sexta-feira, fevereiro 27, 2009

Abu Zarr al Ghifari

“Um homem mais fidedigno do que o Abu Zarr não caminhou na face da terra” (dizer do abençoado Profeta).
No vale de Waddan, que ligava Makka ao mundo exterior, vivia a tribo de Ghifar. Seus membros viviam do dinheiro que lhes era dado pelas caravanas que transportavam mercadorias dos Coraixitas para a Síria e vice-versa. Às vezes eles viviam de roubarem as caravanas, caso nada lhes fosse dado para pacificá-los.
Jundub b. Junada, com o nome patronímico de Abu Zarr, era um dos membros da tribo. Ele se destacava dos demais por causa da sua intrepidez, seriedade mental e presciência. Vivia extremamente transtornado por causa dos ídolos que seu povo cultuava, em lugar de Deus. Desaprovava a corrupção dos cultos árabes, bem como as frívolas superstições deles. Esperava o aparecimento de um profeta cujos ensinamentos fossem satisfazer os corações e as mentes do povo, e os fossem tirar das trevas e os levar para a luz.
Notícias dum novo profeta que havia aparecido em Makka alcançaram o Abu Zarr, apesar do isolamento em que sua tribo vivia. Ele disse para o seu irmão Anis:
“Ó tu, criatura incomparável, vai para Makka e toma nota de qualquer informação que puderes acerca desse homem que diz ser um profeta, e receber revelações do Céu. Ouve o que ele diz, e vê se aprendes, para que possas me contar.”
O Anis foi para Makka, encontrou-se com o abençoado Profeta, se pôs a ouvi-lo. Depois voltou para o deserto, onde o seu irmão esperava ansiosamente por ele. Avidamente, ele perguntou acerca do novo profeta. Anis disse:
“Juro por Deus, nunca vi um homem conclamar as pessoas para a virtuosidade, e recitar falas que não eram poesia! ’
“Que coisas as pessoas dizem sobre ele?” perguntou o Abu Zarr.
“Dizem que é um mágico, um adivinho, ou um poeta.”
“Tu, de maneira alguma, me satisfizeste”, disse o Abu Zarr, “nem sequer respondeste à minha pergunta. Será que poderás prover minha família enquanto eu irei vê-lo por mim mesmo?”
“Claro”, Respondeu o Anis, “mas toma cuidado com o povo de Makka!”
Abu Zarr pegou algumas provisões e uma pequena bolsa d’água, e partiu, na manhã seguinte para Makka, a fim de saber o queria acerca do abençoado Profeta. Ele chegou, cheio de ansiedade, ao seio dos indivíduos de Makka. Ouviu deles a sua ira quanto à ameaça aos seus ídolos, e ficou sabendo da perseguição, da parte deles, a qualquer um que abandonasse a idolatria e seguisse a religião de Mohammad (S). Por essa razão, ele ficou relutante em perguntar a qualquer um acerca de Mohammad (S), pois não sabia se estaria perguntando a um dos apoiadores dele, ou a dos seus inimigos.
Quando a noite desceu, ele se deitou para dormir na mesquita. Um homem chamado Áli b. Abi Talib passou por ele, e reconheceu que não se tratava de nenhum pertencente à população local. Áli lhe ofereceu um lugar para ficar, e o Abu Zarr aceitou. Pela manhã, ele se levantou, pegou a sua bolsa de água e suas provisões, e voltou para a mesquita. Nem ele, nem Áli nada perguntaram acerca um do outro.
Abu Zarr passou o seu segundo dia sem saber quem o profeta era e, quando a noite desceu, ele se deitou para dormir. Uma vez mais, o Áli passou por ele e perguntou:
“Por que tu não ficas onde, bem sabes, és bem-vindo?” Ele levou o Abu Zarr com ele, e o estranho passou a segunda noite na casa de Áli, sem que nenhum deles fizesse perguntas um sobre o outro.
Na terceira noite, Áli lhe perguntou:
“Podes me dizer por que vieste para Makka?”
Abu Zarr respondeu:
“Só se me prometeres que me ajudarás a encontrar o que estou a procurar”, e Áli prometeu. Abu Zarr continuou:
“Vim para Makka, de bem longe, desejando encontrar o novo profeta, e ouvir algo do que ele diz.”
O rosto de Áli brilhou de contentamento, ao dizer:
“Juro pelo Senhor que ele é o verdadeiro Mensageiro de Deus...” e continuou a falar por um longo tempo, contando para o Abu Zarr coisas acerca do abençoado Profeta (SAAS). “Pela manhã, tu me seguirás. Se eu vir que há perigo, eu pararei, se eu continuar, tu me seguirás até a casa em que eu entrar.”
Abu Zarr foi incapaz de dormir naquela noite, na sua ânsia de ver o abençoado Profeta, e ouvir alguma coisa da revelação.
Pela manhã, Áli dirigiu o seu convidado para a casa do Mensageiro de Deus, e Abu Zarr o seguiu, não se importando de olhar para mais nada. Quando entraram na casa do abençoado Profeta, o Abu Zarr disse:
“Que a paz esteja contigo, ó Mensageiro de Deus!”
“Que a paz, a misericórdia e as bênçãos de Deus recaiam sobre ti, também”, respondeu o abençoado Profeta.
Assim, o Abu Zarr foi a primeira pessoa a saudar o abençoado Profeta com a saudação do Islam que, depois daquilo, se tornou popular entre os muçulmanos.
O abençoado Profeta convidou o Abu Zarr a aceitar o Islam, e recitou para ele alguma coisa do Alcorão. Abu Zarr não demorou muito a declarar a sua aceitação à verdade, e, de pronto, tornou-se um muçulmano. Foi a quarta ou quinta pessoa a aceitar o Islam.
O resto da estória irá ser então contado pelas próprias palavras do Abu Zarr.

