quinta-feira, março 24, 2011

Qual é o termo correto para denominar as pessoas que abraçam o Islam, Convertido ou Revertido?

Em nome de Deus, o Clemente, o Misericordioso

Queridos Irmãos e Leitores,

Eu sempre sou questionado quanto ao termo aplicado aos irmãos e irmãs que abraçam o islamismo como religião. Eu particularmente utilizava o termo "Revertido" baseado no hadice do Mensageiro de Deus (Allah o abençoe e lhe dê paz): "Toda criança nasce com instinto natural" e o instinto natural é o Islam. Foi assim que aprendi.

Hoje me deparei com um artigo escrito pelo Sheikh Khalid Taky El Din, Secretário-Geral dos Teólogos Muçulmanos do Brasil , e repasso para aos leitores. O texto é um estudo teológico e com sustentação nas fontes legítimas da doutrina islâmica. Que Allah SW tenha misericórdia de nossas almas. Vamos ao artigo:

REVERTIDO OU CONVERTIDO?

Espalhou-se, recentemente, o debate entre os irmãos, que se convertem ao Islam, sobre a utilização do termo “converteu-se” ou “reverteu-se” ao Islam, aplicado ao novo muçulmano. Qual dos termos é o correto?

Há quem diga que deve ser denominado como revertido ao Islam, baseado no hadice do Mensageiro de Deus (Allah o abençoe e lhe dê paz): "Toda criança nasce com instinto natural" e o instinto natural é o Islam.

Se quisermos discutir isso do ponto de vista jurídico e doutrinário, devemos recorrer aos fundamentos da chari’a, aplicando na matéria o que recebemos do Mensageiro de Deus (Allah o abençoe e lhe dê paz) e o que é aceito pelos teólogos muçulmanos.

Ao estudar esse tema, nos livros dos fundamentos, não encontrei nenhum dos sábios muçulmanos que conheço denominando, aos que se convertem ao Islam, com o termo “revertido”.

O que é indicado no hadice do Mensageiro da Deus (Allah o abençoe e lhe dê paz) narrado por Jabir bin Abdullah (que Allah esteja satisfeito com ele): "Vi em um sonho que Gabriel estava próximo à minha cabeça e Miguel aos meus pés, dizendo um ao outro: Dá-lhe um exemplo. Disse: Ouça bem e entenda com o coração; o seu exemplo e de sua nação é o de um rei que adquiriu uma área, então, construiu nela uma casa, em seguida, colocou nela uma mesa servida, em seguida, enviou um mensageiro para convidar as pessoas à sua mesa. Alguns atenderam ao mensageiro, outros deixaram de fazê-lo. Deus é o Rei, a área é o Islam, a casa é o Paraíso e você, ó Mohammad, é o Mensageiro. Quem o atender ingressa no Islam, quem ingressa no Islam ingressa no Paraíso e quem ingressa no Paraíso come o que há nele.” (Al-Albani em Sahih al Jámi’ - n º 2465). O Mensageiro (Allah o abençoe e lhe dê paz) usou o termo ingressar no Islam e não retornar a ele (reverteu).

Esta opinião é corroborada por aquilo que foi registrado nos livros da doutrina e nas tradições de palavras dos sábios a respeito dos que ingressam no Islam, ou que se convertem ao Islam. O seu significado nos livros da doutrina: “Acreditou nele com convicção e submissão”.

Por isso, não vejo nenhuma razão para usar a palavra “reverteu ao Islam”, uma vez que não há prova legítima nem no Livro de Deus, nem na Sunna de Seu Mensageiro (Allah o abençoe e lhe dê paz), nem nas afirmações de qualquer sábio muçulmano. É um termo inventado, sem nenhum fundamento.

Devido à importância deste assunto, desejei chamar a atenção dos irmãos muçulmanos, Deus é Quem ajuda e concede o sucesso.

Sheikh Khalid Taky El Din

Secretário-Geral dos Teólogos Muçulmanos do Brasil

Fonte: http://www.takydin.net/

sexta-feira, março 18, 2011

TERRORISMO NÃO É RELGIÃO - O ISLAM É PAZ, AMOR E TOLERÂNCIA

O que diz o Islam sobre o Terrorismo ?

Uma das distintas características dos tempos em que vivemos é a esmagadora presença da violência em nossa sociedade. É uma bomba que explode num supermercado, ou um avião que desvia, onde indivíduos inocentes são feitos reféns, para aquisição de poder político. Vivemos numa idade onde a manipulação de grupos étnicos e a perda de vidas inocentes se tornaram comuns. Tal é a natureza patente da violência que não se conhecem limites. Esse “terrorismo” é considerado como uma das principais barreiras à paz e à segurança da humanidade.

A palavra terrorismo entrou em uso somente algumas décadas atrás. Um dos infelizes resultados desta nova terminologia, é que limita a definição do terrorismo àqueles atos perpetrados por pequenos grupos ou indivíduos.

O terrorismo de fato é um interesse global e manifesta-se em várias formas. Aos seus autores não cabe nenhum estereótipo. Aqueles que acreditam que vidas humanas são baratas e que têm o poder de prender vidas humanas aparecem em níveis diferentes nas nossas sociedades. Pode ser o empregado frustrado que mata os seus colegas a sangue frio ou o cidadão oprimido de uma terra ocupada que exala a sua raiva fazendo explodir um autocarro escolar cheio de crianças inocentes. Esses são os terroristas que nos provocam raiva e repulsão.

Irônicos são os políticos que usam animosidades étnicas antiquíssimas entre povos para fixar as suas posições. O chefe de Estado que requisita o “O tapete bomba” de cidades inteiras e dos conselhos exaltados que condenam milhões de civis à morte segurando a arma ilegal das sanções, raramente são punidos pelos seus crimes contra a humanidade.

É esta definição estreita de terrorismo que fez com que os muçulmanos fossem associados a atos de destruição e de terror. Em consequência eles próprios tornaram-se vítimas de odiosa violência e de terror. A religião do Islam é dada como responsável pelos atos dos não muçulmanos! Pode ser possível que o Islam, cuja luz terminou com as idades escuras na Europa, seja agora responsável pela idade do terror?? Poderia uma fé que tem cerca de um bilhão de seguidores no mundo inteiro e cerca de 7 milhões na América, realmente ordenar a matança e a mutilação de povos inocentes? Poderia o Islam, cujo o nome próprio representa “Paz” e “Submissão a Deus”, incentivar seus seguidores a trabalhar para a morte e a destruição? É possível?

A santidade da vida humana:

O Sagrado Alcorão diz:

“ …não tirem a vida, que Deus fez sagrada, excepto pela justiça ou lei: assim Deus o comanda, para que raciocineis.” [Alcorão 16:151]
O Islão considera que todas as formas de vida são sagradas. No entanto, a santidade da vida humana é-lhe acordada um lugar especial. O primeiro direito básico dos direitos humanos é o direito de viver.
O Sagrado Alcorão diz:

“ … E se alguém matou uma pessoa – a menos que fosse homicídio ou difusão de corrupção na terra, seria como se matasse todos os povos do mundo inteiro e se alguém salvou uma vida seria como se tivesse salvo toda a humanidade” [Alcorão 5:32]

Tal é o valor de uma única vida humana que o Alcorão, iguala a tomada injusta de uma vida humana com a matança de toda a humanidade. Assim, o Alcorão proibe o homicídio em termos claros. A tomada da vida de um criminoso pela ordem do estado para administrar justiça é exigida para confirmar as regras da lei, a paz e a segurança da sociedade. Somente uma corte apropriada e competente pode decidir se um indivíduo perdeu direito à vida negligenciando o direito à vida e à paz de outros seres humanos.

As éticas da guerra:

Mesmo num estado de guerra, o Islam ordena que se trate o inimigo nobremente no campo de batalha. O Islam extraiu uma linha de distinção entre os combatentes e os não-combatentes do país inimigo. A população dos não-combatentes é referida como mulheres, crianças, o velho, o fraco, etc…

O profeta Muhammad (Que a paz e bênçãos de Allah estejam com ele) Costumava proibir os soldados de matar mulheres e crianças e recomendava-lhes: “ … não mutilem, não traiam, não sejam excessivos e não matem um recém-nascido”

O profeta Muhammad também proibiu a punição com fogo. [3]
Assim, os não-combatentes têm segurança garantida de vida mesmo se o seu país está em guerra com um estado islâmico.

Jihad

Enquanto o Islam for mal entendido no mundo ocidental, talvez nenhum outro termo islâmico evoque reações fortes como a palavra “jihad”. O termo “jihad” tem sido muito abusado, para conjurar imagens estranhas de violência em muçulmanos, forçando povos a submeter-se no ponto da espada. Este mito foi perpetuado ao longo dos séculos de desconfiança durante e após as cruzadas.
Infelizmente, sobrevive até hoje.

A palavra Jihad vem da palavra de raiz “jahada”, que significa esforço. Consequentemente, o Jihad é literalmente um ato de esforço. O profeta Muhammad (paz e bênçãos de Allah estejam com ele) disse que o grande Jihad é se esforçar contra as sugestões insidiosas de sua própria alma. Assim, o Jihad refere primeiramente ao esforço interno da virtude de uma pessoa e da sua submissão a Deus em todos os aspectos da vida.

Em segundo lugar, o Jihad refere o esforço contra a injustiça. O Islão, como muitas outras religiões, permite a autodefesa armada, ou retribuição de encontro à tirania, à exploração, e à opressão.

O sagrado Alcorão diz:

“E por que não deve o Um lutar pela causa de Deus e daqueles que são fracos, mal-tratados (e oprimidos)? - Homens, mulheres, e crianças, cujo o grito é “Nosso senhor! Salvai-nos desta cidade, cujos povos são opressores; e Levantai para nós um que nos protegerá; e Levantai para nós um que nos ajudará! “ [Alcorão 4:75]

Assim, o Islam ordena aos crentes a esforçarem-se ao máximo, a purificarem-se, assim como estabelecer a paz e a justiça na sociedade. Um muçulmano não pode descansar enquando vir injustiça e opressão à sua volta.

Como Martin Luther King Jr. disse:

“Nesta geração, nós temos que nos arrepender, não meramente pelas palavras e as ações detestáveis de pessoas más, mas pelo apelativo silêncio das pessoas boas.”

O Islão ordena acima de tudo os muçulmanos a trabalhar ativamente para manter o contrapeso em tudo o que Deus criou. De qualquer modo independentemente da causa ser legítima ou não, o Sagrado Alcorão nunca desculpa a matança de povos inocentes. Aterrorizar a população civil não pode nunca ser denominado como o Jihad e nunca ser reconciliado com o ensino do Islam.

História da tolerância:

Mesmo os eruditos ocidentais repudiaram o mito de que os muçulmanos forçavam outros a converterem-se. O grande historiador De Lacy O'Leary escreveu: “A história torná-lo claro, que a lenda de fanàticos muçulmanos, varrendo através do mundo e forçando o Islão no ponto da espada em cima de povos conquistados é um dos mais fantàsticos e absurdos mitos que os historiadores têm vindo a repetir.”

Os muçulmanos governaram Espanha por aproximadamente 800 anos. Durante este tempo, até serem forçados a sair, os não muçulmanos estavam vivos e procriavam-se. Adicionalmente, as minorias Judaicas e Cristãs sobreviveram em terras muçulmanas do Médio Oriente por séculos. Os países tais como Egipto, Marrocos, Palestina, Líbano, Syria, e Jordania todos têm ima significativa população Cristã e Judaica.
Isto não é surpresa para um muçulmano, porque sua fé proíbe-o de forçar outro a considerar o seu ponto de vista.

O Sagrado Alcorão diz:

“Deixe que não haja nenhuma obrigação na religião: A verdade está para fora desobstruída do erro: quem quer que rejeita o mal e acredita em Deus, agarrou o mais de confiante punho que nunca quebra. E Deus tudo ouve e tudo sabe. [Alcorão 2:256]
Islam - O Grande Unificador:

Longe de ser um dogma militante, Islão é uma maneira de vida que transcende a raça e a afiliação étnica. O sagrado Alcorão lembra-nos repetidamente de nossa origem comum:

“Oh Humanidade! Nós criá-mo-vos de um único (par), de um macho e de uma fêmea, e fizemo-vos em nações e em tribos, para que se possam conhecer (não para se desprezarem). Verdadeiramente o mais honrado de vós à vista de Deus é (quem é) o mais íntegro de vós. E Deus tem o conhecimento de tudo e tudo Lhe é familiar.” [Alcorão 49:13]

Assim, é a universalidade dos seus ensinos que faz do Islão, a religião com mais rápido crescimento no mundo. Num mundo cheio de conflitos, divisão profunda entre seres humanos, um mundo que é ameaçado com o terrorismo perpetrado por indivíduos e por Estados, Islam é um farol de luz que oferece esperanças para o futuro.

Independentemente da religião que você professa ou culto religioso que você adote, a obrigação maior é ensinar o amor a humanidade. O ódio e a vingança são sentimentos menores que cauterizam a mente e o coração do homem. Vejam o exemplo desse grande lider negro da África do Sul. Ele teria todos os motivos do mundo para odiar os brancos, no entanto esse é o seu pensamento, Alahu Akbar: "

"Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião.
Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar."
(Nelson Mandela).

“Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele.” 8:24.

Há duas formas para viver sua vida:

Uma é acreditar que não existe milagre. A outra é “acreditar, que todas as coisas são milagres”. Eu prefiro ficar com a última frase: e você?

