quinta-feira, maio 17, 2012

OS PRIVILÉGIOS E AS RESPONSABILIDADES DOS ERUDITOS

Assalamo Aleikum Warahmatulah Wabarakatuhu (Com a Paz, a Misericórdia e as Bênçãos de   Deus) Bismilahir Rahmani Rahim (Em nome de Deus, o Beneficente e Misericordioso) - JUMA MUBARAK 
Deus estabelece uma diferença entre aquele que tem conhecimentos e aquele que não os tem. “...Poderão equiparar-se os sábios com os ignorantes?” Cur’ane, 39:9.

O ser humano é aconselhado a procurar conhecimentos científicos, técnicos e religiosos, a fim de melhorar a sua sobrevivência e para os que se encontram ao seu cargo. Com conhecimentos, saberá distinguir o bem do mal. Os mais cultos e inteligentes, assumirão lugares importantes na sociedade. Os mais desfavorecidos, material e culturalmente, verão neles uma “tábua de salvação” para os seus problemas. O que estudou as leis religiosas, que possui uma riqueza espiritual e um bom carácter, terá também um lugar importante e respeitado perante a comunidade. A sociedade lhes concederá certos privilégios, próprios de pessoas eruditas. Os que sabem mais a recitação do Cur’ane, serão chamados para dirigirem as orações em congregação. Se houver igualdade nos conhecimentos, então será escolhido quem mais conhece as tradições proféticas e dentre eles, o de mais idade.

Aisha (Radiyalahu an-há), foi abordada por um pobre que lhe pediu caridade. Ela lhe um pedaço de pão. Em outra ocasião, foi abordada por homem bem vestido e de bons modos, pedindo também algo para comer. Ela o convidou a sentar-se e lhe deu de comer. Foi inquirida sobre a dualidade dos dois casos e ela respondeu: “O Mensageiro de Deus (Salalahu Aleihi Wassalam) disse: “Tratai as pessoas de acordo com as suas posições”. Abu Daoud.

Os que dominam conhecimentos, estarão na fila da frente, para prestarem contas perante o Criador. É pena que muitas vezes não o façam perante a sociedade e o mundo. Muitas vezes os conhecimentos são utilizados para obtenção de bens ilícitos, prejudicando os desfavorecidos. Responderão no dia do Julgamento Final, por tudo o que fizeram e também por aquilo que deviam ter feito. Cada um de nós, tem uma missão específica na vida, de acordo com as suas capacidades físicas e intelectuais.

“Cada um de nós é guardião, protetor e responsável por aqueles que se encontram ao nosso cargo”. Cada um de nós se assumirá, individualmente, pelos atos cometidos. Deus é Justo e ninguém sairá defraudado. “Deus ordena a justiça, a caridade, o auxílio aos parentes e veda a obscenidade, o ilícito e a iniquidade. Ele vos exorta a que mediteis”. Cur’ane 16:90 .

Imaginem um responsável religioso duma comunidade, ou um governante de um país, que se desviam das suas obrigações. Apregoarão o que o Criador e as leis do país proibiram de praticar, mas eles próprios não cumprirão. Darão ênfase sobre a abstinência, mas não seguirão esse caminho. Bajularão os ricos, para obtenção de  bens terrenos. Ocuparão lugares de destaque nas assembleias, não para servir, mas para darem ares da sua arrogância. Venderão as suas integridades, a troco de favores dos poderosos. Ansiarão ser convidados para festas sumptuosas. Afastar-se-ão dos necessitados e dos pobres.

Ammar (Radiyalahu an hu), referiu que o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) disse: “Quem tiver duas caras neste mundo, terá duas línguas de fogo no dia da Ressurreição”. 41-4855 Sunan Abudawud.

Pensando que ninguém os vê, praticarão actos infames. Mas esquecem de que o povo, mais cedo ou mais tarde, se interrogará: “Se os conhecedores das leis divinas e terrenas, podem praticar estes atos, porque nós não os podemos copiar?. Serão eles os mais criminosos dos homens, porque arrastarão consigo, para o mau caminho, um grande número da população. “Ó crentes, porque dizeis o que não fazeis? É muito odioso perante Deus, dizerdes o que não fazeis”. Cur’ane 61:2-3.

Há os que não se conformam com o que têm e com ambições desmedidas, anseiam ocupar lugares de destaque, sem qualquer preparação para o efeito. Para estes, o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) referiu: “Por Deus, jamais designamos um posto de responsabilidades a quem o pedisse, ou demonstrasse mais anseio em consegui-lo”. Bukhari e Muslim. Quando o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) notava que alguém dos seus companheiros não detinha competência suficiente para comandar destinos de pessoas, aconselhava-o a nunca assumir cargos de responsabilidade, ou mesmo de tomar conta dos bens de um órfão (a fim de se livrar da ira de Deus). Muslim.

“No Dia da Ressurreição, Deus segurará toda a terra e o céu dobrado na Sua mão direita e dirá: “Eu Sou o Rei; onde estão os reis da terra?”. Bhukari 93:479 (Esta pergunta será dirigida aos governantes e a todos os que tiveram a responsabilidade de conduzir o destino das pessoas). “A opressão será uma escuridão no Dia da Ressurreição”. Bhukari 43:627. 

“Rabaná ghfirli waliwa lidaiá wa lilmu-minina yau ma yakumul hisab”. “Ó Senhor nosso, no Dia da Prestação de Contas, perdoa-me a mim, aos meus pais e aos crentes”. 14:41. 
"Wa ma alaina il lal balá gul mubin" "E não nos cabe mais do que transmitir claramente a mensagem". Surat Yácin 3:17. 
“Wa Áhiro da wuahum anil  hamdulillahi Rabil ãlamine”. E a conclusão das suas preces será: Louvado seja Deus, Senhor do Universo!”. 10.10.

Votos de um bom dia de Juma. Cumprimentos

Abdul Rehman Mangá - 17/05/2012

quarta-feira, maio 16, 2012

A L M A D I N A - GRADTIDÃO (SHUKR)

Por: Sheikh Aminuddin Mohamad - 14.05.2012
A gratidão é uma qualidade excelsa, pelo que todo o Ser Humano deve ser grato ao seu Criador, e reconhecer que todas as graças que recebemos vêm apenas da parte d’Ele, pois é só Ele Quem cria todo o bem, a beleza, a graça, assim como os meios através dos quais adquirimos tudo isso.

Uma vez ser Ele Quem exclusivamente determina, divide, cria e espalha entre nós toda a nossa provisão, como se de uma mesa celestial repleta se tratasse, só, e apenas Ele merece a nossa gratidão.

Atribuir a aquisição das graças por Ele concedidas a nós próprios ou a outros meios, na realidade é proclamar que Ele não é o nosso Criador e Provedor de todas as graças. É como dar uma grande gratificação (gorjeta) ao servente que põe perante nós uma mesa magnificente, ignorando o anfitrião que é responsável pela preparação dessa mesa. Tal atitude reflecte uma grande ignorância e ingratidão, assim como consta no Al-Qur’án, Cap. 3, Vers. 7:  “Eles só conhecem o aspecto superficial da vida mundana, mas acerca da Outra Vida, eles estão completamente negligentes”.
A verdadeira gratidão no coração da pessoa é manifestada através da convicção e reconhecimento de que todos os favores provêm de Deus, e em seguida organizar a sua vida em conformidade com isso.

O indivíduo só pode ser grato a Deus verbalmente e através da sua conduta no seu dia a dia, se pessoalmente estiver convencida, e se por livre vontade reconhecer que a sua existência, a sua vida, o seu corpo, a sua aparência física e todas as suas habilidades e realizações provêm de Deus.

É o que consta no Al-Qur’án, Cap. 31, Vers. 20:

Não vistes que Deus pôs ao vosso serviço tudo o que existe nos céus e tudo o que existe na terra; e completou e aperfeiçoou sobre vós os Seus favores visíveis (exteriores) e ocultos”?

E consta ainda no Cap. 14, Vers. 34:

“E além disso deu-vos tudo o que Lhe pedistes. Se tentardes contar os favores de Deus nunca conseguireis fazê-lo”.

A gratidão corporal é feita através do uso dos órgãos, das faculdades e habilidades para o objectivo para o qual eles foram criados, e ao cumprir os deveres dos actos de adoração.

A gratidão através do coração significa que a pessoa está convicta da verdade da fé. Ela está directamente relacionada a todos os aspectos da crença e da adoração.

Alguns versículos do Al-Qur’án apresentam o objectivo da criação, quando dizem:

Para que sejais gratos”. (Cap.2, Vers.52)

“Deus recompensará os que agradecem”. (Cap. 3, Vers. 144)

“Se fordes gratos (aos Meus favores), certamente dar-vos-ei mais (desses favores), mas se fordes ingratos, então, sabei que o Meu castigo é terrível”. (Cap.14, Vers. 7)


Portanto, Deus prometeu uma recompensa abundante aos que agradecem, e ameaçou os ingratos com um castigo terrível.

Embora a gratidão seja um acto religioso de grande importância, muito pouca gente de facto é grata, e tenta o seu melhor em cumprir com a sua obrigação de gratidão e viver uma vida em conformidade. Por isso Deus diz no Cap. 34, Vers. 13 do Al-Qur’án:

“Mas poucos são os Meus servos agradecidos”.

O Profeta Muhammad. S.A.W. que é a glória da Humanidade, herói incomparável de gratidão, chegava a ficar com as pernas inchadas devido ao facto de permanecer longas horas, à noite, entregue à prática prolongada de orações facultativas, tudo isso como forma de manifestar gratidão ao seu Senhor. Ele sempre foi grato à Deus, e recomendava aos seus discípulos a fazerem o mesmo. Todas as manhãs e todas as noites orava dizendo:

“Ó Deus! Ajuda-me a recordar-Te, a agradecer-Te e a adorar-Te da melhor forma possível”.

A pessoa pode ser grata por muitas coisas. Pode ser grata pela provisão, pela casa, pela família, pela riqueza, pela saúde, pela crença, pelo conhecimento acerca de Deus, etc., mas para tal, tem de reconhecer que tudo isso são favores que nos foram concedidos por Deus, pela Sua Graça, apesar da nossa incapacidade e inabilidade em conseguirmos satisfazer as nossas próprias necessidades.

Ter essa consciência ajuda-nos a agradecer e prestar louvores a Deus, por nos ter favorecido com essas graças que desfrutamos.

Toda a gente tem uma natural inclinação pelo elogio e pelo louvor ao bem e também ao que lhe faz bem. Mas para tal tem que ter noção da proveniência desse bem de que desfruta, pois por vezes esses favores podem erradamente ser atribuídos aos meios e às causas utilizadas na sua obtenção.

Por exemplo, se alguém nos pede boleia no nosso carro para ir à Matola, e depois de lhe fazermos chegar ao destino pretendido ele se puser a beijar o motor, os bancos, as rodas, o volante, etc., se lhe perguntarmos o que está a fazer e ele responder-nos que está a agradecer aos agregados do carro por o terem levado ao destino, naturalmente que ficaremos tentados a fazer troça e a ridicularizar as suas acções, pois se é para agradecer, tal deve ser feito ao dono do carro e não ao carro que é meramente um meio.

O Profeta Muhammad, S.A.W. diz: “Quem não é grato ao seu semelhante, não o é em relação a Deus”.

Usufruir das inúmeras graças de Deus e rejeitar a Sua existência, é a maior ingratidão que o Homem pode cometer.

sábado, maio 12, 2012

Dia das Mães

Em nome de Allah , O Clemente, O Misericordioso. Louvado seja Allah (SWT), criador do céu e da terra. Nos recordamos e nos voltamos humildes a Allah (SWT), pedimos o Seu perdão e suplicamos a Sua misericórdia.

