quinta-feira, março 10, 2011

Origem Pagã da Semana Santa [Parte 1]

Em nome de Deus Clemente e Misericordioso!

Queridos irmãos e caros leitores, nosso objetivo ao escrever esse artigo não é confundir e nem semear discórdia. O Islamismo sempre foi tolerante com todos os povos, inclusive no tempo das grandes conquistas. Por exemplo, permanecemos, mais de 800 anos na planície ibérica e jamais impusemos aos portugueses e espanhóis a língua árabe, tampouco a religião islâmica. Agora, também não podemos omitir a verdade e deixar de esclarecer um fato tão relevante para os cristãos católicos e inclusive para os nossos seguidores. Jesus (AS) diz no evangelho segundo João 8:32 " Conhecereis a Verdade e a Verdade vos Libertará", esse é o nosso propósito, a decisão pelo lícito ou o ilícito é particular, por isso Deus Louvado Seja nos criou com livre arbítrio! "Habana atna fidúnia hassanat a fiu arherat hassanat a kena a zarba nar"

Introdução

Jesus representa o elo comum entre as duas religiões com maior quantidade de adeptos no mundo, o Cristianismo e o Islamismo. O estudo da mensagem de Jesus e sua pessoa se baseiam neste vinculo. É nosso desejo que através deste estudo, tanto muçulmanos como cristãos entendam melhor o significado de Jesus e a importância de sua mensagem.

No entanto, para que possamos identificar com precisão a verdadeira mensagem de Jesus, temos que manter um ponto de vista objetivo ao decorrer da investigação. Não devemos deixar que as emoções ofusquem nossa visão e termine nos cegando da verdade. Devemos prestar atenção a todos os temas de maneira racional e separar a verdade da mentira – com ajuda do Todo Poderoso.

Quando vemos a quantidade de falsas religiões e crenças desviadas que existem no mundo e o empenho com que seus seguidores sustentam essas crenças, se torna evidente que essas pessoas não podem encontrar a verdade devido o seu compromisso cego com essas crenças. Seu obstinado apego normalmente não está baseado em um entendimento intelectual dos ensinamentos, mas sim em poderosas influências culturais e emocionais. Dado que foram criados em uma família ou sociedade em particular, agarrando-se assim firmemente as crenças dessa sociedade, crendo que esta contém a verdade.

A única maneira em que podemos encontrar a verdade sobre qualquer coisa é encará-la de maneira lógica e sistemática. Primeiro, devemos pesar as evidências e depois julgá-la mediante a inteligência que Deus nos deu. No mundo material, a inteligência é fundamentalmente o que distingue os humanos dos animais, os quais agem meramente por instinto. Depois de determinar qual é a verdade objetiva, devemos nos comprometer com ela emocionalmente. Sim, há lugar para o compromisso emocional, mas este deve vir depois de uma compreensão racional de todos os assuntos. O compromisso emocional é essencial, dado que é evidência de um verdadeiro entendimento. Quando alguém entende plena e corretamente a realidade do assunto, está preparado mentalmente e espiritualmente para sustentar com força essa realidade.

No Islam é proibido celebrar qualquer festividade ou acontecimento que tenha origens pagãs o que no tenham uma evidência nos textos das fontes do Islam: O Alcorão e a Sunnah.

Disse Allah [significado em português]: “E por dizerem: Matamos o Messias, Jesus, filho de Maria, o Mensageiro de Allah. Ora, eles nem o mataram nem o crucificaram mais isto lhes foi simulado. E, por certo, discrepam a seu respeito estão em duvida acerca disso. Ele não tem ciencia alguma disso, senão conjeturas que seguem. E não o mataram seguramente”. [Surah An-Nissa’ 4: 157]. Ao comparar este versículo do Sagrado Alcorão com as diferentes celebrações realizadas durante a Semana Santa, em especial as da Igreja Católica, o muçulmano e o sincero buscador da verdade, não podem senão desconfiar e questionar a autenticidade destes atos. Um argumento comum apresentado por aqueles que apóiam estas tradições disfarçadas em formas de culto, é que estas não têm relação alguma com o paganismo e que elas estão sustentadas pela Bíblia e a tradição cristã. Também alegam que os muçulmanos e os críticos, ao não acreditarem na autenticidade absoluta da Bíblia, carecem de autoridade para defender os seus argumentos.

É neste sentido que achamos conveniente reproduzir a opinião dos seguidores do cristianismo e da Bíblia que se opõe e debatem por sua vez, com evidências históricas e escrituras consideradas válidas pela tradição judaico-cristã sobre celebração da Semana Santa.

Páscoa, Quaresma, Jejum e Abstinência

Na língua portuguesa, a palavra “Feira” anexa no dia da semana tem sua origem na Idade Média devido à liturgia católico-romana a qual se chamava “Feria”. O domingo é derivado do latim “dies Dominica”, dia do Senhor, considerado o último da semana para os cristãos. Ou seja, o sétimo, quando Deus descansou da criação do mundo. Era no dia da missa [domingo] que havia maior aglomeração de pessoas e, por isso, os agricultores se reuniam em torno da igreja para vender seus produtos - o primeiro dia de feira. O dia seguinte, consequentemente, era o segundo, a segunda-feira. E daí por diante até chegar o sábado, cuja origem é o termo hebraico “shabbatt”. Por iniciativa de Marinho de Dume, que denominava os dias da semana da Páscoa com dias santos em que não se deveria trabalhar, originando os nomes litúrgicos. E “feira” ficou sendo o nome dos outros dias. Essa é a origem dos nomes dos dias da semana no Português.

Mas se olhamos antes dessa mudança na época do português arcaico, vemos que a palavra usada antes da troca era “Venúsia”. Portugal foi o único país do mundo que adotou os dias da semana derivados quase “ipsis literis” do Latim eclesiástico. Os nomes antigos dos dias da semana, dados por outros povos não foram seguidos na língua portuguesa, última das línguas romanas a se formar. Apenas algumas comunidades no século VI, do atual território português, e que falavam um português arcaico, usaram nomes de origem pagã e tais nomenclaturas não chegaram a constituir a língua portuguesa de fato.

A palavra “Venúsia” [Friday em inglês] deriva do nome “Freija” [saxão], a qual era conhecida como deusa do amor, da beleza e da fertilidade pelos antigos pagãos [Fausset, pág. 232, artigo “Fish”]. Seu símbolo de fertilidade era o peixe, considerado sagrado por essa deusa. O peixe era conhecido como o símbolo da fertilidade desde a antiguidade. Da mesma forma também entre os antigos babilônios, os persas, os fenícios, chineses e outros [Dicionário de símbolos]. A própria palavra “Peixe” deriva da palavra “Dag” [hebraico], que significa aumento da fecundação [Fausset, pág. 232]. A razão pela qual o peixe foi usado como símbolo da fertilidade é pelo simples fato de que o peixe tem um alto índice de reprodução. O bacalhau, por exemplo, põe em média nove mil ovos, e outras espécies inclusive colocam de dez mil e até um milhão de ovos por ano. Por esta razão, o peixe tem sido símbolo da fertilidade e foi associado pelos romanos com Freyja, a deusa da fertilidade, cujo dia comemorativo era na sexta-feira. Daí vem à palavra inglesa “Friday”, que significa “Venúsia” no português arcaico e “Sexta-feira” nos dias de hoje; assim começamos a ver o significado das sextas-feiras e dos Peixes.

A deusa da fertilidade era chamada de “Venus” pelos gregos. Sendo deste nome derivado às conhecidas palavras “venérea” de “doença venérea” [Fausset, pág. 232]. A sexta-feira [venúsia no português arcaico] era considerada como seu dia sagrado [Fausset, artigo “Peixe”], porque se acreditava que o planeta Vênus reinava sobre a primeira hora deste dia e por isto era chamado “Dies Veneris” [dia de Vênus]. E para um maior esclarecimento, o peixe era considerado a oferenda consagrada a ela [Fausset, pág. 205]. Vênus e Freyja eram originalmente a mesma deusa e ambas provinham da original deusa-mãe da Babilônia. O peixe era considerado consagrado a Astaroth, o nome sobre o qual os israelitas utilizavam para adorar a deusa pagã [Fausset, pág. 205]. No Egito antigo, Isis era frequentemente representada com um peixe na cabeça.

A Páscoa Pagã

A palavra “Páscoa” aparece na Bíblia. A origem da palavra é “Pascha” [Hebraico “Pessash”; Grego “Páscha”], a festa prescrita por Jeová [Levitico 23: 27-44] como Sábado de Expiação em memória a saída do povo de Israel do Egito. Nas regiões Nórdicas, assim como também na América Latina, o Domingo de Páscoa é celebrado com vários costumes que provém da Babilônia, tais como o de pintar ovos de diferentes cores, estes são escondidos para que as crianças os achem para comê-los. Mas de onde provém este costume? O ovo era um símbolo sagrado usado pelos babilônios! Eles acreditavam em uma velha fábula sobre um ovo enorme que acreditava-se ter caído do céu no Rio Eufrates. Deste maravilhoso ovo – de acordo com essa historia – foi concedida a deusa Astarte. Por isto, o símbolo do ovo chegou a ser associado a esta deusa [no idioma inglês se usa “Easter” para Páscoa] [Fausset, pág. 105]. Da Babilônia – a mãe das falsas religiões – a humanidade se encheu destas crenças e toda a terra recebeu a influência da idéia do ovo místico; por isto encontramos o ovo sendo um símbolo sagrado para muitas nações:

• Os antigos druidas carregavam um ovo como emblema sagrado de sua fé idólatra [Fausset, pág. 108].

• A procissão de Ceres, em Roma, era precedida por um ovo [Enciclopédia das Religiões, de J.G. Forlong, volume: 2 - pág: 13].

• Na religião de mistérios de Baco(Deus do Vinho/Romano, de onde surge as palavra bacanal=orgia) se consagrava um ovo como parte na cerimônia festiva. Na China, até hoje, continua-se usando ovos coloridos em seu festival sagrado.

• No Japão, um velho costume consiste em colorir os ovos sagrados de forma muito brilhante. No Norte da Europa, em tempos pagãos, os ovos eram usados como um símbolo da deusa Astarte [Easter - que significa Páscoa em inglês].

• Entre os egípcios, o ovo é associado ao sol – “o ovo dourado” – [idem, pág: 12]. Seus ovos coloridos eram usados como oferenda de sacrifício durante as festas de Astarte [Crenças Egípcias e pensamentos modernos, de James Bonwick, pág: 24].

• No Brasil encontramos também a colomba pascal, o coelho, a compra de roupas novas e o ovo, porém a partir do Séc. XVIII surgiu o ovo de chocolate na Páscoa, em substituição aos ovos duros e pintados que eram escondidos nas ruas e nos jardins para serem caçados.

Na Enciclopédia Britânica diz: “O ovo, como um símbolo de fertilidade e de renovação da vida, provém dos antigos egípcios e persas, que também tinham por costume colori-los e comer-los durante seu festival de primavera”. [pág: 859, artigo “Easter”].

Da mesma forma, neste caso, foi feita a analogia que da mesma forma que um pintinho sai do ovo, Cristo saiu da tumba! Desta maneira os líderes da igreja disseram a seu povo que o ovo era um símbolo da ressurreição de Cristo. O papa Paulo V decretou uma oração em conexão com o ovo: “Abençoado, oh Senhor, te pedimos, que esta tua criação de “Ovos” seja o sustento para teus servos, comemo-los em memória de nosso Senhor Jesus Cristo”. [As Duas Babilônias, pág: 110].

Fonte: Unicidade e Luz

Saad b. Abi Waccas - SAHABA 34

Em nome de Deus o Clemente e Misericordioso!

“E recomendamos ao homem a benevolência para com os seus pais. Sua mãe o carrega, entre dores e dores, e a sua desmama é aos dois anos. (E lhe dizemos): Agradece a Mim e aos teus pais, porque o retorno será a Mim. Porém, se te constrangerem a associar Mim o que tu ignoras, não lhes obedeças; comporta-te com eles com benevolência neste mundo, e segue a senda de quem se voltou contrito a Mim. Logo o retorno de todos vós será a Mim, e, então, inteirar-vos-ei de tudo quanto tiverdes feito” (31:14-15).

