sexta-feira, setembro 23, 2011

Muçulmanos Hispânicos e os Efeitos de 11/09

Entrevistas - 25/08/2011 - Autor: Lyan Babylon - Fonte: Terra - Versão Portuguesa: Al Furqán, nº. 182Hoje pode ter passado uma década desde a tragédia, mas o que não passou é a dor dos que perderam parentes no 11 de Setembro de 2001 e o ressentimento de outros. Especial: os hispânicos superam os estereótipos no Islão.

Com a tragédia de 11 de Setembro de 2001 a percepção sobre os muçulmanos nos Estados Unidos foi transformada. Imediatamente após os ataques, muitos americanos expressaram ressentimento contra este grupo religioso, mas hoje, 10 anos mais tarde, há um pouco mais de tolerância e a conversão ao Islão tem aumentado.

The New York Times diz que existem cerca de 200.000 hispânicos convertidos ao Islão a viver nos EUA. A maioria são porto-riquenhos, cubanos, dominicanos e mexicanos. Os números falam por si e mostram que o número de seguidores tem crescido após os mortíferos ataques na história dos EUA.

Embora inicialmente classificassem muitos muçulmanos como terroristas, existe agora uma maior consciência do problema. Nos EUA 20 mil pessoas convertem-se ao Islão em cada ano e é a religião que mais cresce em todo o mundo.

Wilfredo Ruiz Amr:

Ruiz, porto-riquenho que vive agora na Flórida diz que "a mesma notícia ruim e a má propaganda colocou o Islão em contacto com as pessoas." "Desde 11 de Setembro, eu acredito que em qualquer jornal nacional não passam dois dias sem a palavra Islão ou muçulmanos aparecer em quaisquer de suas páginas. E na medida em que as pessoas estão vendo isso torna-se de interesse para saber mais sobre o Islão", diz ele.

Amr Ruiz converteu-se em 2003, mesmo quando "os estereótipos estavam à flor da pele", diz ele. O que o levou a buscar o Islão é que ele era um cristão não praticante e queria educar os seus filhos dentro de um quadro de fé. A sua família rejeitou-o e a sua mãe foi a mais relutante em aceitá-lo. Amr Ruiz tinha estudado toda a sua vida numa escola católica e sua mãe era um membro ativo da Igreja Católica na sua comunidade.

"Disseram-me que eu estava errado, algumas pessoas disseram que o Islão não responde à nossa cultura e eu contestei dizendo de que país da América Latina era originário Jesus."

Mas, eventualmente, a sua família aceitou pelo simples facto de que "as acções no Islão falam mais alto do que as palavras. Quando a minha família viu que não fumava, não bebia, rezava cinco vezes por dia, disse: que mal pode haver nisto". Amr Ruiz afirma que os estereótipos contra os muçulmanos são em grande parte devido a equívocos instilados por pessoas de fora da religião.

Para além da crítica, Amr Ruiz não viveu qualquer situação mais grave, que não é o caso para todos os muçulmanos nos Estados Unidos depois de 11/09.

Khalid Salahuddin:

Khalid, que nasceu no Panamá, mas se mudou ainda criança com seus pais para a América, conta que um site antimuçulmano o acusou de apoiar a jihad ou guerra santa, luta extremista que levou Osama bin Laden a co-meter os actos terroristas de 2001. No entanto, apesar das alegações num artigo escrito num website não houve maiores consequências. "No meu trabalho o meu chefe disse-me que sabia que eu não estava envolvido nisso, por isso não o afetava". A confiança das pessoas que gostavam dele foi instantânea e alguns ofereceram a sua ajuda, diz ele. Os seus conhecidos sabem o sentimento de Salahuddin relativamente aos ataques. "Isso foi uma desgraça, a verdade é que eu não podia acreditar que alguém que tivesse a mesma mentalidade que eu estava envolvido em alguma coisa. Quando eles fizeram isso deixaram de ser muçulmanos... A religião islâmica diz que se você matar uma só pessoa é como se matasse toda a raça da humanidade".

Salahuddin disse que por causa das suas crenças, é muito difícil de acreditar que os ataques terroristas são um ato islâmico e que "só Deus sabe o que aconteceu.

Roraima Aisha Kanar:

Roraima Aisha Kanar, cubana, concorda com Salahuddin. "Se eu tivesse viajado com meu marido (que tem um nome árabe) e ele tivesse estado naquele avião não o teriam acusado de ser um deles (terroristas)? E porque tenho eu de pensar que todos os que foram acusados e estão mortos hoje estavam envolvidos? ", diz ela.

Também relata que viveu na primeira pessoa a rejeição da comunidade após o 11/09. "Os que mais me julgaram foram os latinos, e como não sabiam que eu falava espanhol diziam coisas como, olha a pessoa que vem atrás de nós, anda rápido para não estar perto de nós, não sabemos o que pode acontecer." No entanto, Kanar não ficava calada e dizia-lhes que não a julgassem pelo que não conheciam.

Mas isso não só aconteceu quando ela ia fazer compras ou saia fora de sua casa para qualquer tarefa, mas também com respeito ao seu trabalho. Kanar estava envolvida na venda de bens no momento e muitos clientes estavam distantes e constrangidos na sua presença. Mas Kanar disse que "nada pode ser alcançado sem paciência" e a sua atitude foi fazer com que as pessoas se sentissem confortáveis.

Quebrando os estereótipos:

Apesar de provenientes de outros países estas pessoas têm algo em comum: elas não estavam satisfeitas com o que lhes ofereceria o catolicismo. Kanar insiste que a Igreja Católica não forneceu respostas às suas perguntas. Além disso, refere que o que mais lhe chamou a atenção no Islão é que, diz ela, é uma religião cujo relacionamento com Deus é direto, sem intermediários, pois o seu comportamento, suas roupas e seu modo de agir é uma decisão pessoal ao aceitar o Islão como sua fé, e não algo imposto. 

Como muitos latinos tiveram que quebrar os estereótipos da sua família. Mas ao contrário do que alguns possam pensar, a sua mãe, uma católica praticante, não tinha pena que a sua filha não comungasse ou não assistisse à missa. "Um dia eu sentei-me com ela e ela disse-me que o que mais lhe doía é que eu não podia usar fatos de banho ou vestir roupas justas ou decotes como fazia antes", diz ela. Mas para Kanar o próprio facto de as pessoas a valorizarem pela sua qualidade humana e não pelo que parecia foi um dos factores que a levaram a mudar de religião.

Kanar Amr Ruiz e Salahuddin concordam que a falta de aceitação para aqueles que não compartilham a fé cristã da maioria dos americanos é devida à ignorância. Um estudo realizado pelo Pew Hispanic Center diz isso, os hispânicos, especialmente os católicos, são o grupo com menos informações sobre sua própria religião e sobre as outras religiões, de acordo com a pesquisa nacional.


Hoje pode ter passado uma década desde a tragédia, mas o que não passou é a dor dos que perderam parentes no 11 de Setembro de 2001 e o ressentimento dos outros. Em 2 de Maio, o mundo testemunhou a forma como dezenas de pessoas nos Estados Unidos comemoraram a morte do autor dos ataques, Osama bin Laden. Mas, por anos, os muçulmanos nos Estados Unidos têm tentado dei-ar claro que o Alcorão condena qualquer ato terrorista e o que diz que mata em nome de Allah, mente.


Fonte:http://alfurqan.pt/view_tema.asp?ID=194

O Semeador de Tâmaras


Um homem velho estava num oásis, esforçando-se para fazer um poço na areia, perto de algumas palmeiras de tâmaras, de joelhos, com grande esforço e oprimido pelo calor intenso do deserto. Um rico comerciante parou neste oásis para descansar e dar de beber aos seus camelos, e observou que este homem, idoso, suado, cavando com entusiasmo. Não pôde evitar a curiosidade e perguntou-lhe o que estava fazendo. O velho respondeu que estava a semear tâmaras. O viajante achou absurdo e pensou que o calor transtornara o velho, razão pela qual o convidou a tomar uma bebida na pousada.

