para que lhes estregueis um punhado dos vossos homens como reféns, não lhes entregueis nenhum.”

“Que excelente aliado és, ó Nuaim!” exclamou o Abu Sufyan. “Que te seja concedida a melhor das recompensas!”

Depois Nuaim deixou o Abu Sufyan e foi ter com os de Ghatafan. Ele lhes contou a mesma coisa que tinha contado ao Abu Sufyan, e lhes deu o mesmo conselho e aviso.

O Abu sufyan queria testar a lealdade dos de Banu Curaiza, então enviou seu filho a eles, e o instruiu a dizer:

“Meu pai vos envia suas saudações, e diz:

“‘Nosso cerco a Mohammad já se está alongando demasiadamente  e estamos entediados. Nós decidimos atacar Mohammad amanhã, e acabar com ele em batalha’. Então meu pai me está enviando para pedir que vos junteis a ele no assalto, amanhã.

“Hoje é sabbath (sábado), e não nos é permitido fazermos nada neste dia. Além disso, não iremos lutar até que nos dêem setenta dos vossos nobres e dos de Ghatafan como reféns. Nós tememos que se a batalha se tornar muito áspera para vós, ireis fugir para as vossas terras, dixando que lidemos com Mohammad por nós mesmos, e vós sabeis que não podemos com ele”, foi a resposta que os judeus deram.

Então o filho do Abu Sufyan voltou para o Coraix e lhes contou o que havia conspirado entre ele e os de Banu Curaiza. Os coraixitas explodiram:

“Filhos de macacos e de porcos! Juramos que se eles pedissem apenas uma ovelha como refém, não a entregaríamos a eles!”

A estratégia do Nuyam conseguiu semear a desunião e a discórdia entre os confederados. Em adição, Deus enviou um vento feroz sobre os de Banu Coraix e seus aliados. Foi um vento tão destruidor, que levou embora as tendas deles, entornou suas panelas de comida, apagou suas fogueiras, enchendo-lhes os olhos de areia. Viram-se forçados a evacuar seus acampamentos, e seguiram viagem na escuridão da noite.

Quando chegou a manhã e os muçulmanos acordaram vendo que os inimigos haviam abandonado o cerco, saíram pela cidade, gritando, de júbilo:

“Louvado seja Deus Que ajudou os Seus servos! Deu fortidão ao Seu exército, e derrotou, Sozinho, os confederados!”

Daquele dia em diante, o Nuaim b. Massud ficou sendo um amigo de confiança do Profeta (SAAS), que lhe designou compromissos de responsabilidade. Nuaim era confiável para aceitar aqueles compromissos, e era um dos portadores de estandartes.

No dia em que Makka foi pacificamente retomada pelos muçulmanos, o Abu Sufyan estava a observar as forças que chegavam. Quando viu um homem carregando o estandarte dos de Ghatafan, perguntou quem era, e lhe foi dito que se tratava do Nuaim b. Massud, ao que ele exclamou:

“Que golpe maléfico ele nos aplicou na Batalha da Trincheira! Ele costumava ser um dos mais hostis inimigos de Mohammad, e ei-lo agora, na frente dele, portando o estandarte do seu povo, e lutando contra nós, como um dos aliados dele!” 

"São aqueles aos quais foi dito: Os inimigos concentraram-se contra vós; temei-os! Isso aumentou-lhes a fé e disseram: Allah nos é suficiente. Que excelente Guardião! Pela mercê e pela graça de Deus, retornaram ilesos. Seguiram o que apraz a Deus; sabei que Allah é Agraciante por excelência." (03: 173-174)

يُرِيدُونَ أَن يطفئوا نُورَ اللّهِ بِأَفْوَاهِهِمْ وَيَأْبَى اللّهُ إِلاَّ أَن يُتِمَّ نُورَهُ وَلَوْ كَرِهَ الْكَافِرُونَ
......Desejam em vão extinguir a Luz de Deus com as suas bocas; porém, Deus nada permitirá, e aperfeiçoará a Sua Luz, ainda que isso desgoste os incrédulos!
Mohamad ziad -محمد زياد
Bismillah!
Nuaim b. Massud

segunda-feira, novembro 19, 2012

O mês de Muharram – o Dia de Ashuurá

O calendário Islâmico segue o ciclo lunar e é composto por 12 meses de 29 ou 30 dias. Por consequência, o ano tem cerca de 11 dias a menos, em relação ao calendário gregoriano, o que origina por exemplo, que o Ramadan, ao longo dos anos, aconteça em estações diferentes. Assim, o jejum do mês de Ramadan, “circula” por todas as estações do ano, de modo a treinar os crentes para obedecerem os mandamentos de Deus, nos momentos favoráveis e também nos momentos adversos, que requerem maiores sacrifícios.

A Hégira marca o primeiro dia do ano do Calendário Islâmico, quando o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) foi obrigado a emigrar de Maka para Medina no ano de 622 depois da era de Issa-Jesus (Aleihi Salam). Foi uma época muito difícil sofrida pelo Profeta Muhammad (Salalahu Aleihi wassalam), perseguido e maltratado quando começou a proclamar para os idólatras de Maka de que “Não há outra divindade senão Deus” – “Lá ILAHA ILA LLAHA”. Lembrando este acontecimento, os muçulmanos devem incrementar neste mês sagrado, as acções meritórias para satisfação do Criador, Misericordioso e Sustentador.

O primeiro mês do calendário islâmico é o Muharram. É um mês importante e abençoado por Deus. Abu Bakr (Radiyalahu an-hu), relatou que o Profeta Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam) disse: “O ano tem 12 meses, dos quais 4 são sagrados; os 3 meses consecutivos de Dhul-al-Qidah, Dhul.al- Hijjah e Muharram; e também o Rajab, que está entre Jumaada Akhir e Sha’aban.” (Bukhari).

Refere o Cur’ane: “Por Deus, o número de meses é de 12, como foi ordenado por Deus no dia em que Ele criou os céus e a terra; Quatro deles são sagrados. Este é o computo certo, portanto não vos condeneis…(At-Taubah 9:36). Ibn Abbass e Qatada (Radiyalahu an-huma) referiram que esta frase “portanto não vos condeneis…” refere-se a todos os meses. No entanto, as más acções e os pecados cometidos naqueles 4 meses são mais sérios e em contrapartida, as boas acções trazem maiores recompensas.

O Profeta Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam), nunca jejuou por inteiro em qualquer outro mês, a não ser no mês de Ramadan. O mês que mais jejuava era o de Sha’aban, que antecede o mês de Ramadan. No entanto, recomendou-nos para também jejuarmos noutras ocasiões, como por exemplo no dia de Arafa e no mês de Muharram.

Dos 4 meses sagrados, Muharram foi abençoado com algumas virtudes específicas. Abu Huraira (Radiyalahu an-hu) relatou que o Profeta Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam) disse: “O melhor jejum depois do mês de Ramadan, é o jejum no mês de Allah, de Muharram.” (Musslim).


Segundo o relato de Ibn Abbass (Radiyalahu an- hu), quando o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) chegou à cidade de Madina, viu os judeus jejuando no dia de Ashuura e perguntou os motivos. Foi-lhe respondido.

“Este é o dia em que Deus salvou dos seus inimigos, o Profeta Mussa, Aleihi Salam (Moisés) – Que a Paz de Deus esteja com ele – e os seus seguidores. Então Mussa, como agradecimento a Deus, jejuou neste dia.

O Profeta Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam) disse: “Nós temos mais direitos sobre Mussa (Que a Paz de Deus esteja com ele) do que vós e somos mais próximos dele do que vós.” Então o Profeta jejuou neste dia e ordenou os seus Sahábas – Companheiros (Radiyalahu an-huma – Que Deus esteja satisfeito com eles) para fazerem o mesmo. (Musslim).

O Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) referiu: “Ao jejuar no dia de Ashuura, eu espero que Deus aceite o meu jejum como uma expiação pelo ano que passou.” (Musslim).