A história do Abu Zarr
Permaneci por algum tempo em Makka com o abençoado Profeta, que me ensinou coisas acerca do Islam, e como ler o Alcorão. Ele me aconselhou a não contar a ninguém em Makka sobre eu me tornar muçulmano, pois temia que as pessoas iriam querer me matar. Disse-lhe:
“Juro por Aquele Que tem a minha alma em Suas mãos que não deixarei Makka antes que vá à mesquita e brade aos Coraixtas com o chamamento à verdade!”
O abençoado Profeta nada disse, indicando que não iria tentar me impedir.
Eu fui à mesquita, onde algumas pessoas do Coraix estavam sentadas a conversar. Entrei e fiquei de pé entre eles, e gritei com todas as forças dos meus pulmões:
“Gentes do Coraix, presto testemunho de que não há deus a não ser Deus, e que Mohammad é o Seu Mensageiro!”
Tão logo eles se conscientizaram do que eu estava dizendo, um silêncio assustador se fez sentir. Então alguns deles se puseram de pé, e disseram:
“Agarrai-o, o herético!”
Rodeando-me, começaram a bater em mim com a intenção de me matar. Fui salvo por Al Abbas, o tio do Profeta. Embora fosse pagão, ele me protegeu com o próprio corpo, enquanto dizia:
“Malditos sejais! Como iríeis matar um homem de Ghifar, sendo que vossas caravanas têm de passar pelas terras deles para chegarem à Síria?” querendo dizer que a minha tribo iria vingar-se da minha morte, caso eu fosse morto. Convencidos, eles me deixaram em paz.
Quando recobrei a consciência, voltei para o Mensageiro de Deus. Vendo o meu lastimoso estado, ele disse:
“Não te falei para não declarares a tua conversão ao Islam em público?
“Volta para as tuas gentes”, o abençoado Profeta me disse, “e infroma-os acerca do que viste e ouviste aqui. Convida-os para o Islam, pois tenho esperanças de que Deus os irá beneficiar por teu intermédio. Quando souberes que a minha comunidade escapou à perseguição, vinde, e juntai-vos a nós.”
Então eu voltei para as terras do meu povo. A primeira pessoa a me encontrar foi o meu irmão Anis, que me perguntou o que eu havia feito na minha andança. Contei-lhe que aceitara o Islam, pois era a verdade.
Não demorou muito para que Deus fizesse com que o coração do meu irmão se inclinasse para o Islam; ele chegou-se a mim, e disse:
“Nada acho de errado com a tua religião; aceito o Islam, e creio que seja a verdade.”
Depois ele foi ter com a nossa mãe, e a convidou a aderir ao Islam, e ela, também, disse que nada achava de errado com a religião. Assim aceitou o Islam.