Testemunho que não há Divindade a não ser Allah (SWT), e testemunho que o Profeta Mohamed (SAAW) é seu servo e Mensageiro, o escolhido entre as criaturas. Aquele que divulgou a mensagem, zelou pelo que lhe foi confiado, aconselhou o povo, aboliu a injustiça e serviu em nome de Allah (SWT).

Que Allah (SWT) abençõe e de paz ao Profeta (SAAW), bem como para a sua família, companheiros e seguidores até o Dia do Juízo Final.

A comunidade muçulmana celebra o dia da mulher todos os dias e neste domingo celebraremos o dia das mães. Nestas datas e em todos os dias devemos nos recordar que a ligação da família deve ser sempre com o amor e harmonia.

Irmãos, as mulheres antigamente foram tratadas com crueldade por diferentes culturas, civilizações e religiões. O Islam devolveu para as mulheres todos os direitos que lhe foram retirados pelos homens, deu a liberdade e a dignificou. Elevou a posição da mulher na sociedade.

A honra, o respeito e a estima pela maternidade é outra característica do islamismo. Encontramos no Alcorão a importancia da gentileza para com o pai e a mãe sem distinção, após a adoração a Allah (SWT), todo Poderoso.

Allah (SWT) disse: Suratu Al-Isrã V 23 e 24 "E teu Senhor decretou que não adoreis senão a Ele; e decretou benevolência para com os pais. Se um deles ou ambos atingirem a velhice, junto de ti, não lhes digas: "Ufa", nem os maltrates, e dize-lhes dito nobre. E baixa a ambos a asa da humildade, por misercórdia. E dize: "Senhor meu! Tem misericórdia deles, como quando eles cuidaram de mim, enquanto pequenino."

A mulher muçulmana, assim como o homem, tem o dever e o direito de estudar e sempre procurar novos conhecimentos, assim ambos se aproximam de Allah (SWT) e a fé passa a ser uma fé consciente tanto na mente como no coração.

Abu Huraira narrou, que o Profeta Mohamed (SAAW) disse: ''O crente mais íntegro é aquele que demonstra melhor caráter e de melhor moralidade. E o melhor dentre vós é aquele que melhor trata a sua mulher, e o que é melhor para com a sua mulher.''

A mulher é a primeira escola é com ela que aprendemos os princípios morais e as boas maneiras. A mãe sempre ensina seus filhos com sabedoria e virtude.

O lugar das mães é especial no Islam. Bukhari e Muslim relataram que um homem perguntou ao Profeta Mohamed (SAAW): "A quem deveria honrar mais?" o Profeta (SAAW) respondeu: "A tua mãe". "E quem vem depois?" perguntou o homem. O Profeta (SAAW) respondeu: " A tua mãe". "E quem vem depois?" perguntou o homem. O Profeta (SAAW) respondeu: "A tua mãe". "E que vem depois?", perguntou o homem. O Profeta (SAAW) respondeu: "Seu pai".

Allah (SWT) disse: Suratu Luqmãn V 14 "E recomendamos ao ser humanos a benevolência para com seus pais; a sua mãe carrega-o, com fraqueza sobre fraqueza, e sua desmama se dá aos dois anos; e dissemo-lhe:"Sê agradecido a Mim, e a teus pais. A Mim será o destino."

O carinho, a atenção, a preocupação e a dedicação de uma mãe não possuem valor financeiro, é incomparável e insubstituível. Uma mãe não espera que seu filho retribua o que fez por ele, porém todos os filhos devem reconhecer os favores e o amor único de suas mães. O Profeta (SAAW) disse: ''O paraíso encontra-se abaixo dos pés das mães''

Allah (SWT), o Altíssimo enviou ao Profeta Mohamed (SAAW) a mensagem sublime que terminou com as injustiças enfrentadas pelas mulheres e anunciou a igualdade entre mulher e homem perante Ele. E determinou que o homem deve ter responsabilidades para com a mulher, com o respeito, o bom relacionamento e o amor. Assim, a casa ficará em harmonia entre as pessoas e com Allah (SWT).

O Profeta (SAAW) disse: "Deus ordena-nos que tratemos as mulheres de uma forma nobre, pois que elas são nossas mães, filhas e tias."

Allah (SWT) promete castigo para as pessoas que fazem mal para as mulheres e que lhes retiram os direitos com agressões física ou moral. Certa vez, uma pergunta foi feita ao Profeta (SAAW): "Quais são os meus deveres para com a minha esposa?" O Profeta (SAAW) respondeu: "Alimente-a quando você se alimenta, vista-a quando você se veste. Nunca a bata no rosto, nunca a agrida nem a faça mal, nunca a abandones."

Allah (SWT),. O Altíssimo, disse no Livro Sagrado em mais de uma passagem o conceito na Suratu An-Nissa V 1" Ó homens! Temei a vosso Senhor, Que vos criou de uma só pessoa e desta criou sua mulher, e de ambos espalhou pela terra numerosos homens e mulheres. E temei a Allah (SWT), em nome de Quem vos solicitais mutuamente, e respeitai os laços consanguíneos. Por certo, Allah (SWT), de vós, é Observante."

A palavra mãe possui vários significados, um deles é o ato de engravidar e gerar os filhos, outro tem sentido de amor, carinho e compreensão que deve ter por seus filhos.

Mohamed (SAAW) disse: "É o generoso (em caráter) aquele que é bom para as mulheres, e é fraco aquele que as insulta".

Amados irmãos, devemos respeitar todas as pessoas, em especial as mulheres e nossas mães. Neste domingo, vamos agradecer a Allah (SWT) nossas mães, que Allah (SWT) nos proteja e nos guie sempre. Que sejamos sempre benevolentes para com nossos pais e mães durante toda a vida, em especial para os de idade mais avançada. E façamos preces por eles depois de sua morte.

Devemos honrar nossas mães que nos geraram e nos alimentaram com amor, carinho e atenção. Devemos homenagear nossas mães não apenas no dia das mães, mas em todos os dias, da manhã até a noite de cada dia.

Salam Aleikom - Khutb do Centro Islamico de Brasilia-11.05.2012 - Samir Yhasan

quinta-feira, maio 10, 2012

SURAT FUSSILAT (Detalhamentos)

Assalamo Aleikum Warahmatulah Wabarakatuhu (Com a Paz, a Misericórdia e as Bênçãos de Deus) Bismilahir Rahmani Rahim (Em nome de Deus, o Beneficente e Misericordioso) - JUMA MUBARAK

Nos séculos anteriores, os árabes eram referenciados por causa dos seus conhecimentos nas áreas da ciência, astronomia e literatura. Eram verdadeiros intelectuais, conhecedores e apreciadores da poesia. Também no tempo do Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam), existiam várias elites que falavam entre si duma forma eloquente, utilizando e abusando da poesia. No entanto, a maior parte deles adoravam ídolos, continuando com a tradição dos seus antepassados. Outros adoravam as estrela, o fogo e outros astros.

Nos primeiro anos da profecia, Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam) concentrou-se na divulgação do Deus Único, Invisível, ao contrário dos ídolos que eram talhados em madeira, ouro e outros metais. Encontrou uma grande oposição por parte de um grupo influente de quraishes (residentes de Maka), que o maltrataram e dificultaram a missão. Tudo faziam para frustrar o trabalho da divulgação. No entanto, estavam sempre curiosos, porque queriam saber de que matéria é feito o Deus que Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam) continuava a divulgar, apesar das perseguições de que era alvo.

Estavam eles furiosos porque viam uma grande quantidade de seus conterrâneos, entre eles Hazrat Hamza (Radiyalahu an-hu), renunciando à idolatria e seguindo exemplo do Profeta Ibrahim e o seu filho Ismael (Que a Paz de Deus esteja com eles). O Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam e os novos crentes, sofriam represálias e muitos viram os seus bens usurpados.

Mas mesmo assim, mantinham firme a fé e continuavam a proclamar de que “Não há outra divindade, senão Deus”. E porque Deus nunca abandona as suas criaturas, consolou-os pelos vexames sofridos. O Melhor dos homens é aquele que pratica o bem, convida os outros a Deus e proclama com firmeza de que ele é muçulmano (submisso a Deus).

Certo dia, alguns chefes Quraiches estavam sentados na Mesquita sagrada de Maka e o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) encontrava-se separado deles, noutro canto da Mesquita.

Utbah Bin Rabi’ah, o sogro de Abu Sufyan, dirigiu-se aos seus colegas e disse-lhes: “Se vocês concordarem, eu vou falar com Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam) e vou lhe colocar algumas propostas, na perspectiva de que ele aceite uma delas e assim ele nos possa deixar em paz”. Todos concordaram com a ideia. Assim, ele foi ter com o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) e lhe disse: “Meu sobrinho, você tem um estatuto muito elevado perante a sociedade, devido à sua descendência e do relacionamento familiar. No entanto, você colocou o povo uns contra os outros, criando divisões e considerando-os tolos. Você fala mal da nossa religião e dos nossos deuses, referindo-nos como pagãos. Agora oiça as minhas sugestões, talvez você aceite uma delas”. O Profeta (Salalahu Aleihi Wasssalam) aceitou ouvir o que ele tinha para dizer. Ele continuou: “Meu sobrinho, se você quer riqueza, nós lhe daremos o suficiente para torna-lo o homem mais rico entre nós; se você pretender tornar-se um homem importante, vamos fazer de si o nosso chefe e nunca iremos decidir qualquer questão sem a sua autorização; se você quer ser rei, vamos aceita-lo como nosso soberano; e se foi visitado por algum génio, do qual não se consegue livrar com o seu próprio poder, vamos procurar os melhores médicos para o tratarem, às nossas custas”.

O Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) em resposta às propostas de Utbah Bin Rabi’ah, pronunciou Bissmilahir Rahmani Rahim e começou a recitar o Surat Fussilat (41º. Surat do Cur’ane):1- Há Mim. 2- (Eis aqui) uma revelação do Clemente, Misericordiosíssimo. 3- É um Livro cujos versículos foram detalhados. É um Cur’ane árabe destinado a um povo sensato. 4- É alvissareiro e admoestador; porém, a maioria dos humanos o desdenha, sem ao menos escuta-lo. 5- E afirmaram: os nossos corações estão insensíveis a isso a que nos incitas; os nossos ouvidos estão ensurdecidos e entre tu e nós, há uma barreira; faz, pois (por tua religião), que nós faremos (pela nossa)! 6- Diz-lhes: sou tão somente um mortal como vós, a quem tem sido revelado que vosso Deus é um Deus Único. Consagrai-vos, pois a Ele e implorai-Lhe perdão! E ai dos idolatras, 7- Que não pagam o zakat e renegam a outra vida! …..

Utbah, com as mãos atrás das costas ia ouvindo atentamente enquanto o Profeta continuava a recitar o Surat Fussilat. Quando chegou à sajdat, o Profeta prostrou-se a Deus, levantou-se a olhou para Utbah Bin Rabi’ah e disse-lhe: “Esta foi a minha resposta e você pode agir como entender”. Utbah retirou-se e foi ter com os restantes chefes quraiches que o aguardavam com curiosidade do desfecho do encontro. Viram um Utbah completamente diferente, com a fisionomia alterada e lhe perguntaram como decorreu o encontro. Respondeu de que ouviu algo que nunca tinha ouvido, não era poesia, não era feitiçaria e também não era magia. E disse-lhes: “O que eu ouvi ele recitar, vai acontecer. Ó chefes dos quraiches, deixem este homem em paz. Eu penso de que o que eu ouvi, vai produzir os seus efeitos…”. Os líderes ao ouvirem estas palavras, exclamaram: “Ó Utbah, ele te enfeitiçou!”. Respondeu: “Eu vos dei a minha opinião, Agora vocês podem agir como entenderem”.