Ibn Abbas (Radyialahu an-hu), referiu: Quando o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) jejuou no dia de Ashura e recomendou para que os seus companheiros assim o fizessem, eles lhe disseram: Ó Mensageiro de Deus, este é o dia em que os Judeus e os Cristãos o consideram muito importante. Então o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) disse: “No próximo ano, se Deus quiser, nós observaremos o jejum no dia 9”. Mas, o Mensageiro de Deus, acabou por falecer antes do referido advento. – Muslim Livro 6 – Hadice 2.528.

Ashuurá é derivado de Ashará, que significa 10. Assim, Ashuurá é o décimo dia de Muharram e o Tashuurá, é o nono dia do mesmo mês.

Antes do advento do Islão, era habitual as pessoas jejuarem no dia 10 de Muharram. No entanto, quando o jejum do mês de Ramadan foi instituído como obrigatório, o jejum de Ashuura deixou de ser obrigatório, passando a ser recomendado (mustahab).

Assim, é virtuoso para os muçulmanos jejuarem nos dias 9 e 10 de Muharram, não só porque o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) assim o recomendou, mas também para sermos diferentes dos Judeus, que só jejuam no 10º. dia.
Cumprimentos
Abdul Rehman Mangá

quinta-feira, novembro 15, 2012

ALDEIA DAS RELIGIÕES- ENCONTRO DE DIVERSAS RELIGIÕES EM PORTUGAL

Em nome de Deus o Clemente e Misericordioso!

Queridos irmãos e caros leitores, hoje, eu quero dividir com vocês uma experiência maravilhosa vivida por irmãos portugueses ou mesmos de outras nacionalidades, mas, que vivem naquele país. Enquanto em alguns lugares do mundo pessoas de diferentes credos de procuram nisso um motivo para discórdia, naquele mais milenar a proposta é aproximar os credos, conhecer suas bases religiosas, compreenderem suas crenças e por fim, conviverem harmoniosamente com as diferenças.

Centro Cultural Islâmico do Porto, em representação dos muçulmanos residentes em Portugal, participou na “Aldeia das Religiões”, que se realizou em Priscos – Braga, nos dias 25 a 28 de Outubro de 2012, no âmbito da Capital Europeia da Juventude. É a segunda vez que, a nível mundial, se realiza este tipo de encontros. A primeira experiência teve lugar no Brasil em 1992, apenas por uma noite. Em Priscos, uma aldeia pacata à entrada de Braga, os visitantes puderam visitar e dialogar com as diferentes confissões religiosas durante 4 dias, entre as 10 horas e às 22 horas.

Foram construídas de raiz 13 casas todas iguais, que albergaram as diversas confissões religiosas, entre elas, a Igreja Católica e a Comunidade islâmica, bem como outras minoritárias, como por exemplo a Comunidade Portuguesa de Candomblé Yorúbá.

Hesitamos em aceitar o convite, porque o evento teve lugar na altura da comemoração do Idul Adha (festa religiosa dos muçulmanos relativa ao final da Peregrinação à Maka). Mas o Padre João Torres, da paróquia de Priscos e responsável pelo evento, insistiu na nossa presença, considerando que era importante, por dois motivos: a primeira, para os visitantes obterem esclarecimentos sobre os verdadeiros fundamentos do Islão, em contraste ao que se ouve e se lê; em segundo lugar porque ele guarda boas recordações do convívio com os muçulmanos, quando esteve em Moçambique, em missão de serviço. Com estes argumentos, acabámos por aceitar. 

Para decorar e apetrechar a “nossa casa” com motivos islâmicos, tive o apoio de um vizinho e amigo, que sendo temente a Deus, não professa a nossa religião. Este é um exemplo de entre ajuda, da harmonia e da convivência pacífica, independentemente da raça e da confissão religiosa de cada um. Em caso de emergência, é o vizinho que está mais próximo para nos acudir. Quem acredita em Deus, e no Último dia, deve tratar o seu vizinho generosamente. Aicha e Ibn Omar referiram que o Profeta (Que a Paz e as Bênçãos de Deus estejam com ele), lhes transmitiu a seguinte preocupação: “O anjo Gabriel recomendou-me frequentemente no que se refere aos direitos dos vizinhos, que receei que estes também seriam declarados como herdeiros)”. Bukhari 73:43,44

Nos primeiros dois dias do certame não foi possível a nossa presença, por motivos profissionais e por causa do Idul Adha, dia de orações e de festa. Nos referidos dias, o Padre João Torres, responsável pelo evento, ficou a tomar conta da “nossa casa”.

Nesses dias, os visitantes tiveram acesso às informações acerca do islão que se encontravam afixadas nas paredes, bem como às fotocópias que foram distribuídas gratuitamente. Ao longo destes anos, nas diversas reuniões de esclarecimento e de divulgação da Religião islâmica, tenho convivido com responsáveis das várias igrejas cristãs, em especial com os padres católicos, com os quais mantenho uma relação de cordialidade e de proximidade. Refere o Alcorão: “….E encontrarás os mais próximos dos crentes aqueles que dizem “somos cristãos”. Isso porque entre eles há sacerdotes e monges e eles não são orgulhosos”. 5:82.

Nos dias seguintes, sábado e domingo, a “Aldeia da Religiões”, foi “invadida” por milhares de visitantes. Este evento foi pensado nos jovens, a fim de perceberem os fundamentos e os rituais de cada confissão. Organizados em grupos, vieram acompanhados pelos professores e outros na companhia dos pais. Os mais idosos também marcaram presença. Movidos pela curiosidade, quiseram saber as manifestações espirituais de cada uma das confissões e como Deus é representado.

Não esperávamos ver tanta gente, porque normalmente este tipo de eventos não tem suscitado grandes concentrações de pessoas. Foram distribuídas mais de 2.500 fotocópias referenciando diversos temas, nomeadamente: Princípios Gerais do islão,

Os Pilares da Fé, a Importância da Água no Islão, a Esposa, versículos do Alcorão,Jesus também um Profeta do islão e a Espiritualidade no Islão.

Com o apoio da Al Furqan, editora de livros islâmicos de Portugal, foi possível colocar à disposição dos visitantes, livros diversos focando temas da história do Islão, bem como de assuntos da actualidade. Nestas terras do Norte de Portugal, muito conservadora, os pilares da fé islâmica são desconhecidos. Conhecem o Islão pelas informações deturpadas que são transmitidas através da comunicação social, a qual muitas vezes associa a violência à Religião. Ao entrarem na “nossa casa”, os visitantes deparavam-se com um grande quadro representando a Mesquita Sagrada de Maka e no centro a Caba. Entre outras exclamações o que mais ouvi foi: “É esta a pedra negra que vocês adoram?”; “Que quadro bonito! Ficaria muito bem na minha sala!”. Estavam assim lançados os temas para o diálogo. O quadro representa o período de Haj – a Peregrinação a Meca, que estava a decorrer. A peregrinação a Meca é obrigatória, pelo menos uma vez na vida, para os muçulmanos que tenham possibilidades financeiras. Foi assim possível falar do Profeta Abraão – Que a Paz de Deus esteja com ele, tronco comum das 3 religiões monoteístas, Judaísmo, Cristianismo e Islamismo. Ele e o seu filho primogénito Ismael, também Profeta do Islão, reconstruiram a Caba, a Casa de Deus.

Depois de concluídos os trabalhos, pai e filho circundaram a casa por 7 vezes, louvando e pedindo a Deus: “Senhor Nosso, aceita (este serviço) de nós. Tu és o Exorável, o Sapientíssimo”. 2:127. “Senhor Nosso! Faz de nós submissos a Ti, e que surja da nossa descendência, um povo submisso à Tua vontade…” 2:128.

“Senhor Nosso! Faz surgir no seu meio, um Mensageiro saído entre eles, que lhes recite os Teus Versículos e lhes ensine a Escritura e a Sabedoria, e os purifique; Tu és o Poderoso, o Sábio.” 2:129.

A peregrinação consiste em lembrar as principais tribulações sofridas pelo Profeta Abraão e sua família, nomeadamente quando Deus testou Abraão, que recebeu instruções através do sono para sacrificar o seu filho Ismael. Quando se dirigia para cumprir as ordens de Deus, Abraão foi tentando pelo diabo por três vezes, persuadindo-o para que não o fizesse. Abrão afugentou o diabo, atirando 7 pedras.