Mas o homem não aceitou o convite porque tinha que terminar o seu plantio. Quando lhe perguntou que idade tinha ele não conseguia sequer lembrar, talvez mais de oitenta, disse. Então o rico mercador não pode deixar de salientar que dificilmente colheria algo das suas plantações, uma vez que uma palmeira demora muitos anos para dar frutos, e exortou-o a acompanhá-lo para uma bebida. 

O velho olhou para ele e disse que todas as tâmaras que tinha comido até agora foram também palmeiras que haviam sido plantadas por outros, que nem sequer tinham sonhado prová-las e que ele plantou não para si mas para que os outros comessem as futuras tâmaras da palmeira, era para isso o plantio, e que era um agradecimento a todos aqueles desconhecidos que trabalharam para ele, isso por si só era motivo para terminar a sua tarefa. Comovido pela resposta, o rico empresário tirou um saco de moedas de ouro e recompensou o homem pelos seus ensinamentos. O velho agradeceu-lhe e acrescentou que era verdade que nunca iria comer do que semeava, mas que já tinha ganho um saco de moedas e a gratidão de um amigo. 

O abastado comerciante foi surpreendido por tanta sabedoria e deu um outro saco de moedas de ouro para mostrar mais uma vez o seu profundo agradecimento. O velho mostrou ao viajante que a vida era assim como ele se comportava. Ele tinha plantado para a colheita, sem pensar em si mesmo, e antes do final já havia sido recompensado não uma, mas duas vezes, sem contar com as tâmaras que seriam obtidas no futuro, quando as palmeiras que ele plantou crescessem para as próximas gerações. O homem ficou surpreendido com o que tinha aprendido e implorou ao velho para não mais lhe dar lições pois toda a sua fortuna não seria grande, o suficiente para pagar tais ensinamentos. ... 

Que o dinheiro seja usado para comprar coisas úteis, mas que a sabedoria é valiosa e todo o dinheiro do mundo não é suficiente para pagá-la. ... Aquele que pensa só para si mesmo reduz o seu horizonte, fecha o seu caminho e obstrui o fluxo da abundância. ... O ser humano tem a capacidade de dar vida e criar o inimaginável mais além de si mesmo, e da sua riqueza em sabedoria só se esgota quando pensa em termos do seu próprio ego que é limitado e finito.

Fonte: http://alfurqan.pt/view_tema.asp?ID=195Copyright © AL FURQÁN, a reprodução total ou parcial dos seus artigos é livre, desde que citada a fonte

Religião é um Sentimento

A Religião não é apenas regras, deveres e obrigações, mas um sentimento e uma percepção que nos faz conscientes de que há uma força maior que lida com o Universo.

Caros leitores, queria compartilhar estas reflexões sobre religião e o seu verdadeiro significado convosco. Muitas pessoas entendem a religião em geral, e em particular o Islão, como uma série de deveres e obrigações e uma lista interminável de coisas lícitas e proibições com que se deve reger. 

Religião em árabe é derivado da palavra Dayn, din, o mesmo que dívida, e a religião em seu sentido mais profundo é ser grato a Deus. Tudo o que se tem é de Deus, e todas as criaturas, por si só, pertencem a Deus, pelo que se a pessoa reconhece esse fato pode ser chamada religiosa.

O incrédulo, ao contrário, é aquele que nega os dons e graças com que foi abençoado por Deus. Na verdade, quem reconhece que todas as suas posses são de Deus tenta, na medida das suas capacidades, retornar a dívida, ou melhor, parte do cumprimento das ordens do seu Criador e Sustentador.Uma vez que ninguém pode pagar a dívida na totalidade, porque ninguém merece entrar no Paraíso, a menos que Deus nos cubra de sua misericórdia infinita, como disse nosso nobre Profeta (Paz e bênçãos de Allah estejam com ele). É verdade que devemos cumprir as nossas obrigações religiosas, mas sem esquecer que tudo o que façamos nunca poderá pagar as nossas dívidas a Deus. 

No entanto, o fato de cumprir os nossos deveres religiosos é o que nos faz aproximar de Deus e, portanto, merece fazer a sua clemência. Para uma melhor compreensão do que foi dito anteriormente, vamos dar um exemplo. Se um pai dá a seu filho um dólar e este último o dá na caridade, qual dos dois merece a recompensa? A resposta é: ambos merecem o prêmio, mas graças ao pai a criança pode ser generosa. Porque, se o pai não tinha dado o dólar, a criança não teria hipótese de fazer caridade. Da mesma forma, se não fosse por Deus, não poderíamos ter feito nada; por isso temos de agradecer de forma constante, uma vez que é Ele que dá a todos a força e o poder que nos move. 

Ninguém e nada tem a sua própria força, mas a força vem de Deus, o Todo-Poderoso (la haula wala kuata ila billah)Religião não é apenas regras, deveres e obrigações, mas um sentimento e uma percepção que nos faz conscientes de que há uma força grande que corre no Universo e não é afetada pelo sono ou sonolência ou distraída por qualquer coisa. Este sentimento tem de ser manifestado em boas obras. Práticas de culto e as boas maneiras são, na verdade a consequência da fé e do sentimento de amor por Deus. Este sentimento de amor para com Deus é o que nos impulsiona a fazer o bem e nos arrasta de volta para evitar o mal. Sem sentimentos, o ser humano não daria um passo em frente. Nós, humanos, somos movidos pelo amor, ganância, medo e desejo. Somos movidos pelo desejo e dor e todos os sentimentos são sensações. Há muitos versículos do Alcorão e ditos do nobre Profeta (s.a.w.) salientando a importância dos sentimentos e do coração como o motor que impulsiona os outros órgãos.A questão enfática neste ponto é: podemos controlar os nossos sentimentos ou algo que está além do nosso alcance e poder? 

Muitas pessoas acreditam que não podemos, mas a realidade é exatamente o oposto. A melhor prova disso é o que disse o nosso nobre Profeta (que Allah lhe conceda paz e bênçãos), quando um homem lhe pediu conselhos: "Não fique com raiva", disse. Ele disse-lho três vezes porque sabia que é algo controlável, senão não o teria dito, e na verdade a raiva ou ira é um sentimento de irritação e alteração produzida na mente da pessoa e é um dos sentimentos mais fortes e, se se pode controlar a raiva, é muito mais fácil controlar os sentimentos que são menos fortes. O que não se pode controlar é o ambiente onde pode se mover, e assim por diante, mas a chave para o seu coração, caro leitor, está consigo, se você escolher ficar zangado ou não, escolher amar isto ou aquilo, você escolhe ser feliz ou não.

Mas o que nos ajuda a ter esses sentimentos?Há duas razões principais: por um lado ajuda-nos o amor e o desejo e, por outro o medo e a saudade. A primeira razão está relacionada ao prazer e alegria e faz com que a pessoa atenda os seus desejos; e a segunda tem a ver com dor e faz com que a pessoa evite qualquer coisa que possa causar sofrimento. Glorificado seja Deus que nos criou e fez inatos nos outros de quem nos aproximamos para desfrutar o prazer que obtemos e para nos afastarmos da dor e do sofrimento dos outros (no Alcorão) pelo estilo que queremos entender que o Paraíso é uma fonte de alegria e satisfação, e tememos o Inferno que é a fonte de dor e punição na vida após a morte.Concluímos o nosso pequeno estudo, dizendo que a religião está no coração e o nobre Profeta (paz esteja com ele) disse uma vez: "A piedade é aqui" e apontou para seu coração, mas o que está no coração tem que ser traduzido por outros organismos. 

Quem afirma ser religioso e diz que ele é uma pessoa com fé terá que demonstrar, através de ações, cumprindo os mandamentos de Deus. Se você disser a alguém que você ama, mas não pergunta por ela, não a visita, não mostra interesse por ela e não se preocupa com ela, onde está esse amor?

Como qualquer sentimento deve manifestar-se em fatos, porque se não, o sentimento é inexistente ou muito fraco.