Em algumas narrações, foi referido que quando o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) chegou a parte do Surat Fussilar que refere os povos de Ad e de Thamud: “Porem, se desdenharem, diz-lhes: advirto-vos da vinda de uma centelha, semelhante aquela enviada aos povos de Ad e Thamud. 15- O povo de Ad, ainda, ensoberbeceu-se iniquamente na terra…. 17- E orientamos o povo de Thamud; porém, preferiram a cegueira à orientação. E fulminou-os a centelha do castigo ignominioso…19- E no dia em que os adversários de Deus forem congregados, desfilarão em direcção ao fogo infernal”. Utbah ao ouvir estas palavras, colocou a sua mão na boca do Profeta e disse-lhe: “Por amor de Deus, chega, tenha misericórdia do teu povo. Depois justificou esta atitude perante os outros lideres quraiches, de que tudo o que Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam) diz, se cumpre e que estava com receio de um tormento se abater sobre eles.

O Cur’ane foi revelado aos árabes, em língua árabe. Era a língua que eles falavam e percebiam. No entanto os idolatras argumentavam de que o Cur’ane ao ser revelado em árabe, nada de novo trazia para eles, não havia milagre, porque o árabe é a língua materna deles.

Ainda argumentavam de que se a revelação fosse transmitida em linguagem eloquente e estrangeira, seria um milagre e uma revelação de Deus! Mas o Cur’ane foi apresentado na língua árabe para que todos pudessem compreender. Se a revelação fosse feita noutra língua qualquer e porque os seus corações estavam selados, diriam que seria muito estranho, os árabes receberem orientações numa língua estrangeira! Serão sempre desculpas, para não abandonarem os seus ídolos.

“Rabaná ghfirli waliwa lidaiá wa lilmu-minina yau ma yakumul hisab”. “Ó Senhor nosso, no Dia da Prestação de Contas, perdoa-me a mim, aos meus pais e aos crentes”. Cur’ane 14:41.

"Wa ma alaina il lal balá gul mubin" "E não nos cabe mais do que transmitir claramente a mensagem". Surat Yácin 3:17. “Wa Áhiro da wuahum anil hamdulillahi Rabil ãlamine”. E a conclusão das suas preces será: Louvado seja Deus, Senhor do Universo!”. 10.10.

Façam o favor de ter um bom dia de Juma.

Cumprimentos

Abdul Rehman Mangá

11/05/2012

terça-feira, maio 08, 2012

A Conduta no Islamismo

Louvado seja Allah. Nós O louvamos, pedimos Sua ajuda e diretriz. Pedimos refúgio junto a Ele contra os malefícios das nossas almas e as maldades das nossas ações. A quem Allah encaminhar ninguém pode desviar e a quem desviar ninguém pode colocá-lo no caminho certo. Prestamos testemunho de que não há outra divindade além de Allah, Único, sem parceiros, nada é comparável a Ele, e nada é impossível para Ele. Ele é antigo, sem ter começo, perene, sem ter fim, nunca perece, e só acontece o que quer. Vivente, Subsistente, nada é igual a Ele e é o Oniouvinte, o Onividente. Prestamos testemunho de que Mohammad é Seu servo e Mensageiro e preferido. Que Allah o abençoe e lhe dê paz, bem como a seus familiares, seus companheiros e seus seguidores até o Dia do Juízo Final.

Prezados irmão, irmãs e crentes. Que Allah os abençoe.

Parte do mundo ocidental combate o Islam, sem saber que todo o bem reside nessa religião.

Hoje, vamos falar sobre a conduta do Islam, o seu relacionamento com os não muçulmanos.

1. O Islam e o Profeta Mohammad (S) deram garantias de segurança aos judeus quando da sua migração de Makka para Madina. Os judeus de Madina foram os que traíram o pacto que fizeram com Rassulullah (S) e tentaram matá-lo.

2. Omar Ibn Al Khattab (R), quando da conquista de Jerusalém, deu garantias de segurança aos cristãos sobre seus bens e igrejas. Ele não derramou uma só gota de sangue, não ofendeu a ninguém, mas foi misericordioso com todas as pessoas. Ele não praticou a oração na Igreja da Ressurreição, para que, mais tarde, os muçulmanos, alegando que ele havia orado naquele local, transformassem a igreja em mesquita.

3. Abu Ubaida Ibn Al Jarrah (R) era o comandante dos exércitos muçulmanos nas terras do Iraque. Ele enviou uma carta ao Omar Ibn Al Khattab (R) que era o califa na época, informando que um soldado do exército muçulmano havia dado garantias de segurança aos habitantes de uma aldeia no Iraque. Que ele deveria fazer?

Omar respondeu-lhe que a honra do indivíduo muçulmano é a mesma do comandante. Se ele deu garantias de segurança, o comandante deve também fazê-lo.

A segunda lição: Omar disse: “Não sereis considerados leais até comprovardes sê-lo.”

Assim é a conduta do Islam, os atos da civilização islâmica, atos, não meras palavras, como são as civilizações de hoje em dia, ou as regras da Organização das Nações Unidas.

4. A civilização Islâmica e a conduta do Islam são baseados em atos. O Profeta (S) disse: “Por Allah, se Fátima, filha de Mohammad, roubasse, eu cortaria a sua mão.”

5. Salaheddin al Aiubi (Saladino) ao ingressar em Jerusalém após uma ocupação cruzada por 80 anos aproximadamente, não derramou sangue de ninguém. Pelo contrário, enviou o seu médico particular com remédio para o tratamento de seu inimigo, Ricardo, Coração do Leão.

6. Na época de Omar Ibn Abdel Aziz (R) os muçulmanos conquistaram a cidade de Samarcand. O povo da cidade protestou e enviou a Omar Ibn Abdel Aziz que a conquista da cidade deveria ser anulada porque os muçulmanos não cumpriram o que o Profeta lhes havia ordenado fazer, ou seja, seguir uma das três coisas:

a) Convocação dos habitantes da cidade para o Islam;

b) Oferecer-lhes que paguem a jizia (taxa de proteção aos não muçulmanos que não tinham a obrigação de servir ao exército);

c) O combate.

Os muçulmanos haviam entrado na cidade repentinamente. Omar Ibn Abdel Aziz ordenou os soldados deixarem a cidade imediatamente.

7. O Islam é que diz: “Uma mulher adúltera recebeu o Paraíso porque havia dado de beber a um cão. Outra mulher recebeu o Inferno porque havia aprisionado uma gata.”

Essa religião que trata os animais com piedade, trata os seres humanos com piedade e perdão.

O Rassulullah (S) disse: “Quem deu garantias de segurança a uma pessoa e o matar, que o assassino não conte comigo, mesmo que o assassinado seja incrédulo.”

Esse é o Islam. É a religião da piedade e da paz.

É dever do muçulmano no Brasil convocar os nossos irmãos brasileiros para essa fabulosa religião, e devemos protegê-la. Os muçulmanos são combatidos em todo lugar, na Palestina (Os judeus querem apoderarem de suas terras a qualquer custo) , no Iraque ( Os americanos e aliados precisam do petróleo dos iraquianos) , no Líbano (para proteger Israel) no Afeganistão (Para que os americanos se esbaldem no Gás Natural daquele país) , na Síria (?). É nosso dever esclarecermos as pessoas a respeito da justa causa palestina, devemos ser solidários aos nossos irmãos palestinos até que a Palestina ressurja para a luz. E também as outras vítimas das grandes potências ( Afeganistão, Iraque, Líbia, Síria).

Todos nós sabemos que a próxima grande crise mundial será em busca da água potável (Água Doce). O Brasil tem um terço da água doce do Planeta Terra. Quem pode nos garantir que não seremos às próximas vítimas desses infiéis que hoje aflige a vida dos nosso irmãos, puramente por interesses econômicos! No final dos anos 80 circulou noticias de que os alunos americanos estudavam em um livro de geografia, cujo o Mapa do Brasil não aparecia a Amazônia. Eu nunca vi esse livro, mas, recentemente esse assunto voltou a INTERNET. Verdade ou não, esse assunto já circulou como plataforma de campanha presidencial nos EUA e 2008 -"  que a amazônia não é do Brasil ele disse, num discurso dele que a amazônia pertence a humanidade e vão lutar para não deixar acabar com a amazônia" , e o pior é que um monte de ONGS estrangeiras estão infiltradas na Amazônia Brasileira.(Eliane Mazzitelli - Isle of Man - UK - http://www.amazonarium.com.br/blog/?p=91). Somos ou não somos uma vítima em potencial? Segundo especialistas a Amazônia detém 22%  da água doce do Planeta. 

Para defender nosso patrimônio maior vamos precisar nos mobilizar, todas as criaturas de Deus, e com a ajuda do mesmo criar um sistema de defesa eficiente. Para isso precisamos de uma comunidade que creem Deus, combate o ilícito, pratiquem o lícito! Será que nossos políticos estão nesse nível!

Peço a Allah que tenha piedade de nós e de nossos  filhos.

Vamos cuidar dos nossos filhos. Ensiná-los o Islam e o Alcorão. Iluminem os seus lares com a recordação de Allah Louvado Seja Ele! 

Que as paz e a graça de Allah estejam com o Profeta Mohammad. Amém.

“Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele.” 8:24

Asalamo Alaikom WA WB,

segunda-feira, maio 07, 2012

Tal-ha b. Ubaidullah al Tamimi - Outro Sahaba do Rassulollah

Bismillah!

Os coraixitas tinham caravanas de mercadorias que transitavam de Makka para a Síria. Numa dessas caravanas estava o herói da nossa estória, o Tal-ha b. Ubaidullah al Tamimi, que era um jovem com menos experiência que os outros mercadores. Isso não o impedia de competir com eles, sendo que sua sagacidade e intuição faziam com que os sobrepujasse, realizando as mais vantajosas transações.

Quando a caravana de que fazia parte chegou à cidade de Basra, na Síria, todos os mais velhos se apressaram para a praça do mercado, a fim de fazerem negócios. A área estava fervilhando de gente vinda de todos os lugares e, enquanto o Tal-ha estava vagando por ali, algo que mudou o curso da sua vida lhe aconteceu. Ademais, aquilo constituiu o antecedente dos eventos que iriam mudar o curso da história. A estória está preservada nos livros de história, nas palavras do próprio Tal-ha, e iremos permitir que a sua narração nos conte o que se passou.

A narrativa de Tal-ha b. Ubaidullah

Estávamos todos ocupados, na praça do mercado, quando vimos e ouvimos um monge que ia e vinha, conclamando:

“Ouvi, ó mercadores! Perguntai às pessoas aqui reunidas se há alguém que tenha vindo de Makka!”

Eu estava por perto; então eu fui até ele, e disse:

Eu sou de Makka.”

O Ahmad já apareceu para vós?” perguntou ele.

“Quem é Ahmad?” contrapus.

“O filho de Abdullah b. Abdul Muttalib (Profeta Muhammad SAAS). Este é o mês em que ele deverá apresentar-se, pois irá ser o derradeiro dos profetas. Ele irá aparecer no vosso país, na sagrada área em torno da Caaba. Depois irá migrar para a terra das rochas negras, com tufos de tamareiras, com um solo calcáreo do qual mina água. Não sejas um dos últimos a acreditar nele, meu jovem!”