Por 3 vezes o Profeta Abraão foi tentado e por três vezes atirou pedras para afugentar o diabo. Deus com a sua infinita misericórdia, entregou a Abraão um carneiro para ser sacrificado. Também os muçulmanos quando vão fazer a peregrinação, vão atirar as pedras para 3 grandes pilares, representando os diabos. Não os que tentaram Abraão, mas os que nos atormentam dia a dia e nos desviam do caminho da verdade. Os muçulmanos que estão em peregrinação e os que estão em todo o mundo, sacrificam carneiros, camelos ou vacas, lembrando o sacrifício que Abraão. Com esta explicação, muitos interrompiam: ”É só o prazer de matar animais?. Por ser um dia de festa, a carne é dividida em 3 partes iguais, uma para nosso consumo próprio, outra para os vizinhos e familiares e outra para os pobres. Assim, todos têm o suficiente para passarem o dia de festa. A carne era e continua a ser um bem escasso para os mais necessitados. Depois deste esclarecimento, exclamavam e continuavam com as perguntas: “Ah, assim tem lógica! E já agora, vocês adoram a pedra negra?”. Não adoramos a Caba, só adoramos unicamente a Deus, e não necessitamos de nenhuns intermediários, para nos dirigirmos a Ele. Nas nossas Mesquitas não temos figuras de Santos ou de Profetas. A representação em imagens não é permitida, porque isso conduziria à adoração dos mesmos. A Caba é um lugar sagrado e serve de orientação para todos os muçulmanos para se virarem na sua direcção para efectuarem as orações. Se a Caba desaparecesse, o local em si, continuaria sagrado.

A condição da mulher muçulmana foi tema de conversas e de pedidos de esclarecimentos. Em qualquer parte do mundo, onde os empregos são escassos, os melhores lugares são ocupados pelos homens e as mulheres ficam a tomarem conta da casa e dos filhos. Elas ficam assim mais disponíveis para educarem os filhos. Com a evolução dos tempos, com o aumento da oferta de trabalho e com a necessidade de aumentar os rendimentos do lar, a mulher começou a exercer diversas profissões. Era assim também em Portugal, se recuarmos para os anos 40 e 50. Hoje em dia, muitas mulheres muçulmanas já estudam, trabalham e ocupam lugares de destaque e de responsabilidade. É uma evolução gradual, dependente das condições económicas e financeiras dos países ondem vivem. Infelizmente algumas mulheres, em qualquer parte do mundo, sofrem violências por parte dos maridos desprovidos de carácter, como é o exemplo, em Portugal, dos 28.980 casos de violência doméstica participados às autoridades em 2011 e das mais de 30 mulheres que são mortas anualmente. O Islão recomenda o tratamento condigno à mulher. Repetidamente o Profeta e a Palavra de Deus, alertam-nos para o bom carácter em relação a todos, em especial para com a mulher. O homem encontrará o paraíso nos pés da mãe. A melhor descrição acerca do relacionamento entre marido e mulher, é referida no Cur’ane: “Elas são as suas vestimentas e vós sois as vestimentas delas”. 2:187.

Protecção, apoio e conforto mútuo.

À pergunta “Nas mesquitas, porquê que as mulheres fazem as orações  separadas dos homens?”, esclarecemos: Nas orações em congregação, os crentes ficam muito juntos uns dos outros, ombro a ombro. E uma das partes da oração, é de nos prostrarmos a Deus. Por estarmos “colados” uns aos outros, os homens e as mulheres oram em salas separadas. Assim, Desligamo-nos de tudo e mantemo-nos concentrados nas orações. Referi também que nas Igrejas do interior, onde já fui várias vezes assistir a casamentos ou acompanhar funerais, os homens ficam numa ala e as mulheres noutra e isto não corresponde a nenhuma descriminação, mas sim respeito pelo lugar onde nos encontramos.

Nós acreditamos em Deus e vocês acreditam em Allah? De que matéria é Ele representado? Eram outras perguntas frequentes. Outros afirmaram que Allah é Deus dos Árabes. Ficaram espantados quando lhes disse que os Cristãos Coptas que estão no Egipto, também dizem Allah quando se referem a Deus. Deus é único para toda a humanidade e cada povo O denomina na sua própria língua. Assim, Allah é o termo arábico, que significa Deus, God, Dieu, Kulukumba (um dos dialectos moçambicanos).

Deus não é feito de ouro, de prata ou de qualquer outra matéria. Ele é o Único e não tem nenhuma representação, porque ninguém O conhece como Ele é. “Adorai a Deus e não lhe atribuais parceiros…”.

Muitos ficaram surpreendidos quando falámos de Issa – Jesus e de sua mãe Mariam – Maria, que a Paz de Deus esteja com eles; do nascimento milagroso de Jesus, masnão como filho de Deus; dos milagres feitos com a permissão de Deus; de ser um dos Mensageiros / Profetas mais importantes do islão; e que descerá à terra, quando se encontrar próximo o final do mundo. Quando lhes falámos de outros Profetas,

nomeadamente Abraão, Moisés, David, Salomão, João Baptista, compreenderam de que o Islão é uma religião monoteísta, sendo o Profeta Abraão o tronco comum das três religiões, o Judaísmo, Cristianismo e o islamismo. “Porque entram descalços nas mesquitas?” As Mesquitas são lugares sagrados, como as Igrejas e as Sinagogas. São Casas de Deus e devemos permanecer nelas de forma humilde e com trajes adequados. Entramos descalços para não transportarmos os detritos das ruas e porque são lugares onde nos prostramos a Deus. Por outro lado Deus refere na Bíblia – Êxodo 3:4,5: “Deus chamou Moisés no meio da sarça:

“Moisés! Moisés!” – Ele respondeu: “Aqui estou”. Deus disse-lhe; Não te aproximes daqui. Tira as sandálias dos teus pés porque o lugar onde te encontras é terra sagrada”. E Deus diz no Cur’ane: “Tira as tuas sandálias porque estás no vale sagrado de Tuwa”. 20:12

O tema quente muito debatido, foi a questão das guerras. Perguntaram os motivos “da Jihad, das guerras santas”, que actualmente são noticiadas com muita frequência nas televisões. A questão da Palestina e a invasão do Iraque, foram os principais temas de conversa. Um dos visitantes, ao pretender justificar a invasão do Iraque, afirmou: ”a América fez bem em invadir o Iraque, para derrubar o ditador”.

Imediatamente se ouviram vozes discordantes e curiosamente o “debate” teve lugar  entre os visitantes. Para acalmar os ânimos, pedi a palavra para referir que já é mais do que conhecido de que a invasão ocorreu sob um falso pretexto de existência de “armas de destruição massiva” e que a guerra só veio trazer a destruição de um país, a desestabilização política e militar da região, a morte de milhares de civis e de militares e o aumento da desconfiança e do ódio em relação aos invasores. O dinheiro despendido nesta invasão, poderia ter sido utilizado para ajudar a combater o flagelo da fome e da pobreza, que continuam a afligir milhões de seres humanos.

A Jihad não é guerra santa. É o esforço no caminho de Deus. A Jihad pode ser o esforço de um crente, na procura de conhecimentos escolares, com vista à obtenção de melhores condições de vida para si e para os seus. Neste caso particular, a melhor jihad é não ter medo de, cara a cara, proferir uma palavra justa, perante um governante injusto.

A questão da Palestina foi explicada recorrendo a exemplos concretos do que se passa em Portugal. Os diferendos relativos à posse da terra, geram conflitos entre vizinhos e herdeiros. Se alguém verificar que o seu quintal foi ocupado, ele ficará muito aborrecido com a situação. Pior ainda se a ocupação se estender a uma divisão da casa. Ele fará todos os possíveis para retirar os invasores, recorrendo aos tribunais. Com processos “apinhados”, as instâncias judiciais vão arrastando as decisões por muitos anos. Entretanto a paciência vai-se esgotando e os protagonistas continuarão a acusar-se mutuamente, recorrendo à força. Muitas vezes os diferendos acabam em mortes. Em Portugal, onde vivemos em paz, é frequente ouvirmos que um irmão matou o outro por causa dum pedaço de terreno.