Fonte: http://alfurqan.pt/view_tema.asp?ID=196 - Coord. por M. Yiossuf Adamgy, in Revista Al Furqán,  182. 

quarta-feira, setembro 21, 2011

O Alcorão Sagrado


Eis o Livro que Indubitavelmente é a verdade!
O Alcorão é a maior dádiva de Deus à humanidade e a sua sabedoria é de uma espécie única, exposto, em termos breves, o propósito do Livro consiste em ser o recepitor das revelações divinas, o qual restaura a eterna verdade de Deus, como guia da humanidade no caminho certo.

O Alcorão é a palavra de Deus revelada ao Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), através do Arcanjo Gabriel (que a Paz esteja com Ele), a qual ultapassa a imaginação humana para se produzir uma obra desta grandeza.
Os contemporâneos de Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), foram, sem dúvida, os maiores mestre da língua árabe com motivos para produzir um texto sem rival.

Mas eles não poderiam produzir nada como o Alcorão, em conteúdo e estilo, Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), não tinha preparação escolar formal, mas não fez segredo disso, o seu maior crédito era que sendo iletrado, viveu entre povo iletrado para ensinar a humanidade inteira, a verdadeira Mensagem de Deus para toda à humanidade. Este é o primeiro fato acerca do Alcorão ou seja a palavra de Deus.

O segundo fato acerca deste Livro é a autenticidade do seu conteúdo e a ordem em que estão distribuídas várias matérias, a autenticidade do Alcorão não deixa dúvidas pela sua pureza, originalidade e integridade do seu texto.

Investigadores e estudiosos qualificados, muçulmanos e não muçulmanos, concluiram, já que o Alcorão de hoje é o mesmo Livro que Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), recebeu, ensinou, por ele viveu, e o legou à humanidade há mais de 14 séculos.

Algumas observações podem ilustrar a autenticidade do Alcorão:

1º- O Alcorão foi revelado em fragmentos, a palavra Alcorão significa Livro por excelência.

Diz Deus no Alcorão:

''Eis o Livro que é indubitavelmente a orientação dos tementes a Deus;'' (2ª Surata, versículo 2)
A composição do Alcorão e as revelações graduais das suas passagens foram os planos e desejos de Deus, desejos pelos quais Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), e os seus companheiros lutaram.

Diz Deus no alcorão:

''Os incrédulos dizem: Por que não lhe foi revelado o Alcorão de uma só vez? Saibam que assim procedemos para firmar com ele o teu coração, e o te ditamos em versículos, paulatinamente.'' (25ª Surata, versículo 32)

E disse ainda:

''Não movas a língua com respeito ao Alcorão para te apressares para sua revelação. Porque a Nós incumbe a sua compilação e a sua recitação;'' (75ª Surata, versículo 16-17)

2º- Os árabes distinguiram-se pelo seu apurado gosto literário, pelo que conseguiram gozar e apreciar as boas peças de literatura, que o Alcorão lhes facultou. Sentiram-se movidos pelo seu tocante tom e atraídos pela sua extraordinária beleza, encontrando nele a maior satisfação e a mais profunda alegria, ao ponto de memorizar a maior parte do Livro.

O seu estilo rítmico continua a ser admirado e acarinhado por todos os muçulmanos e por muitos não-muçulmanos.

3º- Hoje, muitos muçulmanos, homens e mulheres, fazem a recitação diária de uma parte do Alcorão, em orações e vigílias noturnas. A recitação do Alcorão é para os muçulmanos uma forma elevada de adoração e uma prática diária.

4º- Os árabes admiraram sempre bons poemas, distinguindo-se como autores de boa literatura, foram distinguidos pela sua sensibilizada memória em que a literatura ocupou sempre o lugar de relevo. O Alcorão foi reconhecido por todo povo árabe de gosto literário, como inimitável, por isso, eles apressaram-se a memorizá-lo, mas da mais notável e respeitosa maneira.

5º- Durante a vida do profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), houve escribas notáves e registradores nomeados para as revelações, quando o Mensageiro de Deus Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), recebia uma revelação um versículo ou uma mensagem de Deus através do Anjo Gabriel (que a Paz esteja com Ele), dava imediatamente instruções aos seus escribas para os registrar sob a sua supervisão.

O que era registrado era verificado e autenticado pelo profeta Muhammad (que a Paz e Bênção de Deus estejam sobre ele), todas as palavras eram revistas e cada passagem era posta na devida ordem.

6º- Passado algum tempo, as revelações completaram-se e os muçulmanos estavam de posse de registros completos do Alcorão, foram recitados, memorizados, estudados e usados para todos os propósitos diários. Quando uma discrepância surgia, o assunto era levado ao próprio profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), para se decidir se estava de harmonia com o texto, significado e entoação.

7º- Depois da morte de Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), o Alcorão estava confiado à memória de muitos discípulos e em numerosas tábuas de registro. Mas isso ainda não satisfazia Abu Bakr (que Deus esteja satisfeito com Ele), o primeiro Califa que receou que a morte de alguns memorizadores em batalhas, pudesse trazer sérias confusões acerca do Alcorão. Por isso, ele consultou autoridades especializadas e depois encarregou Zaid Ibn Thabit (que Deus esteja satisfeito com Ele).

O escriba chefe das revelações de Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), de fazer uma compilação padrão do Livro Sagrado, tal como foi autorizado pelo Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), sendo assim ele o fez, sob a supervisão dos companheiros do Profeta, que tinham ouvido e memorizado o Alcorão do próprio Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele).

A versão completa e final foi verificada e aproveitada por todos os muçulmanos que tinham ouvido o Alcorão do próprio Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), e o guardavam na memória e no coração.

Isto aconteceu menos de dois anos após da morte do Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), as revelações estavam ainda frescas e vivas na memória dos escribas, memorizadores e outros discípulos mais chegados.

8º- Durante o califado de Uthman, cerca de quinze anos depois da morte de Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), ficou completa a compilação de várias revelações recebidas pelo Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), num Livro, o Alcorão.

Seguidamente, fez-se a primeira difusão de várias cópias do Alcorão, em diversos territórios, muitos dos habitantes nunca tinham visto ou ouvido o Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), por razões geográficas e fatores regionais, conheciam alguns textos do Alcorão com elevadas distorções de acentuação.

Diferenças de recitação e entoação começaram a surgir e a causar dicussões entre os muçulmanos, Uthman (que Deus esteja satisfeito com Ele), o segundo Califa atuou rapidamente para resolver esta situação, depois de mútuas consultas com todas as autoridades especializadas, foi constituída uma comissão de quatro escribas da época da revelação, que atuaram junto ao Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), na compilação do Livro Sagrado.

Todos os textos em uso foram recolhidos e substituídos por uma cópia padrão que passou a ser usada de acordo com a acentuação e dialeto árabe Coraixita, o mesmo e verdadeiro dialeto com acentuação do próprio Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele).

Esse dialeto foi adotado porque era o melhor de todos os dialetos e o único no qual o Alcorão foi revelado, E a partir desta época, a mesma versão-padrão tem sido usado por milhões de muçulmanos em todas as partes do mundo, sem a mais pequena alteração em palavras ou ordem ou de quaisquer sinais de pontuação.

Por estas observações, os investigadores sérios concluem que o Alcorão se mantém hoje, tal qual, como quando a sua revelação e assim se conservará para sempre, nunca lhe foi acrescentado nada; nunca houve nele qualquer omissão ou corrupção, a sua história é tão clara como o dia; a sua autenticidade é indiscutivel, e não resta dúvida alguma de sua completa preservação.

O Alcorão está cheio de sabedoria sem exemplo; com respeito à sua origem, características e dimensões, a sabedoria do Alcorão deriva da sabedoria de seu autor que não poderia ter sido outro senão Deus Louvado Seja, o Todo Poderoso.

Também deriva da compulsória força do Livro de Deus que é inimitável, o qual é um desafio a todos os homens de letras e de conhecimentos, as soluções práticas que oferece para os problemas humanos e os nobres objetivos que contém para o ser humano, marcam a sabedoria do Alcorão como sendo de natureza e características especiais.
Dinamismo

Uma das maiores características da sabedoria do Alcorão é que não é estatíca ou do tipo que não consinta qualquer inovação, é uma espécie de sabedoria que provoca a mente e acelera o coração, nesta sabedoria misturam-se o dinamismo e a movimentada força atestada pela evidência histórica, tal como no próprio Alcorão.