Há uma estória singular por detrás desses versículos do Alcorão Sagrado, uma estória da porfia de emoções conflitantes no coração de um jovem inexperiente. A bondade triunfou sobre a maldade, e a fé sobre a incredulidade. O herói da estória foi um jovem de Makka, do mais elevado status social, filho de pais que eram considerados nobres entre o seu povo.

Esse jovem foi Saad b. Abi Waccas (que Deus esteja aprazido com ele, e que lhe conceda felicidade). Quando a luz da alvorada do Islam se despejou sobre Makka, o Saad era um jovem dócil, de refinada sensibilidade. Era bom para seus pais, e muito apegado à sua mãe, em particular. Não obstante o fato de que ainda não tinha completado dezessete anos, portava consigo o senso de maturidade, e a sabedoria dos “barbas brancas”.

Jamais se sentiu a contento com o tipo de entretenimento aos quais os seus colegas eram atraídos; por exemplo: ele usava sua energia para afiar flechas, ajustar arcos, e praticar a arte de arqueiro, como se estivesse preparando-se para um assunto sério.

Nem tampouco sentia-se a gosto com a falta de religiosidade dos indivíduos e com a desordem social. Vivia com se estivesse a esperar por u’a mão forte e firme, mas gentil, para os tirar das trevas em que se agitavam. Foi da vontade de Deus que tal espera não fosse em vão, pois Ele abençoou toda a humanidade ao enviar-lhes uma pessoa que iria reconstruir adoravelmente a sociedade. Esse homem outro não foi senão o melhor de toda a humanidade – Mohammad b. Abdullah (S), que portava consigo a divina luz que jamais iria extinguir-se: O Alcorão, o Livro de Deus.

O Saad b. Abi Waccas rapidamente respondeu ao chamamento à diretriz e à verdade, pois foi o terceiro ou o quarto homem a aceitar o Islam. Muitas vezes ele iria dizer com orgulho:

Eu fui, por toda uma semana, um quarto do Islam!”

O Mensageiro de Deus (S) ficou grandemente deleitado com a aceitação do Islam por parte do Saad, pois o jovem demonstrava sinais promissores de inteligência e virilidade, coisas que lhe indicavam o potencial quando chegasse à maturidade. A nobre ancestralidade e o elevado status social do Saad eram fatores que iriam encorajar os jovens de Makka a lhe seguirem o exemplo, e a tomarem o caminho que ele escolhera. Em adição, ele estava relacionado ao Profeta (S) pelo seu lado materno, pois procedia dos Banu Zuhra, o povo da Amina b. Wahb, mãe do Mensageiro de Deus (S). O Profeta (S) tinha muito orgulho do seu jovem parente; aconteceu que numa ocasião ele estava sentado com alguns dos seus amigos quando viu que o Saad estava vindo em direção a eles, e disse:

"Esse é o meu primo materno. Será que algum de vós tem um primo igual a ele?”

Porém, a conversão do Saad b. Abi Waccas ao Islam não se deu “em brancas nuvens” O jovem passou por uma experiência estafante, tão extenuante, que Deus, na Sua glória e no Seu poderio, revelou versículos do Alcorão em relação a ela. Iremos aqui permitir que o Saad nos conte a estória do seu singular teste de fé, com suas próprias palavras.

A estória de Saad b. Abi Waccas

Três noites antes de aceitar o Islam tive um sonho no qual eu estava afundando em camadas de escuridão. Enquanto eu estava me debatando entre as ondas, vi a luz da lua, a qual segui. Então vi algumas pessoas na minha frente que alcançaram a lua antes de mim; eram elas o Zaid b. al Háriça, o Áli b. Abi Tálib e o Abu Bakr al Siddik. Perguntei-lhes:

“A quanto tempo estais aqui?”

“Chegamos agora”, responderam.

Quando veio a manhã e eu acordei, ouvi dizer que o Mensageiro de deus (S) estava secretamente convocando as pessoas ao Islam, e me conscientizei de que Deus queria que algo de bom acontecesse a mim, e Ele queria que eu saísse das trevas e fosse para a luz. Assim, saí à procura do Profeta (S), e encontrei-o na garganta da montanha do Jiyad. Ele acabara de fazer a oração do meio-dia, e eu fui até ele e declarei a minha aceitação do Islam. Ninguém me havia precedido na aceitação do Islam, a não ser aqueles a quem vira em sonho.

Quando minha mãe ouviu dizer que eu me havia tornado muçulmano, sentiu-se ultrajada, embora eu sempre tivesse sido um filho adorável e caritativo. Ela veio até mim, e disse: “Que religião é essa que abraçaste e que te faz afastar do culto dos teus pais? Juro por Deus que ou tu deixas essa nova religião, ou eu não comerei nem beberei até que eu morra. Teu coração irá partir-se com ressentimento e remorso quanto ao que fizeste, e as pessoas irão culpar-te por isso para sempre.”

“Não faças isso, ó mãe”, eu disse, “pois nada irá fazer com que eu abandone a minha fé.”

Porém, ela teimou, e começou a pôr em prática a sua ameaça, recusando-se a comer e a beber por vários dias. Logo ela tornou-se fraca e começou a emagrecer. Eu ia vê-la a cada hora, implorando-lhe que comesse e bebesse apenas um pouquinho, e ela repetia seu juramento de não comer nem beber até que morresse, se eu não deixasse a minha religião. Então eu lhe disse:

“Ó mãe, apesar do meu grande amor por ti, eu tenho mais amor por Deus e por Seu Mensageiro. Juro por Deus que se tivesses mil vidas e as fosses perder, uma após outra, nada disso me faria perder minha fé.”

Ao ouvir o quão sério eu estava falando, ela foi forçada a aceitar a realidade e, relutantemente, começou a comer e a beber. Deus, em Seu poderio e majestade, revelou o seguinte:

“Se te compelirem a associar junto a Mim aquilo de que não tens conhecimento, não os obedeças, mas trata-os com benevolência nesta vida.”

Fim da narrativa de Saad

O dia em que o Saad b. Waqqas escolheu para tornar-se muçulmano foi aquele em que aquilo provou trazer uma grande boa sorte para o Islam e para os muçulmanos.

No dia da batalha de Badr, o Saad e seu irmão Umair foram envolvidos num incidente bastante conhecido. Ao tempo o Umair era um jovem que mal tinha chegado à puberdade. Quando o Profeta (S) se pôs a examinar as fileiras do exército muçulmano, antes da batalha, o Umair se escondeu atrás dos outros para que o Profeta (S) não notasse o quão jovem ele era e se recusasse a permitir que ele fosse para a batalha. Mas o Profeta (S) o viu, e se recusou a levá-lo. Umair começou a chorar, até que o Profeta (S) sentiu pena dele e permitiu que fosse.

O Saad foi para perto do Umair, e apertou fortemente o cinto da espada do rapaz, pois este era muito jovem para saber fazer aquilo por si só. Os dois irmãos se puseram a caminho rumo ao jihad pela causa de Deus.

Terminada a batalha, o Saad voltou para Madina só, deixando o irmão Umair martirizado no campo de batalha, e orando a Deus que o recompensasse pela perda.

Na batalha de Uhud, os muçulmanos foram severamente sacudidos e começaram a rarear e se afastar do Profeta (S), até que havia menos de dez homens a rodeá-lo. O Saad b. Abi Waccas permanecia firmente defendendo-o com o seu arco e flecha. Cada flecha que atirava contra os pagãos deixava a sua marca mortal. Quando o Profeta (SAAS) viu quão bem o Saad atirava, encorajou-o, dizendo:

“Atira, ó Saad, atira! Não te trocaria pelo meu pai ou minha mãe!”

Pelo resto da sua vida, o Saad se lembrou, e falava daquilo com orgulho, dizendo:

“Sou o único a quem o Profeta (S) disse que trocaria pelos seus pais!”

O Saad não iria alcançar o pináculo do seu heroísmo senão quando Al Faruk Ômar resolveu desfechar uma guerra contra os persas, coisa que iria abolir o paganismo da face da terra, por meio de destronar o déspota que goverava suas terras, dando um fim ao império. O Ômar enviou cartas para todos os seus governadores, em todas as terras muçulmanas, pedindo-lhes que enviassem a ele, Ômar, qualquer um que tivesse uma arma, um cavalo de guerra, que pudesse prestar assistência, dar conselhos, ou mesmo que fosse destro em poesia ou discursos, para encorajar as pessoas a irem em Jihad.

Delegações de mujahidun (combatentes) começaram a fluir a Madina, vindos de todas as direções. Quando todos se reuniram, Al Faruk se pôs a consultar com os líderes religiosos sobre quem apontar para liderar o exército muçulmano, e todos eles concordaram quanto a uma pessoa: o Saad b. Abi Waccas, “o leão atacante”, como o Ômar o chamava, e lhe deu o estandarte, que era o símbolo da sua liderança quanto ao exército.

Quando o exército estava pronto para partir, saindo de Madina, o Ômar b. al Khattab estava perto deles para lhes dizer adeus, e proferiu para o Saad estas palavras finas de conselho:

“Ó Sad, não te desvies do caminho de Deus ao ouvires as frases ‘o parente do Profeta, e o primo do Profeta’, porque Deus não permite que se cometam malefícios para expiarem malefícios, mas somente boas ações.

“Ó Sad, a única relação que leva a pessoa para perto de Deus é a obediência. O de baixa condição e o de elevada condição não são diferentes aos olhos de Deus, pois que Ele é o Senhor deles e eles são servos Seus. A única coisa que os diferencia é a sua religiosidade, e apenas poderão alcançar o que Deus lhes prometeu por meio da obediência. Leva em consideração como o Mensageiro de Deus constumava se conduzir, pois esse é o único meio de se agir.”

O exército marchou em frente. Na fileiras estavam noventa e nove veteranos de Badr, mais de trezentos e vinte homens que eram muçulmanos desde antes do Juramento de Fealty, em Al Hudaybiya, e trezentos que haviam acompanhado o Profeta (S) quando da retomada de Makka. Havia ainda setecentos jovens que eram filhos dos Comapanheiros.

O Saad dirigiu o exército, até que acamparam em Al Cadisiya. Após três dias de sangrenta e indecisa luta, no último dia da batalha, os muçulmanos resolveram pôr um fim a ela. Eles renderam as forças inimigas e irromperam por entre suas fileiras, gritando:

La ilaha illa Allah! Allahu Akbar!2”


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2. trad. – “Não há outra divindade além de Deus! Deus é Maior!

A cabeça decepada de Rustum, o líder do exército persa, foi erguida pelas lanças dos muçulmanos, e o terror e o desespero crassaram por entre as fileiras dos inimigos de Deus. Foi dito que os muçulmanos tinham apenas que fazer um sinal para os soldados persas, para que viessem ser mortos, oferecendo mesmo suas próprias armas. As riquesas que se tornaram propriedades dos muçulmanos eram sem conta, e os mortos do exército inimigo montavam a três mil homens, daqueles que caíram no rio ou nele pularam, não se contando os que foram virtualmente mortos em batalha.

O Saad viveu uma longa vida, e Deus o abençoou com uma grande riqueza. Quando sentiu que a morte estava próxima, mandou que lhe levassem uma sua velha manta de lã, e disse:

“Enrolai o meu corpo nela e enterrai-me com ela, pois encontrei-me com os pagãos, usando-a, na batalha de Badr, e desejo ir em frente e ser visto com ela por Deus, no Dia do Julgamento.”

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"São aqueles aos quais foi dito: Os inimigos concentraram-se contra vós; temei-os! Isso aumentou-lhes a fé e disseram: Allah nos é suficiente. Que excelente Guardião! Pela mercê e pela graça de Deus, retornaram ilesos. Seguiram o que apraz a Deus; sabei que Allah é Agraciante por excelência." (03: 173-174)


يُرِيدُونَ أَن يطفئوا نُورَ اللّهِ بِأَفْوَاهِهِمْ وَيَأْبَى اللّهُ إِلاَّ أَن يُتِمَّ نُورَهُ وَلَوْ كَرِهَ الْكَافِرُونَ

......Desejam em vão extinguir a Luz de Deus com as suas bocas; porém, Deus nada permitirá, e aperfeiçoará a Sua Luz, ainda que isso desgoste os incrédulos!

Por: Mohamad ziad -محمد زياد

Os Muçulmanos Amam Jesus!