A fala dele produziu um profundo efeito sobre mim, tanto que fui para os meus camelos, selei-os e, deixando a caravana para trás, toquei para Makka a toda brida. Ao chegar, perguntei para os meus familiares:

“Será que alguma coisa aconteceu em Makka, depois que eu parti?”

“Sim”, responderam, “apareceu um homem chamado Mohammad b. Abdullah, dizendo que é um profeta, e encontrou, como seguidor, o filho de Abu Quhafah.”

Estavam-se referindo ao Abu Bakr, a quem eu bem conhecia. Era um homem de maneiras gentis, agradável, amado por todos. Era ainda um mercador honesto e confiável. Éramos afeiçoados a ele, e gostávamos da sua companhia, por causa do seu grande conhecimento da nossa esfera tribal e nossa genealogia. Então eu fui ter com ele, e perguntei:

É verdade o que todos estão falando, que o Mohammad b. Abdullah declarou ser um profeta, e que tu acreditas nele?”
Abu Bakr respondeu afirmativamente, e contou-me todos os fatos relevantes. Inspirou em mim o desejo de me converter, como ele havia feito, então eu lhe contei acerca do monge de Basra. Ele ficou surpreendido, e propôs:

“Vamos até Mohammad, assim tu poderás contar a ele a tua estória. Tu poderás ouvir o que ele tem a dizer, e talvez irás juntar-te à religião de Deus.”

Fomos ter com Mohammad (SAAS), que me explicou o Islam e recitou para mim algo do Alcorão. Disse-me que a aceitação do Islam significava o preenchimento de tudo, neste mundo e no Outro. Deus abriu o meu coração para o Islam, e eu contei ao Profeta (SAAS) sobre o monge de Basra. Ele ficou visivelmente prazeroso.

Depois daquilo, eu pronunciei perante ele o testemunho de que não há outra divindade além de Deus, e que Mohammad é o Seu Mensageiro. Fui o quarto indivíduo a ser convertido pelas mãos de Abu Bakr.

Fim da narrativa de Tal-ha

O Coraix ficou estupefacto com a notícia da conversão daquele jovem da sua tribo. A que ficou mais entristecida foi a sua mãe, pois tinha ambições de que ele viesse a aer o líder da sua tribo por causa das nobres virtudes e do bom caráter dele. Todos empenharam-se em fazer com que ele renegasse a sua religião, mas ele permaneceu firme como uma montanha, inabalável com a insistência deles. Quando se desesperançaram de convencê-lo por medidas amigáveis, recorreram à perseguição e tortura. O Massud b. Kharash narrou:

“Eu estava a caminhar entre Al Saffa e Al Marwa(Al Saffa e Al Marwa – são dois montes perto da Caaba, em Makka. O caminhar entre eles faz parte do ritual dos peregrinos) quando vi uma grande multidão de pessoas a seguirem um jovem cujas mãos haviam sido amarradas ao seu pescoço. As pessoas estavam a persegui-lo, empurrando-o e golpeando-o na cabeça. Atrás, estava uma velha que gritava anátemas a ele. Perguntei a alguém da turba quem era o jovem, e foi-me dito:

“‘É o Tal-ha b. Ubaidullah; ele abandonou a sua velha religião, e está a seguir àquele rapaz do clã dos Banu Háchim.’

“‘E quem é aquela velha que o está seguindo?’ perguntei.

“‘É a Sabah b. al Hadrami, a mãe do jovem’, o homem respondeu.”

A coisas pioraram para o Tal-ha, para o homem conhecido como “o leão do Coraix”. Um homem por nome Nawfal b. Khuwailid amarrou-o por completo. Depois amarrou também o Abu Bakr junto com ele. Então ele os entregou para a ralé da tribo para serem cruelmente torturados. Por causa daquele incidente, o Tal-ha b. Ubaidullah e o Abu Bakr passaram a ser conhecidos como “os atados juntos”.

O tempo passou, os eventos tiveram lugar, um após outro e, com o passar do tempo, o Tal-ha b. Ubaidullah amadureceu. O seu sacrifício pela causa de Deus e do Seu Profeta se tornou mais e mais intenso, e a sua generosidade para com a sua religião e seus camaradas muçulmanos cresceu em ardor, tanto que o Profeta (SAAS) o cognominou “o mátir vivo”. Cada um desses cognomes tem uma bela estória por trás dele.

A estória por trás de o Tal-ha ter-se chamado “o mártir vivo” corporalizou-se durante a batalha de Uhud. Os muçulmanos haviam abandonado o campo de batalha, deixando o Profeta (SAAS) com apenas onze homens dos Ansar, mais o Tal-ha b. Ubaidullah, que era dos Muhajirun. O profeta (SAAS) e seus doze apoiadores estavam-se retirando montanha acima, perseguidos por um bando de pagãos que queriam matar ao Profeta; este (SAAS) disse para os seus apoiadores:

“Aquele que conseguir afugentar esses indivíduos irá ser meu companheiro no Paraíso.”

“Eu conseguirei, ó Mensageiro de Deus”, voluntariou-se o Tal-ha.

“Não, tu ficas onde estás”, disse o Profeta (SAAS).

“Eu conseguirei, ó Mensageiro de Deus”, sugeriu um dos Ansar.
“Tu podes ir”, disse o Profeta (SAAS). O homem dos Ansar deteve os inimigos, enquanto o Profeta (SAAS) e os outros se retiravam para mais acima. Logo que o homem foi morto, e os pagãos reiniciaram sua perseguição ao Profeta, este (SAAS) disse:

“Qual o homem que os pode deter?”
“Eu posso, ó Mensageiro de Deus”, voluntariou-se mais uma vez o Tal-ha. O Profeta mais uma vez recusou, e permitiu que um dos Ansar, que também se voluntariara, fosse. Logo ele teve a mesma sina do primeiro homem, e os pagãos continuaram a perseguir o Profeta (SAAS). Aquilo aconteceu repetidamente, até que os onze homens dos Ansar haviam morrido como mártires, e apenas o Tal-ha permanecia com o Profeta (SAAS). Naquela altura, o Profeta (SAAS) deu permissão para que o Tal-ha tentasse conter o inimigo. Momentos antes, o Profeta (SAAS) havia sido ferido; sua testa fora aberta, seu lábio cortado, e um dos seus dentes fora quebrado. O sangue lhe cobria o rosto, e ele estava exausto.

Então o Tal-ha saiu ao encalço dos perseguidores, atacando-os e repelindo-os. Depois voltou para junto do Profeta (SAAS), ajudou-o subir mais para cima, e o fez sentar num local abrigado, e saiu para atacar os pagãos mais uma vez. Fazia aquilo repetidamente, até que escurraçou completamente os inimigos.

Naquele momento, Abu Bakr e Abu Ubaida b. al Jarrah se encontravam em algum outro lugar, no campo de batalha. Eles se dirigiram para o local em que o Profeta (SAAS) estava, com a intenção de lhe atender os ferimentos, mas ele lhes disse:

“Deixai-me e ide ter com o vosso amigo”, referindo-se ao Tal-ha. Eles foram, e o encontraram coberto de sangue. Ele tinha mais de setenta ferimentos causados pelas espadas, lanças e flechas dos inimigos. Perdera u’a mão, e havia caído, inconsciente, numa vala. Depois daquilo, o Profeta (SAAS) passou a dizer:

Se alguém quiser ver um homem que ainda anda, após ter enfrentado a morte, que olhe para o Tal-ha b. Ubaidullah!”
E sempre que alguém mencionava a batalha de Uhud para o Abu Bakr, ele dizia:

“Foi o Tal-ha b. Ubaidullah quem salvou o dia!”

Esta é a estória de como ao Tal-ha foi dado o nome de “o mártir vivo”. As estórias de como ele foi cognominado Tal-ha, o Generoso, e Tal-ha, o Benévolo, são incontáveis.

Ele era um abastado mercador, com um negócio florescente. Um dia, ele recebeu os lucros das transações, em Hadhramawt, que perfaziam o total de setecentos mil dirhans. Ele passou aquela noite num estado lastimável. Sua esposa, a Umm Kulçum b. Abi Bakr, foi ao quarto dele, e perguntou:

“Qual o problema, ó Abu Muhammad? Será que fiz algo que te desagradasse?”

“Não”, ele respondeu, “tu és a melhor esposa que um muçulmano pode desejar. É que eu comecei a imaginar, esta tarde, e argumentei comigo mesmo:

“‘O que pode um homem esperar do seu Senhor, se ele dorme com todo esse dinheiro na sua casa?”
E por que isso te causa pesar?” ela perguntou. “Será que não podes usá-lo para ajudar a tua família e os teus amigos necessitados? Pela manhã, poderás dividi-lo entre eles.”

“Que Deus tenha misericórdia de ti!” ele disse. “Tu és uma criatura com a qual Deus teve sucesso!”

Quando chegou a manhã, ele dividiu o dinheiro, colocou-o em saquinhos e vasilhas, e o distribuiu entre os necessitados dos Muhajirun e dos Ansar.

Há também uma estória conhecida acerca de um homem que foi ter com o Tal-ha necessitando abrigo e assistência para que pudesse completar a sua viagem. Ele lembrou ao Tal-ha de que eram primos distantes. Tal-ha disse:

“Esta é a primeira vez que alguém me diz seres tu um parente meu. Eu tenho um terreno pelo qual o Otman b. Affan me ofereceu trezentos mil. Se quiseres, podes pegá-lo para ti, ou poderás vendê-lo para mim, e dar-te-ei o dinheiro por ele.”

“Prefiro pegar o dinheiro”, disse o homem, assim o Tal-ha lho deu.

Tal-ha foi, na verdade, um homem de sorte, que mereceu aqueles belos nomes que lhe foram dados pelo Mensageiro de Deus (SAAS). Que Deus lhe conceda felicidade e lhe dê luz na Vida Futura!
"São aqueles aos quais foi dito: Os inimigos concentraram-se contra vós; temei-os! Isso aumentou-lhes a fé e disseram: Allah nos é suficiente. Que excelente Guardião! Pela mercê e pela graça de Deus, retornaram ilesos. Seguiram o que apraz a Deus; sabei que Allah é Agraciante por excelência." (03: 173-174)

يُرِيدُونَ أَن يطفئوا نُورَ اللّهِ بِأَفْوَاهِهِمْ وَيَأْبَى اللّهُ إِلاَّ أَن يُتِمَّ نُورَهُ وَلَوْ كَرِهَ الْكَافِرُونَ

......Desejam em vão extinguir a Luz de Deus com as suas bocas; porém, Deus nada permitirá, e aperfeiçoará a Sua Luz, ainda que isso desgoste os incrédulos!

Mohamad ziad -محمد زياد

Os Muçulmanos Amam Jesus!

Você que mora no sul do Brasil visite o site: www.islamboy.com.br
duvidas/ informações: info@islamismo.org

sexta-feira, maio 04, 2012

Muito Cuidado com as Palavras

Assalamo Aleikum Warahmatulah Wabarakatuhu (Com a Paz, a Misericórdia e as Bênçãos de Deus) Bismilahir Rahmani Rahim (Em nome de Deus, o Beneficente e Misericordioso) - JUMA MUBARAK 

As palavras são como balas, depois de disparadas, podem provocar sérios danos. Bem aventurado aquele que vigia a sua língua, cuja casa basta às suas necessidades e que chora os seus pecados”. Issa (Aleihi Salam), Jesus (que a Paz de Deus esteja com ele). Abdallah ibn al-Mubarak – kitab al-Zuhud wa al-Raqa’iq. 