A maior parte das querelas que vemos neste mundo conturbado, são derivadas por questões políticas, económicas e territoriais. Alguns muçulmanos, não respeitando os ensinamentos religiosos, em resposta às provocações, manifestam-se duma forma violenta, utilizando o nome da religião, acendendo ainda mais a fogueira da discórdia.

“….Quem matar uma pessoa que não tenha cometido homicídio ou semeado corrupção na terra, será julgado como se tivesse assassinado toda a humanidade.” Cur’ane 5:32.

Durante os dias em que decorreram as actividades, a afluência dos visitantes obrigou os responsáveis a permanecerem nas “suas casas”. As pausas eram aproveitadas para tomarmos em conjunto as refeições, num refeitório construído para o efeito. Os responsáveis das casas aproveitaram a oportunidade para conversarem acerca de diversos temas e pontos de vista religiosos. A curiosidade era imensa, mesmo entre as confissões cristãs. As voluntárias que se ofereceram para a cozinha, muito amáveis, serviram-nos refeições quentes, compostas por comida vegetariana e com opção de peixe e de carne. Por uma questão de respeito e de tolerância, nas ementas não constavam as carnes de porco e de vaca.

A nossa participação na “Aldeia das Religiões” teve como objectivo principal, esclarecer os visitantes dos verdadeiros princípios da fé islâmica. “Convoca (os humanos) à senda do teu Senhor com sabedoria e uma bela exortação; dialoga com eles de maneira benevolente.” Cur’ane 16:125. Não vivemos sozinhos neste mundo, cada vez mais global. Também aprendemos convivendo com outras confissões, conhecendo outras formas espirituais de estar na vida. Conhecer os “outros”, mesmo que oceanos e montanhas nos separem, ajuda-nos a compreender e a perspectivar um mundo melhor, onde possamos viver em paz e em harmonia.

Participámos nesta concentração de confissões religiosas, com muito entusiamo e com muito empenho, mas sem qualquer intenção de converter alguém ao Islão. “Não há compulsão na religião”. Cur’ane 2:256. Deus deu a todos os seres humanos a faculdade da livre escolha. Os seguintes versículos são bem elucidativos: “ó descrentes (da minha religião). Eu não adoro o que vós adorais, nem vós adorais o que adoro……… Para vós a vossa religião e para mim a minha religião”.Cur’ane 109, 1 a 6.

“Quando é que a religião foi única? Sempre houve duas ou três…. Elas tornarse-ão uma no Dia do Julgamento, mas aqui em baixo é impossível, pois cada um tem finalidade e desejos diferentes… no Dia do Julgamento, todos se tornarão um, se voltarão para uma só direcção e terão a mesma língua e o mesmo ouvido....” Djalal Ud-Din-Rumi.

Cumprimentos

Abdul Rehman Mangá

15/11/2012

Califas Probos 4-Califa Áli Ibn Abi Tálib (RAA)

“Você não ficaria satisfeito ser para mim o que Aarão foi para Moisés? Fique sabendo que não haverá qualquer profeta depois de mim”? 
(Bukhári e Musslim) 

Preparação: Dr. Ahmad Al Mazid
Dr. Ádel Ach Chadi

Em nome de Allah, o Clemente, o Misericordioso

Louvado seja Allah, Protetor dos temente e Ajudante dos enfraquecidos. Que a paz e a graça de Deus esteja com o derradeiro dos profetas e dos mensageiros, nosso Profeta Mohammad(S), com os seus familiares e com todos os seus companheiros.

Esta é a última jornada dos Califas probos e líderes dos orientados. Vamos viver com ela com o quarto califa probo, um dos dez auspiciados com o Paraíso, o primeiro menino a adotar o Islam, o califa mais próximo em parentesco do Rassulullah (S). É o seu primo, tendo o mesmo avô, Abdel Mutalib, marido da filha do Profeta (S) e pai do Hassan, Ali Ibn Abi Tálib (R).

Um dos famosos sábios, dos ascetas conhecidos, os oradores lembrados, herói dos heróis, cavaleiro dos cavaleiros, forte, o mestre dos corajosos, o portador do estandarte no dia de Khaibar para educar todo covarde!

Sob a Doção do Profeta (S)

Áli Ibn Abi Tálib (R) foi educado na casa do Profeta (S), isso antes do início da mensagem. Ibn Isaac 
relatou, com base em Mujáhid Ibn Jubair: “Foi da graça de Deus ao Áli Ibn Abi Tálib que uma crise se abateu sobre os coraixitas. Abu Tálib tinha uma família numerosa. O Profeta (S) pediu ao Abbás, um dos mais ricos entre o clã de Háchim, para aliviarem a carga familiar de Abu Tálib, adotando cada um deles um dos filhos dele. O Abbás aceitou e foram ter com Abu Tálib, expondo-lhe a questão. Este lhes disse: “Se vocês me deixarem ‘Aquil, podem fazer o que quiserem.”

O Rassulullah (S) levou Áli e o Abbás levou Jaafar. Áli permaneceu com o Profeta (S) até o início de sua mensagem. Ele o seguiu, acreditando e tendo confiança nele.

A Sua Conversão (R)

Áli (R) disse: “O Rassulullah (S) foi comissionado na segunda-feira, e eu adotei o Islam na quarta-feira.” Foi o primeiro menino a se tornar muçulmano. Estava com oito anos de idade.
Devido à sua pouca idade e a sua permanência na casa do Profeta (S), Áli Ibn Abi Tálib foi educado na boa conduta. Nunca foi pueril, nunca adorou ídolos, nunca ingeriu álcool, nem conheceu o caminho da diversão e da indecência.

Dormiu no Leito do Profeta (S)

No dia da Hégira, Áli Ibn Abi Talib (R) dormiu no leito do Profeta (S), mesmo sabendo do perigo que estava correndo, uma vez que os politeístas estavam à espreita, do lado de fora, armados, querendo matar quem estavam dormindo no leito. A sua vida, porém, não era mais querida do que a vida do Rassulullah (S).

Entrega dos Depósitos

Quando o Profeta (S) migrou para Madina, ordenou Áli (R) a permanecer em Makka para devolver os depósitos que estavam sob a guarda do Profeta (S), e então o seguisse junto com a sua família, e ele o fez.

Suas Participações

Áli (R) participou da batalha de Badr, e foi decisivo nela. Participou de Uhud, e estava do lado direito portando o estandarte depois de Mus’ab Ibn Umair. Participou da Batalha do Fosso e matou o herói dos árabes e um de seus famosos valentes, Amru Ibn Wad al Ámiri. Participou do pacto de Hudaibiya, da aclamação de Radhwan. Participou da expedição de Khaibar, tendo uma participação espantosa, conquistando a fortaleza e matando o seu comandante.

Participou de Umratul Cadhá. Nela o Profeta (S) disse: “Você é de mim e eu sou de você.” (Bukhári).
Participou da conquista de Makka, da campanha de Hunain, de Taif. Em todas essas batalhas lutou com coragem ímpar. Ele acompanhou o Rassulullah (S) na Umra à partir de Ju’rána.

O Rassulullah (S) o enviou como emir e governador do Iêmen, juntamente com Khálid Ibn al Walid. Acompanhou o Rassulullah (S) na Peregrinação de Despedida, levando as oferendas, cumprindo os rituais que o Rassulullah (S) cumpria. Acompanhou-o na oferenda, permanecendo com o ihram (veste da peregrinação) até sacrificarem as oferendas após o término dos rituais da peregrinação. 

Será que o Profeta (S) Designou Áli Para a Sua Sucessão?

Quando o Profeta (S) adoeceu, o Abbás disse para Áli (R): “Pergunte ao Rassulullah (S) quem irá sucedê-lo?” Áli respondeu: “Por Deus que não irei perguntar. Se ele nos proibir, as pessoas não irão nos aceitar mais depois dele.” 