Assalamu Aleikom war matulahi wa baraketu

Fonte: http://www.fambras.org.br/ (Esse eu recomendo)
Hajj Hamzah Abdullah Islam o menor dos servos de Allah!

terça-feira, março 15, 2011

Algumas Provas da Condição de Profeta de Mohammad (SAAS)

O pesquisador da Biografia do Profeta Mohammad (S) irá encontrar provas que atestam a veracidade de sua condição de Profeta, de quatro formas:


Primeira: A sua biografia pessoal e distinta, que surgiu em todas as fases de sua vida. Ele ficou conhecido pela sua excelente conduta, pela sua veracidade e lealdade. Os habitantes de Makka costumavam confiar seus bens valiosos a ele, pela sua total confiança nele. Khadija, filha de Khuailed (R) encarregou-o de suas atividades comerciais devido à sua honestidade, às suas habilidades e o amor que as pessoas nutriam por ele.
Ele ficou famoso entre as pessoas devido ao seu equilíbrio e senso de justiça. Ele foi o homem a quem as pessoas de Makka encarregaram de resolver o impasse que havia surgido entre as tribos coraixitas quando reconstruíram a Caaba e se desentenderam quanto à recolocação da Pedra Negra em seu devido lugar. Foi a sua inteligente solução que apagou o fogo da discórdia entre os habitantes de Makka. Há um consenso entre os historiadores de que ninguém dos maquenses, contemporâneos seus, mesmo entre os seus opositores, pode acusá-lo de mentiroso, ou de traição, ou de loucura. Quando ele os reuniu no monte Safa e lhes perguntou: “Se eu lhes dissesse que atrás dos montes há cavaleiros que estão prontos para atacá-los, vocês acreditariam em mim?” Num uníssono responderam: “Sim! Pois nunca soubemos que é mentiroso.” Aquilo comprovou a sua sanidade, a força de sua personalidade e sua fama de veraz.

Quanto à sua vida fora da profecia, as provas de à sua distinta personalidade são mais marcantes, pois teve uma vida de generosidade e excelente caráter. Seus companheiros o amaram de forma marcante. Eles sacrificaram por ele seus bens e pessoas. Sua vida foi simples, pois levou uma vida de ascetismo neste Mundo.

Esses aspectos demonstravam claramente que ele era dono de uma personalidade humana ímpar, que transmitia confiança em quem o conhecia, levando-o a acreditar que ele foi o Profeta enviado por seu Senhor.

Segunda: O objetivo da missão que ele transmitiu às pessoas. Ela começou sublime e nobre desde o primeiro instante de sua vida missionária. Seu povo lhe ofereceu a liderança, a riqueza, o casamento com as mais belas mulheres árabes. Ele, porém, rejeitou suas ofertas, confirmando-lhes que o seu objetivo era transmitir a religião do Islam a todas as pessoas. O decorrer de sua vida foi a prova da sublimidade e nobreza de seu objetivo. Sua conduta e relacionamento com as pessoas durante a sua missão e após ter Deus consolidado a sua religião em Makka, Madina e as adjacências da Península Árabe, são a prova de que ele não procurava a liderança nem a soberania, mas era um Profeta enviado por seu Senhor. Adi Ibn Hátim, o chefe do clã de Tai, mesmo sendo cristão, conta, influenciado pela conduta do Profeta (S), na primeira vez que o encontrou: “Ele me levou para a sua casa. Por Deus, enquanto estávamos indo para lá, uma senhora idosa o parou no caminho por longo tempo, pedindo-lhe que resolvesse um problema seu. Aquela conduta me fez pensar comigo mesmo que não era conduta de rei.”

Por outro lado, a história não esquece o seu procedimento a respeito dos que o desmentiram, combateram, injuriaram e torturaram seus companheiros, além de tentarem matá-lo, combatendo, perseguindo e matando muitos de seus companheiros. No dia de sua conquista de Makka, ele os tratou com misericórdia e carinho, apesar dos maus tratos deles. Ele lhes perguntou: “O que esperam de mim?” Eles responderam: “És um irmão generoso, filho de um irmão generoso.” Ele, então, lhes disse: “Podem ir, estão livres”, perdoando-os.

Terceira: o exame do que o Profeta (S) nos trouxe

Vamos examinar o Alcorão. O Alcorão foi-lhe revelado como o seu maior milagre. Quais são os aspectos milagrosos do Alcorão?

O Alcorão é considerado um milagre em vários aspectos:

a. Do aspecto literal, de estilo e de eloqüência. Isso se torna claro quando nos recordamos que o seu povo árabe era o mais eloqüente dos povos. Apesar disso, não tiveram coragem de duvidar de sua veracidade, mesmo sendo opositores de sua missão. Mohammad (S) era iletrado, não sabia ler nem escrever; como poderia apresentar um livro com aqueles aspectos milagrosos? Essa questão é a que mais indica que ele é o Profeta enviado por seu Senhor. O aspecto mais milagroso é que o próprio Alcorão desafia os coraixitas, juntamente com os árabes e todas as pessoas, até o Dia da Ressurreição, a apresentarem uma obra semelhante a ele, ou de uma porção semelhante ao que ele possui. No decorrer de quatorze séculos da história, ninguém conseguiu apresentar mesmo um versículo semelhante aos seus versículos. Até o Dia da Ressurreição, o desafio continua de pé para todas as pessoas.

b. Quanto aos seus significados, em que ele informa a respeito do passado desconhecido. Ele informa a respeito das histórias dos profetas (AS). Os judeus, considerados povo do Livro, escutavam o Alcorão e o que ele narra a respeito do profeta Moisés (AS). Apesar disso, não se sabe que algum deles desmentiu as narrativas do Alcorão a esse respeito. Devemos lembrar que Mohammad (S) era iletrado. Deus diz: “E nunca recitaste livro algum antes deste, nem o transcreveste com a tua mão direita; caso contrário, os difamadores teriam duvidado” (Alcorão Sagrado, 29:48). Ele foi enviado a um povo iletrado, não lia nem escrevia. Deus diz: “Ele foi Quem escolheu, entre os iletrados, um Mensageiro da estirpe deles, para ditar-lhes os Seus versículos, consagrá-los e ensinar-lhes o Livro e a sabedoria, porque antes estavam em evidente erro” (Alcorão Sagrado, 62:2). Mohammad (S) morava em Makka e nunca deixou o seu povo. Só efetuou duas viagens á Síria. Uma vez acompanhando o seu tio Abu Tálib, sem ter atingido ainda a puberdade, e outra, acompanhando Maissara, numa viagem comercial, quando estava com vinte e poucos anos. Os seus acompanhantes tiveram conhecimento de todos os seus passos. Durante a viagem ele não se reuniu com sábio algum, nem judeu nem cristão, nem de outro, nem com Bahiri, ou com qualquer outro. Quando o padre Bahiri o viu, reconheceu nele os sinais da profecia e informou o seu tio a respeito, pedindo-lhe que o protegesse dos judeus. Ele não recebeu nenhuma instrução nem de Bahiri nem de outro. Allah, exaltado seja, defendeu o Profeta Mohammad (S), no Alcorão Sagrado, contra os que alegaram que ele recebeu instruções humanas, dizendo: “Bem sabemos que dizem: Foi um ser humano que lho ensina (o Alcorão a Mohammad). Porém, o idioma daquele a quem aludem tê-lo ensinado é o não árabe, enquanto que a deste (Alcorão) é a elucidativa língua árabe” (Alcorão Sagrado, 16:103). O versículo desmente a alegação porque a língua falada pela pessoa aludida era persa e o Alcorão é em elucidativa língua árabe castiça.

Por outro lado, o Alcorão contém refutações aos povos do Livro a coisas que eles inventaram, a exemplo de alegarem que Jesus (AS) foi crucificado, de alguns alegarem que ele é deus, ou que ele é mago, a suas afirmações de que Salomão (AS) era mago, e outras infundadas coisas semelhantes. O Alcorão contém narrativas sobre os profetas (AS) não contidas na Tora e no Evangelho, como por exemplo, a história de Hud, de Saleh, de Xuaib, e de outros. O Alcorão descreve a Ressurreição em detalhe, o aspecto do Paraíso e do Inferno, a recompensa e o castigo, sem que haja nada similar na Tora e no Evangelho.

Quanto ao futuro desconhecido, ele informou que Abu Lahab, o tio do Profeta Mohammad, não iria acreditar na mensagem e morreria incrédulo. Quando isto foi revelado Abu Lahab estava ainda vivo e ouviu a revelação e, apesar disso, não acreditou nem fingiu que é crente para desmentir o Alcorão.

Outro testemunho é a informação sobre os bizantinos. Eles haviam sido derrotados pelos persas, e o Alcorão informou que os derrotariam posteriormente. Os seguidores de Mohammad (S) apostaram com os opositores entre os habitantes de Makka de que aquilo iria acontecer por acreditarem na veracidade da profecia de Mohammad. E de fato aconteceu o que o Alcorão vaticinou, com os bizantinos derrotando os persas, corroborando a informação.

c. Entre os milagres do Alcorão está a harmonia de suas expressões e a variedade de suas sentenças, com uma parte dele corroborando à outra. Se aquilo fosse de outra origem além de Deus, o Altíssimo, suas sentenças seriam diferentes e seus significados se contradizeriam, com uma parte mostrando a inverdade da outra. Deus, o Altíssimo, diz: “Não meditam, acaso, no Alcorão? Se fosse de outra origem que não de Allah, haveria nele muitas disparidades” (4:82).

d. Dentre os milagres do Alcorão está a força de sua influência sobre as pessoas. Ele atinge o coração da mesma forma que a flecha atinge o alvo. Ele domina as mentes como o sol domina as trevas, fato testemunhado pelo amigo e pelo inimigo, além do fato de que as pessoas comuns, além das letradas, ao ouvirem o Alcorão, sentem uma forte atração por ele. Eles sentem que aquilo não é de origem humana. O Walid Ibn Mughira, tio de Abu Jahl, um dos maiores inimigos de Mohammad, ouviu uma vez o Alcorão recitado pelo Profeta (S). Ele disse ao seu povo, os Bani Makhzum: “Ouvi palavras de Mohammad que não são de humanos nem de gênios. São tão doces, tão belas! São palavras frutíferas e abundantes, nada é igual a elas, e nada é superior a elas.”

e. Entre os milagres do Alcorão está o impressionante sucesso dos adeptos do Alcorão por terem-no seguido, atuado de acordo com seus elevados objetivos e os seus sublimes ensinamentos. Ele elevou a comunidade islâmica que se preocupou com a sua pronúncia, o seu significado e a sua adoção. Ele a elevou aos graus mais altos na adoração, na ética e na honra. Eles prevaleceram na terra, apesar de antes terem sido desunidos, extraviados, iletrados e atrasados.

f. O mais importante aspecto do milagre do Alcorão é a sua afirmação quanto as questões do desconhecido, como a crença em Deus, no Dia do Juízo Final, nos mensageiros, nos Livros, com provas racionais e incontestáveis.

Quanto à questão da lei que era divulgada, ele apresenta leis distintas quanto à:

Justiça e equidade. O Islam ordena a prática da justiça e proíbe a prática da injustiça, começando com a proibição da pessoa ser injusta consigo mesma. Por isso, ele proibiu todo tipo de injustiça, mesmo contra os animais.

Proteção dos direitos humanos quanto às suas vidas, sangue, bens, propriedades, famílias, mentes e liberdades.

Distinção de abrangência da lei a todos os aspectos da vida humana, fácil de ser seguida pelas pessoas. Contém a piedade, o amor e a solidariedade. Ela incentiva a excelência de conduta, o amor às pessoas, o ser amado por elas e a convivência harmoniosa com elas.

Piedade mútua entre as pessoas. O rico tem piedade do pobre, do necessitado e do incapacitado. Destina a ele uma parte de seus bens. Abrange os direitos dos pais sobre os filhos, a benevolência do vizinho para com o outro, o relacionamento benevolente entre os parentes.

A avaliação de preferência, no Islam, é quanto ao temor a Deus. Isso torna a vida feliz perante todos. O homem é generoso pelo que possui de piedade e temor a Deus, de sublimes virtudes que ele extrai de sua religião, que tem uma grande influência em sua vida e na vida das pessoas ao seu redor, participando nisso todos, tanto o rico como o pobre.

A lei islâmica convoca a pessoa a ser positiva na sua vida. Ela a incentiva a adquirir conhecimento, a trabalhar, a desejar para as outras pessoas o que deseja para si mesma.

Ela coloca tranqüilidade no íntimo da pessoa; canaliza a sua mente, seus sentimentos e seu corpo para um só objetivo, ou seja, o de satisfazer ao Criador, glorificado e exaltado seja. As leis islâmicas colocam um equilíbrio fabuloso no íntimo da pessoa, e isso reflete na felicidade do muçulmano.

Aquele que verifica as causas do ingresso das pessoas no Islam, da sua crença em Mohammad (S) como Profeta e Mensageiro, principalmente da maioria dos árabes que não tinham conhecimento daquelas informações que constavam dos livros celestiais sobre o seu comissionamento, verifica que eles acreditaram nele devido ao fato de terem comprovado os sinais que atestavam a veracidade de sua condição de Profeta.

Os seus seguidores árabes e não árabes cresceram mais após a sua morte, apesar da maioria não ter tido contato com ele e, mesmo assim, estão em crescimento permanente. Isso aconteceu devido à justiça, da piedade, da facilidade das leis que ele apresentou, e por perceberem as boas influências de sua mensagem em seus seguidores através dos tempos, entre as quais a excelência de conduta.