Uma criança recém-nascida não sobreviria, se fosse deixada ao abandono, sem qualquer contacto humano. O mesmo acontece com qualquer animal irracional. A vida em sociedade, permite-nos beneficiar de todos os conhecimentos que os nossos antepassados nos deixaram. Em sociedade, aprofundamos e aumentamos esses mesmos conhecimentos para as gerações vindouras. Desde pequenos, vivemos protegidos, com os nossos pais e irmãos. Também convivemos com os nossos familiares diretos e indiretos. Mais afastados do círculo familiar, convivemos com os nossos amigos, colegas de escola e de trabalho. Em sociedade, aprendemos a viver e a trocar as experiências. Não vivemos sós. Com os que nos rodeiam, falamos e damos a nossa opinião acerca de diversos assuntos. Muitas vezes queremos impor o nosso ponto de vista e o diálogo azeda-se. Num instante, trocamos palavras duras e inconvenientes. Abu Huraira (Radiyalahu an-hu) referiu que o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) disse:“O forte não é aquele que vence os outros na luta corporal, mas im aquele que controla o seu temperamento”. Bukhari e Muslim O falar, é o próprio do ser humano. Necessitamos de comunicar, de dialogar para compreendermos e sermos entendidos. Como tudo na vida, há os que falam pouco e os que falam de mais. As palavras devem ser proferidas com “peso e medida”. Tudo que falamos, jamais terá regresso. Não é possível recuar no tempo, para voltarmos atrás do que dissemos. Quantas relações familiares, de vizinhança e de amizade são cortadas por palavras inconvenientes, por longos períodos ou definitivamente? “…

Não vos repudieis mutuamente, nem voltei as costas uns aos outros…. Não é lícito a nenhum muçulmano repudiar seu irmão por mais de três dias”. Bukhari e Muslim. Quantas vezes desabafamos para nós próprios: “Se eu soubesse…. não teria falado assim”. Saberemos assumir a culpa e ganharmos coragem para dizermos a palavra mágica “desculpa-me”?

Quando somos confrontados com palavras duras e ofensivas, antes de respondermos, devemos “respirar fundo” e ter em atenção às palavras que vamos proferir em resposta às provocações. Com o fervor da situação, podemos ser piores do que aquele que nos ofendeu. Passamos assim a ser também pecadores, sujeitos a um grande “puxão de orelhas” por parte do nosso Criador, conforme o exemplo referido no seguinte hadice: Nufai Ibn al Hares al Sacafi (Radiyalahu an-hu) referiu: “O Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) disse: “Quando dois muçulmanos se enfrentam com as espadas, o assassino e o assassinado serão castigados com o fogo”.

Perguntei-lhe: “Ó Mensageiro de Deus, compreendo perfeitamente quanto ao caso do assassino, mas não entendo quanto ao caso do assassinado!”.

Respondeu: “Ora, porque também tinha a firme intenção de matar o seu companheiro!”. Bukhari e Muslim. Sempre que possível, devemos deixar passar uns tempos para respondermos. Não com a intenção de darmos a outra face! São diferentes as palavras proferidas imediatamente à seguir às provocações e as que são ditas depois de alguma ponderação. Assim, as nossas palavras pensadas, poderão constituir um veículo de ensinamento à pessoa que nos ofendeu e ele acabar por reconhecer o erro cometido. Uma língua habituada a falar bem, responderá as provocações com palavras boas. E isto não é difícil para os que têm fé em Deus e que acreditam no dia em que as nossas línguas testemunharão contra ou a nosso favor.

Um bom conselho para nos afastarmos das provocações, foi-nos dado pelo Profeta Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam) que referiu, “Quando estivermos de jejum e formos provocados, devemos dizer simplesmente “estou de jejum, estou de jejum”.

Nos dias em que não estamos de jejum, as referidas palavras podem servir de inspiração, para nos afastarmos das discussões inúteis, porque as palavras puxam outras palavras. Outro conselho que devemos seguir, é a recomendação do Cur’ane:

“Conserva-te indulgente, recomenda o bem e afasta-te dos ignorantes!” 7:199.

Os muçulmanos têm um código de vida completo: é a Revelação de Deus e a conduta do Profeta Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam). Mas infelizmente, acabamos por não cumprir com a exortação do Criador: “Sois a melhor nação que surgiu na humanidade, porque recomendais o bem, proibis o ilícito e credes em Deus…”. Cur’ane 3:110. Estas palavras não constituem um elogio, mas sim uma exortação a todos os muçulmanos para que tenham um comportamento exemplar perante toda a humanidade.

“Rabaná ghfirli waliwa lidaiá wa lilmu-minina yau ma yakumul hisab”. “Ó Senhor nosso, no Dia da Prestação de Contas, perdoa-me a mim, aos meus pais e aos crentes”. Cur’ane 14:41.

"Wa ma alaina il lal balá gul mubin" "E não nos cabe mais do que transmitir claramente a mensagem". Surat Yácin 3:17. “Wa Áhiro da wuahum anil hamdulillahi Rabil ãlamine”. E a conclusão das suas preces será: Louvado seja Deus, Senhor do Universo!”. 10.10.

Um bom Dia de Juma, na melhor das companhias, a família.

Cumprimentos

Abdul Rehman Mangá

04/05/2012

terça-feira, maio 01, 2012

Mais alguns sinais do dia do Juízo Final

Em nome de Allah (SWT), o Clemente, o Misericordioso. Louvado seja Allah (SWT), criador do céu e da terra. Nos recordamos e nos voltamos humildes a Allah (SWT), pedimos o Seu perdão e suplicamos a Sua misericórdia.

Testemunho que não há Divindade a não ser Allah (SWT), e testemunho que o Profeta Mohamed (SAAW) é seu servo e Mensageiro, o escolhido entre as criaturas. Aquele que divulgou a mensagem, zelou pelo que lhe foi confiado, aconselhou o povo, aboliu a injustiça e serviu em nome de Allah (SWT).

Que Allah (SWT) abençõe e dê paz ao Profeta (SAAW), bem como para a sua família, companheiros e seguidores até o Dia do Juízo Final.

Meus irmãos continuamos a falar sobre os grandes sinais da chegada da HORA ou dia do juízo final, o profeta Mohamad( SAAW) falou do Retorno do Missiah Issa filho de Maria, especificou o lugar no Leste de Damasco- capital da atual Síria, no local chamada Almanarah Albiadah (O Farol branco), e vestido com roupa amarela.

Os muçulmanos acreditam que Jesus irá voltar em um momento perto do fim do mundo. O verso do Alcorão que alude a futura vinda de Jesus é a seguinte: na surat AL ZUKHURUF(os ornamentos) versículo 61 "E (Jesus) será um sinal (para a vinda) da Hora (do Juízo): portanto, não têm dúvida sobre a (Hora), mas siga-me vós: este é um reto caminho." Segundo a tradição islâmica, a descendência de Jesus estará no meio de guerras travadas pelos Mahdi ("O bem encaminhado"),conhecido na escatologia islâmica como o redentor do Islão, contra o Anticristo (Al-ad-Dajjal Masīkh, o Anti-Cristo)e seus seguidores. Jesus vai descer a leste de Damasco, vestido com trajes amarelos. Ele então se juntará ao Mahdi em sua guerra contra o Dajjal(anti-cristo). Jesus é considerado no Islã como um muçulmano, divulgará os ensinamentos islâmicos. Por fim, Jesus matará o Dajjal , e então todos do povo do livro (al-kitābahl- Referindo-se aos judeus e cristãos) acreditarão nele. Assim, haverá uma só religião o Islam.

"A Hora não será estabelecida até o filho de Maria (Jesus), descer entre nós como um governante justo, ele vai quebrar a cruz, matar os porcos e abolirá o imposto(Jizya) . Após a morte do Mahdi, Jesus então assume a liderança. Este é um tempo na narrativa associada islâmico com paz e justiça universal."

O Dia do Juízo Final é o fim da terra e do universo que conhecemos. Precedendo o dia do julgamento existirão os grandes sinais do Dia do Juízo. O primeiro sinal é a aproximação do Sol originado do oeste para um dia acompanhado pelo aumento da Besta da Terra. A vinda de Imam Al-Mahdi e que significa "divinamente guiado"), que precede a Segunda Vinda de Issa (Jesus), desencadeia a redenção do Islam e com a derrota dos seus inimigos. A natureza exata do Mahdi difere entre xiitas e sunitas, mas ambos concordam que Issa (Jesus) e do Imam Al-Mahdi vão trabalhar em conjunto para lutar contra o mal no mundo, para cimentar a justiça na Terra, e vai unir os muçulmanos e cristãos em verdade verdadeira Islão e abolir o imposto(Jizya). O Mahdi vem de Meca e as regras a partir de Damasco, na Síria. Issa irá derrotar Dajjal(literalmente: enganador; falso messias ou o anticristo), e então deve viver na Terra há muitos anos. .
No texto Sinais de Qiyamah, Muhammad Ali Ibn Zubair Ali declara que, após a chegada do Mahdi ", o terreno será em caverna, névoa ou fumaça cobrirá os céus de quarenta dias (ayah). Uma noite de três noites, seguirão o nevoeiro. Depois da noite de três noites, o sol vai subir, a oeste. O Dabbat al-ard(a Besta da Terra) deve emergir . A besta irá falar com as pessoas e marcará os rostos de pessoas. Uma brisa do sul devem causar a todos os fiéis a morte. O Alcorão vai ser levantado a partir do coração do povo. "

Durante o julgamento, todos teram o "livro de ações" será entregue à pessoa, e será informado de todos os atos e cada um falou palavra, segundo o Alcorão. Se essa pessoa receber o livro pela direita, essa pessoa irá para o Jannah (paraíso). Se ela recebe-lo pela sua esquerda, ele irá para Jahannam (Inferno). Ações durante a infância não são julgados. Mesmo pequenas e triviais ações são incluídas na conta. Quando a hora está na mão, alguns negam que o Juízo Final está a decorrer e será avisado de que o Acórdão antecede o perigo, segundo o Alcorão. Se uma nega uma ação que ele ou ela tenha cometido, ou se recusar a reconhecê-lo, as suas partes do corpo, testemunharão contra eles.

O Alcorão afirma que alguns pecados podem condenar alguém para o inferno. Estes pecados incluem mentir, desonestidade, corrupção, ignorando Deus ou revelações de Deus, negando a ressurreição, recusando-se a alimentar os pobres, agir com opulência e ostentação, e oprime ou economicamente exploram outros. No entanto, se alguém tinha a verdadeira crença islâmica no coração e, em seguida, uma acabará por ser admitida na paraíso após justo castigo.

As contas de julgamento também estão repletos com a ênfase que Deus é misericordioso e perdoar, e que o perdão e a misericórdia serão concedidos naquele dia, na medida em que é merecido.
Salamo Aleikom

A Piedade do Rassulullah (S) Pelas Crianças

Em nome de Deus, o Clemente, o Misericordioso
Louvado seja DEUS, o Senhor do Universo. Que DEUS abençoe e dê paz, ao Profeta Mohammad, bem como aos seus familiares, seus companheiros e seus seguidores até o Dia do Juízo Final.