Quando o Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), lançou primeiramente o chamamento de Deus, a sua única força foi o Alcorão e a sua única sabedoria foi a sabedoria do Alcorão, o dinamismo penetrante do Alcorão é tremendamente irresestível.

Há numerosos exemplos que mostram que as mais dinâmicas personalidades e os mais conclundentes argumentos não poderam atingir o realismo da sabedoria dinâmica do Alcorão, Deus fala do Alcorão como uma ''Ruh'', ou espírito de vida, e como uma luz com as quais os servos de Deus são guiados para o caminho da justiça.

Deus diz no Alcorão:

''E também te inspiramos com um Espírito, por ordem Nossa, antes do que conhecias o que era o Livro, nem a fé; porém, fizemos dele uma Luz, mediante a qual guiamos quem Nos apraz dentre Nossos servos. E tu certamente te orientas para uma senda reta. A senda de Deus, a quem pertence tudo quanto existe nos céus e na terra. Acaso, não retornarão a Deus todas as coisas?'' (42ª Surata, versículos 52-53)

As palavras ''Ruh'' e ''Sad'', que significam que o Alcorão origina a vida, estimula a alma, irradia a luz que ilumina os corações dos tementes a Deus, este é o gênero de dinamismo espíritual do qual nos fala o Alcorão.

Praticabilidade

Outra característica significativa do Alcorão é a sua praticabilidade, não condescente com opensamento ambicioso, nem faz com que os ensinamentos demandem o impossível ou futuem num mar de rosas de ideais que não se podem atingir.

O Alcorão aceita o ser humano pelo qu ele é e exorta-o a tornar-se o que ele pode ser, isto não torna o ser homano como uma criatura sem esperança, condenada desde a nascença até a morte e afogado em pecados desde o berço até o túmulo, mas considera-o como um ser honrado e dignificado.

A praticabilidade dos ensinamentos do Alcorão está estabelecida pelos exemplos doProfeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele),e os muçulmanos através dos anos, essa característica do Alcorão faz com que os seus ensinamentos estejam ligados ao bem estar do homem e são baseados nas possibilidades ao seu alcance.

Moderação

A terceira caracterítica do Alcorão é a moderação ou harmonia entre o Divino e o humano, o esp'ritual e o material, o individual e o coletivo, o Alcorão dá a devida atenção a todos os fatosda vida e a todas as necessidades do homem, de forma a ajudá-lo a realizar os nobres objetivos do seu ser.

Diz Deus no Alcorão:


''E, deste modo ó muçulmanos, constituímo-vos em uma nação de centro, para que sejais testemunhas da humanidade, assim como o Mensageiro o será para vós. Nós não estabelecemos a quibla que tu ó Muhammad seguias, senão para destinguir aqueles que seguem o mensageiro, daqueles que desertam, ainda que tal mudança seja penosa, salvo para os que Deus orienta. E Deus jamais anularia vossa obra, porque é Compassivo e Misericordiosíssimo para com a humanidade.'' (2ª Surata, versículo 143)

E disse ainda:
''Sois a melhor nação que surgiu na humanidade porque recomendais o bem , proibis o ilícito e credes em Deus.'' (3ª Surata, versículo 110)

A sabedoria do Alcorão funciona em três dimensões principais: interiormente, exteriormente e superiormente.

Interiormente, penetra nos mais recôndits cantos do coração e dirige-se às mais longínquas profundezas do pensamento, está ligado à salutar cultura interior do indivíduo. Está penetração interior é diferente e afasta-se profundamentede qualquer outro sistema legal ou ético, porque o Alcorão fala em nome de Deus e refere-se a todos os assuntos.

A função exterior do Alcorão alberga todos os passos da vida e cobre os princípios de todo o camo das relações humanas, desde os casos mais pessoais às complexas relações internacionais.

O Alcorão atinge áreas desconhecidas para qualquer sistema jurídico ou código de ética, isso faz com que a presnça de Deus recaia em todos os negócios, e as reconheça como primeira origem de direção e a última meta de todas as transações, é um guia espíritual do homem, o seu sistema legislativo, o seu código de ética e acima de tudo o caminho da sua vida.

Na sua superior função de guardião, o Alcorão se assenta no Supremo Poder de Deus, tudo o que foi, ou é, ou que será, deve ser canalizado através deste foco da presença de Deus no Universo, o homem é meramente um depositário do vasto domínio de Deus e o único fim da sua criação é adorar a Deus.

Isto não épretexto para separação ou para uma passiva retirada da vida, é um convite aberto ao ser humano para ser a verdadeira encarnação na terra das excelentes qualidades de Deus.

Quando o Alcorão na sua superior atenção foca Deus, abrem-se diante do homem novos horizontes de meditação, eleva-se a padrões sem exemplo de alta moralidade, e familiariza-se com caminho eterno da paz e da bondade, realizando Deus só como a última de atingir pelo homem, é a revolução contra as tendências populares no pensamento humano e as doutrinas religiosas, uma revolução cujos objetivos é livrar o pensamento da dúvida, libertar a alma do pecado e emancipar a consciência da subjugação.

Em todas as suas dimensões a sabedoria do Islam é concludente, não condena ninguém, nem tortura a carne, nem faz com que ela abandone a alma, não pretende humanizar Deus e nem divinizar o ser humano, estátudo cuidadosamente colocado aonde pertence no esquema total da criação.

Há uma relação proporcional entre ações e recompensas, entre meios e fins, a sabedoria do Alcorão não é neutra e clama verdade no pensamento, piedade nas ações, unidade de propósitos e boa vontade nas intenções, este é sem dúvida o Livro, com seu rumo correto.

Diz Deus no Alcorão:
''Eis o Livro que é indubitavelmente a orientação dos tementes a Deus;'' (2ª Surata, versículo 2)

E disse ainda:

''Alef, Lam, Ra. Um Livro que te temos revelado para que retires os humanos das trevas e os transportes para a Luz, com a anuência de seu Senhor, e os encaminhes até à senda reta do Poderoso, Laudabilíssimo.'' (14ª Surata, versículo1)

''Ó humanos, já vos chegou uma prova convincente de vosso Senhor e vos enviamos uma translúcida Luz.'' (4ª Surata, versículo 174)

''Não meditam, acaso, no Alcorão? Se fosse de outra origem, senão de Deus, haveria nele muitas discrepâncias.'' (4ª Surata, versículo 82)

''Este é o Livro (o Alcorão) veraz por excelência. A falsidade não se aproxima dele nem pela frente, nem por traz, porque é a revelação do Prudente, Laudabilíssimo.'' (Alcorão Sagrado 41ª Surata, versículos 41 e 42)

Fonte: www.islamboy.com.br

domingo, setembro 18, 2011

IBRAHIM (ABRAÃO) OS SEUS DESCENDENTES (AS) E A ORIGEM DA CAABA SEGUNDA PARTE

Assalamo Aleikum Warahmatulah Wabarakatuhu (Com a Paz, a Misericórdia e as Bênçãos de Deus)
Bismilahir Rahmani Rahim (Em nome de Deus, o Beneficente e Misericordioso)

“E lembrai quando Abraão e Ismael estavam a erguer as fundações da Casa (com esta oração): “Senhor Nosso! Aceita (este serviço) de nós, pois Tu és o Exorável, o Sapientíssimo.” Cur’ane 2:127. Allah indicou a Ibrahim (Aleihi Salam), o local onde devia reedificar a Caaba, no mesmo local onde Adam (Aleihi Salam) – Adão, que a Paz de Deus esteja com ele, lançara as primeiras fundações da Casa, que ficaram destruídas após o dilúvio, na época do Profeta Nuh (Aleihi Salam) – Noé, que a Paz de Deus esteja com ele. Muitas passagens testemunham de que a Casa de Deus foi edificada antes da época do Profeta Ibrahim (Aleihi Salam), nomeadamente, conforme os dois versículos do Cur’ane a seguir mencionados: “Na verdade a primeira Casa (para adoração a Deus) erigida para o gênero humano, foi a de Bacca (Maka); um lugar de bênçãos e de orientação para a humanidade.” Cur’ane 3:96.E recorda-te quando indicámos a Ibrahim, o local da Casa Sagrada”. Cur’ane 22:26. No Bukhari, 55:583, é referido por Ibn Abbas (Radiyalahu an-hu), de que Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam) contou uma longa passagem onde refere diversas passagens da vida de Ibrahim (Aleihi Salam) e da sua família, terminando com a seguinte informação: “Ibrahim (Aleihi Salam), com a ajuda do seu filho Ismael (Aleihi Salam), construíram a Caaba numa colina elevada, onde Deus o ordenou. Ismael trouxe as pedras e Ibrahim foi efectuando a construção. Quando as paredes começaram a ficar mais altas, Ismael trouxe uma pedra onde o pai colocava o pé para se elevar, para assim facilitar a construção.