Peço refúgio em Allah contra o maldito Satanás

“Ó humanos, por certo que vos chegou o Mensageiro com a Verdade de vosso Senhor. Crede, pois, nele, que será melhor para vós. Porém, se descrerdes, sabei que a Allah pertence tudo quanto existe nos céus e na terra e que Ele é Sapiente, Prudentíssimo” (4:170).

“Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele.” 8:24

Asalamo Alaikom WA WB,

As Conseqüências Negativas da Raiva

Em nome de Allah o Clemente e Misericordioso!

Raiva é um sentimento de protesto, insegurança, timidez ou frustração, contra alguém ou alguma coisa, que se exterioriza quando o ego sente-se ferido ou ameaçado. A intensidade da raiva, ou a sua ausência, difere entre as pessoas. Joanna de Ângelis aponta o desenvolvimento moral e psicológico do indivíduo como determinante na maneira como a raiva é exteriorizada.

A raiva também pode ser um sentimento passageiro ou prolongado (rancor) e a expressão da irritabilidade e agressão humana. Outros nomes como fúria, ira, cólera, ódio, crueldade, etc. aplicam-se à distintas formas ou modulações desse sentimento que enquanto expressão do instinto de agressão é extensível aos demais vertebrados

Diferentes origens :A raiva pode ter diversas origens, tais como:

O desejo de vingança: Quando alguém foi de alguma forma insultado, ou prejudicado por outra pessoa, e sente o desejo que ela sinta o mesmo que está sentindo.

A inveja: Uma pessoa pode sentir raiva de outra pelo fato desta ter algo que aquela gostaria para si, no entanto, como não possui recursos próprios para adquirir estes objetos de desejos, e pela sua imaturidade moral, passa a sentir raiva de quem os têm.

O ego: Uma pessoa pode sentir raiva de uma outra pelo fato desta ter afrontado ou ridicularizado o seu ego. A raiva, neste caso, é uma tentativa de proteção ao impor-se uma postura agressiva diante da afronta.

O instinto de superioridade: Uma pessoa que no seu íntimo tem a falsa percepção de superioridade em relação aos demais, quando se vê em uma situação em que não é compreendida ou aceita como gostaria que o fosse, utiliza-se da raiva como mecanismo de evasão dos seus instintos violentos, afligindo a todos que encontram-se ao seu lado.

A família: Pode ocorrer quando os pais não dão a devida atenção aos filhos, desinteressando-se pelos problemas que venham a afligir a prole. Inconscientemente o indivíduo começa a ressentir-se, o que ao longo dos anos pode gerar raiva acumulada.

O trânsito: Segundo Joanna de Ângelis (2005), é bem comum acidentes automobilísticos devido a "raiva malcontida" de motoristas que não se conformam em serem ultrapassados por outros carros, e ao invés de facilitar a ultrapassagem terminam expondo o outro automóvel a perigos que podem resultar em um acidente.

Conseqüências
Estilização de um rosto expressando raiva, muito usado em quadrinhos e na Internet.A raiva é como uma doença que vai corroendo de dentro para fora, e que causa diversos prejuízos físicos, mentais e espirituais para o próprio enfermo e para as pessoas que a este acompanham.

Como conseqüências da raiva podemos ter:

A violência verbal.

A violência física.

O Ódio, que consiste numa ênfase de raiva, que geralmente dura mais tempo e acompanha um desejo contínuo de mal a alguém.

O comportamento agressivo, que se dá quando o indivíduo assume uma postura contínua de mau humor e raiva, pode ter sua origem em pequenas frustrações que no decorrer da vida se acumulam, e que não foram superadas através de diálogos compreensivos e do perdão ao próximo e a si mesmo.

O perdão consiste em desistir de qualquer ressentimento quando se é, de alguma forma, prejudicado. Por isso existe quem considera o ato de perdoar como uma possível "cura" para a Raiva.

No corpo humano a raiva gera problemas no sistema nervoso central, disfunção das glândulas de secreção endócrina, distúrbios no aparelho digestivo e desequilíbrio psicológico.

Sendo a Religião Islâmica um código de vida completo não poderia se furtar a esse assunto. Vários sábios emitem sua opinão a respeito, e , todos são unânimes, de que quando a intelegência humana é aplicada devidamente o .da raiva é soprepujado. Vamos ver o que nos diz esse Imam (líder de uma comunidade islâmica) a respeito

O papel da inteligência na comunicação humana

Allah, Exaltado seja, confirma a necessidade do estabelecimento de relações entre os indivíduos, comunidades e nações, apesar de sua diversidade. Além disso, devemos basear essas relações na racionalidade, no diálogo, bem como na prática, na intelectualidade, espiritualidade e na comunicação, longe de qualquer forma de tensão e agitação que só iria complicar ainda mais as questões, assim, Allah eliminou as tensões do fanatismo, separação e desacordo para com a sociedade.

O Islam se esforça para evitar a raiva, tanto quanto possível, e tenta contê-la, pois se isso não ocorrer, passam a destacar os resultados diversos da raiva e as repercussões por ela causadas, especialmente quando se transforma em raiva descontrolada, tendo em mente que a raiva resulta na queda do valor mais importante do homem, o intelecto, pois é narrado que o mensageiro de Allah (saas) disse: "O intelecto distingue o homem", e é narrado que o Imam Ali (as) disse: “O intelecto é o mensageiro da verdade”, é o meio para alcançar o paraíso.

A raiva e a loucura
Várias tradições descrevem a raiva como um caso de insanidade temporária. O Imam Ali (as), disse: "Proteja-se contra a raiva, pois o seu início é a loucura e seu fim é o remorso." O Imam Ali (as) disse: "Aquele que é capaz de fazer o certo é aquele que evita a raiva", e é narrado que o Imam Assadeq (as) disse: "Aquele que não controla sua raiva não controla sua mente."

Portanto, a raiva abre as portas do mal amplamente, como o Imam Assadeq (as) disse: "A raiva é a chave para todo o mal". Além disso, a raiva divulga todos os defeitos ocultos, como o Imam Ali (as) disse: "A raiva é o pior inimigo, que revela falhas, e aproxima-se do mal e distancia do bem." Um poeta também disse: “Para saber os profundos segredos do seu amigo, deixe-o com raiva Pois existem duas maneiras de divulgar segredos: a embriaguez e a raiva."

A raiva é um mal
A raiva provoca vários efeitos negativos, incluindo o de arruinar a vida do homem, da sociedade e da nação, pois é narrado que o Imam Ali (as) disse: "A raiva é um mal, quando desencadeado, ela irá destruí-lo", e o Imam Assadeq (as) disse: "Em verdade, a raiva é uma faísca acessa por satanás no coração humano." Mesmo aquele que goza de sabedoria e tolerância perderia sua posição uma vez que a raiva o dominasse, pois o Imam Assadeq (as) disse: "A ira aniquila o coração do sábio."

Para provar isso, não é necessário fazer estatísticas extensas, pois é suficiente visitar os tribunais e analisar as razões por trás dos casos de divórcio, visitar as prisões para descobrir as causas dos problemas de assassinatos e agressões, e observar o que acontece entre os vizinhos e entre as pessoas nas ruas. Vamos descobrir que a raiva tem um papel significativo em toda essa confusão e nos problemas que controlam a nossa realidade.

Eliminar as causas da raiva
Na verdade, há uma grande necessidade de eliminar todas as causas que podem levar a estados de raiva e agitação, sabendo que tais estados podem se impor sobre a realidade do homem, como um resultado da atmosfera circundante, seja na política, segurança, economia, ou mesmo na saúde. O homem necessita de uma forte vontade que o leve para longe dos estados de agitação e de raiva, o que lhe permite analisar o melhor caminho para enfrentar essa realidade.

As tradições enfatizam que é importante o homem possuir a capacidade de reter a sua ira se uma determinada situação irritá-lo, o que significa que ele não deve deixar sua ira definir as suas palavras e comportamento com os outros, por conseguinte, as tradições consideram que o homem forte é aquele que controla sua raiva. Certa vez, o mensageiro de Allah (saas) passou por um grupo de pessoas envolvidas em uma competição de levantamento de uma pedra pesada. Ele perguntou-lhes sobre ela, e eles responderam que queriam saber quem era o melhor.

O mensageiro de Allah (saas) disse: "Devo dizer-lhe quem é o mais forte?! É aquele que se contenta, e que não vai deixar o seu prazer conduzi-lo ao pecado. E aquele que mesmo irritado não deixará de ser justo”. E foi narrado que o Imam Baqir (as) disse: "Aquele que reprime sua raiva, mesmo depois de ter poder (de retaliação), Allah encherá seu coração com fé e o salvará do terror do Juízo Final". Nós concluímos que o ato de não retaliar é um dos significados do temor a Allah, pois é narrado que o Imam Ali (as) disse: "Quem teme a Allah não irá desencadear sua ira".

Sublime moral
O Imam Ali Bin Al-Hussein (as) demonstrou espiritualidade, quando um homem veio até ele e lhe disse que alguém tinha dito coisas impróprias sobre ele e tinha o amaldiçoado, ouvindo isso o Imam disse: "Vamos resolver isso." Em sua trajetória, o Imam recitava o seguinte verso: "E aqueles que reprimem a (sua) a raiva e perdoam, Allah está com ele, porque Allah ama os benfeitores." Quando o Imam (as) se aproximou, o homem ficou com medo, porém, o Imam o tranqüilizou e disse: "Se o que você disse é verdade, então eu peço a Allah que me perdoe, mas se não for, então Allah poderá perdoá-lo." O homem disse: "O que eu disse não é verdade, por isso peço a Allah que me perdoe". Este homem passou a ser uma das pessoas mais leais ao Imam Sajjad.

Devemos assumir o controle e não deixar a raiva penetrar em nossas mentes e vidas. Além disso, não devemos permitir que aqueles que visam incitar conflito político e religioso entre nós tenham sucesso, pois eles iriam explorar o estado de tensão e ansiedade nas nossas sociedades, e tentar elevar o nível dessas tensões em todos (os individuais e os sociais).

Nós só conseguiremos enfrentar tal realidade se recorrermos à força de vontade, e tratando-se mutuamente sobre o fundamento do direito e da paciência, e frustrando as tentativas de incitar dissensões, apesar das tensões e, desse modo garantir e preservar os seus direitos e fazer florescer a sua vida. E só então, nossa mente seria capaz de pensar corretamente e com clareza e a fé iria controlar a nossa realidade e toda situação, e nós seríamos capazes de agir em virtude de um plano, através do qual nós seríamos capazes de saber mover, o que garante o nosso sucesso neste mundo e no outro.

Assalamu Aleikom war matulahi wa baraketu

 Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/Raiva_(sentimento)- Alcorão e Sunnah

segunda-feira, março 14, 2011

MUITO CUIDADO AO JULGAR ALGUÉM

 Louvado seja ALLAH, Senhor do Universo. A ELE agradecemos, imploramos ajuda, a Ele retornamos arrependidos e solicitamos orientação. Testemunho que não há divindade a não ser ALLAH, Único e sem associados. Rogo a Deus que tal testemunho nos livre do fogo infernal. Profeta Mohammad (saaws) .

O Profeta Muhammad SAAS disse:” De cada três juízes dois já está no Inferno”

Como muçulmanos, a suposição padrão que devemos ter sobre as outras pessoas em qualquer assunto é que eles estão livres de culpa. O Islam Exige Justiça e imparcialidade quando se trata de julgar os outros.

Allah disse: “E quando falardes, sede justos, ainda que se trate de um parente”. [Surah Al-An’aam 6: 152].


Allah também disse: “Ó vós que credes! Sede perseverantes na causa de Allah e prestai testemunho, a bem da justiça; que o ódio aos demais não vos impulsione a serdes injustos para com eles. Sede justos, porque isso está mais próximo da piedade, e temei a Allah, porque Ele está bem inteirado de tudo quanto fazeis”. [Surah Al-Ma-idah 5: 8].

Não é correto que uma pessoa acuse alguém de algo errado, exceto com pleno conhecimento e provas concretas. É proibido basear um julgamento contra alguém através de conjecturas, boatos ou suspeitas.

Allah diz: “Ó vós que credes! Quando um perverso vos trouxer uma notícia, examinai-a prudentemente, para não prejudicardes ninguém por ignorância, e logo ficardes arrependido do que fizeste”. [Surah Al-Hujjurat 49: 5].

Allah também nos adverte: “Ó vós que credes! Evitai tanto quanto possível a suspeita, porque algumas suspeitas implicam em pecado”. [Surah Al-Hujjurat 49: 12].

Nos casos em que alguém se vê obrigado a mencionar as falhas de outra pessoa, é melhor falar dos pontos positivos dela. É um erro dar uma importância exagerada nos defeitos da pessoa e aumentar suas falhas, especialmente se o erro foi cometido de forma honesta ou em um assunto onde a verdade não estava 100% clara.

Se o erro de uma pessoa é claramente manifesto e provado de forma sólida, então não é errado alertar as pessoas contra o erro e esclarecer a verdade. No entanto, essa correção deve ser realizada de forma adequada, de uma forma suave que não afugente as pessoas. O erro em si deve ser corrigido, nada mais que isso e não se deve aprofundar nele. Por exemplo, a pessoa que cometeu o erro não deve ser acusada de ter más intenções ou um motivo maléfico.

Al-Dhahabi, falando sobre os equívocos dos sábios, disse o seguinte: [Siiar Al-‘Alam Al-Nubala 14/374]:

“Se fôssemos desacreditar todas as pessoas que cometessem um erro de julgamento ou declarar essas pessoas como inovadores – pessoas que são essencialmente de boa fé e que sinceramente buscam a verdade – então dificilmente algum de nossos sábios seriam poupados”.