Fim da narrativa do Abu Zarr
Daquela data em diante, a família de Abu Zarr continuou naquele diapasão, conclamando toda a tribo de Ghifar ao Islam. Os membros eram incansáveis nos seus esforços e, eventualmente, obtiveram tantos conversos, que eram capazes de estabelecer orações congregacionais diárias. Uns poucos deles se contiveram, dizendo que se iriam converter ao Islam, tão logo o Profeta (S) empreendesse a Hégira para Al Madina. Eles eram verazes em suas palavras; e quando o abençoado Profeta ouviu aquilo, disse:
“Que Deus conceda perdão para o povo de Ghifar, e paz para os que aceitaram o Islam!”
Abu Zarr permaneceu nas terras-natais desérticas do seu povo, depois que as batalhas de Badr, Uhud, e das Trincheiras tinham terminado. Então viajou para Madina e devotou o seu tempo ao abençoado Profeta, que lhe deu permissão para o servir. Tornou-se um dos mais achegados amigos do abençoado Profeta e, toda vez que este o via, sorria, e apertava-lhe a mão.
Quando o tempo do abençoado Profeta chegou ao fim, neste mundo, e ele foi juntar-se ao seu Mais Elevado Companheiro, no Céu, o Abu Zarr não pôde suportar ficar em Madina. Aí, tudo lhe relembrava o abençoado Profeta, sendo que sentia profundamente a sua falta. Viajou para o interior da Síria, onde viveu durante o tempo em que Abu Bakr e Ômar foram os califas da comunidade.
No tempo em que o Othman foi califa, Abu Zarr mudou-se para a cidade de Damasco. Ele ficou horrorizado com o materialismo dos muçulmanos, ali, e as preocupações deles com os assuntos terrenos fizeram-no anunciar em público a sua desaprovação. Então Othman convidou-o a viver em Madina. Ele foi, mas não demorou muito para que se sentisse inconformado com a vida mundana do povo ali. Eles, por sua vez, mostravam-se desconfortáveis com a rigidez das críticas orais e mordazes dele quanto aos modos deles. Assim, Othman ordenou-lhe que se mudasse para Al Rabdhah, um vilarejo fora de Madina.
Ele passou o resto dos seus dias ali, longe das outras pessoas, e desinteressado quanto à riqueza material. Igualmente ao abençoado Profeta e os dois primeiros califas, Abu Zarr preferiu a vida espiritual sobre todas as outras, e se ateve ao seu modo de vida simples.
É contado que uma vez um homem foi visitar o Abu Zarr, e começou a examinar a sua casa. Perguntou-lhe:
“Onde estão as tuas posses?”
“Nós temos uma casa em outro lugar, e nós enviamos todos os nossos bens para lá”, respondeu criticamente o Abu Zarr.
“Mas, será que não precisas das coisas, desde que estás vivendo nesta casa?” perguntou o homem, que se havia conscientizado de que o Abu Zar queria dizer que o seu lar real era a Outra Vida.
“ O Senhorio não irá permitir que moremos lá”, respondeu o Abu Zarr.
Uma ocasião o governador de Damasco enviou para o Abu Zarr trezentos dinares para que ele cuidasse das suas necessidades, e Abu Zarr os mandou de volta, dizendo que deveria haver alguém que realmente os necessitasse mais que ele, pois ele não os necessitava.