Enquanto os dois realizavam o trabalho, iam dizendo: “Senhor Nosso, aceita (este serviço) de nós. Tu ês o Exorável, o Sapientíssimo”. Cur’ane 2:127. Após a conclusão dos trabalhos, deram a volta à Caaba (Tawaf) repetindo as mesmas palavras”. A pedra onde Ibrahim (Aleihi Salam) utilizou para se elevar, ficou com a marca do pé dele e encontra-se mesmo ao lado da Caaba, num lugar denominado de “Maqam (local) de Ibrahim”, onde os crentes fazem uma oração, após a conclusão do Tawáf (acto de circundar a Caaba). Ibn Abbas (Radiyalahu an-hu) referiu que a marca dos dedos dos pés eram bem visíveis e também os árabes sabiam desse fato durante a época da jahiliyyah - pré islâmica. Anas Bin Malik (Radiyalahu an-hu) referiu que viu a marca e era bem visível, mas que acabou por dissipar-se, porque as pessoas esfregavam as mãos na pedra. (Tafsir de Ibn Khatir) “.…E tomai a estância de Abraão como um local de oração…” 2:125. “…onde existem sinais evidentes (por exemplo) a estância de Abraão…” Cur’ane 3:97. “Senhor Nosso! Faz de nós submissos a Ti, e que surja da nossa descendência, um povo submisso à Tua vontade…” Cur’ane 2:128. “Senhor Nosso! Faz surgir no seu meio, um Mensageiro saído entre eles, que lhes recite os Teus Versículos e lhes ensine a Escritura e a Sabedoria, e os purifique ; Tu és o Poderoso, o Sábio.” Cur’ane 2:129. Os Profetas Yussuf (José), Mussa (Moisés) Dawud (David) e Suleman (Salomão), que a Paz de Deus esteja com eles, descendentes de Isaac e do seu filho Yacub – Jacob, que a Paz de Deus esteja com eles, assumiram a liderança (chefia dos povos). Em Jerusalém, no tempo do Profeta Suleman (Aleihi Salam), foi construído um Templo Sagrado, que passou a ser o centro e a quibla (direcção) de todas as adorações a Deus.

Esta quibla se manteve enquanto os descendentes de Isaac (Aleihi Salam) permaneciam como líderes desta missão e cumpridores dos mandamentos de Deus. A quibla também serviu de orientação nos primeiros anos da profecia de Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam).

Quando Ibrahim (Aleihi Salam) pediu a Deus para também fazer de líderes a sua descendência, Deus aceitou, mas advertiu de que na sua descendência e entre os seus filhos, haverá pessoas injustas. Mais tarde, os outros descendentes que tomaram a responsabilidade da chefia, foram acusados por Deus de pecados e de falhas na liderança, mostrando-se indignos de continuarem com a missão. O Antigo Testamento, Izequiel, capítulo 15, refere que Jerusalém tornou-se corrupta com infidelidades e lascividades. Também os descendentes de Ismael tiveram um comportamento inaceitável, colocando 300 ídolos na Casa Sagrada. A
liderança, não deveria ser um privilégio, só por serem descendentes de Abraão. Mas deviam também submeterem-se e seguirem as orientações de Deus. Assim, Abraão, que a Paz de Deus esteja com ele, pediu a Deus para enviar um Mensageiro que ensine a Escritura, a Sabedoria (a compreensão da religião) e os Purifique. Também Issa (Aleihi Salam) – Jesus, que a Paz de Deus esteja com ele, anunciou a vinda de um Mensageiro, quando se dirigiu aos Filhos de Israel, dizendo: “E quando Jesus, filho de Maria, disse: Ó Israelitas, na verdade sou o Mensageiro de Deus, enviado a vós, corroborante de tudo quanto a Tora antecipou no tocante às predições e alvissareiro de um Mensageiro que virá depois de mim, cujo nome será Ahmad…” Cur’ane 61:6 (Ahmad – o louvado, o consolador, o intercessor).

Também encontramos uma referência no Deuteronómio, no capítulo 18:18, o seguinte: “Do meio dos teus irmãos, lhes suscitarei um Profeta semelhante a ti (semelhante a Moisés) e porei as minhas palavras na sua boca e lhes falará tudo o que Eu lhe ordenar. Sobre este assunto (a sua vinda como profeta), Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam) referiu: “A súplica do meu pai Ibrahim e as boas novas anunciadas por Issa, filho de Maria”. 

– Um Profeta semelhante a ti (Moisés), só poderá ser Muhammad e não Issa (Jesus), pelos seguinte motivos. Moisés e Muhammad (Que a Paz de Deus esteja com eles), foram chefes de nações, tinham nas suas mãos a vida e a morte dos seus súditos;, tiveram nascimentos e mortes naturais (Jesus teve um nascimento milagroso e uma morte violenta na cruz ,segundo as tradições cristãs); ambos estão enterrados na terra e Jesus está no reino do céu; ambos casaram e tiveram filhos; Moisés e Muhammad trouxeram leis novas para os seus povos.

O Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam), descendente de Ismael (Aleihi Salam), assumiu assim a liderança e proclamou ao mundo, utilizando a mesma advertência dos seus antecessores, proclamando “Lá Iláha Ilalláh” - “Não há outra divindade, excepto Deus”. Alguns Coraichs de Maka, enraizados na adoração aos ídolos que entretanto tinham sido colocadas na Caaba, dificultaram a missão do Profeta, que entretanto teve de se retirar para Madina, onde foi recebido e acarinhado pelos residentes. Pelos motivos anteriormente referidos, Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam) estava ansioso para mudar a quibla (direcção da oração), de Jerusalém para Maka. O Templo de Jerusalém, foi construído pelo Profeta Salomão (Que a Paz de Deus esteja com ele), muito depois da Caaba. Assim, a Caaba tinha prioridade e superioridade como local de oração e de orientação. “Na verdade, vimos-te voltares com frequência o teu rosto para o céu  (para orientação). Agora, certamente, te faremos virar para um qibla, com que estarás satisfeito. Portanto, vira o teu rosto para a Mesquita Sagrada e onde quer que estejas, voltai os vossos rostos para esta direção”. Cur’ane2:144. Yahya ouviu de Malik e este de Abdullah Ibn Dinar, de que Abdullah Ibn Umar (Radiyalahu an-hu) disse: “Uma ocasião, quando as pessoas estavam orando na Mesquita de Quba, um homem aproximou-se deles e disse: “Um versículo do Cur’ane foi ontem à noite enviado ao Profeta e ele foi obrigado a virar-se para a Caaba, então façam isso. Assim, porque estavam virados para Jerusalém, viraram-se em direção à Caaba”. Maliks’s Muwatta 14:3.6.

Com o regresso triunfal a Maka, sem derramamento de sangue, Muhammad, com o seu cajado, destruiu os 300 ídolos e purificou a Caaba. Foi o último Profeta, enviado para toda a humanidade.