Falando sobre Qatadah – o ilustre sucessor – ele disse [Siiar Al-‘Alam Al-Nubala 2/271]:

“Ele foi quem afirmou o livre arbítrio humano ao ponto de negar Decreto Divino sobre as ações humanas. Pedimos a Allah que nos proteja de tais idéias. Por outro lado, nunca ninguém duvidou o mínimo que fosse de sua honestidade, sua integridade ou do poder de sua memória. É bem possível que Allah o perdoe e goste dele, mesmo tendo caído em certas idéias inovadoras, mas sem que tivesse nenhuma outra intenção a não ser glorificar Allah e deixá-LO sempre acima de todos os assuntos (dos maus atos que a pessoa comete). Allah é o juiz justo e misericordioso para com Seus servos, e Allah não será questionado sobre aquilo que Ele faz.

Devemos ter em mente que as pessoas de conhecimento, inteligência, integridade e devoção – que são meticulosos em investigar questões e que freqüentemente estão corretos nas suas conclusões – devem ser perdoados quando erram devido a seus julgamentos.

Suas boas qualidades e seu bom trabalho não devem ser descartados. Naturalmente, nós não seguimos aquilo que é comprovadamente um erro, independentemente de onde veio este erro. No entanto, nós não usamos isso para desacreditar o bem que uma pessoa tenha feito”.

E Allah sabe mais sobre todos os assuntos. (Alahu Walam)

Assalamu Aleikom war matulahi wa baraketu!

A INVEJA E A HIPOCRISIA SÃO CHAVES DO INFERNO

Em nome de Allah o Clemente e Misericordiso

Louvado seja Allah. Nós Lhe agradecemos e buscamos a Sua ajuda e diretriz. Buscamos refúgio junto a Ele quanto aos malefícios das nossas almas e as maldades das nossas ações. Àquele a quem Allah encaminhar, ninguém o pode desviar, e quanto àquele a quem desviar, ninguém pode pô-lo no caminho certo. Presto testemunho de que não há outra divindade além de Allah, Único, sem parceiros. Presto testemunho de que Mohammad é o Seu servo e mensageiro.

Queridos irmãos e caros leitores no mes do Ramadan de 2009 publicamos uma matéria cujo nome é " O fogo do Inferno é Real". Esse artigo tratava entre outros assuntos da hipocrisia e da inveja, que são sentimentos nocivos desenvolvidos nos seres homanos e que poderão com certeza nos levar ao inferno. Por isso nunca é demais repetir esse assunto.

É relatado que Muhammad ibn Sirin [que Allah tenha misericórdia dele] disse:
“Nunca invejei algo de ninguém. Se uma pessoa estará no Fogo, como poderia eu invejá-la devido algum assunto mundano quando ela esta destinada ao Fogo?! E se ele vai ao Paraíso, como poderia eu ter inveja de um homem do Paraíso com quem Allah, Glorificado seja está comprazido?!”

Muslim disse: “Nunca tínhamos ouvido nada melhor do que estas palavras de Ibn Sirin”.

Com certeza a inveja é um dos piores sentimentos que o ser humano pode trazer em sua existência. Acredito que as pessoas mais abomináveis aos olhos de Allah SW são os invejosos e os hipócritas. Com certeza os incrédulos são preferíveis a eles.

Essa duas classes de pessoas (invejosos e hipócritas), se não houver um total arrependimento estão com certeza condenadas ao fogo do inferno.

Queridos irmãos vamos abandonar essas duas práticas, apensa associar alguma outra divindade a Allah SW é mais condenável que elas. E não se esqueçam, o inferno é real.

O Profeta SAAS disse:
“Por aquele em Cujas Mãos está minha alma! Se vocês tivessem visto o que eu vi teriam rido pouco e chorado muito” Os companheiros disseram: “O que você viu oh Mensageiro de Allah?” E ele respondeu: “Eu vi o Paraiso e o Inferno” (Muslim).

No dia da ressurreição o povo do Inferno passará por inúmeras humilhações: Ficarão abaixo do sol que estará a um palmo de suas cabeças durante um dia que durará 50.000 anos. Alguns devido aos seus pecados se afogarão no próprio suor. Passarão sede, fome, medo e desespero. As nações idólatras serão conduzidas por aqueles que adoravam até o inferno, serão acorrentados uns aos outros e arrastados até o inferno. As pessoas serão conduzidas ao inferno em grupos juntamente com aqueles que tiverem a mesma crença, ou seja, idólatras com idólatras, incrédulos com incrédulos, ateus com ateus, judeus com judeus, cristãos com cristãos, budistas com budistas. Allah SWT disse no Quran:

“E os incrédulos serão conduzidos, em grupos, até o inferno” (39:71)
Quando os incrédulos virem o fogo entrarão em desespero, pois acordaram para a verdade que negligenciaram durante toda a vida. Allah SWT disse no Quran:

“E o inferno, nesse dia, for destacado, então o homem recordará; porém de que lhe servirá a recordação!” (89:23).

Verão o inferno, e o inferno estará arrojando faíscas que serão como castelos. Já imaginaram? Faíscas do tamanho de castelos! Ai, pois nesse dia dos desmentidores, dos hipócritas, invejosos etc...

Irmãos para conquistar o Paraíso precisamos ter coração puro, praticar boas ações e amar o próximo como a nós mesmos.

Se a fé é constituída de mais de setenta características, a hipocrisia também possui muitos aspectos.

Abu Huraira (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele) relatou que o Profeta (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele) disse:

“Distingue-se o hipócrita por três características: quando conta algo, mente; quando promete, não cumpre; e quando confiam nele, trai, mesmo que jejue, pratique a oração e alegue que é muçulmano.”

Devido a esse comentário assustador dos corações crentes, o Bukhári compilou que Ibn Abi Malaquiya narrou: “Conheci trinta dos companheiros de Mohammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele). Todos eles temiam que se tornassem hipócritas.”

A respeito disso, Allah diz: “O que vos aconteceu, no dia do encontro dos dois grupos, aconteceu com o beneplácito de Allah, para que Ele testasse os verdadeiros crentes; e testasse também os hipócritas, aos quais foi dito: Vinde lutar pela causa de Allah, ou defender-vos.

Disseram:
 "Se soubermos que irá haver combate, seguir-vos-íamos! Naquele dia, estavam mais perto da incredulidade do que da fé, porque diziam, com as suas bocas, o que não sentiam os seus corações. Porém, Allah bem sabe tudo quanto ocultam” (3:166-167)."

BISMILLAH AL-RAHMAN AL-Rahim•Wassalatu Wassalamu Ala Ashraful Mursaleen

Allahumma Sali Ala Muhammad ua Aali Muhammad
Imploramos a ALLAH (SW), que nos ajude, nos dê uma boa orientação para o benefício do Islã e dos muçulmanos, corrigindo nossos trabalhos, nossas intenções e nossas ações.

Agradecemos a ALLAH (SW) que é o único Allah(SW) do universo.

Que ALLAH (SW), aceite este trabalho, nos dando uma boa recompensa nesta vida e na outra. Principalmente às pessoas que nos precederam nesse trabalho e nos serviram como orientadores! Subhanna Allah!(Louvado Seja Allah(SW)).
"Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele." 8:24
As-salam wa alaykum wa rahmatullahi wa barakatuh

quinta-feira, março 10, 2011

Origem Pagã da Semana Santa [Parte 1]

Em nome de Deus Clemente e Misericordioso!

Queridos irmãos e caros leitores, nosso objetivo ao escrever esse artigo não é confundir e nem semear discórdia. O Islamismo sempre foi tolerante com todos os povos, inclusive no tempo das grandes conquistas. Por exemplo, permanecemos, mais de 800 anos na planície ibérica e jamais impusemos aos portugueses e espanhóis a língua árabe, tampouco a religião islâmica. Agora, também não podemos omitir a verdade e deixar de esclarecer um fato tão relevante para os cristãos católicos e inclusive para os nossos seguidores. Jesus (AS) diz no evangelho segundo João 8:32 " Conhecereis a Verdade e a Verdade vos Libertará", esse é o nosso propósito, a decisão pelo lícito ou o ilícito é particular, por isso Deus Louvado Seja nos criou com livre arbítrio! "Habana atna fidúnia hassanat a fiu arherat hassanat a kena a zarba nar"

Introdução

Jesus representa o elo comum entre as duas religiões com maior quantidade de adeptos no mundo, o Cristianismo e o Islamismo. O estudo da mensagem de Jesus e sua pessoa se baseiam neste vinculo. É nosso desejo que através deste estudo, tanto muçulmanos como cristãos entendam melhor o significado de Jesus e a importância de sua mensagem.

No entanto, para que possamos identificar com precisão a verdadeira mensagem de Jesus, temos que manter um ponto de vista objetivo ao decorrer da investigação. Não devemos deixar que as emoções ofusquem nossa visão e termine nos cegando da verdade. Devemos prestar atenção a todos os temas de maneira racional e separar a verdade da mentira – com ajuda do Todo Poderoso.

Quando vemos a quantidade de falsas religiões e crenças desviadas que existem no mundo e o empenho com que seus seguidores sustentam essas crenças, se torna evidente que essas pessoas não podem encontrar a verdade devido o seu compromisso cego com essas crenças. Seu obstinado apego normalmente não está baseado em um entendimento intelectual dos ensinamentos, mas sim em poderosas influências culturais e emocionais. Dado que foram criados em uma família ou sociedade em particular, agarrando-se assim firmemente as crenças dessa sociedade, crendo que esta contém a verdade.

A única maneira em que podemos encontrar a verdade sobre qualquer coisa é encará-la de maneira lógica e sistemática. Primeiro, devemos pesar as evidências e depois julgá-la mediante a inteligência que Deus nos deu. No mundo material, a inteligência é fundamentalmente o que distingue os humanos dos animais, os quais agem meramente por instinto. Depois de determinar qual é a verdade objetiva, devemos nos comprometer com ela emocionalmente. Sim, há lugar para o compromisso emocional, mas este deve vir depois de uma compreensão racional de todos os assuntos. O compromisso emocional é essencial, dado que é evidência de um verdadeiro entendimento. Quando alguém entende plena e corretamente a realidade do assunto, está preparado mentalmente e espiritualmente para sustentar com força essa realidade.

No Islam é proibido celebrar qualquer festividade ou acontecimento que tenha origens pagãs o que no tenham uma evidência nos textos das fontes do Islam: O Alcorão e a Sunnah.

Disse Allah [significado em português]: “E por dizerem: Matamos o Messias, Jesus, filho de Maria, o Mensageiro de Allah. Ora, eles nem o mataram nem o crucificaram mais isto lhes foi simulado. E, por certo, discrepam a seu respeito estão em duvida acerca disso. Ele não tem ciencia alguma disso, senão conjeturas que seguem. E não o mataram seguramente”. [Surah An-Nissa’ 4: 157]. Ao comparar este versículo do Sagrado Alcorão com as diferentes celebrações realizadas durante a Semana Santa, em especial as da Igreja Católica, o muçulmano e o sincero buscador da verdade, não podem senão desconfiar e questionar a autenticidade destes atos. Um argumento comum apresentado por aqueles que apóiam estas tradições disfarçadas em formas de culto, é que estas não têm relação alguma com o paganismo e que elas estão sustentadas pela Bíblia e a tradição cristã. Também alegam que os muçulmanos e os críticos, ao não acreditarem na autenticidade absoluta da Bíblia, carecem de autoridade para defender os seus argumentos.

É neste sentido que achamos conveniente reproduzir a opinião dos seguidores do cristianismo e da Bíblia que se opõe e debatem por sua vez, com evidências históricas e escrituras consideradas válidas pela tradição judaico-cristã sobre celebração da Semana Santa.

Páscoa, Quaresma, Jejum e Abstinência

Na língua portuguesa, a palavra “Feira” anexa no dia da semana tem sua origem na Idade Média devido à liturgia católico-romana a qual se chamava “Feria”. O domingo é derivado do latim “dies Dominica”, dia do Senhor, considerado o último da semana para os cristãos. Ou seja, o sétimo, quando Deus descansou da criação do mundo. Era no dia da missa [domingo] que havia maior aglomeração de pessoas e, por isso, os agricultores se reuniam em torno da igreja para vender seus produtos - o primeiro dia de feira. O dia seguinte, consequentemente, era o segundo, a segunda-feira. E daí por diante até chegar o sábado, cuja origem é o termo hebraico “shabbatt”. Por iniciativa de Marinho de Dume, que denominava os dias da semana da Páscoa com dias santos em que não se deveria trabalhar, originando os nomes litúrgicos. E “feira” ficou sendo o nome dos outros dias. Essa é a origem dos nomes dos dias da semana no Português.

Mas se olhamos antes dessa mudança na época do português arcaico, vemos que a palavra usada antes da troca era “Venúsia”. Portugal foi o único país do mundo que adotou os dias da semana derivados quase “ipsis literis” do Latim eclesiástico. Os nomes antigos dos dias da semana, dados por outros povos não foram seguidos na língua portuguesa, última das línguas romanas a se formar. Apenas algumas comunidades no século VI, do atual território português, e que falavam um português arcaico, usaram nomes de origem pagã e tais nomenclaturas não chegaram a constituir a língua portuguesa de fato.