Você que mora no sul do Brasil visite o site: www.islamboy.com.br

duvidas/ informações: info@islamismo.org

quinta-feira, março 03, 2011

SABR (PACIÊNCIA E PERSEVERANÇA) O CAMINHO PARA O PARAÍSO

Em Nome de Allah, O Misericordioso, O Misericordiador

Os Louvores são para Allah, o Louvamos, buscamos sua ajuda e pedimos Seu perdão. Nele buscamos o refugio contra o mal de nossas almas e das nossas más ações . Quem Allah guiar ninguém poderá desviar e a quem Ele desviar ninguém poderá encaminhar. E que a paz e as bênçãos de Allah estejam com o Profeta Muhamad.

Sobre: Sabr (Paciência, perseverança).

Muitas vezes cremos que a palavra paciência é algo puramente teórico, que não podemos transformar a paciência em algo prático, quando isso não é verdade.

Se pararmos para analisar o universo, veremos que ele gira em torno dessa virtude. Ou seja, imaginem, o sabr não está relacionado somente com os seres humanos mas com todo o universo. Todo o universo está embasado nesse preceito. Por exemplo vejamos o feto no útero de uma mãe, ele cresce pouco a pouco, progressivamente. Basta olharmos para nós mesmos, como crescemos dia a dia. Vejamos a semente como ela acaba se transformando em uma planta isso ocorre de forma progressiva e não de uma hora para outra. Entenderam agora como a paciência está relacionada com o universo? Nunca vimos uma semente crescer de repente. Isso precisa de paciência e progresso.

Allah criou os céus e a terra em 6 dias, mas sabemos que Ele louvado e Exaltado seja poderia ter criado em um dia, ou então em um piscar de olhos. Então qual é a lição que tiramos disso? Allah quis nos ensinar através de sua criação dos céus e da terra que tudo nesse universo está baseado na paciência e progressão. Quis nos mostrar que a paciência não é só um ato humano, mas sim de toda sua criação. Ou seja, tudo nesse mundo precisa da paciência. Para ter êxito na vida profissional uma pessoa precisa de anos estudando com paciência, e para ter boas notas com Allah é necessário ter paciência na obediência a Ele.

Os sábios dizem que a perfeição do universo e da religião depende da paciência. Vejamos a construção de um país é possível sem paciência? Tratar bem os pais quando te pedem algo que não gostas, você vai conseguir tratá-los bem sem ter paciência? Vejamos que na grande maioria das vezes as pessoas cometem pecados por não ter paciência para obedecer as ordens de Allah. Por ex. vejamos o exemplo de um drogado, porque ele se droga? porque não teve paciência para suportar determinados problemas que pode ter passado.

Vamos conhecer o verdadeiro sentido dessa virtude. O que significa Sabr (paciência)? Significa refrear e agüentar. Ser paciente significa refrear os desejos da alma nas obrigações religiosas, em como cumpri-las de forma regular. Abster-se dos pecados significa me afastar deles. E nos problemas sabr significa que não se aborrecer nem se irritar nem se enfadar.

Vejamos agora a paciência (Sabr) no Quran :

No Quran foi mencionada a palavra sabr mais de 90 vezes, nenhuma outra virtude foi tão mencionada quanto ela. E sempre vem em forma imperativa dizendo: “Tenha paciência”. A paciência foi mais mencionada no Quran que a sinceridade ou que a fidelidade. Viram o valor da paciência?

 Allah disse:

“Amparai-vos na paciência e na oração.” (Sura al Bacara aya 45)


Vocês querem estar abaixo da proteção de Allah? Tenham paciência. Tenham medo de cometer pecado? quer se aproximar de Allah? Então tenha paciência, tendo paciência e obedecendo a Allah conseguirá, porque Allah está com os pacientes.

Allah disse também:

“Certamente que vos poremos à prova mediante o temor, a fome, a perda dos bens, das vidas e dos frutos. Mas tu (ó Mensageiro), anuncia (a bem-aventurança) aos perseverantes” Al Bacara 155

Quem está dando as boas-novas? Allah está dando as boas novas. É como se Allah dissesse: Oh Paciente alegre-se!

“Apenas os que pacientam serão recompensados, sem conta, com sua recompensa!” 39:10

Ou seja, sem calcular. Porque será que excepcionalmente os pacientes serão recompensados sem computo? Porque não reprovaram a Allah quando lhe submeteu a uma prova dura, nem pediram explicação do porque Allah lhe destinou tal coisa. Então Allah não irá julgá-los no dia do juízo porque aceitaram o destino que Allah lhes prescreveu na vida terrena, então Allah lhes recompensará com a vida eterna. Só Allah sabe a recompensa pela paciência, sua recompensa é ilimitada.

Allah ama os perseverantes.” 3:146

Allah ama os pacientes. Seremos pacientes? Deixaremos o haram e teremos paciência para seguir as ordens de Allah?

“E designamos líderes dentre eles, os quais encaminham os demais segundo a Nossa ordem, porque perseveraram e se persuadiram dos Nossos versículos”. 32:24

Allah nos indica que a liderança conseguiremos com paciência e confiança em Allah! Como reconstruiremos a nossa Ummah ? Só com a paciência, paciência na adoração, paciência em resistir aos pecados, em suportar os problemas e as desgraças e ter fé firme em Allah.

Ao contrário, quem pacientar e perdoar, isso é da firmeza indispensável em todos os assuntos”.42:43

Em muitos versículos do Alcorão Allah exorta Seus mensageiros e os crentes a terem paciência.

“Pacienta, pois, como pacientaram os dotados de firmeza, entre os mensageiros” 46:35

“Ó fiéis, pacientai e perseverai na paciência, e sede constantes na vigilância e temei a Allah, na esperança de serdes bem aventurados” (23:200).

Temos que fortalecer nossa paciência irmãs, porque uma das coisas mais odiadas por Allah é falta de sabr.

 “Pacienta, pois (ó Mensageiro), até ao juízo do teu Senhor, e não sejas como aquele que foi engolido pela baleia (Jonas), quando, angustiado, (Nos) invocou.” 68:48


Se a gente for olhar a historia dos profetas narradas no Quran tiraremos muitas lições sobre o Sabr. Por ex: vejamos na sura Hud:

“Pacienta, pois, porque a recompensa será para os tementes.” 11:49

Isso é porque Allah nos diz que devemos ter paciência porque o triunfo é para os que temem a Allah, e se te agrediram tenha paciência porque triunfará ao final. Nós não iremos triunfar se não tivermos paciência na verdade.

“Porém, aqueles que creram que deveriam encontrar Deus disseram: Quantas vezes um pequeno grupo venceu outro mais numeroso, pela vontade de Deus, porquanto Deus está com os pacientes!” 2:249


Logo vem o versículo : “E com a vontade de Deus os derrotaram” 2:251

Allah nos ensina na Sura Al Anfal :


“Se entre vós houvesse vinte perseverantes, venceriam duzentos, e se houvessem cem, venceriam mil dos incrédulos, porque estes são insensatos” 8:65

Para que vinte vençam 200 precisamos ser dos pacientes. Conseguiremos deixar os pecados? Seremos pacientes nas nossas obrigações para com Allah? Seremos pacientes com nossos pais ?

Os profetas e, com eles, quantos grupos lutaram pela causa de Deus, sem desanimarem com o que lhes aconteceu; não se acovardaram, nem se renderam! Deus aprecia os perseverantes” Sura 3:146

Para que consigamos a vitória do islam precisaremos da paciência.

Vejamos os ditos do Profeta SAAS sobre a paciência:

O Profeta SAAS disse: “A paciência é a luz”

Porque o Profeta SAAS optou por essa descrição? Porque descreveu o sabr como luz? Porque as crises que passamos nas nossas vidas são escuras. Perder o pai ou a mãe, ou então uma parte do corpo te coloca numa depressão até que passamos a ver tudo escuro. Os pecados também são escuridão. De onde vem a luz que te tirará dessa escuridão? Da paciência. Por isso devemos aprendê-la e aplicá-la.

O Profeta SAAS disse: “Um servo de Allah não recebeu um dom maior do que a paciência”. Não há um dom maior nessa vida do que ser paciente.

O Profeta SAAS disse:

É admirável o caso do crente, pois tudo é bom para ele; e isso não ocorre com ninguém mais a não ser o crente. Se for objeto de um bem agradece e isto é um bem para ele. E se sofre uma desgraça se arma de paciência e isto também é um benefício para ele.” Ou seja, na hora da felicidade agradece a Allah e na desgraça é paciente e se aproxima ainda mais de Allah.

Existe um significado precioso dentro dos nomes de Allah. Um dos nomes de Allah é As Sabur (O Mais Paciente). Se não houvesse nenhuma outra virtude na paciência, bastaria para ela estar entre um dos 99 atributos de Allah. Não se trata de uma paciência normal, quer dizer uma paciência duradoura. E uma paciência que não se compara com a humana, é uma paciência divina que demonstra a Majestade de Allah.

O Profeta SAAS disse: “Não há ninguém mais paciente sobre o mal dos servos do que Allah, pois lhe associam um filho e ele mesmo assim lhes provê sustento.” Allah é Único. Quem pode ser mais paciente com seus servos do que Ele?

Ás vezes a gente reclama e se enfurece dizendo: “A fulana falou mal de mim”. Olhemos a paciência de Allah com tudo que Lhe atribuem, sendo que Ele poderia facilmente castigá-los. Allah os vê, os ouve, é o Eterno, Dono da Soberania, Aquele que quando ordena que qualquer coisa exista, obedece.

Olhem a paciência de Allah SWT. Hoje somos 6 bilhões de seres humanos. Quantos deles são verdadeiros crentest; se dissermos 300 mil seria até exagero. Então porque Allah SWT não destrói o mundo? Porque Ele é o As Sabur (O Mais Paciente) e Al Ghafur (O Perdoador).

Imaginem...Todas as criaturas condenam o que os seres humanos estão fazendo. Todos os dias o mar diz: “Oh Allah me de permissão de afogar todos os filhos de Adão porque comem do Teu sustento e adoram a outro”. As montanhas dizem: “Oh Allah me de permissão de me derrubar em cima dos filhos de Adão porque comem do Teu sustento e adoram a outro” A terra diz: “Oh Allah permita-me engolir os filhos de Adão, porque comem do Teu sustento e adoram a outro

E Allah SWT responde: “Deixem eles, se vocês tivessem criado eles teriam misericórdia deles.”

Em verdade, Deus sustém os céus e a terra, para que não se desloquem, e se se deslocassem, ninguém, que não fosse Ele, poderia contê-los. Em verdade, é Tolerante, Indulgentíssimo.”35:41

Por isso habibina Muhamad SAAS tinha razão ao dizer: “Não há ninguém mais paciente sobre os mal de seus servos do que Allah”

Se Allah ama essa virtude, porque não adaptá-la na nossa vida?

Os Ulamah dizem que a paciência é a metade da crença. O que significa a fé senão obedecer aos mandamentos de Allah e se afastar dos pecados? E o que significa a paciência senão ser paciente com as obediências , se afastar dos pecados e aceitar o destino designado por Allah. Não é metade da crença? Portanto nos momentos bons agradeça a Allah e nas desgraças e problemas seja paciente. A metade da crença é o agradecimento e a outra metade é a paciência. Por isso se diz que devemos adorar a Allah nos bons e maus momentos. Se cumprirmos com essas 2 adorações seremos verdadeiros servos de Allah.

Allah diz :

Nisso há sinais para todo o perseverante, agradecido.”14:5

É como se a fé fosse um corpo cuja cabeça é a paciência se cortares a cabeça morre o corpo. Viram o valor da paciência?

Que tipo de paciência devemos ter? É a bela paciência.

Então, pacienta (ó Mensageiro), com bela paciência !”70:5


O Profeta Ya’cub pai do profeta Yussuf (AS) disse:

Então, não me cabe senão uma bela paciência! Allah me será o Auxiliador, acerca do que alegais.” 12:18”

O que é a bela paciência? Porque o adjetivo bela está junto?

É a paciência sem aborrecimentos, nem irritação, nem protestos. Mesmo sem dizer nada, se teu coração fica se perguntando: “Porque aconteceu isso?” Isso é um sinal de uma má paciência.