As tradições verdadeiras e sinceras mostram que o Rasssulullah (S) não indicou a ele ou a ninguém para sucedê-lo, mas aludiu ao Siddik e indicou de forma compreensível e visível a ele.

O que muitos ignorantes e estúpidos alegam que ele indicou Áli para o califado, estão mentindo, proferindo calúnias e falsidades, e cometem um grave erro, acusando os companheiros de traição e de parcialidade, deixando de executar o seu testamento, desviando-o para outro, sem sentido nem causa.

Cada crente em Deus e no Seu Mensageiro confirma que o Islam constitui na verdade e sabe que essa alegação é falsa, porque os companheiros do Rassulullah (S) eram pessoas melhores depois dos profetas, as melhores gerações dessa comunidade, a mais nobre das comunidades neste mudo e no Outro, de acordo com o texto do Alcorão, do consenso dos antecessores e dos sucessores, com a graça de Deus.

Alegar, também, que o Profeta (S) designou Áli (R) para o califado e ele não o exigiu, mas exerceu a função de ministro e conselheiro dos califas anteriores, casou e concedeu sua filha em casamento, acusando-o de mudez e fraqueza, Deus está isento disso, pois ele foi o cavaleiro indomável, que não se furtava em pronunciar a verdade.

A Sua Posição Quanto ao Califado dos que o Antecederam

Quando o Rassulullah (S) faleceu, Áli participou da preparação, banho e amortalhamento e sepultamento do corpo. Quando o Siddik foi aclamado, em Saquifa, Áli fazia parte dos que o aclamaram na mesquita. 
Estava ao lado do Siddik, com os outros líderes dos companheiros, consciente de seu dever de obedecê-lo e servi-lo.

Quando Abu Bakr faleceu e Omar assumiu o califado por designação de Abu Bakr, Áli participou de sua aclamação, e foi o seu fiel conselheiro.

Diz-se que Omar lhe pediu para sentenciar durante o seu califado, foi com ele e um grupo dos companheiros para a Síria, assistiu ao seu discurso em Jábiya.

Quando Ômar foi apunhalado, e tornou a sucessão numa questão de consulta entre seis candidatos, com Áli sendo um deles, e a escolha ficou entre Osman e Áli e a escolha ficou com Osman, ele acatou a escolha. Quando Oman foi assassinado, numa sexta-feira, as pessoas escolheram Áli e o acalmaram.

Áli negou-se atendê-los em aceitar o califado mesmo com a insistência no pedido. Ele se retirou para o 
pomar de Bani Ámru Ibn Mabdul e se fechou no local. As pessoas foram atrás dele, insistiram com ele, juntamente com Tal-há e Zubair. Disseram-lhe: “Não se pode ficar sem um governante.” Continuaram insistindo com ele até aceitar.

Suas Virtudes

Áli Ibn Abi Tálib (R) teve muitas virtudes e muitos méritos. O Imam dos sunnitas, Ahmad Ibn Hanbal (que Deus tenha piedade dele), disse: “Nenhum dos companheiros do Rassulullah (S) teve os méritos de Áli.” Isso indica o amor dos sunnitas a Áli e os familiares do Profeta (S), pois eles conservaram essas tradições e as narraram como as ouviram do Profeta (S), sem omitir nenhuma delas. Entre as tradições a respeito de seus méritos (R), citamos:

Primeiro. Áli como Mártir: Abu Huraira (R) relatou que o Rassulullah (S) estava em Harrá juntamente com Abu Bakr, Omar, Osman, Áli, Tal-há e Zubair, e a rocha se moveu. O Rassulullah (S) disse: “Quita, está sobre você um profeta,ou Siddik ou mártir.”

Segundo. Áli no Paraíso. O Rassulullah (S) disse: “Abu Bakr estará no Paraíso, Omar estará no Paraíso, Osman estará no Paraíso e Áli estará no Paraíso.” (Ahmad).

Terceiro. Só o ama o crente e só o odeia o hipócrita: Áli (R) disse: “Por Aquele que criou a semente e fez soprar a brisa, que o Profeta iletrado (S) me afiançou que só me amará o crente e só me odiará o hipócrita.” (Musslim).

Quatro. Sua posição em relação ao Profeta (S): Saad Ibn Abi Waccas relatou que o Rassulullah (S) deixou Áli em Madina durante a expedição de Tabuk. Disse-lhe: “Ó Rassulullah, está me deixando junto com as mulheres e as crianças”? Respondeu-lhe: “Você não ficaria satisfeito ser para mim o que Aarão foi para Moisés? Fique sabendo que não haverá qualquer profeta depois de mim”? (Bukhári e Musslim).

Quinta. Familiares do Profeta (S). Saad Ibn Waccas relatou que quando o seguinte versículo: “Vinde! Convoquemos os nossos filhos e os vossos” (3:61), o Rassulullah (S) convocou Áli, Fátima, Hassan e Hussein e disse: “Ó Deus, estes são os meus familiares” (Musslim).

Sexta. Áli ama Deus e Seu Profeta (S), Deus e Seu Profeta (S) o amam. Sahl Ibn Saad (R) relatou que o Rassulullah (S) disse no dia de Khaibar: “Amanhã vou entregar o estandarte a um homem, por intermédio do qual, Deus irá conceder a vitória. Ele ama Deus e Seu Profeta (S) e Deus e Seu Profeta (S) o amam”. As pessoas foram dormir querendo adivinhar a quem daria o estandarte. Ao amanhecer, foram ter com o Rassulullah (S), cada um desejando ser escolhido. Ele perguntou: “Onde está Áli Ibn Abi Tálib”? Responderam-lhe: “Ele está se queixando dos olhos”. Pediu: “Mandem chamá-lo”. Áli chegou, o Rassulullah (S) pegou a sua saliva, passou nos olhos dele, fez uma prece e a vista de Áli ficou boa, sem dor. Deu-lhe o estandarte e Deus lhe concedeu a vitória. (Bukhári e Musslim).

Sétima. Áli, como juiz. Áli (R) relatou: “O Rassulullah (S) me enviou ao Iêmen, como juiz. Perguntei-lhe: ‘Ó Rassulullah, está me enviando a pessoas mais velhas do que eu para ser juiz deles’? Respondeu: ‘Vai, Deus, Altíssimo, firmará a sua língua e orientará o seu coração’. (Ahmad e Nissá-i).

Oitava. Você é meu e eu sou seu. Bará Ibn ‘Azib (R) relatou que o Profeta (S) disse a Áli: “Você é meu e eu sou seu”. (Bukhári).
Habachi Ibn Junáda relatou que o Profeta (S) disse: Áli é meu e eu sou dele e, só pagam as minhas dívidas, eu ou Áli”. (Ahmad e Tirmizi).

Os elogios dos companheiros e de seus antecessores

Ômar Al Khattab (R) disse: “Áli é o nosso juiz”. Costumava pedir refúgio em Deus, quanto aos problemas em que não havia opinião de Abul Hassan, quer dizer Áli.

Ibn Abbás disse: “Quando era-nos apresentado um parecer de Áli, não objetávamos”.
Ibn Saad, baseado em Said Ibn Mussib relatou: “Nenhum dos companheiros se atrevia a dizer: ‘Perguntem-me’, a não ser Áli Ibn Abi Tálib”.

Ibn Mass’ud declarou: “O mais sensato e o maior juiz de Madina era Áli”.
Aicha (R) declarou: “Era o mais conhecedor do que restou dos companheiros quanto a Sunna”.
Massruk declarou: “O conhecimento dos companheiros do Rassulullah (S) terminou em Ômar, Áli e Ibn Mass’ud”.

Abdullah Ibn Abbás disse: “Áli possuía um conhecimento vasto, foi um dos primeiros muçulmanos, genro do Profeta (S), jurisprudente da Sunna, aliado nas batalhas e muito generoso”.
Ômar Ibn Al Khattab (R) disse: “Foram concedidas a Áli pelo Profeta (S) três características, se uma deles fosse concedida a mim, eu a preferiria às coisas mais valiosas”. Perguntaram-lhe: “Quais são”? Respondeu: “O casamento com a sua filha, a sua residência na mesquita e o estandarte no dia de Khaibar”.
Áli (R) disse: “Por Deus, nenhum versículo foi revelado sem que eu soubesse sobre o quê, onde e a respeito de quem foi revelado. Meu Senhor me concedeu um coração sensato e uma língua eloquente”.