Assalamu Aleikom
Cumprimentos
Abdul Rehman Mangá
15/09/2011

sábado, setembro 17, 2011

Na Tora na Bíblia Moisés anuncia um Profeta como Ele - Muhammad (SAAS)

"Os que seguem o Mensageiro, o Profeta Iletrado – que eles encontram escrito junto deles, na Tora e no Evangelho – o qual lhes ordena o que é conveniente e os coíbe do reprovável... Então, os que crêem nele e o amparam e o socorrem e seguem a luz, que foi descida com ele, esses são os bem-aventurados (Al A´araf 157)."

Moisés anuncia um profeta como ele.  Moisés desce do Monte Sinai após Deus ter falado com ele. Nessa ocasião, diz aos filhos de Israel:”Eles têm razão! Levantarei do meio dos seus irmãos um profeta como você; porei minhas palavras na sua boca, e ele lhes dirá tudo o que eu lhe ordenar. (Deut 18-15)

Se alguém não ouvir as minhas palavras, que o profeta falará em meu nome, eu mesmo lhe pedirei contas. Mas o profeta que ousar falar em meu nome alguma coisa que não lhe ordenei, ou que falar em nome de outros deuses, terá que ser morto”. “Mas talvez vocês perguntem a si mesmos: “Como saberemos se uma mensagem não vem do Senhor?” Se o que o profeta proclamar em nome do Senhor não acontecer nem se
cumprir, essa mensagem não vem do Senhor. Aquele profeta falou com presunção. Não tenham medo dele. (Deut. 18:17-22).

O texto é muito claro. Fala sobre um grande profeta a ser enviado após Moisés (as) e cita as qualidades deste profeta, através das quais podemos saber quem é este profeta.

Os cristãos alegam que este profeta já veio, e que este profeta é Jesus (as). Pedro, ao falar sobre Jesus, lembrou desta predição: Pois disse Moisés: “O Senhor Deus lhes levantará dentre seus irmãos um profeta como eu; ouçam-no em tudo o que ele lhes disser. Quem não ouvir esse profeta, será eliminado do meio do seu povo”. “De fato, todos os profetas, de Samuel em diante, um por um, falaram e predisseram estes dias...”
(Atos 3:22-26).

Portanto, Pedro crê que esta profecia está realizada na pessoa de Jesus. Porém, o texto indica o envio do profeta Muhammad (saas), pois não há prova para a definição desta profecia em Jesus. Do contrario, quem se ater ao texto e refletir bem nas suas palavras encontrará várias provas de que o profeta mencionado é
Muhammad (saas). O texto cita as qualidades deste enviado prenunciado: Islam, a religião de Jesus 26

1.é um profeta. “Levantarei do meio dos seus irmãos um profeta como você”. E os cristãos alegam que Jesus é parte da divindade, e mais, muitos dizem que ele é o próprio Deus. Portanto, como se diz sobre ele: “Levantarei um profeta”, e não diz: “Me levantarei”. Ou “Levantarei Deus”.

2. não é dos filhos de Israel. Este profeta é dos irmãos dos israelitas, ou seja, seus primos... “do meio dos seus irmãos”.
.
É costume da Tora (do Velho Testamento ou Pentateuco) denominar o termo “irmão” para “primo”. Exemplo disso é o dizer de Moisés aos israelitas: Vocês estão passando pelo território de seus irmãos, os descendentes de Esaú, que vivem em Seir. (Deut. 2:4). E os descendentes de Esaú (filho de Isaac, irmão gêmeo de Jacó (Israel) (veja:gênesis 25:25-26)) são os primos dos israelitas.

O mesmo ocorre quando Moisés fala de Edom, que é da descendência de Esaú: “De Cades, Moisés enviou mensageiros ao rei de Edom, dizendo: “Assim diz o teu irmão Israel: Tu sabes de todas as dificuldades que vieram sobre nós.” (Números 14:20). E em outro texto: “Não rejeitem o edomita, pois ele é seu irmão” (Deut. 23:7).

Portanto, o chamou irmão, querendo dizer primos (que ele é dos filhos dos tios de Israel). E os filhos de Ismael, filho de Abraão são primos dos israelitas, assim como os filhos de Esaú filho de Jacó também são primos dos israelitas e todos são denominados irmãos dos israelitas na linguagem dos textos sagrados.
Portanto, é possível que este profeta seja dos árabes, realizando assim a benção prometida na descendência de Ismael, e pode ser dos descendentes de Esaú filho de Jacó. Mas nenhum dos descendentes de Esaú alegou ser o profeta prometido.

3. é igual a Moisés... “um profeta como você”. E na Bíblia consta que em Israel jamais surgiu um profeta como Móisés: “Em Israel nunca mais se levantou profeta como Moisés, a quem o Senhor conheceu face a face” (Deut. 34:10).

Esta qualidade e particularidade – ser igual a Moisés – se realizou na pessoa do profeta Muhammad (saas) e não se enquadra na pessoa de Jesus (as). Há muitos aspectos da semelhança de Moisés e Muhammad (saas), aspectos não encontrados em Jesus.

Podemos analisar quem é como Moisés, Muhammad ou Jesus, através do estudo dos aspectos da vida de cada um desses nobres mensageiros de Deus... o nascimento, vida familiar, estabelecer uma lei, enfrentar o inimigo, governo e liderança. Veja o quadro abaixo: Islam, a religião de Jesus 27

• MOISÉS                          • MUHAMMAD                          • JESUS
 NASCENÇA
• Normal                              • Normal                                         •Anormal (milagre)
VIDA • FAMILIAR
Casou e teve filhos.              • Casou e teve filhos                         •Não casou
MORTE 
• Normal                              • Normal                                          • Anormal
CARREIRA
Estadista Profeta                   • Estadista Profeta                            • Profeta
EMIGRAÇÃO
Forçada para Madian           • Para Madiana                                 • Não emigrou
ENFRENTAR  INIMIGOS
Foi Perseguido                      • Foi. Perseguido                             •Não teve  algo semelhante
RESULTADO DO CONFRONTO
Vitória moral e física              •Vitória moral e física                       • Vitória moral
ESCRITA DA REVELAÇÃO
Durante a sua vida (Torah)    •Durante a sua vida (Alcorão)           • Depois dele ( A Bíblia )
ACEITAÇÃO PELO SEU POVO
Rejeitado finalmente aceito    • Rejeitado finalmente aceito             • Rejeitado

4.Não lê e não escreve. A revelação que ele recebe é uma revelação orada, distinta das escrituras dos profetas anteriores... “porei minhas palavras na sua boca”. E Jesus era letrado, sabia ler e escrever (veja Lucas 4:16-18).

5. Ele irá transmitir toda a religião de Deus... “e ele lhes dirá tudo o que eu lhes ordenar”. Ele terá condições de cumprir a sua missão por completo, uma qualidade que se enquadra inteiramente a Muhammad (saas), pois dos últimos versículos revelados do Alcorão Sagrado: Hoje, Eu inteirei vossa religião para vós, e completei Minha graça para convosco e agradei-Me do Islam como religião para vós (Al Maidah 3).

E o próprio Jesus citou na profecia do Paráclito (veja pg.): “Mas o Conselheiro, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, lhes ensinará todas as coisas e lhes fará lembrar tudo que eu lhes disse” (João 14:16)
Não pode ser Jesus este profeta que irá dizer tudo o que Deus lhe ordenar, porque Jesus tinha muito a transmitir para os seus discípulos, porém não teve condições para dizer tudo o que queria dizer. No entanto, Jesus anunciou a vinda do próximo profeta que irá nos ensinar toda a verdade, porque é o profeta que terá a sua mensagem concluída e nada poderá impedir a transmissão desta mensagem. Em João 16:12-13, Jesus diz: “Tenho ainda muito que lhes dizer, mas vocês não o podem suportar agora. Islam, a religião de Jesus 28
Mas quando o Espírito da Verdade vier, ele os guiará a toda a verdade. Não falará de si mesmo; falará  apenas o que ouvir, e lhes anunciará o que está por vir”.