A bela paciência é aquela sem cara feia. É aquela na qual nos satisfazemos com o que Allah nos decretou. É claro que o coração sofre e que os olhos choram, somos humanos, mas o coração deve ser paciente por dentro.

Outro significado para bela paciência é aquela paciência na qual somos positivos. Fazemos aquilo que está ao nosso alcance e somos positivos. Ou seja atuamos e somos pacientes da mesma forma.

Quais são os tipos de Paciência? São três:

- Paciência perante os pecados


- paciência para as obediências


- paciência perante o decretado por Allah e as desgraças.


Quem reunir esses 3 tipos terá completado sua paciência.


Tem pessoas que são muito forte perante as desgraças, mas perante o pecado é fraco. E tem aqueles que perante as obrigações e os pecados é forte, mas perante as desgraças é fraco.

O mais perfeito é aquele que cumpre os mandamentos de Allah e se arma de paciência ao mesmo tempo. Se completares a tua paciência terás completado metade da tua fé. E nesse momento verás a tua posição:

“Apenas os que pacientam serão recompensados, sem conta, com sua recompensa!” 39:10

O que é melhor? Ter paciência diante dos problemas e desgraças ou ter paciência ao seguir as obrigações e se afastar do pecado?

O fato de ter paciência com o cumprimento dos mandamentos e a resistência perante os pecados é mais valoroso perante Allah e mais perfeito.

Isso porque a paciência com as desgraças é obrigatória, a pessoa não tem outra opção. Enquanto que a paciência nas obediências e resistência dos pecados é algo opcional. Sou eu quem decido se faço ou não tal haram. Então qual é a mais perfeita paciência: A do Profeta Yussuf (José) As no qual foi paciente e preferiu a prisão ao invés de cometer pecado que a esposa do seu chefe lhe incitava ou então a paciência do Profeta Ayyub (Jô) que ficou doente, perdeu sua riqueza e seus filhos.

A resposta é a paciência de Yussuf, porque foi ele quem preferiu o cárcere ao invés do pecado, resistindo a ele.

Então, porque a paciência com as obrigações e resistindo aos pecados é mais valorada?

1-Porque a principal razão da nossa existência é adorar a Allah e conhecê-lo, e essa adoração só se consegue com as obediências.


2- Porque a recompensa por cada obra boa se multiplica por 10, em troca uma má obra se conta é apontado apenas 1. Isso porque obedecer a Allah é mais valoroso.


Aqui concluímos que o mais valoroso é a paciência na obediência, depois vem à paciência ao se afastar dos pecados e finalmente a paciência perante as desgraças.


Agora veremos a paciência perante as desgraças e o decretado por Allah, essa se subdivide em:


*Paciência perante a morte: é algo que toca a todos nós, todos provaremos esse tipo de paciência


*Paciência perante as doenças


*Paciência perante o mau trato das pessoas


A Paciência perante a morte: Essa é uma das mais difíceis, principalmente para as mulheres que muitas vezes sofrem mais.

As mulheres disseram ao Profeta SAAS: “Oh Mensageiro de Allah, tens mais tempo para os homens do que para nós, designa então um dia para nos ensinar a religião”. O Profeta então aceitou. Uma das coisas que o Profeta de Allah SAAS disse foi: “Cada mulher que perder 3 filhos em vida isso será uma fronteira que lhe afastará do inferno.” Uma mulher perguntou: “E se perder 2” Ele disse: “Também”.

Em outro hadith, o Profeta SAAS disse:

“Quando morre o filho de alguém. Allah diz aos Seus anjos: “Recolheram a alma do filho do meu servo” E eles respondem: “Sim, Oh Allah” Allah diz: “Recolheram a semente de seu coração” Eles respondem: “Sim, Oh Allah” e Allah diz: “O que disse Meu servo” Eles respondem: “Te louvou e disse: “Somos de Allah e para Ele retornaremos.” Então Allah SWT diz: “Construam uma casa no Paraíso para Meu fiel servo e lhe de o nome de : “A casa do Louvor”.

Esse hadith está destinado a todos aqueles que perderam um ente querido seja um pai, uma mãe, um irmão, etc.
O Profeta SAAS disse: “Não há nada melhor do que o Paraíso para um servo crente como recompensa por sua paciência ao perder um ente querido.”

Imaginem a paciência perante a morte de alguém querido pode ser a razão pela qual você entrará no Paraíso!

As mães que tiveram paciência ao perderem um filho ou uma filha, já tem uma casa no paraíso. No dia da ressurreição virão crianças que morreram pequenas que não serão julgados. Allah dirá: “Entrem no paraíso” Eles dirão: “Oh Allah não entraremos até que possamos levar nossos pais e mães conosco” Allah dirá: “ Levem vossos pais e vossas mães pelas mãos e entrem juntos no Paraíso.”

Portanto devemos tentar entender essa vida e as suas desgraças de uma forma correta.

Viram a beleza da virtude da paciência e a sua recompensa? O Paraíso.

A Paciência perante as doenças: Por ex. enfermidades renais, perder a visão, até mesmo as enfermidades psíquicas e depressões, etc.

Atá Ibn Abi Rabah disse que Ibn Abbas lhe perguntou: “Queres conhecer uma mulher dentre as moradoras do paraíso?” Respondi que sim, ele disse: “Aquela mulher negra que se dirigiu ao Profeta SAAS dizendo: “Sofro de epilepsia, sendo que isso faz com que me descubra, rogue a Allah para que Ele me cure. O Profeta disse: “ Se quiseres seja paciente e terás o Paraíso. E se quiseres rogarei a Allah para que te cure. A mulher disse: “Então terei paciência, mas rogue a Allah para que eu não me descubra, então o Mensageiro de Allah rogou por ela. E ela continuou tendo epilepsia mas sem se descobrir, e é uma das habitantes do Paraíso.”

O Profeta SAAS disse que Allah SWT disse:

“Caso submetesse a um servo Meu a uma provação com a perda da visão e ele se armasse de paciência, recompensa-lo-ia por isso com o Paraíso”


O profeta SAAS disse: “Allah perdoa todos os pecados de um crente por passar uma noite com febre.”


Se você passa uma noite com dor nos rins acordará de manhã totalmente perdoado. Depois de sabermos disso teremos dores, mas por dentro sentiremos o sabor da paciência e o perdão que tem um sabor melhor ainda.

Ibn Mas’ud disse uma frase famosa: “As boas obras não se ganham com as desgraças, mas se apagam os pecados.”

Viram como a gente deve mudar nossos conceitos sobre as doenças.

Por isso, é Sunnah do Profeta SAAS, que ao visitar um irmão doente se diga.>

Tahur Insha Allah” (Purificação insha Allah). Ou seja, que sejas purificado dos teus pecados.


Outro tipo de paciência é ser paciente perante as ofensas das pessoas. É tolerar a vizinha que me insultou, a fulana que me humilhou, suportar uma má palavra do marido, do meu pai, e principalmente das pessoas que te odeiam ou tem inimizade com relação a ti.

O Profeta SAAS disse:

Quando Allah SWT reunir toda a humanidade no dia da ressurreição serão chamadas as pessoas pacientes, esses que serão poucos, se levantarão e sairão correndo para o Paraíso. Os anjos pararão eles e perguntarão: “Quem são vocês?” Eles responderão: “Somos o povo da paciência”. Os anjos perguntarão: “Em que consiste a vossa paciência?” Eles responderão: “Respondíamos com a paciência perante as injustiças, perdoávamos aqueles que nos fizeram danos, e tínhamos paciência com aqueles que nos tratavam com ignorância. Então os anjos dirão: “Entrem no Paraíso! Que bela recompensa para os bem-feitores”

Seremos pacientes quando nos ofenderem? Ou responderemos com outra ofensa?

“Ao contrário, quem perseverar e perdoar, saberá que isso é um fator determinante em todos os assuntos.”42:43

“e fizemos alguns, dentre vós, provação para os outros. Acaso (ó fiéis), sereis perseverantes? Eis que o teu Senhor é Onividente.” 25:20

Temos que ter paciência perante tudo na nossa vida.

O Profeta SAAS disse

Sempre que o muçulmano for acometido de uma fadiga, enfermidade, preocupação, tristeza, lesão ou angustia, inclusive atingido por um espinho que o perfure, Allah perdoará por causa disso alguns de seus pecados.” em  um outro Hadith,o Profeta SAAS diz: “Quando um muçulmano se fere, por ex, com um espinho ou com menos que isso, Allah perdoa-lhe os pecados, os quais saem dele como saem as folhas de uma árvore.”

Subhan Allah! Tudo isso para que Allah perdoe nossos pecados.

O Profeta SAAS disse

 “O crente e a crente continuarão suportando provas atrás de provas em sua saúde, bens e filhos, até que se encontrem com Allah sem pecado algum”

Por isso que os inimigos do Islam não são colocados a prova, e Allah lhes dá muita comodidade.

“Mas quando esqueceram as admoestações que lhe tinham sido feitas, abrimos-lhes as portas da prosperidade, até que se sentissem regozijados pelo fato de haverem sido agraciados; então, exterminamo-los subitamente e, ei-los agora desesperados!”6:44


Uma vez alguém perguntou ao Profeta SAAS: “Quem são os mais submetidos às provas por Allah?” O Profeta SAAS respondeu: “Os Profetas”. Isso é para que nós não pensemos que Allah não nos ama por ter nos colocado à prova, e para que nós não digamos: “Por que eu?” Vejamos os profetas, são os mais submetidos às provas. Cada muçulmano estará submetido às provas conforme o grau de sua fé. Se for muito crente a prova são mais intensas, até que chega um momento que caminha pela terra sem pecado algum.

Qual é a lição que podemos tirar das provas?

1-Aumentar nossos degraus no Paraíso.


2-Diferenciar as nossas posições. Allah SWT sabe como agiríamos perante qualquer situação, mas se nega a nos julgar no dia da ressurreição com a Sua sabedoria e nos julga segundo as nossas obras. Allah SWT por ser misericordioso nos submete às provas para mostrar nossas posições e atitudes e diferenciar os bons dos maus.


3-: “Pretendeis, acaso, entrar no Paraíso, sem que Deus Se assegure daqueles, dentre vós, que combatem e são perseverantes?” 3:142


“Não é do propósito de Deus abandonar os fiéis no estado em que vos encontrais, até que Ele separe o corrupto do benigno, nem tampouco de seu propósito é inteirar-vos do incognoscível” 3:179


Essa distinção é ignorada por nós, mas está abarcada pela Sabedoria de Allah, mas Ele quer torná-la evidente através das provas, que demonstrarão nossas ações.


4: Se tudo na nossa vida é bom sem problema algum, sem desgraças, tendo tudo o que quiser, o que acontecerá ; A pessoa se torna arrogante para com Allah SWT, pensando que não precisa de Allah SWT.

Por isso ele nos submete a provas para que nos voltemos a Ele e baixemos nossa cabeça perante Ele e digamos: “Oh Allah preciso disso, Oh Allah preciso daquilo”


5: As desgraças nos fazem acordar para agradecer as bênçãos de Allah, para agradecer por tudo de bom que Ele nos fornece.


6- Allah SWT quer que quando Ele decrete algo para nós, estejamos satisfeitos com Seu decreto.


7- Allah nos submete a prova para que possamos ver o Poder Dele quando Ele te tira ou te salva do teu problema. Quando veríamos o poder de Allah, O Poderoso, O Misericordioso, O Afetuoso, se tivermos uma vida sem problemas;

Exemplos de pessoas pacientes perante as desgraças:

O primeiro modelo de paciência é o Profeta Ayyub (Job) (As) viveu 80 anos era rico, são, tinha 14 filhos e todas as pessoas o amavam. Depois de todas essas bênçãos, ele perde todos os filhos, e ficou muito doente ficando praticamente inválido. De tão doente, caiam pedaços da sua pele. As pessoas começaram a ter medo e se afastaram dele. Só a sua esposa fiel e paciente ficou ao seu lado. Ayyub (AS) ficou invalido por 18 anos, sua esposa gastou todo seu dinheiro para ele, já que ele não podia trabalhar. Acabou-se o dinheiro e já não tinham nada para comer. Sua mulher começou a trabalhar, mesmo sendo a esposa de um Profeta. Um dia ela disse ao Profeta Ayyub: “Porque não você não pede para Allah te curar?” Ele respondeu: “Vivemos 80 anos em comodidade, terei que suportar isso mais 80 anos e depois lhe pedirei.” Masha Allah olhem a paciência. Allah disse sobre ele:

Em verdade, encontramo-lo perseverante – que excelente servo! – Ele foi contrito.” 38:44

Permaneceu paciente sem pedir nada a Allah. Sua esposa já não encontrava quem quisesse deixá-la trabalhar pois temiam que ela tivesse sido contaminada pelo marido. Viu-se obrigada a vender as suas tranças. Quando o Profeta Ayyub soube disso, implorou a Allah. E disse:

“Em verdade, a adversidade tem-me açoitado; porém, Tu és o mais clemente dos misericordiosos!”21:83

Ele não disse: “Oh Allah bastam 18 anos!” Nem se queixou.