Conduta de Áli (R)

Costumava varrer a casa da moeda, rezava nela, com a esperança de que Deus testemunhasse que não deixava de distribuir os bens entre os muçulmanos.

Seu ascetismo

Quando Áli assumiu o califado, não mudou a sua conduta ascética quanto ao mundo. Recusou-se a morar no palácio do califado. Abandonou-o dizendo: “É o palácio dos insânos, nunca irei morar nele”.

Jarmuz relatou: “Vi Áli vestindo roupas rústicas, a calça até metade da canela, camisa curta, com bastão na mão, andando pelo mercado, ordenando às pessoas temerem a Deus e serem honestas no seu comércio, dizendo-lhes: “Pesem e meçam devidamente”. 

Sua Justiça

Áli sentiu falta de um escudo quando estava em Siffin, encontrou-o na casa de um judeu. Queixou-se ao juiz Churaih, acusando-o de ter roubado o escudo.
O judeu negou. Churaih pediu a Áli para que apresentasse testesmunhas. Áli apresentou o seu ajudante e Hassan. O juiz lhe disse: “Testemunho de filho não é aceito” e sentenciou a favor do judeu. O judeu então disse: “O emir dos crentes me levou perante o juiz e este o condenou”. Por isso declaro: “Presto testemunho de que não há outra divindade além de Allah e de que Mohammad é seu Mensageiro. O escudo é seu, ó emir dos crentes”. Áli lhe deu o escudo de presente.

Dhirar Bin Dhamra Descreve ÁliMuáwiya pediu a Dhirar Ibn Dhamra: “Descreve-me Áli.” Respondeu-lhe: “Isente-me disso.” Pediu-lhe: “Peço-lhe por Deus que o faça.” Disse:
Era, por Deus, de longa visão, muito forte, falava com eloqüência e sentenciava com justiça. O conhecimento brotava de seus flancos, sua língua pronunciava sabedoria, negava o mundo e suas flores e tinha intimidade com a noite e suas trevas. Era, por Deus, de lágrima fácil, de pensamento longo, gostava as vestes curtas e os alimentos simples. Era como nós, respondia quando era perguntado, atendia ao nosso convite e nós, por Deus, apesar de sua proximidade não conseguíamos lhe falar por respeito e reverência. Ele valorizava os religiosos, se aproximava dos necessitados. O forte não cobiçava o sua ilicitude e o fraco não se desesperava pela sua justiça. Presto testemunho que o vi em algumas situações, tarde da noite, segurando a barba, agitado como se tivesse sido picado, chorando de tristeza e dizendo: “Ó mundo, tente outro, não adianta se expor ou se enfeitar. Sei de três coisas a seu respeito: A sua vida é curta, o seu perigo é grande. Temo a pouca provisão, a longa jornada e a solidão do caminho.”
Muáwiya chorou e disse: “Que Deus tenha misericórdia de Abul Hassan. Por Deus, era realmente assim.” 

Seu Assassinato
Quando a disputa entre Áli e Muáwiya se agravou, três pessoas dos khawárij resolveram assassinar Áli, Muáwiya e Ômar Ibn Al ‘(RAA).  (Que Deus esteja Satisfeito com todos eles). 

Quanto ao encarregado de assassinar Áli, foi Abdul Rahman Ibn Muljim (Que Deus o deteste). Foi ajudado por Chubaib Ibn ‘Ajra Achja’i (Que Deus o deteste).

Na noite de sexta-feira, 17 de Ramadan do ano 40 da Hégira, Áli (R) acordou cedo para o Sahur, o muézin foi ter com ele e o avisou do horário da oração. Áli saiu, chamando as pessoas à oração. Os dois criminosos estavam de tocaia. Chubaib o segurou, Áli o golpeou com a espada. A espada atingiu a porta. Então, Ibn Muljim o golpeou com a espada, atingindo-o na fronte e fugiu. Chubaib voltou para casa e um homem de Bani Umaiya o matou.

Quanto a Ibn Muljim, foi perseguido, preso e levado até Áli que o olhou e disse: “Vida por vida. Se eu morrer, matem-no como me matou. Se eu escapar, vou estudar o seu caso”.
Ibn Muljim ficou preso, enquanto Áli permaneceu vivo na sexta e no sábado, faleceu na noite de domingo. Hassan ordenou que cortassem a cabeça de Ibn Muljim. 

Que Deus esteja satisfeito com Áli Ibn Abi Tálib(R). Ó Senhor seja testemunha de que o amamos, a todos os califas probos e a todos os companheiros de Seu Profeta. Que Deus abençoe e dê paz ao nosso Profeta Mohammad(S), aos seus familiares e a todos os seus companheiros.

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"São aqueles aos quais foi dito: Os inimigos concentraram-se contra vós; temei-os! Isso aumentou-lhes a fé e disseram: Allah nos é suficiente. Que excelente Guardião! Pela mercê e pela graça de Deus, retornaram ilesos. Seguiram o que apraz a Deus; sabei que Allah é Agraciante por excelência." (03: 173-174)

يُرِيدُونَ أَن يطفئوا نُورَ اللّهِ بِأَفْوَاهِهِمْ وَيَأْبَى اللّهُ إِلاَّ أَن يُتِمَّ نُورَهُ وَلَوْ كَرِهَ الْكَافِرُونَ

......Desejam em vão extinguir a Luz de Deus com as suas bocas; porém, Deus nada permitirá, e aperfeiçoará a Sua Luz, ainda que isso desgoste os incrédulos!

terça-feira, novembro 13, 2012

O comportamento com os vizinhos:

Orientado por Sheikh Abdu Osman

Disse o Profeta Mohamad (SAS): “de tanto que o Anjo Gabriel me recomenda pelo vizinho eu pensei que Deus haverá de prescrever parte da minha herança para ele”, e disse também “quem acredita em Deus e no dia do julgamento final, que seja generoso com seu vizinho.” Portanto cabe ao muçulmano ter o seguinte comportamento:

1- não maltratá-lo com palavras e/ou atitudes, disse o profeta (SAS): “por Deus não é crente aquele que seu vizinho não tem sossego quanto a ele.” e quando lhe falaram sobre uma mulher que orava, jejuava e fazia caridade, mas maltratava seus vizinhos o profeta (SAS) disse: “ela estará no inferno.”

2- tratar bem os vizinhos, apoiá-lo quando precisa de apoio, ajuda-lo quando precisa de ajuda, visita-lo quando está doente, parabenizá-lo nas suas alegrias, conforta-lo nas suas tristezas, socorre-lo quando precise, inicia-lo com os cumprimentos, falar com educação com ele, conversar com carinho com seu filho e aconselha-lo, cuidar da sua família quando for preciso, perdoar suas falhas, não ficar observando as falhas dele, conservar a sua dignidade e honra, não perturbá-lo com construção ou corredores, não jogar o lixo em frente a sua casa.

3- ser generoso com ele, mandar comida para ele.

4- respeita-lo e não perturbá-lo ao pregar um quadro na parede de divisa deverá informá-lo e consulta-lo, não alugar o vender a sua casa antes de dar preferência a ele, se ele precisa usar a parede de divisa não impedi-lo.

5- ter paciência com os maus tratos da vizinhança.

Fonte:http://amaivos.uol.com.br/amaivos09/noticia/noticia.asp? od_noticia=17130&cod_canal=54

O comportamento com os seres inanimados (Meio ambiente)

Orientado por Sheikh Abdu Osman

O Islam antes dos ambientalistas estabelecerem regras para o meio ambiente há 1433 anos atrás ao falar sobre o equilíbrio na criação do universo que não foi criado a toa mas todas as coisas nele criadas são criados devido a uma exata proporção, as regras estabelecidas evitam choque entre as funções de cada elemento neste universo para manter o equilíbrio. Podemos citar o exemplo da China onde os pássaros comiam 3% da safra do arroz e para impedir esse prejuízo mataram os pássaros, logo apareceu um problema maior quando as minhocas acabaram consumindo 50% da safra. O Islam para preservar o ambiente estabeleceu regras como: “impedir os danos é melhor que trazer benefícios”, também não há dano singelo nem recíproco” tais regras impedem os transgressores ao meio ambiente de causar danos.