O Rassulullah (S) nasceu em Makka no ano de 572 da Era Cristã e cresceu órfão, pois perdeu o pai, Abdullah, antes de nascer. Aos seis anos de idade, sua mãe faleceu, Amina. DEUS o protegeu e cuidou dele. Ele cresceu na casa de seu avô, Abdul Mutálib e de seu tio Abu Tálib. Por isso, seu coração, desde criança, ficou repleto de piedade, de simpatia e de carinho pelas crianças. Ele ensinou ao seu povo os métodos civilizados e educacionais na sua relação com as crianças. Essas lições servem para toda a humanidade de acordo com as palavras de DEUS, exaltado seja: “E não te enviamos senão como misericórdia para a humanidade.” (21:107).

1 – Cuidar da criança desde o nascimento.

A orientação do Rassulullah (S) foi o de receber a criança entoando o Azan no seu ouvido direito, então o anúncio do início da oração (icáma) no seu ouvido esquerdo. Ele ordenou o pai da criança de escolher-lhe um belo nome, promover-lhe um banquete e convidar todos os parentes e amigos em agradecimento ao Senhor do Universo.

2 – O Rassulullah (S) ordenou que se instruíssem os filhos

O Profeta (S) considerou as crianças como confiança, e que devem ser instruídas. Deve-se iniciar a instrução com a palavra de “Não há outra divindade além de DEUS e Mohammad é o Rassulullah”. Então empenhar-se em ensinar-lhes o Alcorão, a leitura e a escrita e os outros conhecimentos que lhes são úteis tanto nesta vida como após as suas mortes.

3 – O Saudar as Crianças

Era seu costume (S) saudar as crianças quando as encontrava nas ruas. Ele lhes demonstrava carinho. Jábir Ibn Sámura (R) relatou: “Pratiquei a primeira oração com o Rassulullah (S). Então ele foi para casa, e eu fui com ele. Ele foi recebido por duas crianças de Madinah. Ele começou limpar-lhes os rostos um a um. Disse: “Quanto a mim, ele limpou o meu rosto e verifiquei que sua mão estava fria e cheirosa, como se a tivesse tirado de vasilha de um perfumista.” (Tradição narrada pelo Tabaráni).

4 – O Brincar com as Crianças

O Rassulullah (S) era carinhoso com as crianças em geral. Ele era para os seus netos, Hassan e Hussein o melhor pai e avô. Quando ele ingressava na oração e se prostrava, os seus netos, Hassan e Hussein montavam em suas costas, Quando alguém dos companheiros do Profeta quisesse vedá-los o Profeta (S) sinalizava-lhe para deixá-los. Abu Huraira (R) relatou: “Costumávamos praticar a Oração da Noite com o Rassulullah (S). Quando ele se prostrava, O Hassan e o Hussein pulavam nas costas dele. Quando ele erguia a cabeça, ele os pegava com a mão por trás suavemente.. Colocava-os no chão com suavidade. Quando voltava a se prostrar, eles voltavam a pular nas suas costas. Ao ficar sentado, ele os colocava nas pernas dele, um de cada lado.” Abu Huraira disse: “Fui ter com o Profeta (S) e lhe perguntei: ‘Quer que os leve para a mãe deles?’ Ele respondeu: ‘Não!’” (Tradição fidedigna). Anas (R) relatou: “O Profeta era a melhor pessoa quanto à conduta. Eu tinha um irmão que se chamava Abu Umair. Quando o Profeta (S) o via dizia-lhe: “Ó Umair, onde está o Nughair?” (Bukhári) . O Nughair era um pequeno pássaro com quem Abu Umair brincava.

5 – A sua Misericórdia para com as Crianças

Anas Ibn Málik (R) relatou: “Nunca vi alguém mais misericordioso pelos familiares do que o Rassulullah (S)” (Musslim). Buraida (R) relatou: “O Rassulullah (S) estava proferindo o sermão quando o Hassan e o Hussein foram ter com ele, vestindo camisas vermelhas, caminhavam e tropeçavam. O Profeta (S) desceu do púlpito, carregou os dois e disse: “Certamente ‘verdade os vossos bens e os vossos filhos são uma mera tentação.’ (64:15). Eu olhei para aqueles dois meninos caminhando e tropeçando e não consegui esperar. Interrompi o sermão e fui pegá-los.” (Tradição narrada por Tirmizi). Sábit, baseado em Anas (R) relatou: “O Profeta (S) pegou o seu filho Ibrahim, beijou-o e o cheirou.”

Esse carinho ele tinha por todas as crianças que ele encontrava. Anas (R) relatou que o Rassulullah (S) tinha um criado judeu muito jovem. E aconteceu que este adoeceu e, por isso, o Profeta (S) foi visitá-lo na casa dos pais dele; sentou-se próximo à cama, e lhe disse: “Abraça o Islam, e submete-te a Deus!” O jovem olhou para o seu pai, que se encontrava presente, que lhe disse: “Obedece a Abu al Cassem!” Naquele exato momento, o rapaz judeu anunciou o seu testemunho de abraçar o Islam. O Profeta (S) saíu de lá, dizendo: “Louvado seja DEUS, ‘que salvou do Inferno o rapaz!” (Bukhári).

O principal motivo da misericórdia é o de nos ensinar que devemos proteger a criança e proporcionar-lhe a felicidade nesta vida e na Outra. O Profeta (S) censurou veementemente as pessoas que não têm piedade nos seus relacionamentos com as crianças. Abu Huraira (R) relatou que em certa ocasião o Profeta (S) estava beijando o seu neto, Hassan Ibn Áli, sendo que Al Acra Ibn Hábis se encontrava sentado ao seu lado. Al Acra disse: “Tenho dez netos (ou filhos), e nunca beijei a nenhum deles.” O Mensageiro de Deus (S) olhou-o, e disse: “Aquele que não for misericordioso com os demais, não será tratado com misericórdia.” (Bukhári).

Esse é um método educacional muito elevado quanto ao tratamento das crianças, amando-as e tendo carinho por elas para que cresçam com uma personalidade natural, distante dos complexos e dos problemas.

Esse carinho e piedade fizeram o Profeta (S) encurtar a oração quando ouvia o choro de alguma criança. Ele disse: “Eu tenho vontade de prolongar a oração. Quando ouço o choro de alguma criança, eu a encurto para não prejudicar ou forçar a mãe.” (Bukhári).

Essa é uma prova de que as mães levavam as crianças para as mesquitas para aprenderem e se prepararem para o futuro. Indica, também, a misericórdia e a piedade do Rassulullah (S).

6) A Prece do Rassulullah (S) pelas crianças

Certamente, as crianças de hoje serão os jovens de amanhã e os líderes do futuro. Por isso, deve-se fazer prece por elas para que sejam abençoadas e bem sucedidas. São essas palavras que irão colocá-las no caminho da liderança e do comando; Aicha (R) relatou que as pessoas traziam para o Rassulullah (S) as crianças e ele as abençoava e adocicava as suas bocas com tâmaras.” (Musslim).

Ussama Ibn Zaid relatou que o Profeta (S) costumava pegá-lo e ao Hassan e dizia: “Ó DEUS, eu os amo, portanto, ama-os!” (Bukhári),

Com essas belas palavras a criança se acostuma ouvir coisas agradáveis cheias de fé, influenciando isso no seu caráter, fazendo surgir uma geração preparada para o sacrifício e o empenho pela prática do bem, beneficiando as criaturas em todo lugar; uma geração distante das palavras maldosas e da tentação de Satanás.

Por isso, irmão muçulmanos, essa é uma oportunidade excelente para nós conhecermos o nosso Profeta Mohammad (S) e aplicarmos os seus ensinamentos na educação dos nossos filhos.
 
“Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele.” 8:24

Asalamo Alaikom WA WB,

Omar Hussein Hallak

quinta-feira, abril 26, 2012

SURAT IKHLAS (Sinceridade – Pureza) TERCEIRA PARTE

Bismilahir Rahmani Rahim; Qul huwa Allahu Ahad. Allahu Samad. Lam Yalid WaLam Yulad. Wa Lam Yakun Llahú Kufwan Ahad. “Em nome de Deus, O Beneficente e Misericordioso. “1- Diz: Ele, Allah (Deus) é Único. 2- Allah é independente. 3- Não gerou e não foi gerado. 4- E ninguém é comparável a Ele”. 

Sempre que o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam), era questionado acerca da essência e da natureza de Deus, Allah transmitia ao Profeta, através do anjo Jibrail, para referir a Surat Ikhlas, como resposta simples e directa às questões colocadas.

Esta Surat foi revelada em Maka, na altura em que o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) estava empenhado em convidar as pessoas para o Tauhid, para crerem na existência do Deus Único. Os primeiros anos do início da Profecia, foram os mais difíceis para o Profeta, porque a maioria das pessoas, estava enraizada no

paganismo. Passou os primeiros anos da profecia a incutir nas pessoas: LÁ ILAHA ILLA LLAH - Não há outra divindade, senão Deus, a (Única Divindade). Outros não aceitaram a ideia do Deus Único e por isso, o Profeta sofreu perseguições e atentados à sua integridade física, pelo que acabou por se retirar para Madina.

Foi uma das primeiras Surats a ser revelado. Em virtude dos conceitos deturpados que as pessoas tinham de Deus, foi revelado o Surat Iklass, e com poucas palavras, foi resumida a essência verdadeira de Deus e deitou por terra todas os conceitos do paganismo. É célebre a passagem do Bilal (Radiyalahu an-hu), ainda escravo, quando o seu “dono” lhe deitava sobre a areia escaldante do deserto e lhe colocava uma pedra pesada sobre o peito, obrigando-o a renunciar ao islão, mas ele só repetia: Ahad, Ahad (o Único, o Único).

Estas são as qualidades do Surat Ikhlas, um capítulo com poucas palavras, mas com significado muito abrangente, ao ponto de ser considerado “equivalente” a um terço do Cur’ane. Tão fácil de recitar e de decorar, mesmo para os que têm dificuldades de memória. Abu Darda (Radiyalahu an-hu) ouviu do Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam), dizer: “Existe algum de vós, capaz de recitar um terço do Cur’ane durante a noite?” Os companheiros do Profeta responderam: “Como é possível recitar um terço do Cur’ane, numa única noite?”. Disse o Profeta: Qul huwa Allahu Ahad. Allahu Samad. Lam Yalid Wa Lam Yulad. Wa Lam Yakun Llahú Kufwan Ahad. “1- Diz: Ele, Allah (Deus) é Único. 2- Allah é independente. 3- Não gerou e não foi gerado. 4- E ninguém é comparável a Ele”. Muslim. Abu Huiraira (Radiyalahu an-hu) referiu: “O Mensageiro de Deus (Salalahu Aleihi Wassalam) veio até nós e disse: “Eu vou recitar perante vós, um terço do Cur’ane. Ele (o Profeta) de seguida, recitou: “Diz: Ele é Deus, o Único”, até ao final da Surah. Musslim.

As qualidades do Surat Ikhlass, fez com que alguns companheiros do Profeta o recitassem frequentemente e outros o incluíam em todos os ciclos das orações, em conjunto com outros versículos do Cur’ane. Abu Said Al-Khudri relatou: “Um homem ouviu outro recitando o Surat Ikhlas “Diz: Ele é Deus, o Único” repetidamente. Na manhã seguinte ele foi ter com o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) e o informou do sucedido e questionou o Profeta se considerava a recitação desta Surat como insuficiente. Respondeu o Profeta: “Por Aquele em Cujas Mãos está a minha vida, este Surat é igual a um terço do Cur’ane”. Bukhari.

Outra passagem referida por Yahya, refere que o Profeta (Salalahu Aleihi wassalam) ouviu um homem recitando o Surat Ikhlas e por isso, considerou que o Paraíso é obrigatório para o recitador. Maliks Muwatta.