No ano 32 da Hégira, a morte finalmente desceu sobre esse piedoso asceta, de quem o abençoado Profeta havia dito:
“Um homem mais fidedigno do que o Abu Zarr jamais caminhou na face da terra!”

BISMILLAH AL-RAHMAN AL-Rahim•Wassalatu Wassalamu Ala Ashraful Mursaleen Allahumma Sali Ala Muhammad ua Aali Muhammad Imploramos a ALLAH (SW), que nos ajude, nos dê uma boa orientação para o benefício do Islã e dos muçulmanos, corrigindo nossos trabalhos, nossas intenções e nossas ações. Agradecemos a ALLAH (SW) que é o único Deus do universo. Que ALLAH (SW), aceite este trabalho, nos dando uma boa recompensa nesta vida e na outra. Principalmente às pessoas que nos precederam nesse trabalho e nos serviram como orientadores! Subhanna Allah!(Louvado Seja Deus).


Fonte: http://www.luzdoislam.com.br/default.asp?itemID=251&itemTitle=Abu%20Zarr%20al%20Ghifari

Abu Ubaida b. al Jarrah

"Toda nação tem o seu membro fidedigno; e o nosso é o Abu Ubaida."
(Dizer do abençoado Profeta (SAAS).
Seu rosto era notavelmente carismático. Ele era alto, delgado e gracioso. Verem-no, as pessoas, era coisa agradável, se encontrarem com ele era um conforto para seus corações, e elas sentiam tranqüilidade na presença dele.
Juntamente com isso, ele era gentil e discreto, com um intenso senso de decência. Porém, na hora da turbulência, tornava-se mais intrépido que um leão raivoso.
Era como a lâmina duma espada, no seu esplêndido brilho e, na verdade, assemelhava-se à espada, na sua refinada aparência.
Tal era o "fidedigno" da comunidade do abençoado Profeta. Seu nome todo era Amir b. Abdullah b. al Jarrah al fihri, vindo da tribo do Coraix, e havia acatado o patronímico de Abu Ubaida.
Foi descrito pelo Abdullah b. Ômar b. al Khattab (que Deus esteja aprazido com ele) com a seguinte caracterização:
"Há três homens procedentes à Coraix que têm os rostos francos, as melhores maneiras e o mais sólido senso de decência. Caso se dirijam a vós, jamais mentem; e se vos dirigirdes a eles, não vos irão desacreditar. São eles Abu Bakr al Siddik, Otman b. Affan e Abu Ubaida b. al Jarrah."
Abu Ubaida foi um dos primeiros a se converter ao Islam, declarando sua fé no dia em que Abu Bakr declarou a sua. Como de fato, sua conversão esteve na mão de Abu Bakr, o qual, de pronto levou-o, juntamente com o Abdur Rahman b. Auf, o Otman b. Mazun e o Al Arcam, ao abençoado Profeta. Juntos, eles declararam a ele as palavras da verdade, e tornaram-se a fundação sobre a qual foi erguida a grande torre da verdade, conhecida como Islam.
Abu Ubaida passou pela cruel experiência de ser o primeiro muçulmano da Makka pagã, desde o começo até ao fim. Ele suportou dela, juntamente com os muçulmanos, sua ferocidade, brutalidade, dor e inquietação. Foi um sofrimento sem paralelo suportado pelos seguidores de qualquer outra religião, na face da terra. Ele passou pelo teste, e permaneceu veraz a Deus e ao Seu Profeta, em todos os passos do caminho.
Abu Ubaida se arrojou para a batalha de Badr, desafiando a morte, à medida em que desfechava a sua carga por entre as fileiras inimigas. Os pagãos se esquivavam dele, sendo que os campeões, dentre eles, se retiravam perante o seu avanço. Porém, um pagão houve que não se intimidou com a intrepidez do Abu Ubaida; e esse insólito guerreiro se postou à sua frente, e o desafiou. Abu Ubaida evitou lutar com o homem, que o perseguia, aonde quer que fosse. Continuou a fugir do assaltante, até que não lhe restou escapatória, coisa que fez com que ele o encarasse. Como num sonho, ele se viu a levantar a espada e, com um simples golpe na cabeça, abateu o inimigo.
Aquele momento foi a corporificação de todos os sofrimentos dos muçulmanos que se haviam afastado do paganismo. Ao fazerem isso haviam cortado os laços com o conforto: suas famílias, seus lares, seu mundo... o golpe da espada com que Abu Ubaida abateu o seu atacante foi aquele que cortou o último laço com a descrença, porquanto o guerreiro que tão insistentemente o desafiara não era outro senão o seu próprio pai pagão, o Abdullah b. al Jarrah.