Estabelece a regra de “prevenir contra a corrupção” esta regra impede o ser humano de agredir o meio ambiente, o profeta Mohamed (SAS) orienta para que as pessoas preservem as fontes hídricas de poluição quando disse: “evitem as três maldições: fazer necessidades nas fontes de água, lugares de passagem de pessoas, e na sombra” e completou “não urine na água parada” o Islam dá orientação para que se preserve a higiene nas residências, disse o profeta(SAS): “Deus é belo e aprecia tudo o que é belo e limpo, então limpem suas casas e jardins”.

O Islam estimula as pessoas a plantarem e embelezarem o meio ambiente, disse o profeta (SAS): “todo muçulmano que plante uma planta ou uma muda e vem se alimentar dela uma ave, ser humano ou um animal é considerado uma caridade para ele, e disse também “se vier a acontecer o fim do mundo e na mão de um de vocês tiver uma muda , que a plante se puder”. Existem três fundamentos básicos nos Islam para a preservação do meio ambiente:

1- o muçulmano deve ser justo e não deve transgredir os limites, deve observar a Deus em qualquer ação seguindo Sua orientação e por tal razão não deve corromper nenhum dos alimentos da natureza, portanto não deve poluir a água, extrapolando no seu consumo, matar um animal sem razão, proteger a terra;

2-o Alcorão veio para organizar os aspectos geria da vida e entre esses aspectos está o meio ambiente, proibindo assim exagero nas medidas para que não haja desequilíbrio;

3- buscar o equilíbrio e respeitar os limites estabelecidos por Deus e não causar danos, disse Deus no Alcorão:
وَلاَ تَعْثَوْا فِي الأَرْضِ مُفْسِدِينَ (85)
“não espalhem na terra a corrupção” ( Surat Hud 85 )

Na Assunnah profética há ênfase sobre o meio ambiente, podemos dividí-la em três grupos:

1- ditos que estimulam a plantação e preservação de árvores, considerando que o plantio é uma obrigação coletiva e para preservar a plantação e as sementes o profeta (SAS) proibiu a coleta antes da época, além de estabelecer garantias financeiras contra danos causados às plantações por animais.

2- Regras relacionadas à caça, onde é proibido a prática a não ser para alimentação, disse o profeta(SAS): “não tome algo vivo como alvo e quem matar um pássaro por brincadeira irá testemunhar contra ele no dia do julgamento final”.

3- Regras que estabelecem a quarentena e reservas ambientais, disse o profeta (SAS): “não deve-se apresentar uma pessoa doente a outra sã” sabe-se tbm que o Islam havia estabelecido determinados período do ano onde proíbe matar e assustar animais e cortar e queimar plantações em determinados lugares.

Fonte: http://amaivos.uol.com.br/amaivos09/noticia/noticia.asp?cod_noticia=17521&cod_canal=54

O comportamento com as mulheres

Orientado por Sheikh Abdu Osman.

O Islam desde o início da revelação do Alcorão e através da orientação do Profeta Mohammad (SAS) estabelece princípios fundamentais no tratamento dado às mulheres, são eles:

1- que a mulher é igual ao homem no sentido da humanidade disse Deus no Alcorão:
يَا أَيُّهَا النَّاسُ اتَّقُوا رَبَّكُمُ الَّذِي خَلَقَكُم مِّن نَّفْسٍ وَاحِدَةٍ وَخَلَقَ مِنْهَا زَوْجَهَا وَبَثَّ مِنْهُمَا رِجَالاً كَثِيراً وَنِسَاءً

“Ó humanos, temei a vosso Senhor, que vos criou de um só ser, do qual criou a sua companheira e, de ambos, fez descender inúmeros homens e mulheres. (surata das mulheres-ver: 1) além disso disse o Profeta(SAS): “pois as mulheres são a metade que completam os homens.”

2- o Islam eliminou a maldição das mulheres atribuída pelas outras religiões antigas por ela ser a razão da expulsão de Adão do paraíso, o Islam afirma que ambos cometeram a falha e ambos foram punidos como conseqüência dessa falha de uma forma igual, disse Deus:
فَأَزَلَّهُمَا الشَّيْطَانُ عَنْهَا فَأَخْرَجَهُمَا مِمَّا كَانَا فِيهِ وَقُلْنَا اهْبِطُوا بَعْضُكُمْ لِبَعْضٍ عَدُوٌّ وَلَكُمْ فِي الأَرْضِ مُسْتَقَرٌّ وَمَتَاعٌ إِلَى حِينٍ
“todavia, Satanás os seduziu, fazendo com que ambos saíssem do estado (de felicidade) em que se encontravam, então Dissemos: Descei! Serei inimigos uns dos outros, e, na terra, tereis residência e gozo por um determinado tempo.” (surata da vaca 36); e disse também sobre o arrependimento de ambos:
قَالا رَبَّنَا ظَلَمْنَا أَنفُسَنَا وَإِن لَّمْ تَغْفِرْ لَنَا وَتَرْحَمْنَا لَنَكُونَنَّ مِنَ الخَاسِرِينَ
“Ó Senhor nosso, nós mesmo nos condenamos e, se não nos perdoares e Te apiedares de nós, seremos desventurados!” (surata os Simos, 23). O Alcorão por vezes em alguns versículos atribui o pecado, chamado original, a Adão apenas, quando disse Deus:
وَعَصَى آدَمُ رَبَّهُ فَغَوَى (121) ثُمَّ اجْتَبَاهُ رَبُّهُ فَتَابَ عَلَيْهِ وَهَدَى (122)
“Adão desobedeceu ao seu Senhor, e deixou-se seduzir, mas logo seu Senhor o elegeu, o absolveu e o encaminhou. (Tá-há 121/122). Além disso, Deus inocenta tantos homens quanto mulheres de carregarem o pecado dito original quando disse:
تِلْكَ أُمَّةٌ قَدْ خَلَتْ لَهَا مَا كَسَبَتْ وَلَكُم مَّا كَسَبْتُمْ وَلاَ تُسْأَلُونَ عَمَّا كَانُوا يَعْمَلُونَ (134)
“aquela é uma nação que já passou; colherá o que mereceu e vós colhereis o que merecerdes, e não sereis responsabilizados pelo que fizeram.” (surata da vaca 134).
3- a mulher tem o mesmo grau de religiosidade e de devoção, merece o paraíso se praticar o bem e o castigo se fizer o mal, da mesma forma que o homem, disse Deus:
مَنْ عَمِلَ صَالِحاً مِّن ذَكَرٍ أَوْ أُنثَى وَهُوَ مُؤْمِنٌ فَلَنُحْيِيَنَّهُ حَيَاةً طَيِّبَةً وَلَنَجْزِيَنَّهُمْ أَجْرَهُم بِأَحْسَنِ مَا كَانُوا يَعْمَلُونَ (97)
“a quem praticar o bem, seja homem ou mulher, e for crente consideremos uma vida agradável, e premiaremos com uma recompensa, de acordo com a melhor das suas ações.” (surata das abelhas, 97), e disse também:
إِنَّ المُسْلِمِينَ وَالْمُسْلِمَاتِ وَالْمُؤْمِنِينَ وَالْمُؤْمِنَاتِ وَالْقَانِتِينَ وَالْقَانِتَاتِ وَالصَّادِقِينَ وَالصَّادِقَاتِ وَالصَّابِرِينَ وَالصَّابِرَاتِ وَالْخَاشِعِينَ وَالْخَاشِعَاتِ وَالْمُتَصَدِّقِينَ وَالْمُتَصَدِّقَاتِ وَالصَّائِمِينَ وَالصَّائِمَاتِ وَالْحَافِظِينَ فُرُوجَهُمْ وَالْحَافِظَاتِ وَالذَّاكِرِينَ اللَّهَ كَثِيراً وَالذَّاكِرَاتِ أَعَدَّ اللَّهُ لَهُم مَّغْفِرَةً وَأَجْراً عَظِيماً (35)

“quanto aos muçulmanos e às muçulmanas, aos crentes e às crentes, aos consagrados e às consagradas, aos verazes e às verazes, aos perseverantes e às perseverantes, aos humildes e às humildes, aos caritativos e às caritativas, aos jejuadores e às jejuadoras, aos recatados e às recatadas, aos que se recordam muito de Allah e às que recordam d’Ele, saibam que Allah lhes têm destinado a indulgência de uma magnífica recompensa.” (surata dos partidos, 35).