Uma outra passagem foi relatada no Bukhari, da autoria de Anas (Radiyalahu an-hu): um homem que dirigia as orações na Mesquita de Quba, primeiro recitava o Surat Ikhlas e depois outra surat. Foi questionado se esta surat não era suficiente e os motivos porque a recitava em todos os ciclos da oração. Ele respondeu de que tinha um grande amor por ela e por isso não a podia abandonar nas orações. Mas se as pessoas assim o quisesse, eles poderiam procurar outro alguém para dirigir as orações. Preferiram mantê-lo, por o considerarem como um dos melhores para esse efeito. No entanto, colocaram a questão ao Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam), que disse: “Seu amor ao Surat Ikhlas, fez-lhe ganhar o paraíso”.

Aisha (Radiyalahu an-há) relatou: “Quando o Profeta de Deus pretendia ir dormir, todas as noites ele recitava o Surat Ikhlas, Surat al-Falaq e o Surat na-Nas e depois soprava sobre as palmas das mãos e passava-os pelo rosto e pelo todo o corpo onde as mãos podiam alcançar. E quando ele ficou doente, ele pedia-me para assim fazer para ele”. Bhukari 71: 644. Outros relatos referem que após o pôr do sol e nas manhãs, recitar 3 vezes o Surat Ikhlas, o Surat al-Falaq e o Surat na-Nas, eles serão suficientes para nós.

E assim termino a mensagem relativa a este pequeno e grande capítulo do Cur’ane.

Todos os louvores são para Allah, o Único, o Criador de tudo o que existe. Que a Paz de Deus esteja com todos os Profetas, que se sacrificaram para nos deixarem a mensagem do Deus Misericordioso e Perdoador. As Bênçãos e a Paz de Deus estejam, com Muhammad, sua família e seus companheiros. A Paz e Misericórdia de Deus estejam com todos os crentes.

“Rabaná ghfirli waliwa lidaiá wa lilmu-minina yau ma yakumul hisab”. “Ó Senhor nosso, no Dia da Prestação de Contas, perdoa-me a mim, aos meus pais e aos crentes”. Cur’ane 14:41 "Wa ma alaina il lal balá gul mubin" "E não nos cabe mais do que transmitir claramente a mensagem". Surat Yácin 3:17. “Wa Áhiro da wuahum anil hamdulillahi Rabil ãlamine”. E a conclusão das suas preces será: Louvado seja Deus, Senhor do Universo!”. 10.10.

Façam o favor de ter um bom dia de Juma e a língua habituada com “Qul Huwa Allahu Ahad, Allahu Samad ….”.
Cumprimentos 
Abdul Rehman Mangá - 26/04/2012

Quem estarão mais próximos do Profeta Muhammad (s.a.w.), no Dia do Juízo Final?

Quem estarão mais próximos do Profeta Muhammad (s.a.w.), no Dia do Juízo Final? 
“Certamente que a razão pela qual muitas pessoas entrarão no Paraíso será a piedade e o bom comportamento”, disse o Profeta Muhammad (s.a.w.). 
Prezados Irmãos, Assalamu Alaikum: 
Louvado seja Deus, Quem nos guiou, favorecendo-nos com a fé. Testemunho que não há outra divindade senão Deus, Único, sem associado. Testemunho que Muhammad é Seu servo e mensageiro. Que Deus abençoe Muhammad, a sua família, os seus companheiros e todos aqueles que o seguem até o dia do Juízo Final. 

Os bons modos são uma característica dos Profetas e das pessoas piedosas. Quem possui estas virtudes alcança um grau muito elevado de espiritualidade e honra. Deus abençoou a Muhammad (s.a.w.) favorecendo-o com uma moral e um comportamento grandioso. Deus disse: “Certamente que és de nobilíssimo caráter”. (Alcorão, 68:4). 

O bom comportamento apela à irmandade e ao amor, enquanto o mau comportamento incita ao ódio e ao rancor. 

O Profeta Muhammad (s.a.w.) exortou a moral e a equiparou com a piedade. Disse: “Certamente que a razão pela qual muitas pessoas entrarão no Paraíso será a piedade e o bom comportamento”. 

O bom comportamento implica ter um espírito cooperativo, tratar educadamente as pessoas, sorrir, não prejudicar outrem e falar com bons modos. 

O Profeta Muhammad (s.a.w), numa ocasião, exortou o seu com-panheiro Abu Hurairah (r.a.) e disse-lhe: “Abu Hurairah! Eu reco-mendo-te que tenhas uma boa moral”. Então Abu Hurairah o perguntou: “E o que implica ter uma boa moral?” O Mensageiro de Deus respondeu: “Tratar, com cortesia, a quem te vira a cara, perdoar a quem age injustamente contigo e ajudar a quem te vira as costas”. 

O Profeta (s.a.w.) disse: “Por certo que a pessoa que tem bom com-portamento alcança o grau do jejuador que reza durante noites”. 

A boa moral é parte da fé, pois o Mensageiro de Deus disse: “Aqueles que melhor tratam as pessoas são aqueles que têm uma fé mais completa”. Os muçulmanos devem falar com educação em todos os momentos fé mais completa”. 

Os muçulmanos devem falar com educação em todos os momentos e proferir boas palavras. O Profeta (s.a.w.) disse: “Falar cortes-mente é uma boa ação”. 

O muçulmano é também recompensado pelo simples ato de sorrir, que não implica nenhum peso para ele. O Profeta (s.a.w) disse: “Sorrir a teu irmão é uma boa ação”. 

Deus disse: “Ó crentes! Sejais firmes com os preceitos de Deus, deem testemunho com equidade e que o rancor não vos conduza a tratar injustamente. Sejais justos, pois desta forma estareis mais próximos de serem piedosos. Temei a Deus; E Deus está bem inteirado de tudo o que fazeis.” (Alcorão). 

Os sinais que demonstram a boa moral de uma pessoa são: ser pudico, não prejudicar o outro, ser conciliador e benfeitor, ser sincero, falar pouco, fazer muito, ser piedoso, calmo, paciente, grato, agradável, tolerante, compassivo, indulgente e honesto; não maldizer nem insultar, não falar do ausente nem caluniar, não ser apressado, nem invejoso, nem ava-rento, nem rancoroso, e estar sempre alegre e aceitar e recusar somente por Deus. 

A origem de todos os defeitos é a soberba e o orgulho. Ao contrário, a origem das virtudes é a firme determinação na fé. 

A injustiça, a opressão, a vaidade, a intolerância, a rudeza, a altivez, a arrogância, o desejo de poder e a vanglória nascem todos do orgulho e da soberba. 

Irmãos! Ponham em prática os ensinamentos do Profeta Muhammad (s.a.w.) e sigam os seus conselhos. Ele nos exortou, dizendo: “Temam a Deus onde quer que estejam, façam uma boa ação após uma falta para assim a expiar e tratem correta-mente as pessoas”. 

Ó Deus! Nós pedimos-Te que nos guies para poderes contar-nos, no Dia de Juízo Final, entre os mais próximos do Mensageiro de Deus, pois ele disse: “Certamente aqueles que mais próximos de mim estiverem no Dia do Juízo Final são os que melhor comportamento tiveram”. 

Que Deus nos abençoe com o Nobre Alcorão e nos guie para que O temamos como Ele merece. E peço a Deus que perdoe os nossos pecados, pois Ele é o Absolvedor, Misericordioso. 

Março/Abril – AL- Furqán   

domingo, abril 22, 2012

Regras Islâmicas ao nascer uma Criança

Os ensinamentos islâmicos abrangem todas as etapas da vida, começando pelo nascimento a ter em conta certas recomendações elementares:

1. Corte do Cordão Umbilical e Banho.

2. Adhán, Iqámah e Duás (Adhán em voz baixa, no ouvido direito e o Iqámah no ouvido esquerdo do bebé. 

Este acto é Sunnat, Duá de protecção para o recém-nascido contra o Shaitán, e que ALLAH lhe guie e oriente para o caminho da verdade e que lhe torne num ser piedoso, podendo acrescentar-se outros Duás).

3. Fazer o Tahnik (consiste em esmagar com os dentes um bocado de tâmara ou uma outra fruta doce e colocá-lo na boca do bebé, fazendo também Duá).

4. Aquiqah e Rapar o Cabelo (sacrificar, degolar, dois cabritos ou carneiros, no caso do recém-nascido ser menino, e de um cabrito ou carneiro, se for menina. O Aquiqah deve ser feito de preferência no sétimo dia após o nascimento da criança. Se não for possível nessa data, é recomendável que se faça no 14º, 21º ou 28º dia após o nascimento da criança e assim por diante, sempre em múltiplos de sete, a contar da data do nascimento. O tipo e as condições do animal para o Aquiqah são idênticos aos do Curbani).

5. Dar um Bom Nome (hoje em dia, infelizmente não se procura saber o significado, optando pura e simplesmente pelo nome que soa melhor, raro ou que está´em voga).

6. Circuncisão (Al-Khitán ou circuncisão é um símbolo de Islamismo e é um Sunnat muito importante aplicado a indivíduos do sexo masculino. É recomendado fazer-se a circuncisão o mais cedo possível).

7. Quando a criança começar a pronunciar as primeiras palavras, deve ser-lhe ensinada a recitar o primeiro Kalimah: Lá Iláha Illalláhu, Muhammadur Rassulullah.

quinta-feira, abril 19, 2012

SURAT IKHLAS (Sinceridade – Pureza) SEGUNDA PARTE

Assalamo Aleikum Warahmatulah Wabarakatuhu (Com a Paz, a Misericórdia e as Bênçãos de Deus) Bismilahir Rahmani Rahim (Em nome de Deus, o Beneficente e Misericordioso) JUMA MUBARAK - 20/04/2012
Bismilahir Rahmani Rahim; Qul huwa Allahu Ahad. Allahu Samad. Lam Yalid Wa Lam Yulad. Wa Lam Yakun Llahú Kufwan Ahad. Em nome de Deus, O Beneficente e Misericordioso. “1- Diz: Ele, Allah (Deus) é Único. 2- Allah é independente. 3- Não gerou e não foi gerado. 4- E ninguém é comparável a Ele”.

Nos tempos pré-islâmico, a maior parte dos residentes da Península Arábica, adoravam ídolos (talhados em madeira, em pedra e outros materiais). Em Maka e em Madina, foram vários os tipos de pessoas e personalidades que questionaram o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) acerca da essência e da natureza de Deus. Todos pretendiam saber quem é Deus e de que matéria é feito. Para os adoradores de ídolos, esta questão era importante, porque estavam habituados a ver e a tocar os ídolos que adoravam. Tinham uma forma e corpo, eram machos ou fêmeas e tinham filhos. Tinham uma descendência e necessitavam de alimentos. Herdaram dos seus antepassados e outros ídolos iriam herdar as suas posições. Mas não lhes respondiam os anseios. Outros adoravam o fogo, as estrelas e outros astros. Fazia-lhes confusão, como era possível existir só um Deus e ainda mais porque não era visível.

Allah não era um nome desconhecido para os árabes da era pré-islâmica. Era o nome para o qual usavam para designar o Criador do Universo. Mas apesar disso, eles utilizavam o termo ilah (divindade) para os seus ídolos. Essa dualidade é referida em vários versículos do cur’ane, como por exemplo: “E se lhes perguntas: quem criou os céus e a terra e submeteu o sol e a lua? Eles responderão: Allah (Deus)! … E se lhes perguntas: quem faz descer a agua do céu e com ela a terra é vivifica?
 