No outro versículo Allah responde: “E o atendemos e o libertamos do mal que o afligia” “21:84”

No final, Allah SWT lhe devolveu a saúde, a família, a riqueza. Viram só a paciência de Ayyub AS ? Viram o que suportou o Profeta de Allah. Será que somos mais queridos para Allah do que o Profeta Ayyub? Por isso temos que aprender a não dizer nem pensar perguntar: “Oh Allah porque isso?”

Outro ex. é um companheiro do Profeta SAAS: Imran Bnu Hissin. Ficou muito doente, até que ficou praticamente invalido. Seus amigos iam visitá-lo e choravam ao vê-lo naquele estado. E ele dizia: “O que Allah quer eu também quero.”

Uma mulher teve que ter sua mão amputada como castigo por furto. Quando começaram a cortar a mão dela ela sorriu. Perguntaram a ela se ela não estava sentindo dor e ela disse: “A doçura do perdão me fez esquecer a dor”.

Um Sulaym era a esposa de um dos sahaba. Ela e seu marido tinham um filho chamado Talha. Esse filho ficou muito doente, e o pai amava muito seu filho. Um dia saiu o pai para trabalhar e o filho morreu durante a tarde. Por já estar tarde não seria possível enterrá-lo durante a noite. A mãe muito crente e paciente, não quis entristecer seu marido pela noite e suportou sozinha a dor da perda de seu filho. Seu marido chegou durante a noite e perguntou: “como está nosso filho?” e ela respondeu: “Em repouso” O homem disse: “Alhamdulilah”. Pela manhã a esposa disse ao marido: “Se os vizinhos nos deixassem algo, não deveríamos devolve-lo? Ele disse: sim. Um Sulaym disse: ‘E se deixassem durante muito tempo? Ele respondeu: “O quanto antes teria que devolver.” Então ela disse: “ Teu filho morreu, Allah quis recuperar o que havia nos deixado.”

Irmãos , viram a paciência dela? Será que a gente não consegue ter nem que seja metade da paciência dela?

Para ter paciência requer condições:

1-Deve ser no primeiro momento em que souber do fato. O Profeta SAAS disse: “A paciência se mostra ante o primeiro momento de uma calamidade”

2-Dizer: “Somos de Allah e para ele retornaremos. Oh Allah apóia-me em minha calamidade e conceda-me algo melhor” Em árabe: “Inna Lilahi wa inna ileihi Rajiun, Allahuma ajirne fi musibati wa akhlifni khairan min ha”

É bom aprendermos essa suplica e aplicarmos ela em todos os fatos calamitosos que acontecerem conosco, mesmo que sejam simples, como disse o sheikh até mesmo se roubarem seus sapatos na saída da mesquita.

3- Enfrentar as calamidades sem queixas nem reclamações com a intenção de se queixar do decreto de Allah sobre ti.

Paciência perante os pecados:

Irmãos temos que ter paciência em evitar os pecados e nos afastarmos deles. Temos que ter fé e paciência e Allah nos ajudará a deixar os pecados, também devemos saber nos afastar das companhias que nos levam ao pecado.

Outro tipo de paciência é buscar amizade com pessoas boas e que fortaleçam a nossa fé.

Sê paciente, juntamente com aqueles que pela manhã e à noite invocam seu Senhor, anelando contemplar Seu Rosto. Não negligencies os fiéis, desejando o encanto da vida terrena e não escutes aquele cujo coração permitimos negligenciar o ato de se lembrar de Nós, e que se entregou aos seus próprios desejos, excedendo-se em suas ações.” 18:28

O melhor exemplo nesse sentido é o do Profeta Yussuf (As). Esse profeta era jovem, solteiro e muito bonito. Em um hadith é dito que Allah dividiu a beleza em 2 partes, uma delas era a beleza de Yussuf e com a outra metade se dividiu a beleza de todo o mundo. Ele foi tentado pela esposa de seu dono Al Aziz, já que ele havia sido vendido como escravo. A esposa de Aziz era bela e rica e passou a persegui-lo induzindo ele ao haram e logo todas as mulheres passaram a persegui-lo, e a esposa do Aziz lhe dizia: “Se não te renderes ao meu desejo, ficarás encarceirado.” E ele implorou a Allah dizendo: “Oh Allah, o cárcere me é preferível ao que me induzem”. No final ele ficou preso e resistiu com paciência até o final ao pecado.

Será que não conseguiremos ter paciência para nos afastar dos pecados para ganhar al Jannah? Para ganhar o paraíso por baixo do qual fluem rios?

E não cobices tudo aquilo com que temos agraciado certas classes, com o gozo da vida terrena – a fim de, com isso, prová-las – posto que a mercê do teu Senhor é preferível e mais persistente.” Aya 20:131


A paciência com as obediências:

Nesse caso temos o ex do Profeta Abraão e seu filho Ismael (AS).

Imaginem, a obediência de um pai a Allah que chega ao ponto de sacrificar seu filho em obediência a Allah.

“E quando chegou à adolescência, seu pai lhe disse: Ó filho meu, sonhei que te oferecia em sacrifício; que opinas? Respondeu-lhe: Ó meu pai, faze o que te foi ordenado! Encontrar-me-ás, se Deus quiser, entre os perseverantes!

E quando ambos aceitaram o desígnio (de Deus) e (Abraão) preparava (seu filho) para o sacrifício.

Então o chamamos: Ó Abraão,

Já realizaste a visão! Em verdade, assim recompensamos os benfeitores.

Certamente que esta foi a verdadeira prova.” 37:102,103

E depois disso, será que a gente não vai conseguir fazer as orações na hora e fazer corretamente nossas orações obrigatórias? Será que a gente não vai conseguir levantar de noite para rezar nem q seja 2 rakaas voluntárias?

Olhe a obediência de Ibrahim e seu filho Ismael (As). E Ismael tinha 14 ou 15 anos nessa época. Onde está a nossa paciência na obediência dos mandamentos de Allah SWT?

"Sete pessoas estarão abaixo da sombra de Al·lâh no Día em que nao haverá sombra exceto a Sua” .Os sete têm paciência:


1- Um imam justo: Que mesmo podendo ser tirano, se manteve paciente e foi justo.


2- Um jovem que foi educado e cresceu adorando a Al·lâh: Desde sua infância é paciente com as obediências (ler o Quran, suplica a Al·lâh, O recorda e pede Seu perdão).


3- Duas pessoas que se amam por Allâh. Se unem por Allâh e se separam por Allâh (suportam um ao outro e tem paciência mutua para amar mais a Allah).


4- Um homem, cujo coração está vinculado com a mesquita


5- Um que deu caridade em segredo até o ponto de que sua mão esquerda não soube o que deu sua mão direita. [A paciência em fazer uma obediência ocultando-a para alcançar sua recompensa]


6- Um homem que foi tentado por uma mulher com prestigio social e beleza e disse: “Temo a Allah”


7- Uma pessoa que ao recordar a Allâh en seu intimo, derrama lágrimas.

O maior dos tipos do sabr no cumprimento das obrigações é o sabr pela causa de Allah. Aquele que tem paciência pela causa de Allah não há outra recompensa senão o Paraiso. Vejamos o caso de Sumaya, a primeira mártir do islam, morreu porque Abu Jahl lhe atingiu com uma flecha em suas partes privadas.

O caso dos magos que disputavam com o Profeta Moises (AS):

“E os magos caíram prostrados.

Disseram: Cremos no Senhor do Universo,

O Senhor de Moisés e de Aarão!

O Faraó lhes disse: Credes nele sem que eu vos autorize? Em verdade isto é uma conspiração que planejastes na cidade, para expulsardes dela a população. Logo o sabereis.

Juro que vos deceparei as mãos e os pés dos lados opostos e então vos crucificarei a todos.

Disseram-lhe: É certo que retornaremos ao nosso Senhor.

Vingas-te de nós só porque cremos nos sinais de nosso Senhor quando nos chegam? Ó Senhor nosso, concede-nos paciência e faze com que morramos muçulmanos!”( 120/126 sura 7)

A melhor historia de Sabr fissabililah é a da penteadeira da filha do faraó. Ela estava penteando a filha do farao quando seu pente caiu, quando caiu ela disse: Bismillah. Ela era crente em Allah mas escondia sua fé, mas acabou falando espontaneamente. A filha do faraó disse: “Estás falando em nome do meu pai? ela disse: Meu senhor, Teu senhor e Senhor do teu pai é Allah! Tu tens outro Deus além do meu pai? ela disse : Meu senhor, Teu senhor e Senhor do teu pai é Allah! A filha foi correndo e informou a seu pai. O farao chamou a penteadeira e disse: “Tens outro deus além de mim?” e ela respondeu: “Meu senhor e teu Senhor é Allah”. Perguntaram se ela tinha filhos. Ela tinha 4 filhos e 1 deles ainda mamava. Então o faraó ordenou que trouxessem os filhos dela. Colocaram 1 grande caldeira fervente e pegaram o filho maior dela, o faraó perguntou: “Tens algum deus alem de mim"ela disse: “Meu Senhor e Teu senhor é Allah!” e então jogaram ele na caldeira perante seus olhos, escutou os gritos de seu filho e então o silencio. Pegaram o segundo filho, tens algum deus alem de mim? ela disse: “Meu Senhor e Teu senhor é Allah!” jogaram o 2. Pegaram o 3: ela disse Meu senhor e teu senhor é Allah. No 4 que era o bebe que ainda mamava, ela ficou segurando no colo tentando protege-lo de todas as formas, seu coração já estava estremecendo, então o bebe olhou para sua mãe e disse: “Paciencia minha mãe você está na senda da verdade” então ela disse: “Meu senhor e teu senhor é Allah” e os 2 foram jogados da caldeira. O Profeta SAAS relatou que na viajem noturna quando chegou ao paraíso sentiu um maravilhoso perfume, e entoa perguntou ao anjo Gabriel e ele respondeu é da penteadeira da filha do farao e seus 4 filhos...

“Apenas os que pacientam serão recompensados, sem conta, com sua recompensa!” 39:10


Coisas que ajudam a ter sabr:


1- Saudades do paraíso, esse mundo não é nada.


- Você é de Allah e para ele voltará


3- Buscar a recompensa do paraíso


4- Ter em mente o seguinte versículo “Em verdade, com a adversidade está a facilidade!”


5- Fazer muita Du’a (Súplica) – “Oh Senhor nosso, concede-nos paciência!”

E que a paz e as bênçãos estejam com o Mensageiro de Allah SAAS, e Louvado seja Allah, Senhor do Universo!

“Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele.” 8:24

Asalamo Alaikom WA WB,

Omar Hussein Hallak

sábado, fevereiro 26, 2011

Sahaba 33‏ - Abu Sufyan b. al Háris

Queridos irmãos e amados leitores,

Quem procura saber da vida do Profeta Muhammad SAAS cada dia tem uma surpresa. Quando iniciei meus estudos islâmicos conheci duas personagens que me tocaram profundamente Hamza tio do Profeta SAAS e Abu Sufyan. Eu logo amei profundamente ao Hamza RAA pela sua valentia e dedicação à causa do Rassulolah SAAS como odiei Abu Sufyan pela perseguição que ele empreedeu ao Mensageiro de Allah.

Contudo também aprendi, de que todos os acontecimentos foram escritos por Allah SW e que eu precisava aceitá-los. Hoje repasso para vocês essa matéria que nos mostra a transformação de um homem, que passou de perseguidor a seguidor. Abu Sufyan assim como eu compreendeu que Muhammad SAAS era verdadeiramente um mensageiro de Allah SW e que veio para trazer uma Religião Universal o Islamismo, pelo qual agradeço a Allah SW por me pemitir a ser um muçulmano. Vamos ao artigo Inshallah!