O Todo-Poderoso Deus revelou um versículo concernente ao Abu Ubaida, no Alcorão Sagrado, que diz:
"Não encontrarás pessoa alguma que creia em Deus, e no Dia do Juízo Final, que tenha relações com aqueles que contrariam a Deus e ao Seu Mensageiro, ainda que sejam seus pais ou seus filhos, seus irmãos ou parentes. Para esses, Deus lhes firmou a fé nos corações e os confortou com o Seu Espírito, e eis que os introduzirá em jardins, abaixo dos quais correm os rios, onde morarão eternamente. Deus Se comprazerá com eles e eles se comprazerão n'Ele. Estes formam o partido de Deus. Acaso não é certo que os que formam o partido de Deus serão os bem-aventurados?" (58:22). (comparar)
Embora tal provação nos pareça estar além das possibilidades, não foi nada de extraordinário para o Abu Ubaida. Ele havia atingido um grau de fé muito alto na sua religião, que causavam inveja àqueles que se posicionavam elevadamente aos olhos de Deus.
O Mohammad b. Jafar conta a seguinte história, com suas próprias palavras:
"Uma delegação de árabes cristãos foi ter com o Mensageiro de Deus, e lhe contaram que estavam a braços com certas disputas acerca de questões financeiras. Pediram-lhe que escolhesse um dos seus companheiros, com os quais estivesse satisfeito, para ir com eles, e servir de árbitro para eles. A razão que apresentaram foi a de que os muçulmanos tinham boa reputação.
O abençoado Profeta lhes disse:
"'Voltai a mim pela tardezinha, e enviarei convosco um que é forte e fidedigno.'"
A história continua com as palavras de Ômar b. al Khattab, que diz:
"Então eu fui cedo para a oração do meio-dia. Eu jamais desejei receber ordem de comando tanto quanto naquele dia, pois queria ser considerado aquele que era forte e fidedigno.
"Quando o Mensageiro de Deus acabou de nos liderar na oração, começou a olhar para a direita e para a esquerda. Eu procurei me esticar a toda altura, na esperança de que ele olhasse para mim, mas ele continuou a perscrutar os nossos rostos, até que o seu olhar recaiu sobre o Abu Ubaida, a quem chamou, e disse:
"'Vai com eles, e ajusta corretamente as questões entre eles! ' Eu suspirei; o Abu Ubaida pegara a missão!"
Abu Ubaida não era apenas confiável; era uma pessoa poderosa.
Um dia, o abençoado Profeta enviou uma parte dos seus companheiros numa expedição para interceptarem uma das caravanas dos Coraixitas. Ele pôs o Abu Ubaida como comandante dos expedicionários, e não tinha provisões para lhes dar, além de um saco de tâmaras, o qual confiou ao Abu Ubaida. Este dava a cada um deles uma tâmara por dia. Eles a chupavam e depois bebiam água; e foi assim que conseguiram fazer com que as provisões durassem.
Quando os muçulmanos foram derrotados, na batalha de Uhud, alguns dos pagãos começaram a procurar o abençoado Profeta, na esperança de o matarem. Abu Ubaida foi um dos dez homens que rodearam o Mensageiro de Deus, resolvidos a defendê-lo até ao último alento. Formaram uma parede humana em torno dele, até que a batalha terminou. Um dos dentes do abençoado Profeta tinha-se quebrado, na sua cabeça havia um talho, e dois dos anéis da sua cota de malha haviam-se enfiado profundamente numa das suas faces. Então o Al Siddik Abu Bakr se adiantou, querendo tentar tirar os anéis do rosto do abençoado Profeta. Abu Ubaida o conteve, jurando que tão somente ele sabia como fazer aquilo. Ele temia que se qualquer outro fosse usar os dedos para tirar os anéis, o Mensageiro de Deus poderia ficar danificado. Ele se curvou, pegou o primeiro anel com os dentes e, com um rápido puxão, extraiu o anel. Um dos seus dentes caiu. Sem hesitar, ele extraiu o segundo anel, com seu outro dente, que também caiu.
O próprio Abu Bakr disse, acerca de Abu Ubaida:
"Ele era realmente raro, pois permanecia ainda formoso, mesmo com a falta do dente."
Abu Ubaida esteve com o abençoado Profeta em todos os grandes eventos do Islam, desde o tempo em que entrou para a Doutrina – tornando-se um dos primeiros Companheiros –, até a morte do Mensageiro de Deus.