A palavra “Venúsia” [Friday em inglês] deriva do nome “Freija” [saxão], a qual era conhecida como deusa do amor, da beleza e da fertilidade pelos antigos pagãos [Fausset, pág. 232, artigo “Fish”]. Seu símbolo de fertilidade era o peixe, considerado sagrado por essa deusa. O peixe era conhecido como o símbolo da fertilidade desde a antiguidade. Da mesma forma também entre os antigos babilônios, os persas, os fenícios, chineses e outros [Dicionário de símbolos]. A própria palavra “Peixe” deriva da palavra “Dag” [hebraico], que significa aumento da fecundação [Fausset, pág. 232]. A razão pela qual o peixe foi usado como símbolo da fertilidade é pelo simples fato de que o peixe tem um alto índice de reprodução. O bacalhau, por exemplo, põe em média nove mil ovos, e outras espécies inclusive colocam de dez mil e até um milhão de ovos por ano. Por esta razão, o peixe tem sido símbolo da fertilidade e foi associado pelos romanos com Freyja, a deusa da fertilidade, cujo dia comemorativo era na sexta-feira. Daí vem à palavra inglesa “Friday”, que significa “Venúsia” no português arcaico e “Sexta-feira” nos dias de hoje; assim começamos a ver o significado das sextas-feiras e dos Peixes.

A deusa da fertilidade era chamada de “Venus” pelos gregos. Sendo deste nome derivado às conhecidas palavras “venérea” de “doença venérea” [Fausset, pág. 232]. A sexta-feira [venúsia no português arcaico] era considerada como seu dia sagrado [Fausset, artigo “Peixe”], porque se acreditava que o planeta Vênus reinava sobre a primeira hora deste dia e por isto era chamado “Dies Veneris” [dia de Vênus]. E para um maior esclarecimento, o peixe era considerado a oferenda consagrada a ela [Fausset, pág. 205]. Vênus e Freyja eram originalmente a mesma deusa e ambas provinham da original deusa-mãe da Babilônia. O peixe era considerado consagrado a Astaroth, o nome sobre o qual os israelitas utilizavam para adorar a deusa pagã [Fausset, pág. 205]. No Egito antigo, Isis era frequentemente representada com um peixe na cabeça.

A Páscoa Pagã

A palavra “Páscoa” aparece na Bíblia. A origem da palavra é “Pascha” [Hebraico “Pessash”; Grego “Páscha”], a festa prescrita por Jeová [Levitico 23: 27-44] como Sábado de Expiação em memória a saída do povo de Israel do Egito. Nas regiões Nórdicas, assim como também na América Latina, o Domingo de Páscoa é celebrado com vários costumes que provém da Babilônia, tais como o de pintar ovos de diferentes cores, estes são escondidos para que as crianças os achem para comê-los. Mas de onde provém este costume? O ovo era um símbolo sagrado usado pelos babilônios! Eles acreditavam em uma velha fábula sobre um ovo enorme que acreditava-se ter caído do céu no Rio Eufrates. Deste maravilhoso ovo – de acordo com essa historia – foi concedida a deusa Astarte. Por isto, o símbolo do ovo chegou a ser associado a esta deusa [no idioma inglês se usa “Easter” para Páscoa] [Fausset, pág. 105]. Da Babilônia – a mãe das falsas religiões – a humanidade se encheu destas crenças e toda a terra recebeu a influência da idéia do ovo místico; por isto encontramos o ovo sendo um símbolo sagrado para muitas nações:

• Os antigos druidas carregavam um ovo como emblema sagrado de sua fé idólatra [Fausset, pág. 108].

• A procissão de Ceres, em Roma, era precedida por um ovo [Enciclopédia das Religiões, de J.G. Forlong, volume: 2 - pág: 13].

• Na religião de mistérios de Baco(Deus do Vinho/Romano, de onde surge as palavra bacanal=orgia) se consagrava um ovo como parte na cerimônia festiva. Na China, até hoje, continua-se usando ovos coloridos em seu festival sagrado.

• No Japão, um velho costume consiste em colorir os ovos sagrados de forma muito brilhante. No Norte da Europa, em tempos pagãos, os ovos eram usados como um símbolo da deusa Astarte [Easter - que significa Páscoa em inglês].

• Entre os egípcios, o ovo é associado ao sol – “o ovo dourado” – [idem, pág: 12]. Seus ovos coloridos eram usados como oferenda de sacrifício durante as festas de Astarte [Crenças Egípcias e pensamentos modernos, de James Bonwick, pág: 24].

• No Brasil encontramos também a colomba pascal, o coelho, a compra de roupas novas e o ovo, porém a partir do Séc. XVIII surgiu o ovo de chocolate na Páscoa, em substituição aos ovos duros e pintados que eram escondidos nas ruas e nos jardins para serem caçados.

Na Enciclopédia Britânica diz: “O ovo, como um símbolo de fertilidade e de renovação da vida, provém dos antigos egípcios e persas, que também tinham por costume colori-los e comer-los durante seu festival de primavera”. [pág: 859, artigo “Easter”].

Da mesma forma, neste caso, foi feita a analogia que da mesma forma que um pintinho sai do ovo, Cristo saiu da tumba! Desta maneira os líderes da igreja disseram a seu povo que o ovo era um símbolo da ressurreição de Cristo. O papa Paulo V decretou uma oração em conexão com o ovo: “Abençoado, oh Senhor, te pedimos, que esta tua criação de “Ovos” seja o sustento para teus servos, comemo-los em memória de nosso Senhor Jesus Cristo”. [As Duas Babilônias, pág: 110].

Fonte: Unicidade e Luz

Saad b. Abi Waccas - SAHABA 34

Em nome de Deus o Clemente e Misericordioso!

“E recomendamos ao homem a benevolência para com os seus pais. Sua mãe o carrega, entre dores e dores, e a sua desmama é aos dois anos. (E lhe dizemos): Agradece a Mim e aos teus pais, porque o retorno será a Mim. Porém, se te constrangerem a associar Mim o que tu ignoras, não lhes obedeças; comporta-te com eles com benevolência neste mundo, e segue a senda de quem se voltou contrito a Mim. Logo o retorno de todos vós será a Mim, e, então, inteirar-vos-ei de tudo quanto tiverdes feito” (31:14-15).

Há uma estória singular por detrás desses versículos do Alcorão Sagrado, uma estória da porfia de emoções conflitantes no coração de um jovem inexperiente. A bondade triunfou sobre a maldade, e a fé sobre a incredulidade. O herói da estória foi um jovem de Makka, do mais elevado status social, filho de pais que eram considerados nobres entre o seu povo.

Esse jovem foi Saad b. Abi Waccas (que Deus esteja aprazido com ele, e que lhe conceda felicidade). Quando a luz da alvorada do Islam se despejou sobre Makka, o Saad era um jovem dócil, de refinada sensibilidade. Era bom para seus pais, e muito apegado à sua mãe, em particular. Não obstante o fato de que ainda não tinha completado dezessete anos, portava consigo o senso de maturidade, e a sabedoria dos “barbas brancas”.

Jamais se sentiu a contento com o tipo de entretenimento aos quais os seus colegas eram atraídos; por exemplo: ele usava sua energia para afiar flechas, ajustar arcos, e praticar a arte de arqueiro, como se estivesse preparando-se para um assunto sério.

Nem tampouco sentia-se a gosto com a falta de religiosidade dos indivíduos e com a desordem social. Vivia com se estivesse a esperar por u’a mão forte e firme, mas gentil, para os tirar das trevas em que se agitavam. Foi da vontade de Deus que tal espera não fosse em vão, pois Ele abençoou toda a humanidade ao enviar-lhes uma pessoa que iria reconstruir adoravelmente a sociedade. Esse homem outro não foi senão o melhor de toda a humanidade – Mohammad b. Abdullah (S), que portava consigo a divina luz que jamais iria extinguir-se: O Alcorão, o Livro de Deus.

O Saad b. Abi Waccas rapidamente respondeu ao chamamento à diretriz e à verdade, pois foi o terceiro ou o quarto homem a aceitar o Islam. Muitas vezes ele iria dizer com orgulho:

Eu fui, por toda uma semana, um quarto do Islam!”

O Mensageiro de Deus (S) ficou grandemente deleitado com a aceitação do Islam por parte do Saad, pois o jovem demonstrava sinais promissores de inteligência e virilidade, coisas que lhe indicavam o potencial quando chegasse à maturidade. A nobre ancestralidade e o elevado status social do Saad eram fatores que iriam encorajar os jovens de Makka a lhe seguirem o exemplo, e a tomarem o caminho que ele escolhera. Em adição, ele estava relacionado ao Profeta (S) pelo seu lado materno, pois procedia dos Banu Zuhra, o povo da Amina b. Wahb, mãe do Mensageiro de Deus (S). O Profeta (S) tinha muito orgulho do seu jovem parente; aconteceu que numa ocasião ele estava sentado com alguns dos seus amigos quando viu que o Saad estava vindo em direção a eles, e disse:

"Esse é o meu primo materno. Será que algum de vós tem um primo igual a ele?”

Porém, a conversão do Saad b. Abi Waccas ao Islam não se deu “em brancas nuvens” O jovem passou por uma experiência estafante, tão extenuante, que Deus, na Sua glória e no Seu poderio, revelou versículos do Alcorão em relação a ela. Iremos aqui permitir que o Saad nos conte a estória do seu singular teste de fé, com suas próprias palavras.

A estória de Saad b. Abi Waccas

Três noites antes de aceitar o Islam tive um sonho no qual eu estava afundando em camadas de escuridão. Enquanto eu estava me debatando entre as ondas, vi a luz da lua, a qual segui. Então vi algumas pessoas na minha frente que alcançaram a lua antes de mim; eram elas o Zaid b. al Háriça, o Áli b. Abi Tálib e o Abu Bakr al Siddik. Perguntei-lhes:

“A quanto tempo estais aqui?”

“Chegamos agora”, responderam.

Quando veio a manhã e eu acordei, ouvi dizer que o Mensageiro de deus (S) estava secretamente convocando as pessoas ao Islam, e me conscientizei de que Deus queria que algo de bom acontecesse a mim, e Ele queria que eu saísse das trevas e fosse para a luz. Assim, saí à procura do Profeta (S), e encontrei-o na garganta da montanha do Jiyad. Ele acabara de fazer a oração do meio-dia, e eu fui até ele e declarei a minha aceitação do Islam. Ninguém me havia precedido na aceitação do Islam, a não ser aqueles a quem vira em sonho.

Quando minha mãe ouviu dizer que eu me havia tornado muçulmano, sentiu-se ultrajada, embora eu sempre tivesse sido um filho adorável e caritativo. Ela veio até mim, e disse: “Que religião é essa que abraçaste e que te faz afastar do culto dos teus pais? Juro por Deus que ou tu deixas essa nova religião, ou eu não comerei nem beberei até que eu morra. Teu coração irá partir-se com ressentimento e remorso quanto ao que fizeste, e as pessoas irão culpar-te por isso para sempre.”

“Não faças isso, ó mãe”, eu disse, “pois nada irá fazer com que eu abandone a minha fé.”

Porém, ela teimou, e começou a pôr em prática a sua ameaça, recusando-se a comer e a beber por vários dias. Logo ela tornou-se fraca e começou a emagrecer. Eu ia vê-la a cada hora, implorando-lhe que comesse e bebesse apenas um pouquinho, e ela repetia seu juramento de não comer nem beber até que morresse, se eu não deixasse a minha religião. Então eu lhe disse:

“Ó mãe, apesar do meu grande amor por ti, eu tenho mais amor por Deus e por Seu Mensageiro. Juro por Deus que se tivesses mil vidas e as fosses perder, uma após outra, nada disso me faria perder minha fé.”

Ao ouvir o quão sério eu estava falando, ela foi forçada a aceitar a realidade e, relutantemente, começou a comer e a beber. Deus, em Seu poderio e majestade, revelou o seguinte:

“Se te compelirem a associar junto a Mim aquilo de que não tens conhecimento, não os obedeças, mas trata-os com benevolência nesta vida.”

Fim da narrativa de Saad

O dia em que o Saad b. Waqqas escolheu para tornar-se muçulmano foi aquele em que aquilo provou trazer uma grande boa sorte para o Islam e para os muçulmanos.

No dia da batalha de Badr, o Saad e seu irmão Umair foram envolvidos num incidente bastante conhecido. Ao tempo o Umair era um jovem que mal tinha chegado à puberdade. Quando o Profeta (S) se pôs a examinar as fileiras do exército muçulmano, antes da batalha, o Umair se escondeu atrás dos outros para que o Profeta (S) não notasse o quão jovem ele era e se recusasse a permitir que ele fosse para a batalha. Mas o Profeta (S) o viu, e se recusou a levá-lo. Umair começou a chorar, até que o Profeta (S) sentiu pena dele e permitiu que fosse.

O Saad foi para perto do Umair, e apertou fortemente o cinto da espada do rapaz, pois este era muito jovem para saber fazer aquilo por si só. Os dois irmãos se puseram a caminho rumo ao jihad pela causa de Deus.

Terminada a batalha, o Saad voltou para Madina só, deixando o irmão Umair martirizado no campo de batalha, e orando a Deus que o recompensasse pela perda.

Na batalha de Uhud, os muçulmanos foram severamente sacudidos e começaram a rarear e se afastar do Profeta (S), até que havia menos de dez homens a rodeá-lo. O Saad b. Abi Waccas permanecia firmente defendendo-o com o seu arco e flecha. Cada flecha que atirava contra os pagãos deixava a sua marca mortal. Quando o Profeta (SAAS) viu quão bem o Saad atirava, encorajou-o, dizendo:

“Atira, ó Saad, atira! Não te trocaria pelo meu pai ou minha mãe!”