4- o Islam combateu o desprezo que os árabes tinham ao receberem a notícia de que nasceu uma menina para eles e vem dando uma ênfase para que demonstrem darem boas vindas ao nascimento das meninas.

5- o Islam ordena honrar e dignificar as mulheres sendo elas filhas, esposas e mães, como filha disse o Profeta (SAS): “qualquer homem que tiver uma menina que consegue educa-la bem, trata-la bem e cuidar dela bem eu garanto para ele o paraíso.” E como esposa disse o Profeta (SAS): “ o melhor entre vós é o melhor para sua esposa e eu sou o melhor entre vós para a minha esposa.” E disse também: “a vida é sedutora e o melhor bem a ser adquirido nela é ter uma virtuosa esposa.” Quanto às mãe disse o profeta (SAS): “o paraíso repousa debaixo dos pés das mães.”

6- igualar as mulheres na educação, disse o profeta (SAS): “a busca pelo conhecimento é uma obrigação de cada muçulmano” incluindo neste dito as mulheres.

7- o Islam garantiu direito à herança às mulheres, sejam elas mães, esposas, filhas, adultas ou menores ou até na barriga de sua própria mãe.

8- o Islam organiza as obrigações do casal um com o outro estabelece nisso direitos iguais os do homem para as mulheres, disse Deus:
وَلَهُنَّ مِثْلُ الَّذِي عَلَيْهِنَّ

“ela têm direitos equivalentes aos seus deveres.” (surata da vaca, 228).

9- o Islam organizou o divórcio de modo que impede o homem tornar-se injusto durante a aplicação de divórcio, como por exemplo o limite de divórcio é se divorciar 3 vezes, não podendo também ocorrer a qualquer hora, além de estabelecer prazo para concretizar o divórcio. Se a mulher engravidar o prazo fica alterado até conceber a criança para se divorciar.

10- quem acompanha as regras das leis islâmicas não encontra diferença entre a capacidade do homem e da mulher em todos os aspectos inerentes às finanças, como comércio, contratação, pagamentos, intermediações, locações, penhores, divisões, alegações mediantes a justiça, declarações, procurações, fianças, acordos de conciliação, acordos comerciais, investimentos, contas bancarias e donativos.

11- no que tange os direitos sociais cabe a mulher escolher seu marido com quem vai casar, mantendo o nome de solteira mesmo após o casamento, além de ter o direito ao divórcio há mais de quatorze séculos, algo que foi contemplado pela legislação brasileira somente em 1979.

12- quanto ao direito econômico o Islam dá autonomia e independência econômica para as mulheres antes, durante e depois do casamento; em tudo o que ela ganhar pelo seu esforço com trabalho e investimentos ou sem esforço como no caso da herança, também o Islam desobriga as mulheres a sustentarem a família, mesmo sendo ricas, e tornou isso apenas uma obrigação dos homens, sendo pai irmão ou esposo não tem o direito de arbitrar sobre o destino a ser dado aos recursos financeiros das mulheres, exceto ao tutor das mulheres se forem menores de idade e mesmo assim com bastante cautela, ou quando a mulher permite ao homem administrar seus bens por livre e espontânea vontade e com as devidas precauções legais.

13- é dado às mulheres o direito na participação da vida política de acordo com as leis islâmicas, no voto, na tomada das decisões e na fiscalização dos órgãos governamentais, inclusive contestando as decisões tomadas principalmente quando se trata de leis e normas referentes às mulheres. 

Fonte: http://amaivos.uol.com.br/amaivos09/noticia/noticia.asp?cod_noticia=17521&cod_canal=54

domingo, novembro 11, 2012

Perdão e Conselho um direito de todos os muçulmanos

Em nome de Allah , O Clemente, O Misericordioso. Louvado Seja Allah , criador do céu e da terra. Nos recordamos e nos voltamos humildes a Allah (SWT), pedimos o Seu perdão e suplicamos a Sua misericórdia.

Testemunho que não há Divindade a não ser Allah (SWT), e testemunho que o Profeta Mohamed (SAAW) é seu servo e Mensageiro, o escolhido entre as criaturas. Aquele que divulgou a mensagem, zelou pelo que lhe foi confiado, aconselhou o povo, aboliu a injustiça e serviu em nome de Allah (SWT).

Que Allah (SWT) abençoe e de paz ao Profeta (SAAW), bem como para a sua família, companheiros e seguidores até o Dia do Juízo Final.

No Islam, o arrependimento consiste em reconhecer o pecado cometido, solicitar sinceramente o perdão a Allah(SWT), e afastar-se definitivamente do pecado. Pois Allah(SWT) é Perdoador.

Todas as pessoas devem se arrepender, pois o Profeta Muhammad(SAAW) disse: “Ó humanos, arrependei-vos perante Allah, e implorai o Seu perdão, pois eu me arrependo perante Ele cem vezes ao dia.” Isto por que praticar um ato ilícito pode levar a pessoa à descrença. Portanto cometer ou persistir no pecado pode tornar o crente descrente".

O conselho faz parte das bases do Islam. Allah(SWT) no Alcorão Sagrado na Surat AL-ASR vers 1 ao 3 "Pela era, que o homem está na perdição, salvo os crentes, que praticam o bem, aconselham-se na verdade e recomendam, uns aos outros, a paciência!"

Narra-se que Hassan e Hussein passaram por um homem idoso que estava se abluindo de forma errônea. Eles combinaram aconselhar o homem e ensiná-lo como praticar corretamente a ablução. Eles se colocaram ao lado dele e lhe disseram: "Tio, veja quem de nós dois sabe se abluir melhor. Quando cada um deles praticou a ablução, o homem percebeu que eles praticavam a ablução de forma correta. Assim, ele descobriu que ele não o fazia corretamente. Ele os agradeceu pelo que lhe darem conselho sem constrangimento.


O Profeta (SAAW) disse: “A religião constitui conselho sincero.” Então lhe perguntamos: “A quem?” Disse: “A Deus, a Seu Livro, a Seu Mensageiro, aos líderes muçulmanos, e aos muçulmanos em geral.” Não se deve guardar o conselho: O muçulmano sabe que o conselho é um dos direitos que ele deve dar aos irmãos muçulmanos. O muçulmano é o espelho do irmão, aconselha-o, mostra-lhe os seus defeitos, e não guarda nada dele. Que o conselho seja em segredo: O muçulmano não revela os defeitos do irmão nem o constrange. Foi dito que o conselho público é denuncia."

Quando o Profeta (SAAW) desejava aconselhar alguém presente na reunião, dizia: "Que pensam pessoas que fazem tal coisa? Que pensa alguém de vocês que faz tal coisa?" Foi dito que o conselho é pesado. Portanto não o transformem do peso de uma montanha, nem o enviem como polemica. As verdades são amargas. Portanto, cooperem em torná-las suaves".

As boas maneiras do aconselhado: Aceitar o conselho com boa vontade, sem aborrecimento, ou pesar ou orgulho. Foi dito: Aceite o conselho de qualquer forma e o dá da melhor forma.

Não se deve persistir no erro: O retornar ao certo é uma virtude e o apegar-se ao inútil é vício. O muçulmano evita ser daqueles a respeito dos quais Allah(SWT) Louvado Seja no Alcorão Sagrado na Surat AL-BACARA vers 206: "Quando lhe é dito que tema a Allah, apossa-se dele a soberba, induzindo-o ao pecado. Mas o inferno ser-lhe-á suficiente castigo. Que funesta morada!"