Por: Dr. Abdulrahman Ráafat Bacha

Tradução: Prof. Samir El Hayek

Raramente duas pessoas têm tanta coisa em comum como aquelas que eram compartilhadas por Mohammad b. Abdullah (S) e pelo Abu Sufyan b. al Háris. Foram amigos de infância, tendo nascido aproximadamente no mesmo tempo, e criados na mesma família numerosa. Abu Sufyan era primo em primeiro grau do Profeta (S), porquanto Abdullah, pai do Profeta (S), e Al Háris, pai de Abu Sufyan, eram totalmente irmãos, sendo, estes, dois dos filhos de Abd al Muttalib. Abu Sufyan e o Profeta (S) eram ainda irmãos de criação, pois ambos foram amamentados pela Halimah al Sadiyah ao mesmo tempo.

Em adição, ele era amigo íntimo do Profeta (S) antes de este receber o chamado para a profecia, e até se parecia com ele. Com toda honestidade, poderia o leitor ter visto, em qualquer lugar, laços mais fortes do que aqueles que ligavam o Profeta (S) e o Abu Sufyan b. al Háris?

Era de se esperar que o Abu Sufyan iria ser uma das primeiras pessoas a responder o chamamento ao Islam, e o mais ansioso a seguir o Profeta (S), de quem era íntimo. Contudo, os eventos agiram contrariamente à expectativa de todos. Logo que o Profeta (S) começou a conclamar publicamente as pessoas ao Islam, a afeição que o Abu Sufyan nutria pelo Profeta (S) se transformou em ódio e inimizade. Negando os laços de parentesco, o Abu Sufyan tornou-se do Profeta (S) um acre inimigo.

No tempo em que o Profeta (S) obedeceu a ordem de Allah e começou a conclamar as pessoas ao Islam, o Abu Sufyan era conhecido como um dos mais intrépidos guerreiros do Coraix, bem como um dos seus mais dotados poetas. Ele decidiu-se por usar o seu poder e a sua eloqüência para o mister de lutar contra o Mensageiro de Allah (S), e para lhe obstruir a missão. Valia-se de todos os seus talentos com o simples propósito de injuriar o Islam e os muçulmanos. Sempre que os coraixitas desfechavam uma batalha contra o Profeta (S), era o Abu Sufyan que a instigava, e estava certo de desempenhar um melhor papel nos esforços para infligir danos aos muçulmanos. Ele também explorava os seus talentos poéticos, compondo grosseiras sátiras sobre o Profeta (S). Compôs versos que foram misericordiosamente esquecidos pela história, porquanto eram algo da mais indecente poesia que já foi recitada em árabe.

A inimizade do Abu Sufyan para com o Profeta (S) durou quase vinte anos, durante os quais ele não deixou pedra alguma sem ser virada, na sua trama contra o Profeta (S), e no seu afã de causar danos aos muçulmanos. Vinte anos de ódio e crueldade, pelos quais o Abu Sufyan tem de suportar a culpa.

Pouco tempo antes de Makka ser finalmente tomada pelos muçulmanos, o destino quis que o Abu Sufyan aceitasse o Islam. A estória de como ele aceitou o Islam é tão extraordinária, que pode ser encontrada em todos os livros da hitória árabe. Todavia, seria melhor se deixássemos que o conteúdo da estória fosse dita pelas próprias palavras dele.

A história de Abu Sufyan

Quando o Islam tornou-se estabelecido e poderoso, e eram espalhados rumores de que o Profeta (S) estava planejando tomar Makka, senti que não havia lugar no mundo aonde eu pudesse ir. Eu imaginava:

“Aonde irei? Com quem? Entre que povo irei viver?” Então fui ter com minha esposa e meus filhos e lhes disse:

“Preparai-vos para deixar Makka, pois Mohammad (S) logo virá, e eu serei morto se ficar aqui quando chegarem os muçulmanos.”

“Quando irás conscientizar-te de que tanto os árabes como os não-árabes, todos juraram sua fidelidade a Mohammad (S)?” perguntaram-me. “Tu persistes na tua inimizade para com ele, quando já era tempo para que abraçasses a sua religião. Teria sido bem mais válido se tivesses sido um dos que o houvessem apoiado desde o início.”

Eles continuaram tentando me influenciar favoravelmente ao Islam, mostrando-o como uma luz aconchegante, até que fianlmente Allah fez com que me inclinasse a aceitar o Islam.

Naquele ponto, eu me levantei, chamei o meu criado, Mandhkur, a lhe disse que selasse alguns camelos e uma égua para nós. Levando meu filho Jafar comigo, pusemo-nos às pressas a caminho de Al Abwa, entre Makka e Madina, pois havia ouvido dizer que Mohammad (S) lá estava acampado. Quando estávamos quase chegando, eu me disfarcei, para que não fosse reconhecido e morto antes de chegar ao Profeta (S) e declarar a minha fidelidade ao Islam na presença dele.

Continuei minha viagem a pé por quase um quilômetro e, passando por mim em direção contrária, viam-se as primeiras facções de soldados muçulmanos que se dirigiam para Makka, um grupo após o outro. Saí do caminho, dando-lhes passagem, permanecendo de lado, temendo ser reconhecido por um dos companheiros de Mohammad (S). Enquanto isso acontecia, o grupo com o qual o Mensageiro de Allah (S) estava viajando apareceu repentinamente. Parado no meio da estrada, Eu esperei que ele se aproximasse. Quando ele estava tão perto, a ponto de estar cara a cara comigo, eu me revelei a ele. Logo que me deu uma boa olhada e viu quem eu era, voltou o rosto na outra direção. Dei a volta em torno dele, e fiquei na frente dele novamente. Uma vez mais ele virou o rosto, e continuou a proceder assim, embora eu fizesse vários esforços para fazer com me olhasse e falasse comigo.

Então, quando os outros viram que o Mensageiro de Allah (S) se afastou e recusou falar comigo, puseram-se hostis para comigo, e todos se afastaram de mim. Abu Bakr me viu e, inflexível, afastou o olhar; então voltei-me para o Ômar b. al Khattab, e olhei para ele percrutadoramente, esperando que ele olhasse para mim com benevolência. Achei-o mais severo do que Abu Bakr, na sua recusa em me olhar. Em vez disso, ele disse algo que incitou um dos Ansar a falar coisas contra mim; aquele ansar disse:

“Ó inimigo de Allah, eras tu que costumavas causar danos ao Profeta (S) e aos seus companheiros. Tuas injúrias e teus insultos são suficientes para encher o mundo inteiro...” e ele continuou naquele teor, enquanto os Companheiros continuavam a me olhar friamente, satisfeitos com o que eu estava sendo forçado a ouvir.

De súbito, eu vi meu tio, Al Abbas, e me voltei a ele, dizendo:

“Ó tio, esperava que o Mensageiro de Allah (S) fosse ficar feliz por eu ter aceitado o Islam, por causa do meu parentesco com ele e do meu status entre o meu povo. Mas... tu viste como ele me recebeu. Fala com ele para que ele reconsidere com realção a mim!”

“Não”, ele respondeu. “Juro por Allah que não direi uma palavra ao Mensageiro de Allah (S), depois que vi o modo como ele se afastou de ti, a menos que eu veja uma oportunidade apropriada, porque tenho muito respeito por ele. Não, não seria propriado agora.”

“A quem devo dirigir-me então, ó tio?” gritei eu.

“Nada posso fazer por ti”, foi a resposta dele. Fiquei arrazado de desânimo e desencorajamento. Logo depois eu vi o meu primo Áli b. Abi Tálib, e falei com ele, na esperança de que ele fosse fazer algo em meu favor, mas ele apenas disse a mesma coisa que ouvira do meu tio, Al Abbas. Então eu voltei a falar com o meu tio, e disse:

“Ó Tio, já que és incapaz de fazer com que o Profeta (S) me olhe com bons olhos, pelo menos defende-me do homem que me está vilipendiando e incitando os outros a fazerem o mesmo!”

“Dize-me como é o homem”, disse o tio. Quando eu descrevi o homem, ele disse:

“Esse é o Nuayman b. al Háris al Najjari.” Mandou chamá-lo e falou, dizendo:

“Ó Nuayman, o Abu Sufyan aqui é primo do Mensageiro de Allah (S) e meu sobrinho. Embora o Profeta (S) esteja zangado com ele, eis que um dia ele poderá reconsiderar quanto a ele; então deixa-o em paz!” Al Abbás persistiu, até que convenceu o homem a se reprimir de me amolar, e ele prometeu que não mais me iria incomodar, daquele momento em diante.

Quando o Mensageiro de Allah (S) chegou a al Jahfah, e fez aí uma parada, eu me sentei à entrada da sua tenda, com o meu filho Jafar ao meu lado. Quando o Profeta (S) saiu e me viu, virou o rosto. Contudo, eu não perdi as esperanças de fazer com que ele reconsiderasse em relação a mim; e toda vez que ele fazia uma parada para descansar, eu sentava à sua porta, e fazia com que o Jafar ficasse em pé do meu lado. Sempre que o Profeta (S) me via, afastava-se de mim. Aquilo continuou por algum tempo, até que comecei a ficar desencorajado. Quando eu estava para perder as esperanças, disse para minha esposa:

“Juro por Allah que, ou o Profeta (S) reconsidera com relação a mim, ou vou pegar meu filho pela mão e vagar pelo deserto até que morramos de fome e de sede.”

Quando o Profeta (S) foi informado sobre aquilo, abrandou em relação a mim e, da próxima vez que saiu da sua tenda, olhou para mim duma maneira não tão severa quanto da vez anterior. Eu queria que ele sorrisse para mim.

O Profeta (S) entrou em Makka, e eu entrei juntamente com os seus seguidores. Então ele foi para a mesquita, e eu fui após ele, seguindo-o a cada passo.

O tempo passou, e aconteceu a batalha de Hunayn. As tribos árabes que permaneciam hostis ao Profeta (S) se juntaram numa inusitada força para fazerem a guerra contra ele. Eles prepararam o seu exército intensamente, e estavam determinados a desfechar uma batalha que iria ser o golpe de morte para o Islam e os muçulmanos.

O Profeta (S) arrebanhou uma força para defender os muçulmanos, e se pôs a campo, juntamente com os Companheiros, para encarar o exército invasor. Eu fui com eles e, ao ver o imenso número de soldados dos inimigos pagãos, disse comigo:

“Juro por Allah que hoje irei compensar todas as coisas que fiz como inimigo do Mensageiro de Allah (S), e farei com que ele me veja prová-lo, duma maneira que irá agradar a Allah e a ele.”

Quando os dois exércitos se encontraram na batalha, os muçulmanos viram-se diminuídos perante os inimigos pagãos, e começaram a perder algumas das suas energias e algo do seu entusiasmo. As forças que apoiavam o Profeta (S) logo ficaram desordenadas, e parecia que iriam sofrer uma humilhante derrota. Eis que lá estava o Mensageiro de Allah (S), por quem eu seria capaz de renegar a meu pai e minha mãe, constantemente mantendo a sua posição, sobre a sua mula cor de cinza, firme como uma rocha, defendendo-se a si e aos que o rodeavam, atacando como se fosse um leão. Ao ver aquilo, pulei do meu cavalo, quebrando a bainha da minha espada, atirando-a de lado. Allah sabe que eu desejei encontrar a morte na defesa do Seu Mensageiro (S).

Meu tio Al Abbas segurava as rédeas da mula do Profeta (S), e permanecia ao seu lado, enquanto eu tomava o meu lugar, no lado contrário. Na minha mão direita eu segurava a minha espada, usando-a para defender o Mensageiro de Allah, enquanto segurava a sua sela com a mão esquerda. Quando o Profeta (S) viu quão ferozmente eu lutava, perguntou ao meu tio Al Abbás:

“Quem é esse?”

“Esse é o seu primo e irmão, o Abu Sufyan b. al Háris”, respondeu Al Abbás, “ó Mensageiro de Allah (S)... por favor, mostra que estás aprazido com ele!”

“Sim, estou aprazido com ele, e que Allah lhe perdoe cada fragmento de hostilidade que sempre demonstrou contra mim!”