Pelo resto da sua vida, o Saad se lembrou, e falava daquilo com orgulho, dizendo:

“Sou o único a quem o Profeta (S) disse que trocaria pelos seus pais!”

O Saad não iria alcançar o pináculo do seu heroísmo senão quando Al Faruk Ômar resolveu desfechar uma guerra contra os persas, coisa que iria abolir o paganismo da face da terra, por meio de destronar o déspota que goverava suas terras, dando um fim ao império. O Ômar enviou cartas para todos os seus governadores, em todas as terras muçulmanas, pedindo-lhes que enviassem a ele, Ômar, qualquer um que tivesse uma arma, um cavalo de guerra, que pudesse prestar assistência, dar conselhos, ou mesmo que fosse destro em poesia ou discursos, para encorajar as pessoas a irem em Jihad.

Delegações de mujahidun (combatentes) começaram a fluir a Madina, vindos de todas as direções. Quando todos se reuniram, Al Faruk se pôs a consultar com os líderes religiosos sobre quem apontar para liderar o exército muçulmano, e todos eles concordaram quanto a uma pessoa: o Saad b. Abi Waccas, “o leão atacante”, como o Ômar o chamava, e lhe deu o estandarte, que era o símbolo da sua liderança quanto ao exército.

Quando o exército estava pronto para partir, saindo de Madina, o Ômar b. al Khattab estava perto deles para lhes dizer adeus, e proferiu para o Saad estas palavras finas de conselho:

“Ó Sad, não te desvies do caminho de Deus ao ouvires as frases ‘o parente do Profeta, e o primo do Profeta’, porque Deus não permite que se cometam malefícios para expiarem malefícios, mas somente boas ações.

“Ó Sad, a única relação que leva a pessoa para perto de Deus é a obediência. O de baixa condição e o de elevada condição não são diferentes aos olhos de Deus, pois que Ele é o Senhor deles e eles são servos Seus. A única coisa que os diferencia é a sua religiosidade, e apenas poderão alcançar o que Deus lhes prometeu por meio da obediência. Leva em consideração como o Mensageiro de Deus constumava se conduzir, pois esse é o único meio de se agir.”

O exército marchou em frente. Na fileiras estavam noventa e nove veteranos de Badr, mais de trezentos e vinte homens que eram muçulmanos desde antes do Juramento de Fealty, em Al Hudaybiya, e trezentos que haviam acompanhado o Profeta (S) quando da retomada de Makka. Havia ainda setecentos jovens que eram filhos dos Comapanheiros.

O Saad dirigiu o exército, até que acamparam em Al Cadisiya. Após três dias de sangrenta e indecisa luta, no último dia da batalha, os muçulmanos resolveram pôr um fim a ela. Eles renderam as forças inimigas e irromperam por entre suas fileiras, gritando:

La ilaha illa Allah! Allahu Akbar!2”


___________________

2. trad. – “Não há outra divindade além de Deus! Deus é Maior!

A cabeça decepada de Rustum, o líder do exército persa, foi erguida pelas lanças dos muçulmanos, e o terror e o desespero crassaram por entre as fileiras dos inimigos de Deus. Foi dito que os muçulmanos tinham apenas que fazer um sinal para os soldados persas, para que viessem ser mortos, oferecendo mesmo suas próprias armas. As riquesas que se tornaram propriedades dos muçulmanos eram sem conta, e os mortos do exército inimigo montavam a três mil homens, daqueles que caíram no rio ou nele pularam, não se contando os que foram virtualmente mortos em batalha.

O Saad viveu uma longa vida, e Deus o abençoou com uma grande riqueza. Quando sentiu que a morte estava próxima, mandou que lhe levassem uma sua velha manta de lã, e disse:

“Enrolai o meu corpo nela e enterrai-me com ela, pois encontrei-me com os pagãos, usando-a, na batalha de Badr, e desejo ir em frente e ser visto com ela por Deus, no Dia do Julgamento.”

*********************************************************

"São aqueles aos quais foi dito: Os inimigos concentraram-se contra vós; temei-os! Isso aumentou-lhes a fé e disseram: Allah nos é suficiente. Que excelente Guardião! Pela mercê e pela graça de Deus, retornaram ilesos. Seguiram o que apraz a Deus; sabei que Allah é Agraciante por excelência." (03: 173-174)


يُرِيدُونَ أَن يطفئوا نُورَ اللّهِ بِأَفْوَاهِهِمْ وَيَأْبَى اللّهُ إِلاَّ أَن يُتِمَّ نُورَهُ وَلَوْ كَرِهَ الْكَافِرُونَ

......Desejam em vão extinguir a Luz de Deus com as suas bocas; porém, Deus nada permitirá, e aperfeiçoará a Sua Luz, ainda que isso desgoste os incrédulos!

Por: Mohamad ziad -محمد زياد

Os Muçulmanos Amam Jesus!

Você que mora no sul do Brasil visite o site: www.islamboy.com.br

duvidas/ informações: info@islamismo.org

quinta-feira, março 03, 2011

SABR (PACIÊNCIA E PERSEVERANÇA) O CAMINHO PARA O PARAÍSO

Em Nome de Allah, O Misericordioso, O Misericordiador

Os Louvores são para Allah, o Louvamos, buscamos sua ajuda e pedimos Seu perdão. Nele buscamos o refugio contra o mal de nossas almas e das nossas más ações . Quem Allah guiar ninguém poderá desviar e a quem Ele desviar ninguém poderá encaminhar. E que a paz e as bênçãos de Allah estejam com o Profeta Muhamad.

Sobre: Sabr (Paciência, perseverança).

Muitas vezes cremos que a palavra paciência é algo puramente teórico, que não podemos transformar a paciência em algo prático, quando isso não é verdade.

Se pararmos para analisar o universo, veremos que ele gira em torno dessa virtude. Ou seja, imaginem, o sabr não está relacionado somente com os seres humanos mas com todo o universo. Todo o universo está embasado nesse preceito. Por exemplo vejamos o feto no útero de uma mãe, ele cresce pouco a pouco, progressivamente. Basta olharmos para nós mesmos, como crescemos dia a dia. Vejamos a semente como ela acaba se transformando em uma planta isso ocorre de forma progressiva e não de uma hora para outra. Entenderam agora como a paciência está relacionada com o universo? Nunca vimos uma semente crescer de repente. Isso precisa de paciência e progresso.

Allah criou os céus e a terra em 6 dias, mas sabemos que Ele louvado e Exaltado seja poderia ter criado em um dia, ou então em um piscar de olhos. Então qual é a lição que tiramos disso? Allah quis nos ensinar através de sua criação dos céus e da terra que tudo nesse universo está baseado na paciência e progressão. Quis nos mostrar que a paciência não é só um ato humano, mas sim de toda sua criação. Ou seja, tudo nesse mundo precisa da paciência. Para ter êxito na vida profissional uma pessoa precisa de anos estudando com paciência, e para ter boas notas com Allah é necessário ter paciência na obediência a Ele.

Os sábios dizem que a perfeição do universo e da religião depende da paciência. Vejamos a construção de um país é possível sem paciência? Tratar bem os pais quando te pedem algo que não gostas, você vai conseguir tratá-los bem sem ter paciência? Vejamos que na grande maioria das vezes as pessoas cometem pecados por não ter paciência para obedecer as ordens de Allah. Por ex. vejamos o exemplo de um drogado, porque ele se droga? porque não teve paciência para suportar determinados problemas que pode ter passado.

Vamos conhecer o verdadeiro sentido dessa virtude. O que significa Sabr (paciência)? Significa refrear e agüentar. Ser paciente significa refrear os desejos da alma nas obrigações religiosas, em como cumpri-las de forma regular. Abster-se dos pecados significa me afastar deles. E nos problemas sabr significa que não se aborrecer nem se irritar nem se enfadar.

Vejamos agora a paciência (Sabr) no Quran :

No Quran foi mencionada a palavra sabr mais de 90 vezes, nenhuma outra virtude foi tão mencionada quanto ela. E sempre vem em forma imperativa dizendo: “Tenha paciência”. A paciência foi mais mencionada no Quran que a sinceridade ou que a fidelidade. Viram o valor da paciência?

 Allah disse:

“Amparai-vos na paciência e na oração.” (Sura al Bacara aya 45)


Vocês querem estar abaixo da proteção de Allah? Tenham paciência. Tenham medo de cometer pecado? quer se aproximar de Allah? Então tenha paciência, tendo paciência e obedecendo a Allah conseguirá, porque Allah está com os pacientes.

Allah disse também:

“Certamente que vos poremos à prova mediante o temor, a fome, a perda dos bens, das vidas e dos frutos. Mas tu (ó Mensageiro), anuncia (a bem-aventurança) aos perseverantes” Al Bacara 155

Quem está dando as boas-novas? Allah está dando as boas novas. É como se Allah dissesse: Oh Paciente alegre-se!

“Apenas os que pacientam serão recompensados, sem conta, com sua recompensa!” 39:10

Ou seja, sem calcular. Porque será que excepcionalmente os pacientes serão recompensados sem computo? Porque não reprovaram a Allah quando lhe submeteu a uma prova dura, nem pediram explicação do porque Allah lhe destinou tal coisa. Então Allah não irá julgá-los no dia do juízo porque aceitaram o destino que Allah lhes prescreveu na vida terrena, então Allah lhes recompensará com a vida eterna. Só Allah sabe a recompensa pela paciência, sua recompensa é ilimitada.

Allah ama os perseverantes.” 3:146

Allah ama os pacientes. Seremos pacientes? Deixaremos o haram e teremos paciência para seguir as ordens de Allah?

“E designamos líderes dentre eles, os quais encaminham os demais segundo a Nossa ordem, porque perseveraram e se persuadiram dos Nossos versículos”. 32:24

Allah nos indica que a liderança conseguiremos com paciência e confiança em Allah! Como reconstruiremos a nossa Ummah ? Só com a paciência, paciência na adoração, paciência em resistir aos pecados, em suportar os problemas e as desgraças e ter fé firme em Allah.

Ao contrário, quem pacientar e perdoar, isso é da firmeza indispensável em todos os assuntos”.42:43

Em muitos versículos do Alcorão Allah exorta Seus mensageiros e os crentes a terem paciência.

“Pacienta, pois, como pacientaram os dotados de firmeza, entre os mensageiros” 46:35

“Ó fiéis, pacientai e perseverai na paciência, e sede constantes na vigilância e temei a Allah, na esperança de serdes bem aventurados” (23:200).

Temos que fortalecer nossa paciência irmãs, porque uma das coisas mais odiadas por Allah é falta de sabr.

 “Pacienta, pois (ó Mensageiro), até ao juízo do teu Senhor, e não sejas como aquele que foi engolido pela baleia (Jonas), quando, angustiado, (Nos) invocou.” 68:48


Se a gente for olhar a historia dos profetas narradas no Quran tiraremos muitas lições sobre o Sabr. Por ex: vejamos na sura Hud:

“Pacienta, pois, porque a recompensa será para os tementes.” 11:49

Isso é porque Allah nos diz que devemos ter paciência porque o triunfo é para os que temem a Allah, e se te agrediram tenha paciência porque triunfará ao final. Nós não iremos triunfar se não tivermos paciência na verdade.

“Porém, aqueles que creram que deveriam encontrar Deus disseram: Quantas vezes um pequeno grupo venceu outro mais numeroso, pela vontade de Deus, porquanto Deus está com os pacientes!” 2:249


Logo vem o versículo : “E com a vontade de Deus os derrotaram” 2:251

Allah nos ensina na Sura Al Anfal :


“Se entre vós houvesse vinte perseverantes, venceriam duzentos, e se houvessem cem, venceriam mil dos incrédulos, porque estes são insensatos” 8:65

Para que vinte vençam 200 precisamos ser dos pacientes. Conseguiremos deixar os pecados? Seremos pacientes nas nossas obrigações para com Allah? Seremos pacientes com nossos pais ?

Os profetas e, com eles, quantos grupos lutaram pela causa de Deus, sem desanimarem com o que lhes aconteceu; não se acovardaram, nem se renderam! Deus aprecia os perseverantes” Sura 3:146

Para que consigamos a vitória do islam precisaremos da paciência.

Vejamos os ditos do Profeta SAAS sobre a paciência:

O Profeta SAAS disse: “A paciência é a luz”

Porque o Profeta SAAS optou por essa descrição? Porque descreveu o sabr como luz? Porque as crises que passamos nas nossas vidas são escuras. Perder o pai ou a mãe, ou então uma parte do corpo te coloca numa depressão até que passamos a ver tudo escuro. Os pecados também são escuridão. De onde vem a luz que te tirará dessa escuridão? Da paciência. Por isso devemos aprendê-la e aplicá-la.

O Profeta SAAS disse: “Um servo de Allah não recebeu um dom maior do que a paciência”. Não há um dom maior nessa vida do que ser paciente.

O Profeta SAAS disse:

É admirável o caso do crente, pois tudo é bom para ele; e isso não ocorre com ninguém mais a não ser o crente. Se for objeto de um bem agradece e isto é um bem para ele. E se sofre uma desgraça se arma de paciência e isto também é um benefício para ele.” Ou seja, na hora da felicidade agradece a Allah e na desgraça é paciente e se aproxima ainda mais de Allah.

Existe um significado precioso dentro dos nomes de Allah. Um dos nomes de Allah é As Sabur (O Mais Paciente). Se não houvesse nenhuma outra virtude na paciência, bastaria para ela estar entre um dos 99 atributos de Allah. Não se trata de uma paciência normal, quer dizer uma paciência duradoura. E uma paciência que não se compara com a humana, é uma paciência divina que demonstra a Majestade de Allah.