Responder-te-ão Allah. …” Cur’ane Surat Al-Ankabut 61 e 63. A crença em Allah ficou mais evidente quando Abraha, governador do Yémen, que se encontrava integrado no reino de Negus da Abissínia, invadiu Maka e tentou destruir a Caaba (Casa de Deus). O então guardião da Caaba, Abdul Muttalib, Chefe e Líder da Caaba, que viria a ser o avô do Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam), depois de reunir todos os chefes tribais, chegaram à conclusão de que não tinham capacidade para repelir os invasores e só Allah é que tinha o poder para proteger a Sua Casa.
 
Retiraram-se todos para os arredores. Deus mandou um bando de pássaros denominados de “Abadil”, carregando cada um deles 3 pedrinha que foram atiradas ao exército invasor, causando inúmeras baixas, devido a perfurações e roturas na pele.

Os sobreviventes acabaram por se retirar. Este incidente é conhecido por “Ano dos Elefantes” ou “Os Senhores do Elefante” e está referido no Surar Al Fil (o desenvolvimento deste tema pode ser consultado nas minhas mensagens de 24 e 30 de Abril de 2010). Mesmo assim, depois desta lição divina, a maioria continuou a adorar os seus ídolos. Para este tipo de pessoas, Deus refere: “Eles estão baloiçando (vacilando), entre os dois grupos; nem estão com eles, nem com aquele. Porém, jamais encaminharás para o caminho certo aqueles que Deus desviou (por tal merecerem)”. Surat Na-Nissa 143.

Também havia outros que afirmavam que Deus teve um filho. “E (ó Profeta) diga: Louvado seja Allah que jamais teve filho, tão pouco teve parceiro na Soberania, nem (necessita) de ninguém para protegê-Lo da humilhação e é exaltado com toda a magnificência”. Cur’ane 17:111. Podemos deduzir que se Deus teve um filho, é porque necessitava de alguém para o auxiliar, o qual seria considerado com o um herdeiro após a sua morte, o que equivale a atribuir uma fraqueza a Deus, característica de um ser mortal. Deus é Auto-Suficiente e Imortal. “LA ILAHA – ILLA LLAH” – Não há outra divindade, senão Deus, a (Única Divindade).
 
Por diversas pessoas e em várias ocasiões, o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) foi questionado sobre Deus. Por um lado, a curiosidade era grande e por outro, o faziam em termos provocatórios. Segundo o relato de muitos Sahabas (Radiyalahu an-huma), os Quraish (residentes de Maka) queriam saber as origens e os antepassados do Senhor que lhes era então apresentado. Quem era esse Deus, de que era Ele feito.

Então Deus, revelou: “1- Diz: Ele, Allah (Deus) é Único. 2- Allah é independente. 3-Não gerou e não foi gerado. 4- E ninguém é comparável a Ele”. Alguns Judeus Rabinos, questionaram o Profeta: “Ó Muhammad, informe-nos como é o teu Senhor, para nós acreditarmos em ti. Na Torah Deus enviou-nos a Sua descrição. Diga-nos de que Ele é feito, se é feminino ou masculino, se Ele é feito de ouro, de latão, ferro ou prata e se Ele come ou bebe. Também para nos dizer de quem Ele herdou o mundo e quem herdará depois Dele. Então Deus revelou ao mundo este Surat.
 
Também outros grupos de Judeus questionaram o mesmo ao Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam). Hazrat Anas (Radiyalahu an-hu), referiu que um Grupo de Judeus perguntou ao Profeta: “Ó Abul Qassim, Deus criou os anjos da luz, Adão do barro, o Iblis (o diabo) do fogo, o céu do fumo e a terra a partir da espuma da água. Diga-nos agora acerca do teu Senhor (de que é feito). O Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) não respondeu. Então apareceu o Anjo Jibrail (Gabriel), que lhe disse: “Ó Muhammad, diga-lhes: “Huwa Allahu Ahad (Deus é Único)”.
 
Ibn Abbas (Radiyalahu an-hu) referiu que uma delegação de Cristãos de Najran, acompanhados de 7 sacerdotes, visitou o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) e perguntaram: “Ó Muhammad, diga-nos como é o Teu Senhor e de que substância Ele é feito”. O Profeta respondeu: “Meu Senhor não é feito a partir de nenhuma substância. Ele é Único e Exaltado acima de tudo”. Então Deus enviou o Surat Ikhlass. Porque era o início da implementação do Isslam, do Tauhid, esta Surat foi assim por diversas vezes “revelada / lembrada” ao Profeta, para ele responder àqueles que lhe questionavam sobre a unicidade de Deus. È um verdadeiro milagre, uma Surat com poucas palavras, descreve o conceito do Deus Único e da independência de Deus perante todas as criaturas. Os 300 ídolos que se encontravam na Caaba, foram destruídos pelo Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam), quando entrou triunfante em Maka, sem derramamento de sangue, proclamando a Unicidade de Deus e Ele, o Único merecedor da adoração. “LA ILAHA – ILLA LLAH”.
 
In Sha Allah, continua no próximo Juma.
“Rabaná ghfirli waliwa lidaiá wa lilmu-minina yau ma yakumul hisab”. “Ó Senhor nosso, no Dia da Prestação de Contas, perdoa-me a mim, aos meus pais e aos crentes”. Cur’ane 14:41, Votos de um bom dia de Juma.
Cumprimentos Abdul Rehman Mangá -19/04/2012

quarta-feira, abril 18, 2012

Cuidar Bem dos Idosos uma Vocação Islâmica

Por: Sheikh Aminuddin Mohamad - 16.04.2012

O estatuto do cidadão sénior é de uma grande importância em todas as sociedades, especialmente no Ocidente, onde as pessoas idosas na maior parte dos casos, são enviadas para lares especialmente construídos para as chamadas pessoas da terceira idade, ao invés de se lhes prestar cuidados nas suas casas.

Ninguém gosta de ficar velho, de ter a sua cara que um dia foi bonita, cheia de rugas e a perder o brilho que um dia já teve.

Contudo, isso indica que afinal nós não somos donos dos nossos destinos, nem de nós próprios e nem dos nossos corpos, pois por detrás de tudo isso há uma Mão Poderosa, que é a do Criador que faz o que quer, pois o Al-Qur’án diz no Cap. 40, Vers. 67:

“Foi Ele (Deus) quem vos criou do pó (a Adão), depois de uma gota de esperma, depois de um coágulo de sangue. Depois disso, Ele tirou-vos como criança (do ventre da mãe). Em seguida, (fez-vos crescer) para depois alcançardes a vossa maturidade completa, para depois serdes velhos”.

O Homem há muito que tenta procurar alguma fórmula que contrarie o gene responsável pelo envelhecimento do corpo, mas sem sucesso. Por isso muita gente não se convence e nem fica satisfeita quando a velhice a atinge. As pessoas tudo fazem para disfarçá-la, seja pintando os cabelos e a barba ou mesmo rapando-os, tudo na tentativa de ocultar os seus vestígios. Os mais abastados submetem-se a operações plásticas. Alguns chegam a ficar ofendidos quando alguém os chama de velhos, respondendo: “velhos são os trapos” ou “sou gasto mas não sou velho”.

Todavia, se vivermos, todos nós um dia atingiremos a velhice, contra a nossa vontade, pois esse é o processo natural e inegável da vida, que Deus criou.

Consta que certa vez um idoso que tinha já as costas arqueadas e que caminhava apoiado numa bengala de tão velho que estava, passando ao pé de uns miúdos que brincavam, estes, querendo fazer troça do velho trôpego lhe perguntaram: “Ó tio! Onde é que compraste o arco e a flecha”? O idoso calmamente respondeu: “Não se preocupem, pois quando chegarem a esta idade vão receber isso de graça”.

Será que iremos gostar que os nossos filhos nos escorracem das nossas casas, que construímos com muito esforço durante a nossa juventude, para o lar de idosos? Quão triste e cruel é isso!

A vida vivida no lar de idosos é miserável e insuportável. Devemo-nos precaver antes que essas tendências perturbadoras se enraízem nas nossas sociedades em vias de desenvolvimento, pois caso contrário tal trará crises jamais vistas.

A religião ensina-nos a respeitarmos os idosos, sejam eles nossos pais, nossos familiares, e até mesmo os estranhos.

Os idosos podem chegar à fases da velhice caracterizadas pela perda de algumas faculdades biológicas, podendo até perder o seu vigor físico, ou mesmo as suas faculdades mentais. Muitos deles desenvolvem sentimentos emocionais fora dos limites.

Quanto à perda das faculdades físicas, um idoso não consegue fazer muitos dos trabalhos que um jovem faz. No que respeita à perda da capacidade mental, Deus diz-nos no Al-Qur’án, que um idoso pode vir a perder a sua capacidade mental, podendo até tornar-se senil.

Deus diz no Cap. 22, Vers. 5:

E, entre vós há os que morrem (jovens), e outros são levados até a máxima velhice, ao ponto de não saberem nada depois de haverem sabido (muita coisa)”.

A isto podemos chamar, usando o termo da medicina moderna, de doença de “Alzheimer”

Quanto aos sentimentos emocionais, Deus informa-nos acerca do profeta Jacob (Yaqub) e dos seus sentimentos relativamente aos seus dois filhos, José (Yussuf) e Benjamim (Ben Yámin). As suas emoções, o seu amor, a sua preocupação, a sua simpatia e os seus sentimentos eram imensas a tal ponto, que de tanto chorar perdeu a visão.

Portanto, em todos estes casos, o que se nos ensina, como crentes, é que devemos respeitar os idosos, ainda que sejam senis e caducos.

O nosso respeito para com os idosos está mais enfatizado a favor dos nossos pais. Consta no Al-Qur’án, Cap. 17, Vers. 23:

“O teu Senhor decretou que não adoreis a ninguém a não ser a Ele, e que deveis ser bondosos com os vossos pais. Se a velhice atingir um deles ou ambos, estando vós ainda em sua companhia, não lhes digas “uff” por irritação, nem os ralhes, mas fala-lhes com palavras generosas (com respeito)”.

O nosso Profeta Muhammad, S.A.W. instruiu-nos a respeitarmos todos os que são idosos, e ao mesmo tempo, a termos pena e misericórdia dos mais novos. E foi-nos dito que todo aquele jovem que respeita os idosos devido à sua idade avançada, também será respeitado quando ficar velho, pois Deus enviará alguém que o respeitará quando ele envelhecer.

Até mesmo na oração colectiva, é-nos recomendado que respeitemos os mais velhos. Portanto, quando estivermos a liderar uma oração (swalaat) colectiva onde haja velhos, devemos prestar-lhes atenção, não prolongando demasiado a oração em congregação.

Segundo a nossa tradição isslâmica, nós os muçulmanos, devemo-nos esforçar o máximo por respeitar os idosos, especialmente se se tratar dos nossos pais. É um mau precedente enviar os nossos pais para lares de terceira idade.

A presença dos nossos pais nas nossas casas é uma bênção de Deus. Trará paz, felicidade, concórdia, tranquilidade, misericórdia e recompensa de Deus. Devemo-nos empenhar o máximo em prol dos nossos pais velhos, pedindo-lhes para ficarem connosco nas nossas casas, para que assim possamos atrair a bênção de Deus.

Devemos estabelecer um bom exemplo para que os não muçulmanos possam fazer o mesmo.

Se tomarmos a iniciativa e a pusermos em prática, criaremos uma sociedade livre do conflito de gerações. Não haverá animosidade entre a nova geração e os idosos. Ao invés disso haverá bondade, respeito, simpatia, preocupação e amor um para com o outro.