Meu coração pulou de alegria quando ouvi dizer que o Profeta (S) estava aprazido comigo; eu me curvei sobre sua sela e lhe beijei o pé, ao que ele disse:

“Ó irmão meu, vai em frente, e luta intrepidamente!” Suas palavras acenderam o meu entusiasmo, e eu desfechei uma carga tal sobre os pagãos, que os fez recuar das suas posições. Os muçulmanos os assaltaram juntamente comigo, e os perseguimos por vários quilômetros, e eles debandaram em todas as direções.

Fim da narrativa de Abu Sufyan.

Desde o dia da batalha de Hunayn, o Abu Sufyan foi abençoado com a aceitação da parte do Mensageiro de Allah (S), que passou a tratá-lo graciosamente. Abu Sufyan, no entanto, nunca mais foi capaz de olhar o Profeta (S) no rosto, pois sentia-se tímido perante ele, e envergonhado pelas memórias do seu comportamento passado.

Abu Sufyan contorcia-se de remorso ao lembrar-se dos dias negros que passara em Al Jahiliya1, sem ser tocado pela luz da verdade de Allah, e privado da Sua Escritura. Começou a passar noites e dias a ler o Alcorão, a educar-se nos seus ensinamentos, e a ponderar sobre suas lições espirituais.

Ele virava as costas a todas as tentações da vida terrena, e voltava todo o seu coração e sua mente para Allah. Numa ocasião, o Profeta (S) viu o Abu Sufyan entrando na mesquita, e perguntou para a Aicha (que Allah esteja aprazido com ela):

“Ó Aicha, sabes quem é aquele?”

“Não, ó Mensageiro de Allah (S)”, respondeu ela.

“É o meu primo Abu Sufyan b. al Háris. Vê, ele é o primeiro a entrar na mesquita e o último a dela sair; e nunca tira os olhos do chão”, disse o Profeta (S).

Quando o Mensageiro de Allahs (S) partiu da vida deste mundo para estar com o seu Senhor, o Abu Sufyan chorou por ele como se fora uma mãe que perdera o seu filho único. Pranteou-o como se tivesse perdido o seu amigo mais querido, e compôs um poema que é considerado a mais fina das elegias jamais escritas, pois é cheio de uma emoção que envolve o leitor no profundo sentimento do poeta.

. Al Jahiliya – o estado de falta de fé e de lei que caracterizava aqueles que praticavam a idolatria.

Durante a autoridade de Al Faruk Ômar (que Allah esteja aprazido com ele), o Abu Sufyan sentiu que o seu próprio fim estava-se aproximando. Cavou um túmulo para si mesmo, e dali três dias morreu. Quando chegou sua hora, ele voltou-se para sua esposa e seus filhos, e disse: “Vós não precisais chorar por mim, pois juro por Allah que nada fiz de pecaminoso depois que aceitei o Islam”, e morreu com a tranquilidade de um inocente. Al Faruk Ômar dirigiu a oração, no funeral, e ele e os Companheiros se entristeceram com o passamento do Abu Sufyan, e acharam que aquilo era uma grande perda para o Islam e para os muçulmanos.

"São aqueles aos quais foi dito: Os inimigos concentraram-se contra vós; temei-os! Isso aumentou-lhes a fé e disseram: Allah nos é suficiente. Que excelente Guardião! Pela mercê e pela graça de Deus, retornaram ilesos. Seguiram o que apraz a Deus; sabei que Allah é Agraciante por excelência." (03: 173-174)

يُرِيدُونَ أَن يطفئوا نُورَ اللّهِ بِأَفْوَاهِهِمْ وَيَأْبَى اللّهُ إِلاَّ أَن يُتِمَّ نُورَهُ وَلَوْ كَرِهَ الْكَافِرُونَ

......Desejam em vão extinguir a Luz de Deus com as suas bocas; porém, Deus nada permitirá, e aperfeiçoará a Sua Luz, ainda que isso desgoste os incrédulos!

Mohamad ziad -محمد زياد

Os Muçulmanos Amam Jesus!

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segunda-feira, fevereiro 21, 2011

Os Perigos do Secularismo[1] [parte 1]

بسم الله الرحمن الرحيم
Em Nome de Deus Clemente e Misericordioso
Queridos Irmãos e Leitores,

Existe uma coisa que vem preocupando muito os religiosos sinceros, é a inovação da Religião de Deus. Em tempos mais remotos fazia-se um esforço muito grande para cumprir as obrigações recomendadas nos Livros Sagrados. Hoje temos uma desculpa para tudo. É fato que o tempo ficou muito excasso, a forma de trabalho mudou, as mães trabalham fora para auxiliarem no orçamento doméstico, contudo isso tem caráter restritivo não porém, impeditivo. Quantos minutos diários podemos dispensar para as cinco orações? Com certeza não gastamos mais que 30 minutos em nossas orações diárias. Se o dia tem 24 horas, porque não fazemos mais as 05 orações recomendadas por Allah SW? Isso acontece em relação ao jejum, trajes, abate halal entre outros.

Pois bem, não nos consta em lugar algum que Allah SW irá levar em consideração essas dificuldades no grande Julgamento do Juízo Final! Precisamos ter muito cuidado. A morte está mais próxima de nós do que nossa jugular (veia na região do pescoço), e se não atentar-nos poderemos morrer em estado de pecados, ai, somente a misericórdia de Allah SW poderá nos garantir um lugar no Paraíso.

Sobre esse assunto o site Unicidade Luz, escreveu um artigo que em Nome de Allah SW que compartilhar com nossos leitores. Segue logo abaixo, e que Allah SW tenha misericórdia de nossas almas. E não podemos nos esquecer, toda inovação gera confusão e toda confusão leva ao inferno.

Allah, Exaltado seja, enviou o Livro [o Nobre Alcorão] para esclarecer todos os assuntos, sendo ele um guia e misericórdia para os crentes.

Ele enviou ao Seu Mensageiro, Muhammad [que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre ele] com a orientação e a verdadeira religião com a qual abriu os olhos cegos, os ouvidos surdos e corações fechados. Com esta, Ele eliminou a obscuridade da ignorância e a estupidez quebrando as correntes do politeísmo de tal maneira, que o desvio se converteu em uma lenda do passado e a adoração de ídolos se converteu em um mito antigo.

Um muçulmano se surpreende diante da estupidez do politeísmo. Disse Allah o Único (significado em português): “Aquele que Allah guia estará bem encaminhado; porém àquele que Ele desviar, jamais poderá achar nada que o guie”. [Al-Kahf 18: 17].

Entretanto, devemos sempre recordar que as provas são continuas e que o mal permanece. Os demônios entre a humanidade e os jinns [gênios] continuam espalhando o desvio, tornando-o atraente e difundindo-o por meio de todas as línguas. Disse Allah o Altíssimo [significado em português]: “E assim fizemos para cada profeta vários inimigos, demônios dentre os humanos e os gênios, que sussurram [palavras] uns aos outros com a uma bela eloqüência para iludirem a todos; porém, se teu Senhor assim quisesse, não o teriam feito. Afaste-se, pois, deles e de suas mentiras!”. [Al-Na’am 6: 112].

É uma obrigação para todos conhecer as formas de desvio, para alertar as pessoas sobre este, expondo-o, mostrando seus objetivos e bloqueando os caminhos para aqueles que buscam tal. Ao fazer isto, os muçulmanos terão consciência daquilo que Senhor quer deles e ter um ponto de vista adequado para não serem prejudicados pelas tramóias e planos dos desviados.

Hoje em dia, no mundo islâmico, muitas filosofias e ideologias diferentes estão sendo difundidas, e são estas as mesmas que desviam muitas pessoas com seu brilho e glória superficiais. Muitos slogans [lemas] e terminologias têm capturado as mentes das pessoas e acabam controlando sua forma de pensar.

Estas falsas crenças são como uma doença e derivadas do fogo [do inferno]. Foi decretado que essas falsas crenças sejam disseminadas e que estas destruirão a pessoa afetada.

Uma destas ideologias é o secularismo, a qual tem se infiltrado nas comunidades muçulmanas. Talvez um dos desafios que os seguidores do Ahlu As-Sunnah ua Aj-Jama’ah [a verdadeira metodologia islâmica] neste momento, é para derrubar essas falsas crenças, esclarecendo seus inúteis argumentos e, expor a realidade dos obscuros conceitos por de traz das quais se esconde o secularismo que espalha seu veneno nas mentes e corações do povo desta nação.

Por esta razão, é necessário descobrir o verdadeiro rosto desta ideologia desviada e desviadora ao mesmo tempo.

O secularismo em sua definição correta é a crença onde a religião não deve entrar nos assuntos do Estado; negando qualquer forma de crença e adoração religiosa. Portanto, o secularismo é o oposto do monoteísmo islâmico; o qual, desde a perspectiva do Islam, é a realidade e a verdade maior.

Ibn Taimiiah [que Allah tenha misericórdia dele] em seu livro Al-Ubudiah [A Submissão] disse: “A humanidade está numa encruzilhada que possui dois caminhos, não há um terceiro. Estes são: escolher entre servir a Allah ou negar-se a serví-Lo. Para crer plenamente na submissão a Allah, excluindo todos os demais, sabendo que a submissão a qualquer outra coisa em lugar de Allah, grande ou pequena, é a adoração ao Satanás”.

Disse Allah [significado em português]: “Porventura não vos prescrevi, ó filhos de Adão, que não adorásseis Satanás, porque é vosso inimigo declarado? E que Me agradecêsseis, porque esta é a senda reta?”. [Ia Sin 36: 60-61]. Isto inclui os árabes, sobre aqueles Allah disse [significado em português]: “Não invocam, em vez d’Ele, a não ser divindades femininas, e, com isso invocam o rebelde Satanás”. [An-Nisa’ 4: 117]. Isto também inclui todos os atos de adoração ao longo da história realizados para qualquer outro que não seja Allah.

Alguns dos atos de adoração mudaram. Os árabes não mais adoram os ídolos do passado. No entanto, o culto a Satanás em si mesmo não mudou. Os ídolos antigos foram substituídos pelos novos: como o sectarismo, o nacionalismo, o secularismo, a liberdade individual, o sexo e outros.

Existem muitos novos ídolos hoje em dia. De fato, é a adoração a Satanás e Taghut [qualquer coisa adorada além de Allah, quer seja um ídolo material ou uma ideologia] que nega o testemunho de que não existe nada com o direito de ser adorado exceto Allah. O significado de “la ilaha ila Allah” [a primeira parte do testemunho de fé] é negar o Taghut e crer somente em Allah.

Baseado nisso, podemos conhecer as regras do Islam concernentes ao secularismo. O secularismo é a incredulidade e também o conceito pré-islâmico de Taghut, o qual nega e contradiz “la ilaha ila Allah”.

Dois pontos fundamentais e que estão lado a lado, em primeiro, isto está regulamentado por algo mais do que as leis de Allah e daquilo que Allah Revelou. Segundo, isto associa outros na adoração a Allah.

O secularismo simplesmente significa governar com outras leis em vez das leis de Allah, ou seja, alguma outra coisa diferente daquela que Allah Revelou. É reger com uma constituição ou legislações diferentes da que Allah tem Legislado. A aceitação de ser governado por ela e seguir o Taghut em vez de seguir a Allah é a essência de estabelecer uma vida sem nenhuma fé nem religião.

Allah disse [significado em português]: “Aqueles que não julgarem conforme o que Deus tem revelado, serão incrédulos”. [Al-Ma-ida 5: 44].

A incredulidade tem diferentes formas sobre as quais devemos ter precaução. Um aspecto da Jahiliah [paganismo pré-islâmico] era a rejeição de Allah. A rejeição de Sua existência está relacionada com a fé e a forma como a vida é percebida, o qual corresponde à Jahiliah do comunismo.

Outro aspecto, é o reconhecimento da existência de Allah, mas de uma forma corrompida e com atos de adoração desviados. Este tipo de Jaahiliah é sinônimo da Jahiliah dos judeus e dos cristãos.