6. Quem não seguir o que este profeta falar, Deus o punirá ... “Se alguém não ouvir as minhas palavras, que o profeta falará em meu nome, eu mesmo lhe pedirei contas”.

Pedro interpretou isso dizendo: “Quem não ouvir esse profeta, será eliminado do meio do seu povo” (Atos 3:23). Portanto, ele é um profeta cuja obediência é obrigatória a todos, e quem não ouvi-lo e obedece-lo estará sujeito ao castigo de Deus. E isto é o que ocorreu com todos os inimigos do profeta Muhammad (saas), entre os pagãos árabes e outras nações, quando negaram a sua mensagem.

E Jesus disse na parábola dos Lavradores: “Aquele que cair sobre esta pedra será despedaçado, e aquele sobre quem ela cair será reduzido a pó” (Mateus 21:44). Ele é a pedra que destrói os seus inimigos desobedientes e é aquele sobre quem Daniel profetizou dizendo: “... Na época desses reis, o Deus dos céus estabelecerá um reino que jamais será destruído e que nunca será dominado por nenhum outro povo.

Destruírá todos os reinos daqueles reis e os exterminará, mas esse reino durará para sempre. Esse é o significado da visão da pedra que se soltou de uma montanha, sem auxílio de mãos, pedra que esmagalhou o ferro, o bronze, o barro, a prata e o ouro.” (Daniel 2:21-45).

No entanto, Jesus não teve esta força e este poder, não teve a posse de destruir os reinos daqueles que o desobedeceram. Não ameaçou até mesmo aqueles que, supostamente, o mataram. Como então, irá ameaçar aqueles que não ouvirem as suas palavras. Na narração da história do crucifixo, Lucas diz: “Jesus disse: Pai, perdoar-lhes, pois não sabem o que estão fazendo” (Lucas 23:34). Se a profecia de Moisés narrada em Deut. 17:18-23 corresponde a Jesus, como podemos unir entre ... “perdoar-lhes, pois não sabem o que estão fazendo” e entre... “Se alguém não ouvir as minhas palavras, que o profeta falará em meu nome, eu mesmo lhe pedirei contas”.

7. este profeta não será morto, Deus não permitirá que os tolos o prendam e o matem, pois: “o profeta que ousar falar em meu nome alguma coisa que não lhe ordenei, ou que falar em nome de outros deuses, terá que ser morto”. E os cristãos alegam que Jesus foi morto, portanto não pode ser ele este profeta.

8. Ele falará sobre profecias futuras e a realidade confirmará as suas palavras... “Se o que o profeta proclamar em nome do Senhor não acontecer nem se cumprir, essa mensagem não vem do Senhor”. A realização do que Muhammad (saas) falava é um aspecto milagroso marcante em sua vida. Ele fez inúmeras profecias que se realizaram exatamente como ele informou constituindo o milagre sobrenatural que confirma que é um verdadeiro profeta.

Apenas como exemplo, no ano de 617 o império persa quase destruiu totalmente o império romano, chegando ao vale do Nilo e conquistando grandes partes do império romano. Em poucos anos, o império persa conseguiu dominar a Síria e parte do Egito, dominou também a Antioquia ao norte, fato que anunciava o fim do império romano.

César decidiu fugir de Constantinopla, não fosse a insistência dos sacerdotes romanos que o convenceram a resistir e fazer um acordo humilhante com os persas. Meio a estes acontecimentos, e contrariando todas as expectativas, o profeta Muhammad (saas) anuncia que os romanos vencerão os persas em poucos anos, ou seja: em no máximo nove anos. Lhe foram revelados os seguintes versículos: *E eles, após sua derrota, vencerão, dentro de alguns anos. De Allah é a ordem, antes e depois. E, nesse dia, os crentes se regozijarão * (Arrum 2-5). Islam, a religião de Jesus 29.

É relatado que Deus exaltado e altíssimo seja, revelou este versículo como uma boa nova para os muçulmanos, porque os idólatras preferiam a vitória dos persas, pois eram, como eles, adoradores de ídolos. E os muçulmanos preferiam a vitória dos romanos e torciam por eles, pois eram cristãos, e os cristãos são mais próximos e mais simpatizantes dos muçulmanos que os idólatras. Os romanos venceram os persas, isto ocorreu nove anos depois de o profeta (saas) anuciar a vitória dos romanos. O termo traduzido como “alguns” no texto do Alcorão Sagrado é “bidh´h”, que na língua árabe, compreende um número de três até nove. E o fato ocorreu em nove anos. A vitória dos romanos contrariou todas as medidas e projeções humanas, porque o império romano passava por uma etapa de muita fraqueza e fragmentação, após ter sido derrotado e totalmente arrasado pelos próprios persas, que estavam no auge de sua força e poder.

Mesmo com todas estas circunstancias, mesmo com a absoluta fraqueza dos romanos e absoluto poder dos persas, a situação se modificou radicalmente em poucos anos, realizando-se assim, a profecia do Alcorão e do mensageiro de Deus (saas), que informaram sobre a vitória romana dentro de alguns anos após a arrasadora derrota que sofreram.

Quem informou a Muhammad (saas) sobre esta grande profecia? Este é o profeta anunciado por Moisés.

O historiador Eduard Jibn escreveu em seu livro:" A história da queda do Império Romano”: “Naquela época, quando o Alcorão anunciou esta profecia, jamais existira uma profecia mais improvável de acontecer, porque os doze primeiros anos do governo persa anunciavam o fim do Império Romano." 

Assim se esclarece para todo justo que as qualidades do profeta que foi anunciado por Moisés não se realizaram em Jesus, mas se realizaram em seu irmão, Muhammad (saas).

Confirma e fortifica esta alegação o fato de estas qualidades não se unirem todas em absolutamente nenhum outro profeta além de Muhammad (saas).

Os judeus não crêem na vinda deste Messias anteriormente, e ainda estão a espera do seu envio. Quando foi enviado João Batista, pensaram que ele era o profeta prometido e lhe perguntaram: “É o Profeta?”. Ele respondeu: “Não”. (João 1:21). Ou seja, não sou o Profeta que os judeus esperam.

E os discípulos de Jesus desejaram que esta profecia se realizasse com Jesus. Certo dia, quando viu um de seus milagres o povo começou a dizer: “Sem dúvida este é o Profeta que devia vir ao mundo”. Sabendo Jesus que queriam proclamá-lo rei à força,retirou-se novamente sozinho para o monte. (Veja:João 6:14-15). 

Quiseram proclamá-lo rei para se realizar a profecia existente do profeta esperado que reinará e dará a
vitória para o seu povo. Jesus sabia que não era o profeta prometido, por isso retirou-se do meio deles.

E como já antecedemos: Moisés informou que este profeta é como ele e lemos que: “Em Israel nunca mais se levantou profeta como Moisés, a quem o Senhor conheceu face a face” (Deut. 34:10).

Assim, todas as evidências comprovam: Muhammad (saas) é o profeta anunciado por Moisés.