O Profeta SAAS disse: “Não há ninguém mais paciente sobre o mal dos servos do que Allah, pois lhe associam um filho e ele mesmo assim lhes provê sustento.” Allah é Único. Quem pode ser mais paciente com seus servos do que Ele?

Ás vezes a gente reclama e se enfurece dizendo: “A fulana falou mal de mim”. Olhemos a paciência de Allah com tudo que Lhe atribuem, sendo que Ele poderia facilmente castigá-los. Allah os vê, os ouve, é o Eterno, Dono da Soberania, Aquele que quando ordena que qualquer coisa exista, obedece.

Olhem a paciência de Allah SWT. Hoje somos 6 bilhões de seres humanos. Quantos deles são verdadeiros crentest; se dissermos 300 mil seria até exagero. Então porque Allah SWT não destrói o mundo? Porque Ele é o As Sabur (O Mais Paciente) e Al Ghafur (O Perdoador).

Imaginem...Todas as criaturas condenam o que os seres humanos estão fazendo. Todos os dias o mar diz: “Oh Allah me de permissão de afogar todos os filhos de Adão porque comem do Teu sustento e adoram a outro”. As montanhas dizem: “Oh Allah me de permissão de me derrubar em cima dos filhos de Adão porque comem do Teu sustento e adoram a outro” A terra diz: “Oh Allah permita-me engolir os filhos de Adão, porque comem do Teu sustento e adoram a outro

E Allah SWT responde: “Deixem eles, se vocês tivessem criado eles teriam misericórdia deles.”

Em verdade, Deus sustém os céus e a terra, para que não se desloquem, e se se deslocassem, ninguém, que não fosse Ele, poderia contê-los. Em verdade, é Tolerante, Indulgentíssimo.”35:41

Por isso habibina Muhamad SAAS tinha razão ao dizer: “Não há ninguém mais paciente sobre os mal de seus servos do que Allah”

Se Allah ama essa virtude, porque não adaptá-la na nossa vida?

Os Ulamah dizem que a paciência é a metade da crença. O que significa a fé senão obedecer aos mandamentos de Allah e se afastar dos pecados? E o que significa a paciência senão ser paciente com as obediências , se afastar dos pecados e aceitar o destino designado por Allah. Não é metade da crença? Portanto nos momentos bons agradeça a Allah e nas desgraças e problemas seja paciente. A metade da crença é o agradecimento e a outra metade é a paciência. Por isso se diz que devemos adorar a Allah nos bons e maus momentos. Se cumprirmos com essas 2 adorações seremos verdadeiros servos de Allah.

Allah diz :

Nisso há sinais para todo o perseverante, agradecido.”14:5

É como se a fé fosse um corpo cuja cabeça é a paciência se cortares a cabeça morre o corpo. Viram o valor da paciência?

Que tipo de paciência devemos ter? É a bela paciência.

Então, pacienta (ó Mensageiro), com bela paciência !”70:5


O Profeta Ya’cub pai do profeta Yussuf (AS) disse:

Então, não me cabe senão uma bela paciência! Allah me será o Auxiliador, acerca do que alegais.” 12:18”

O que é a bela paciência? Porque o adjetivo bela está junto?

É a paciência sem aborrecimentos, nem irritação, nem protestos. Mesmo sem dizer nada, se teu coração fica se perguntando: “Porque aconteceu isso?” Isso é um sinal de uma má paciência.

A bela paciência é aquela sem cara feia. É aquela na qual nos satisfazemos com o que Allah nos decretou. É claro que o coração sofre e que os olhos choram, somos humanos, mas o coração deve ser paciente por dentro.

Outro significado para bela paciência é aquela paciência na qual somos positivos. Fazemos aquilo que está ao nosso alcance e somos positivos. Ou seja atuamos e somos pacientes da mesma forma.

Quais são os tipos de Paciência? São três:

- Paciência perante os pecados


- paciência para as obediências


- paciência perante o decretado por Allah e as desgraças.


Quem reunir esses 3 tipos terá completado sua paciência.


Tem pessoas que são muito forte perante as desgraças, mas perante o pecado é fraco. E tem aqueles que perante as obrigações e os pecados é forte, mas perante as desgraças é fraco.

O mais perfeito é aquele que cumpre os mandamentos de Allah e se arma de paciência ao mesmo tempo. Se completares a tua paciência terás completado metade da tua fé. E nesse momento verás a tua posição:

“Apenas os que pacientam serão recompensados, sem conta, com sua recompensa!” 39:10

O que é melhor? Ter paciência diante dos problemas e desgraças ou ter paciência ao seguir as obrigações e se afastar do pecado?

O fato de ter paciência com o cumprimento dos mandamentos e a resistência perante os pecados é mais valoroso perante Allah e mais perfeito.

Isso porque a paciência com as desgraças é obrigatória, a pessoa não tem outra opção. Enquanto que a paciência nas obediências e resistência dos pecados é algo opcional. Sou eu quem decido se faço ou não tal haram. Então qual é a mais perfeita paciência: A do Profeta Yussuf (José) As no qual foi paciente e preferiu a prisão ao invés de cometer pecado que a esposa do seu chefe lhe incitava ou então a paciência do Profeta Ayyub (Jô) que ficou doente, perdeu sua riqueza e seus filhos.

A resposta é a paciência de Yussuf, porque foi ele quem preferiu o cárcere ao invés do pecado, resistindo a ele.

Então, porque a paciência com as obrigações e resistindo aos pecados é mais valorada?

1-Porque a principal razão da nossa existência é adorar a Allah e conhecê-lo, e essa adoração só se consegue com as obediências.


2- Porque a recompensa por cada obra boa se multiplica por 10, em troca uma má obra se conta é apontado apenas 1. Isso porque obedecer a Allah é mais valoroso.


Aqui concluímos que o mais valoroso é a paciência na obediência, depois vem à paciência ao se afastar dos pecados e finalmente a paciência perante as desgraças.


Agora veremos a paciência perante as desgraças e o decretado por Allah, essa se subdivide em:


*Paciência perante a morte: é algo que toca a todos nós, todos provaremos esse tipo de paciência


*Paciência perante as doenças


*Paciência perante o mau trato das pessoas


A Paciência perante a morte: Essa é uma das mais difíceis, principalmente para as mulheres que muitas vezes sofrem mais.

As mulheres disseram ao Profeta SAAS: “Oh Mensageiro de Allah, tens mais tempo para os homens do que para nós, designa então um dia para nos ensinar a religião”. O Profeta então aceitou. Uma das coisas que o Profeta de Allah SAAS disse foi: “Cada mulher que perder 3 filhos em vida isso será uma fronteira que lhe afastará do inferno.” Uma mulher perguntou: “E se perder 2” Ele disse: “Também”.

Em outro hadith, o Profeta SAAS disse:

“Quando morre o filho de alguém. Allah diz aos Seus anjos: “Recolheram a alma do filho do meu servo” E eles respondem: “Sim, Oh Allah” Allah diz: “Recolheram a semente de seu coração” Eles respondem: “Sim, Oh Allah” e Allah diz: “O que disse Meu servo” Eles respondem: “Te louvou e disse: “Somos de Allah e para Ele retornaremos.” Então Allah SWT diz: “Construam uma casa no Paraíso para Meu fiel servo e lhe de o nome de : “A casa do Louvor”.

Esse hadith está destinado a todos aqueles que perderam um ente querido seja um pai, uma mãe, um irmão, etc.
O Profeta SAAS disse: “Não há nada melhor do que o Paraíso para um servo crente como recompensa por sua paciência ao perder um ente querido.”

Imaginem a paciência perante a morte de alguém querido pode ser a razão pela qual você entrará no Paraíso!

As mães que tiveram paciência ao perderem um filho ou uma filha, já tem uma casa no paraíso. No dia da ressurreição virão crianças que morreram pequenas que não serão julgados. Allah dirá: “Entrem no paraíso” Eles dirão: “Oh Allah não entraremos até que possamos levar nossos pais e mães conosco” Allah dirá: “ Levem vossos pais e vossas mães pelas mãos e entrem juntos no Paraíso.”

Portanto devemos tentar entender essa vida e as suas desgraças de uma forma correta.

Viram a beleza da virtude da paciência e a sua recompensa? O Paraíso.

A Paciência perante as doenças: Por ex. enfermidades renais, perder a visão, até mesmo as enfermidades psíquicas e depressões, etc.

Atá Ibn Abi Rabah disse que Ibn Abbas lhe perguntou: “Queres conhecer uma mulher dentre as moradoras do paraíso?” Respondi que sim, ele disse: “Aquela mulher negra que se dirigiu ao Profeta SAAS dizendo: “Sofro de epilepsia, sendo que isso faz com que me descubra, rogue a Allah para que Ele me cure. O Profeta disse: “ Se quiseres seja paciente e terás o Paraíso. E se quiseres rogarei a Allah para que te cure. A mulher disse: “Então terei paciência, mas rogue a Allah para que eu não me descubra, então o Mensageiro de Allah rogou por ela. E ela continuou tendo epilepsia mas sem se descobrir, e é uma das habitantes do Paraíso.”

O Profeta SAAS disse que Allah SWT disse:

“Caso submetesse a um servo Meu a uma provação com a perda da visão e ele se armasse de paciência, recompensa-lo-ia por isso com o Paraíso”


O profeta SAAS disse: “Allah perdoa todos os pecados de um crente por passar uma noite com febre.”


Se você passa uma noite com dor nos rins acordará de manhã totalmente perdoado. Depois de sabermos disso teremos dores, mas por dentro sentiremos o sabor da paciência e o perdão que tem um sabor melhor ainda.

Ibn Mas’ud disse uma frase famosa: “As boas obras não se ganham com as desgraças, mas se apagam os pecados.”

Viram como a gente deve mudar nossos conceitos sobre as doenças.

Por isso, é Sunnah do Profeta SAAS, que ao visitar um irmão doente se diga.>

Tahur Insha Allah” (Purificação insha Allah). Ou seja, que sejas purificado dos teus pecados.


Outro tipo de paciência é ser paciente perante as ofensas das pessoas. É tolerar a vizinha que me insultou, a fulana que me humilhou, suportar uma má palavra do marido, do meu pai, e principalmente das pessoas que te odeiam ou tem inimizade com relação a ti.

O Profeta SAAS disse:

Quando Allah SWT reunir toda a humanidade no dia da ressurreição serão chamadas as pessoas pacientes, esses que serão poucos, se levantarão e sairão correndo para o Paraíso. Os anjos pararão eles e perguntarão: “Quem são vocês?” Eles responderão: “Somos o povo da paciência”. Os anjos perguntarão: “Em que consiste a vossa paciência?” Eles responderão: “Respondíamos com a paciência perante as injustiças, perdoávamos aqueles que nos fizeram danos, e tínhamos paciência com aqueles que nos tratavam com ignorância. Então os anjos dirão: “Entrem no Paraíso! Que bela recompensa para os bem-feitores”

Seremos pacientes quando nos ofenderem? Ou responderemos com outra ofensa?

“Ao contrário, quem perseverar e perdoar, saberá que isso é um fator determinante em todos os assuntos.”42:43

“e fizemos alguns, dentre vós, provação para os outros. Acaso (ó fiéis), sereis perseverantes? Eis que o teu Senhor é Onividente.” 25:20

Temos que ter paciência perante tudo na nossa vida.

O Profeta SAAS disse

Sempre que o muçulmano for acometido de uma fadiga, enfermidade, preocupação, tristeza, lesão ou angustia, inclusive atingido por um espinho que o perfure, Allah perdoará por causa disso alguns de seus pecados.” em  um outro Hadith,o Profeta SAAS diz: “Quando um muçulmano se fere, por ex, com um espinho ou com menos que isso, Allah perdoa-lhe os pecados, os quais saem dele como saem as folhas de uma árvore.”

Subhan Allah! Tudo isso para que Allah perdoe nossos pecados.

O Profeta SAAS disse

 “O crente e a crente continuarão suportando provas atrás de provas em sua saúde, bens e filhos, até que se encontrem com Allah sem pecado algum”

Por isso que os inimigos do Islam não são colocados a prova, e Allah lhes dá muita comodidade.

“Mas quando esqueceram as admoestações que lhe tinham sido feitas, abrimos-lhes as portas da prosperidade, até que se sentissem regozijados pelo fato de haverem sido agraciados; então, exterminamo-los subitamente e, ei-los agora desesperados!”6:44


Uma vez alguém perguntou ao Profeta SAAS: “Quem são os mais submetidos às provas por Allah?” O Profeta SAAS respondeu: “Os Profetas”. Isso é para que nós não pensemos que Allah não nos ama por ter nos colocado à prova, e para que nós não digamos: “Por que eu?” Vejamos os profetas, são os mais submetidos às provas. Cada muçulmano estará submetido às provas conforme o grau de sua fé. Se for muito crente a prova são mais intensas, até que chega um momento que caminha pela terra sem pecado algum.

Qual é a lição que podemos tirar das provas?

1-Aumentar nossos degraus no Paraíso.


2-Diferenciar as nossas posições. Allah SWT sabe como agiríamos perante qualquer situação, mas se nega a nos julgar no dia da ressurreição com a Sua sabedoria e nos julga segundo as nossas obras. Allah SWT por ser misericordioso nos submete às provas para mostrar nossas posições e atitudes e diferenciar os bons dos maus.