Outro aspecto é aceitar a existência de Allah e realizar atos de adoração mas com um sério desvio na compreensão, a envolvimento e a pratica do “la ilaha ila Allah, Muhammad Rasul Allah”, [não existe nada com o direito de ser adorado exceto Allah, e Muhammad é mensageiro de Allah] o qual resulta numa ampla associação na questão da obediência e o atribuir parceiros a Allah. Esta Jahiliah é daqueles que se intitulam a si mesmos de muçulmanos, porem eles na verdade são laicos. Eles pensam que estão dentro das fileiras do Islam e que possuem todos os direitos de um muçulmano, pelo simples fato de ter pronunciado a Shahada [testemunho de fé: “la ilaha ila Allah, Muhammad Rasul Allah”]. Eles realizam os atos de adoração de forma contrária ao Islam.

[1] s.m. (secular+ismo) 1- Regime secular ou laical. 2- Espírito ou tendência secular. 3- Sistema ético que rejeita toda forma de fé e devoção religiosa e aceita como diretrizes apenas os fatos e influências derivados da vida presente; laicismo. 4- Doutrina segundo a qual devem ser excluídos da educação pública e de outros assuntos estatais elementos religiosos.

Fonte: Unicidade Luz

Ali, a Armadura e o Cristão - História Interessante

 بسم الله الرحمن الرحيم

Em Nome Deus, Clemente e Misericordioso
‘Ali, a Armadura e o Cristão

Durante Seu kalifado, ‘Ali Ibn Abu Talib [que Allah se compraza com ele] viu sua armadura com um cristão. Então decidiu levar essa questão legal até Shuraih [o Juiz].

'Ali disse: “Esta é minha armadura, eu não a vendi nem a dei de presente”. Shuraih perguntou ao cristão: “O que você tem a dizer sobre o que o 'Amir dos crentes reclama?”. O cristão respondeu: “Esta é minha armadura, embora eu não considere o ‘Amir dos Crentes ser um mentiroso”. Shuraih então se virou para ‘Ali e disse: “Ó ‘Amir dos Crentes tens alguma prova [da propriedade]?”. ‘Ali riu e disse: “Shuraih está certo, não tenho nenhuma prova”. Shuraih considerou então que a armadura era do cristão. Cristãos a pegou e começou a se afastar caminhando, porém logo depois voltou. Ele proclamou: “Quanto a mim, declaro que essa é a opinião dos Profetas - o ‘Amir dos Crentes mesmo me leva perante o juiz e o juiz deu seu veredicto contra ele! Testemunho que não existe nenhuma divindade digna de adoração, exceto Allah e testemunho que Muhammad é o Mensageiro de Allah. Por Allah, a armadura é sua ‘Amir dos Crentes. Segui o exército quando você estava no seu caminho para a batalha de Siffin e a armadura saiu de seu equipamento”. ‘'Ali disse: “Se você aceitou o Islam a armadura é sua”. E então ele a colocou em seu cavalo.

Ash-Sha’bi [narrador deste incidente] disse: “Fui informado posteriormente por aqueles que viram esse homem lutando contra o Khauarij [junto com ‘Ali] na batalha de Nahrauan”.

Ibn Kathir, Al-Bidaiah ua An-Nihaiah - vol:8 pág: 5.

Fonte: UNICIDADE LUZ

quinta-feira, fevereiro 17, 2011

A Piedade do Rassulullah (S) Pelas Crianças

Em nome de Deus, o Clemente, o Misericordioso

Louvado seja DEUS, o Senhor do Universo. Que DEUS abençoe e dê paz, ao Profeta Mohammad, bem como aos seus familiares, seus companheiros e seus seguidores até o Dia do Juízo Final.

Existem muitos irmão que se sentem perturbados com a presença de crianças na Mesquita. As vezes tomamos até atitudes extremadas com esses pequeninos. Não podemos nos esquecer que não existe novo sem o velho, daí nossa obrigação de orientar nossas criança no caminho do bem, educando-as e preparando-as para a vida neste, e no outro mundo.

As crianças de hoje não são diferentes das criança da época do Profeta (SAAS). Nesse khutb que segue vamos observar que seus netos faziam com Ele, as mesmas coisas que nossos filhos e netos fazem conosco nos dias de hoje. O que precisamos aprender são suas atitudes e o seu amor pelos pequeninos. E não esquecermos que os gritos, as correrias das crianças dentro das Mesquitas são a certeza da continuação da nossa religião, portanto vamos tratá-lass com carinho, amor como nos ensinou o Rassulullah (SAAS).

Vamos ao maravilho artigo de autoria de Sua Eminênca Cheikh Khaled Taky Eldin tradução e adaptação do Prof. Samir EI Hayek.

O Rassulullah (S) nasceu em Makka no ano de 571 da Era Cristã e cresceu órfão, pois perdeu o pai, Abdullah, antes de nascer. Aos seis anos de idade, sua mãe Amina faleceu. DEUS o protegeu e cuidou dele. Ele cresceu na casa de seu avô, Abdul Mutálib e de seu tio Abu Tálib. Por isso, seu coração, desde criança, ficou repleto de piedade, de simpatia e de carinho pelas crianças. Ele ensinou ao seu povo os métodos civilizados e educacionais na sua relação com as crianças. Essas lições serve para toda a humanidade de acordo com as palavras de DEUS, exaltado seja: “E não te enviamos senão como misericórdia para a humanidade.” (21:107).

1 – Cuidar da criança desde o nascimento.

A orientação do Rassulullah (S) foi o de receber a criança entoando o Azan no seu ouvido direito, então o anúncio do início da oração (icáma) no seu ouvido esquerdo. Ele ordenou ao pai da criança de escolher-lhe um belo nome, promover-lhe um banquete e convidar todos os parentes e amigos em agradecimento ao Senhor do Universo.

2 – O Rassulullah (S) ordenou que se instruíssem os filhos

O Profeta (S) considerou as crianças como confiança, e que devem ser instruídas. Deve-se iniciar a instrução com a palavra de “Não há outra divindade além de DEUS e Mohammad é o Rassulullah”. Então empenhar-se em ensinar-lhes o Alcorão, a leitura e a escrita e os outros conhecimentos que lhes são úteis tanto nesta vida como após as suas mortes.

3 – O Saudar as Crianças

Era seu costume (S) saudar as crianças quando as encontrava nas ruas. Ele lhes demonstrava carinho. Jábir Ibn Sámura (R) relatou: “Pratiquei a primeira oração com o Rassulullah (S). Então ele foi para casa, e eu fui com ele. Ele foi recebido por duas crianças de Madina. Ele começou limpar-lhes os rostos um a um. Disse: “Quanto a mim, ele limpou o meu rosto e verifiquei que sua mão estava fria e cheirosa, como se a tivesse tirado de vasilha de um perfumista.” (Tradição narrada pelo Tabaráni).

4 – O Brincar com as Crianças

O Rassulullah (S) era carinhoso com as crianças em geral. Ele era para os seus netos, Hassan e Hussein o melhor pai e avô. Quando ele ingressava na oração e se prostrava, os seus netos, Hassan e Hussein montavam em suas costas, Quando alguém dos companheiros do Profeta quisesse vedá-los o Profeta (S) sinalizava-lhe para deixá-los. Abu Huraira (R) relatou: “Costumávamos praticar a Oração da Noite com o Rassulullah (S). Quando ele se prostrava, O Hassan e o Hussein pulavam nas costas dele. Quando ele erguia a cabeça, ele os pegava com a mão por trás suavemente.. Colocava-os no chão com suavidade. Quando voltava a se prostrar, eles voltavam a pular nas suas costas. Ao ficar sentado, ele os colocava nas pernas dele, um de cada lado.” Abu Huraira disse: “Fui ter com o Profeta (S) e lhe perguntei: ‘Quer que os leve para a mãe deles?’ Ele respondeu: ‘Não!’” (Tradição fidedigna). Anas (R) relatou: “O Profeta era a melhor pessoa quanto à conduta. Eu tinha um irmão que se chamava Abu Umair. Quando o Profeta (S) o via dizia-lhe: “Ó Umair, onde está o Nughair?” (Bukhári) . O Nughair era um pequeno pássaro com quem Abu Umair brincava.

5 – A sua Misericórdia para com as Crianças

Anas Ibn Málik (R) relatou: “Nunca vi alguém mais misericordioso pelos familiares do que o Rassulullah (S)” (Musslim). Buraida (R) relatou: “O Rassulullah (S) estava proferindo o sermão quando o Hassan e o Hussein foram ter com ele, vestindo camisas vermelhas, caminhavam e tropeçavam. O Profeta (S) desceu do púlpito, carregou os dois e disse: “Certamente ‘verdade os vossos bens e os vossos filhos são uma mera tentação.’ (64:15). Eu olhei para aqueles dois meninos caminhando e tropeçando e não consegui esperar. Interrompi o sermão e fui pegá-los.” (Tradição narrada por Tirmizi). Sábit, baseado em Anas (R) relatou: “O Profeta (S) pegou o seu filho Ibrahim, beijou-o e o cheirou.”

Esse carinho ele tinha por todas as crianças que ele encontrava. Anas (R) relatou que o Rassulullah (S) tinha um criado judeu muito jovem. E aconteceu que este adoeceu e, por isso, o Profeta (S) foi visitá-lo na casa dos pais dele; sentou-se próximo à cama, e lhe disse: “Abraça o Islam, e submete-te a Deus!” O jovem olhou para o seu pai, que se encontrava presente, que lhe disse: “Obedece a Abu al Cassem!” Naquele exato momento, o rapaz judeu anunciou o seu testemunho de abraçar o Islam. O Profeta (S) saíu de lá, dizendo: “Louvado seja DEUS, que salvou do Inferno o rapaz!” (Bukhári).

O principal motivo da misericórdia é o de nos ensinar que devemos proteger a criança e proporcionar-lhe a felicidade nesta vida e na Outra. O Profeta (S) censurou veementemente as pessoas que não têm piedade nos seus relacionamentos com as crianças. Abu Huraira (R) relatou que em certa ocasião o Profeta (S) estava beijando o seu neto, Hassan Ibn Áli, sendo que Al Acra Ibn Hábis se encontrava sentado ao seu lado. Al Acra disse: “Tenho dez netos (ou filhos), e nunca beijei a nenhum deles.” O Mensageiro de Deus (S) olhou-o, e disse: “Aquele que não for misericordioso com os demais, não será tratado com misericórdia.” (Bukhári).

Esse é um método educacional muito elevado quanto ao tratamento das crianças, amando-as e tendo carinho por elas para que cresçam com uma personalidade natural, distante dos complexos e dos problemas.

Esse carinho e piedade fizeram o Profeta (S) encurtar a oração quando ouvia o choro de alguma criança. Ele disse: “Eu tenho vontade de prolongar a oração. Quando ouço o choro de alguma criança, eu a encurto para não prejudicar ou forçar a mãe.” (Bukhári).

Essa é uma prova de que as mães levavam as crianças para as mesquitas para aprenderem e se prepararem para o futuro. Indica, também, a misericórdia e a piedade do Rassulullah (S).

6) A Prece do Rassulullah (S) pelas crianças

Certamente, as crianças de hoje serão os jovens de amanhã e os líderes do futuro. Por isso, deve-se fazer prece por elas para que sejam abençoadas e bem sucedidas. São essas palavras que irão colocá-las no caminho da liderança e do comando; Aicha (R) relatou que as pessoas traziam para o Rassulullah (S) as crianças e ele as abençoava e adocicava as suas bocas com tâmaras.” (Musslim).

Ussama Ibn Zaid relatou que o Profeta (S) costumava pegá-lo e ao Hassan e dizia: “Ó DEUS, eu os amo, portanto, ama-os!” (Bukhári),

Com essas belas palavras a criança se acostuma ouvir coisas agradáveis cheias de fé, influenciando isso no seu caráter, fazendo surgir uma geração preparada para o sacrifício e o empenho pela prática do bem, beneficiando as criaturas em todo lugar; uma geração distante das palavras maldosas e da tentação de Satanás.

Por isso, irmão muçulmanos, essa é uma oportunidade excelente para nós conhecermos o nosso Profeta Mohammad (S) e aplicarmos os seus ensinamentos na educação dos nossos filhos.

Peço a DEUS que nos oriente para o que é bom e útil. Finalmente peço perdão a DEUS por mim e por vocês.

“Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele.” 8:24

Asalamo Alaikom WA WB,


Contribuição do irmão: Omar Hussein Hallak - que Allah SW o tenha entre os eleitos.