Fonte: Islam, a religião de Jesus - Ahmad Mazloun - www.islam.com.br

segunda-feira, setembro 12, 2011

As Causas do Temor a Allah


Em nome de Allah, o Clemente, o Misericordioso
Louvado seja Allah, o Senhor do Universo. Que Allah abençoe e dê paz, ao Profeta Mohammad, bem como aos seus familiares, seus companheiros e seus seguidores até o Dia do Juízo Final.
Na semana passada falamos sobre o temor a Allah e apresentamos alguns exemplos da vida de alguns tementes. Hoje, vamos falar sobre as causas que nos faz temermos a Allah e as questões que nos fazem agirmos para satisfazê-Lo e temos a Sua cólera e punição.
1.       O temor quanto à grandiosidade e veneração de  Allah
O ser humano que conhece ao seu Senhor e conhece os Seus nobres Nomes e Atributos, sem dúvida O ama e aumenta a sua veneração a Ele. Allah, Ta’ála, disse, através das palavras de Noé:
 “Que vos sucede, que não depositais as vossas esperanças em Allah?” (71:13) 
Allah é Todo-Poderoso, em Suas Mãos está a soberania de tudo. Ibn Al Qaiyem (que Allah Se apiade dele) disse: “Entre os anjos mensageiros (a paz esteja com eles) há os que sobem até o Senhor para receberem as ordens e os que descem com eles, e suas ordens são sucessivos de acordo com a sucessão dos versículos, executadas conforme a Sua Vontade. O que Ele deseja acontece na hora que Ele quiser, da forma que Ele deseja, sem falta nem acréscimo, sem adiantamento nem atraso. A Sua ordem e Autoridade são executados nos Céus e suas regiões, na terra e todos os seus quadrantes, nos mares, no ar e em todos as partes do universo e seus átomos, que dispõe deles como quiser. Allah, exaltado seja, diz:
 “Ele rege todos os assuntos, desde o céu até à terralogo (tudo) ascenderá a Ele, em um dia cuja duração será de mil anos, do vosso cômputo.” (32:5).
* Ele conhece tudo que há no universo. Ele diz mais: 
Ele possui as chaves do desconhecido, coisa que ninguém, além d'Ele, possui; Ele sabe o que há na terra e no mar; e não cai uma folha (da árvore) sem que Ele disso tenha ciência; não há um só grão, no seio da terra, ou nada verde, ou seco, que não esteja registrado no Livro esclarecedor.” (6:59).
E diz, ainda: “Quer faleis privativa ou publicamente, Ele é Conhecedor das intimidades dos corações.” (67:13).
E diz, ainda mais: “Ele (Allah) conhece os olhares furtivos e tudo quanto ocultam os corações.” (40:19).
Esse Deus merece ser temido e venerado, devemos agir para agradá-lo e não nos sujeitarmos à Sua indignação.
   Ele é Oniouvinte. Aicha (R) relatou: 

“Bendito seja Quem ouve todos os sons. Uma mulher estava
dialogando com o Rassulullah (S). Ele ouviu uma parte da
argumentação e ignorou outra. 

Então, Allah, exaltado seja, revelou:Em verdade, Allah escutou a 
declaração daquela que argumentava contigo, acerca do 
marido.”(58:1).

O Allah conhece o desconhecido e o manifesto


 Allah é o Forte, o Poderoso, Que eleva e rebaixa, Que muda as coisas e
nunca muda. Allah, exaltado seja disse: 

Dize: Ó Allah, Soberano do poder! Tu concedes a soberania a quem
Te apraz e a retiras de quem desejas; exaltas quem queres e
humilhas a Teu bel-prazer. Em Tuas mãos está todo o Bem, porque
só Tu és Onipotente.” (3:26).
2) O temor a Allah devido aos nossos pecados e suas conseqüências
O ser humano, pela sua natureza, é pecador, e é injusto consigo mesmo e com Allah. Quem de nós não comete pecados? Quem de nós não desobedece a Allah durante a vida. O muçulmano, quando sente a conseqüência dos pecados e seu perigo sobre o coração, sobre a sua comunidade, sem dúvida procura se emendar e se arrepender perante Allah, bendito e exaltado seja. O ser humano esquece do seu pecado, mas Allah guarda tudo: Ele diz:
 “Allah o memoriza, enquanto eles o esquecem.” (58:6). 
E disse: “... porque anotávamos tudo quanto fazíeis.” (45:29). 

Essa informação convoca as pessoas a temerem o castigo de Allah e Suas conseqüências devido aos nossos pecados. O Rassulullah (S) disse

Uma mulher foi castigada por causa de uma gata. Ela a prendeu até morrer e por isso irá para o Inferno. Ela não a alimentou nem a soltou para que procurasse alimento da terra por si mesma.” (Tradição narrada por Bukhári e Musslim).
Como não sentimos medo de nossos pecados quando o Rassulullah (S) costumava fazer a seguinte prece:


 “Peço refúgio em Ti contra os males dos meus atos.” E disse: “Peço refúgio em Allah dos malefícios das nossas obras e das maldades das nossas ações.”
Uma só palavra por ocasionar a ira de Allah e o ingresso da gente no Inferno. O Rassulullah (S) disse: “A pessoa pode pronunciar uma só palavra que ele considera inocente, porém o faz ingressar no Inferno durante setenta outonos.” (Tradição narrada por Tirmizi).
Esses são os piores pecados que o ser humano não dá valor. Allah, Ta’ála, diz: “...considerando leve o que era gravíssimo ante Allah.” (24:15). 
Anãs Ibn Málik (R) disse: “Vocês fazem coisas que para vocês são mais finos do que um cabelo. Na época do Rassulullah (S) a considerávamos como pecado grave.” (Tradição narrada por Bukhári). Bilal Ibn Saad disse: “Você não deve olhar para o erro como pequeno, mas olhe na sua desobediência.” Zunnun disse: “Quem trair a Allah secretamente, Allah revelará o seu segredo.” Isso corrobora as palavras de Allah, bendito e exaltado seja, disse: 
Castigamos cada um, por seus pecados.” (29:40). E disse: “(Isso) não é segundo os vossos desejos, nem segundo os desejos dos adeptos do Livro. Quem cometer algum mal receberá o que tiver merecido.” (4:123).
 E disse, ainda:


Isso foi em castigo por sua iniqüidade.” (6:146).
O pecado aniquila o ser humano e destrói as dádivas. Como não tememos os nossos pecados? Ibn AL Qaiyem disse: “O que fez os nossos pais saírem do Paraíso, a morada do prazer e da dádiva, de admiração e felicidade, para irem para a morada da dor e da tristeza e das desgraças? O que fez Satanás ser expulso e amaldiçoado do reino dos céus. O que fez o povo de Noé afundar. O que causou o envio do estrondo sobre o povo de Samud?, povo do Faraó, de Karun. Não é, acaso, a desobediência a coisa que o ser humano negligência?
Allah, Ta’ála disse: “Castigamos cada um, por seus pecados; sobre alguns deles desencadeamos um furacão; a outros, fulminou-os o estrondo; a outros, fizemo-los serem tragados pela terra e, a outros, afogamo-los. É inconcebível que Allah os houvesse condenado; outrossim, condenaram-se a si mesmos.” (29:40).
Jubair Ibn Nufar (R) disse: “Quando a Ilha de Chipre foi conquistada, os seus habitantes foram dispersos. Por isso, choraram. Vi Abu Addardá sentado, sozinho, chorando. Perguntei-lhe: “Ó Abu Addardá, o que o faz chorar no dia em que Allah honrou o Islam e seus seguidores?” Ele respondeu: “Ai de você, ó Jubair. Quão fáceis são as pessoas perante Allah, exaltado seja quando eles desobedecem sua ordem. Quando os muçulmanos se tornaram uma nação conqusitadora, conhecida e com reino à sua disposição, deixaram os mandamentos de Allah e se tornaram o que você vê.”
 Irmãos muçulmanos:
Os pecados causam perda tanto neste mundo como no Outro. Como não os tememos? O Rassulullah (S) disse: 


O ser humano ficará privado das dádivas por causa dos pecados.” (narrado por Ibn Mája).
 Ele disse para alguns ancestrais: 


Como posso desobedecer a Allah quando vejo minha montaria e a minha mulher obedecendo-O?
Isso nos faz sempre recorrermos a Allah, temermos a Ele devido às conseqüências dos nossos pecados. Esse temor deve prevalecer até o último instante da vida, quando os anjos virão nos buscar e nos anunciar o Paraíso: 
Em verdade, quanto àqueles que dizem: Nosso Senhor é Allah,(1881) e se firmam, os anjos descerão sobre eles, os quais lhes dirão: Não temais, nem vos entristeçais; outrossim, regozijai-vos com o Paraíso que vos está prometido!” (41:30).
Peço a Allah que nos conceda o sucesso e que Allah os abençoe. Encerramos rendendo louvores ao Senhor do Universo.
“Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele.” 8:24

Asalamo Alaikom WA WB,


Por: Khaled Taky Eldin 


Colaboração do nosso Irmão: Omar Hussein Hallak