Quando os Companheiros se reuniram nos domínios de Saqifat Bani Saidah, a fim de escolherem um califa para liderar a comunidade de muçulmanos, o Ômar b. al Khattab disse para o Abu Ubaida:
"Estira tua mão para que eu te dê meu voto de fidelidade, pois ouvi o Mensageiro de Deus dizer:
"'Toda comunidade tem o seu membro fidedigno, e vós tendes o vosso. '"
"Não irei pôr-me em destaque", disse o Abu Ubaida, "à frente do homem a quem o Mensageiro de Deus ordenou que nos dirigisse nas orações (referindo-se a Abu Bakr), e que nos dirigiu, até que ele (SAAS) morresse."
Depois daquilo, todos prestaram sua fidelidade ao Abu Bakr, sendo que o Abu Ubaida se tornou o seu melhor conselheiro nos assuntos religiosos, e o mais generoso assistente nas realizações das boas ações.
Quando a liderança da comunidade passou, de Abu Bakr para o Al Faruq Ômar b. al Khattaba, o Abu Ubaida foi completamente leal a ele, e apenas uma vez achou por bem desobedecê-lo. Mas, por que um homem como o Abu Ubaida achou por bem desobedecer ao califa dos muçulmanos?
Isso aconteceu quando Abu Ubaida estava na Síria liderando os exércitos dos muçulmanos, duma vitória a outra, até que toda a Síria se tornou parte do Estado, desde o Rio Eufrates, no leste, até a Ásia Menor, no norte.
Naquele tempo, uma pestilência, como nunca se havia visto, se alastrava por toda a Síria, ceifando suas vítimas, como a foice de um ceifador no tempo da colheita. Apressadamente, Ômar b. al Khattab enviou um mensageiro para ir ter com o Abu Ubaida, com uma carta que dizia:
"Estou grandemente necessitado dos teus serviços, num assunto urgentíssimo. Se esta carta chegar a ti à noite, eu insisto em que te ponhas a caminho até mim pela manhã; e se te chegar durante o dia, eu insisto em que te ponhas a caminho antes que a noite chegue."
Ao acabar de ler cuidadosamente a carta de Al Faruk, o Abu Ubaida disse:
"Eu sei por que o Emir dos Crentes precisa de mim. Ele quer prolongar a vida de quem não está destinado a permanecer com ele." De sorte que escreveu para o Ômar, dizendo:
"Ó Emir dos Crentes, tenho conjecturado sobre o porquê precisares de mim; mas acontece que também sou necessitado aqui, entre os soldados muçulmanos, e não tenho qualquer desejo de abandoná-los para que eu talvez me salvaguarde do que os está a ameaçar. Deixarei que Deus decida qual irá ser a minha sina, bem como a deles. Quando receberes esta minha carta, por favor, omite-me de obedecer a tua ordem, e permite-me que eu continue aqui."
Quando Ômar leu a carta, ele chorou, e ficou num tal estado de tristeza, que os que estavam presentes perguntaram:
"Ó Emir dos Crentes, será que o Abu Ubaida morreu?"
"Não", ele respondeu, "mas a morte está perto dele."
A premonição do Al Faruk era verdadeira, pois o Abu Ubaida logo foi acometido da pestilência. No seu leito de morte, ele exortou junto aos soldados:
"Vou fazer-vos um último apelo. Desde que leveis isto (que vou dizer) convosco, ireis estar bem encaminhados. Estabelecei regularmente a cultuação, jejuai no mês de Ramadan, dai dinheiro em caridade, empreendei as peregrinações 'maior' e 'menor', aconselhai uns aos outros a fazerem o bem, dai bons conselhos para os vossos líderes, e não os enganeis, e não vos entretenhais com as vaidades terrenas. Mesmo que um homem fosse durar mil anos, iria acabar como eu, aqui, como vede. Que a paz recaia sobre vós, e também a misericórdia de Deus! '
Então se voltou para o Moaz b. Jabal, pedindo-lhe para liderar as pessoas na oração. Por fim, soltou o seu último suspiro, e sua alma pura se separou do seu corpo. Moaz se levantou, e se dirigiu às pessoas, dizendo:
"Ficastes privados de um homem como igual, juro por Deus, por sua generosidade de espírito, por seu alheiamento ao despeito e ao ódio, por seu amor à Vida Futura, e por seu comissionamento com o bem-estar do povo, jamais vi.
"Rogai a Deus que tenha misericórdia dele, para que Ele tenha misericórdia de vós!"