3-: “Pretendeis, acaso, entrar no Paraíso, sem que Deus Se assegure daqueles, dentre vós, que combatem e são perseverantes?” 3:142


“Não é do propósito de Deus abandonar os fiéis no estado em que vos encontrais, até que Ele separe o corrupto do benigno, nem tampouco de seu propósito é inteirar-vos do incognoscível” 3:179


Essa distinção é ignorada por nós, mas está abarcada pela Sabedoria de Allah, mas Ele quer torná-la evidente através das provas, que demonstrarão nossas ações.


4: Se tudo na nossa vida é bom sem problema algum, sem desgraças, tendo tudo o que quiser, o que acontecerá ; A pessoa se torna arrogante para com Allah SWT, pensando que não precisa de Allah SWT.

Por isso ele nos submete a provas para que nos voltemos a Ele e baixemos nossa cabeça perante Ele e digamos: “Oh Allah preciso disso, Oh Allah preciso daquilo”


5: As desgraças nos fazem acordar para agradecer as bênçãos de Allah, para agradecer por tudo de bom que Ele nos fornece.


6- Allah SWT quer que quando Ele decrete algo para nós, estejamos satisfeitos com Seu decreto.


7- Allah nos submete a prova para que possamos ver o Poder Dele quando Ele te tira ou te salva do teu problema. Quando veríamos o poder de Allah, O Poderoso, O Misericordioso, O Afetuoso, se tivermos uma vida sem problemas;

Exemplos de pessoas pacientes perante as desgraças:

O primeiro modelo de paciência é o Profeta Ayyub (Job) (As) viveu 80 anos era rico, são, tinha 14 filhos e todas as pessoas o amavam. Depois de todas essas bênçãos, ele perde todos os filhos, e ficou muito doente ficando praticamente inválido. De tão doente, caiam pedaços da sua pele. As pessoas começaram a ter medo e se afastaram dele. Só a sua esposa fiel e paciente ficou ao seu lado. Ayyub (AS) ficou invalido por 18 anos, sua esposa gastou todo seu dinheiro para ele, já que ele não podia trabalhar. Acabou-se o dinheiro e já não tinham nada para comer. Sua mulher começou a trabalhar, mesmo sendo a esposa de um Profeta. Um dia ela disse ao Profeta Ayyub: “Porque não você não pede para Allah te curar?” Ele respondeu: “Vivemos 80 anos em comodidade, terei que suportar isso mais 80 anos e depois lhe pedirei.” Masha Allah olhem a paciência. Allah disse sobre ele:

Em verdade, encontramo-lo perseverante – que excelente servo! – Ele foi contrito.” 38:44

Permaneceu paciente sem pedir nada a Allah. Sua esposa já não encontrava quem quisesse deixá-la trabalhar pois temiam que ela tivesse sido contaminada pelo marido. Viu-se obrigada a vender as suas tranças. Quando o Profeta Ayyub soube disso, implorou a Allah. E disse:

“Em verdade, a adversidade tem-me açoitado; porém, Tu és o mais clemente dos misericordiosos!”21:83

Ele não disse: “Oh Allah bastam 18 anos!” Nem se queixou.

No outro versículo Allah responde: “E o atendemos e o libertamos do mal que o afligia” “21:84”

No final, Allah SWT lhe devolveu a saúde, a família, a riqueza. Viram só a paciência de Ayyub AS ? Viram o que suportou o Profeta de Allah. Será que somos mais queridos para Allah do que o Profeta Ayyub? Por isso temos que aprender a não dizer nem pensar perguntar: “Oh Allah porque isso?”

Outro ex. é um companheiro do Profeta SAAS: Imran Bnu Hissin. Ficou muito doente, até que ficou praticamente invalido. Seus amigos iam visitá-lo e choravam ao vê-lo naquele estado. E ele dizia: “O que Allah quer eu também quero.”

Uma mulher teve que ter sua mão amputada como castigo por furto. Quando começaram a cortar a mão dela ela sorriu. Perguntaram a ela se ela não estava sentindo dor e ela disse: “A doçura do perdão me fez esquecer a dor”.

Um Sulaym era a esposa de um dos sahaba. Ela e seu marido tinham um filho chamado Talha. Esse filho ficou muito doente, e o pai amava muito seu filho. Um dia saiu o pai para trabalhar e o filho morreu durante a tarde. Por já estar tarde não seria possível enterrá-lo durante a noite. A mãe muito crente e paciente, não quis entristecer seu marido pela noite e suportou sozinha a dor da perda de seu filho. Seu marido chegou durante a noite e perguntou: “como está nosso filho?” e ela respondeu: “Em repouso” O homem disse: “Alhamdulilah”. Pela manhã a esposa disse ao marido: “Se os vizinhos nos deixassem algo, não deveríamos devolve-lo? Ele disse: sim. Um Sulaym disse: ‘E se deixassem durante muito tempo? Ele respondeu: “O quanto antes teria que devolver.” Então ela disse: “ Teu filho morreu, Allah quis recuperar o que havia nos deixado.”

Irmãos , viram a paciência dela? Será que a gente não consegue ter nem que seja metade da paciência dela?

Para ter paciência requer condições:

1-Deve ser no primeiro momento em que souber do fato. O Profeta SAAS disse: “A paciência se mostra ante o primeiro momento de uma calamidade”

2-Dizer: “Somos de Allah e para ele retornaremos. Oh Allah apóia-me em minha calamidade e conceda-me algo melhor” Em árabe: “Inna Lilahi wa inna ileihi Rajiun, Allahuma ajirne fi musibati wa akhlifni khairan min ha”

É bom aprendermos essa suplica e aplicarmos ela em todos os fatos calamitosos que acontecerem conosco, mesmo que sejam simples, como disse o sheikh até mesmo se roubarem seus sapatos na saída da mesquita.

3- Enfrentar as calamidades sem queixas nem reclamações com a intenção de se queixar do decreto de Allah sobre ti.

Paciência perante os pecados:

Irmãos temos que ter paciência em evitar os pecados e nos afastarmos deles. Temos que ter fé e paciência e Allah nos ajudará a deixar os pecados, também devemos saber nos afastar das companhias que nos levam ao pecado.

Outro tipo de paciência é buscar amizade com pessoas boas e que fortaleçam a nossa fé.

Sê paciente, juntamente com aqueles que pela manhã e à noite invocam seu Senhor, anelando contemplar Seu Rosto. Não negligencies os fiéis, desejando o encanto da vida terrena e não escutes aquele cujo coração permitimos negligenciar o ato de se lembrar de Nós, e que se entregou aos seus próprios desejos, excedendo-se em suas ações.” 18:28

O melhor exemplo nesse sentido é o do Profeta Yussuf (As). Esse profeta era jovem, solteiro e muito bonito. Em um hadith é dito que Allah dividiu a beleza em 2 partes, uma delas era a beleza de Yussuf e com a outra metade se dividiu a beleza de todo o mundo. Ele foi tentado pela esposa de seu dono Al Aziz, já que ele havia sido vendido como escravo. A esposa de Aziz era bela e rica e passou a persegui-lo induzindo ele ao haram e logo todas as mulheres passaram a persegui-lo, e a esposa do Aziz lhe dizia: “Se não te renderes ao meu desejo, ficarás encarceirado.” E ele implorou a Allah dizendo: “Oh Allah, o cárcere me é preferível ao que me induzem”. No final ele ficou preso e resistiu com paciência até o final ao pecado.

Será que não conseguiremos ter paciência para nos afastar dos pecados para ganhar al Jannah? Para ganhar o paraíso por baixo do qual fluem rios?

E não cobices tudo aquilo com que temos agraciado certas classes, com o gozo da vida terrena – a fim de, com isso, prová-las – posto que a mercê do teu Senhor é preferível e mais persistente.” Aya 20:131


A paciência com as obediências:

Nesse caso temos o ex do Profeta Abraão e seu filho Ismael (AS).

Imaginem, a obediência de um pai a Allah que chega ao ponto de sacrificar seu filho em obediência a Allah.

“E quando chegou à adolescência, seu pai lhe disse: Ó filho meu, sonhei que te oferecia em sacrifício; que opinas? Respondeu-lhe: Ó meu pai, faze o que te foi ordenado! Encontrar-me-ás, se Deus quiser, entre os perseverantes!

E quando ambos aceitaram o desígnio (de Deus) e (Abraão) preparava (seu filho) para o sacrifício.

Então o chamamos: Ó Abraão,

Já realizaste a visão! Em verdade, assim recompensamos os benfeitores.

Certamente que esta foi a verdadeira prova.” 37:102,103

E depois disso, será que a gente não vai conseguir fazer as orações na hora e fazer corretamente nossas orações obrigatórias? Será que a gente não vai conseguir levantar de noite para rezar nem q seja 2 rakaas voluntárias?

Olhe a obediência de Ibrahim e seu filho Ismael (As). E Ismael tinha 14 ou 15 anos nessa época. Onde está a nossa paciência na obediência dos mandamentos de Allah SWT?

"Sete pessoas estarão abaixo da sombra de Al·lâh no Día em que nao haverá sombra exceto a Sua” .Os sete têm paciência:


1- Um imam justo: Que mesmo podendo ser tirano, se manteve paciente e foi justo.


2- Um jovem que foi educado e cresceu adorando a Al·lâh: Desde sua infância é paciente com as obediências (ler o Quran, suplica a Al·lâh, O recorda e pede Seu perdão).


3- Duas pessoas que se amam por Allâh. Se unem por Allâh e se separam por Allâh (suportam um ao outro e tem paciência mutua para amar mais a Allah).


4- Um homem, cujo coração está vinculado com a mesquita


5- Um que deu caridade em segredo até o ponto de que sua mão esquerda não soube o que deu sua mão direita. [A paciência em fazer uma obediência ocultando-a para alcançar sua recompensa]


6- Um homem que foi tentado por uma mulher com prestigio social e beleza e disse: “Temo a Allah”


7- Uma pessoa que ao recordar a Allâh en seu intimo, derrama lágrimas.

O maior dos tipos do sabr no cumprimento das obrigações é o sabr pela causa de Allah. Aquele que tem paciência pela causa de Allah não há outra recompensa senão o Paraiso. Vejamos o caso de Sumaya, a primeira mártir do islam, morreu porque Abu Jahl lhe atingiu com uma flecha em suas partes privadas.

O caso dos magos que disputavam com o Profeta Moises (AS):

“E os magos caíram prostrados.

Disseram: Cremos no Senhor do Universo,

O Senhor de Moisés e de Aarão!

O Faraó lhes disse: Credes nele sem que eu vos autorize? Em verdade isto é uma conspiração que planejastes na cidade, para expulsardes dela a população. Logo o sabereis.

Juro que vos deceparei as mãos e os pés dos lados opostos e então vos crucificarei a todos.

Disseram-lhe: É certo que retornaremos ao nosso Senhor.

Vingas-te de nós só porque cremos nos sinais de nosso Senhor quando nos chegam? Ó Senhor nosso, concede-nos paciência e faze com que morramos muçulmanos!”( 120/126 sura 7)

A melhor historia de Sabr fissabililah é a da penteadeira da filha do faraó. Ela estava penteando a filha do farao quando seu pente caiu, quando caiu ela disse: Bismillah. Ela era crente em Allah mas escondia sua fé, mas acabou falando espontaneamente. A filha do faraó disse: “Estás falando em nome do meu pai? ela disse: Meu senhor, Teu senhor e Senhor do teu pai é Allah! Tu tens outro Deus além do meu pai? ela disse : Meu senhor, Teu senhor e Senhor do teu pai é Allah! A filha foi correndo e informou a seu pai. O farao chamou a penteadeira e disse: “Tens outro deus além de mim?” e ela respondeu: “Meu senhor e teu Senhor é Allah”. Perguntaram se ela tinha filhos. Ela tinha 4 filhos e 1 deles ainda mamava. Então o faraó ordenou que trouxessem os filhos dela. Colocaram 1 grande caldeira fervente e pegaram o filho maior dela, o faraó perguntou: “Tens algum deus alem de mim"ela disse: “Meu Senhor e Teu senhor é Allah!” e então jogaram ele na caldeira perante seus olhos, escutou os gritos de seu filho e então o silencio. Pegaram o segundo filho, tens algum deus alem de mim? ela disse: “Meu Senhor e Teu senhor é Allah!” jogaram o 2. Pegaram o 3: ela disse Meu senhor e teu senhor é Allah. No 4 que era o bebe que ainda mamava, ela ficou segurando no colo tentando protege-lo de todas as formas, seu coração já estava estremecendo, então o bebe olhou para sua mãe e disse: “Paciencia minha mãe você está na senda da verdade” então ela disse: “Meu senhor e teu senhor é Allah” e os 2 foram jogados da caldeira. O Profeta SAAS relatou que na viajem noturna quando chegou ao paraíso sentiu um maravilhoso perfume, e entoa perguntou ao anjo Gabriel e ele respondeu é da penteadeira da filha do farao e seus 4 filhos...

“Apenas os que pacientam serão recompensados, sem conta, com sua recompensa!” 39:10


Coisas que ajudam a ter sabr:


1- Saudades do paraíso, esse mundo não é nada.


- Você é de Allah e para ele voltará


3- Buscar a recompensa do paraíso


4- Ter em mente o seguinte versículo “Em verdade, com a adversidade está a facilidade!”


5- Fazer muita Du’a (Súplica) – “Oh Senhor nosso, concede-nos paciência!”

E que a paz e as bênçãos estejam com o Mensageiro de Allah SAAS, e Louvado seja Allah, Senhor do Universo!

“Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele.” 8:24

Asalamo Alaikom WA WB,

Omar Hussein Hallak