Fonte: http://www.luzdoislam.com.br/default.asp?itemID=246&itemTitle=Abu%20Ubaida%20b.%20al%20Jarrah--


"Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele." 8:24

Abdullah b. Umm Maktum

Abdullah b. Umm Maktum

“Benvindo seja aquele em cujo favor o meu Senhor me repreendeu.”
Dito pelo abençoado Profeta a Ibn Umm Maktum.

Quem foi àquela pessoa em cujo favor o abençoado Profeta foi repreendido pelo Próprio Deus? Em seu favor, o Anjo Gabriel desceu, pela ordem de Deus, do mais elevado Céu, trazendo consigo uma revelação para o abençoado Profeta, revelação essa contendo uma severa repreensão. Tal pessoa foi Abdullah b. Ummu Maktum, o muazin1 do abençoado Profeta.

Abdullah b. Umm Maktum era mequense, da tribo Coraixta, e um parente do abençoado Profeta, pois era primo em primeiro grau da Mãe dos Crentes, Cadija bint Khuwailid (que Deus esteja aprazido com ela). O nome do pai dele era Cais b. Zaid, e o nome da mãe era Atika bint Abdullah, mas foi-lhe dado o matronímico de Umm Maktum (mãe do que está na escuridão) quando deu à luz seu filho Abdullah, que era cego de nascença.

Ibn Umm Maktum (literalmente: filho da mãe do cego) testemunhou o despertar do Islam em Makka, e Deus inclinou o seu coração para a fé; assim, ele foi um dos primeiros a se declarar muçulmano. Compartilhou com os muçulmanos as atribulações destes, em Makka, e suportou com firmeza todos os sacrifícios pelos quais tinham que passar.

O fato de que era cego não fazia diferença alguma para os pagãos do Coraix, que o perseguiam com o mesmo espírito venenoso com que tratavam todos aqueles que aceitavam o Islam. A despeito disso, sua fé na e dedicação quanto à sua religião iam aumentando. Tornava-se cada vez mais profundamente apegado à religião de Deus e ao Seu Livro, sendo que o conhecimento do Islam tornou-se a sua meta, na vida.

Sua devoção ao abençoado Profeta, e seu entusiasmo por aprender o Alcorão, chegavam a tal ponto, que nunca deixava escapar uma chance de pedir ao Profeta (SAAS) que o ensinasse. Ocasionalmente, ele não apenas tomava parte do tempo do abençoado Profeta, mas de outros também.

Naquele estágio da sua missão, o abençoado Profeta precisava de tempo para escrever aos chefes do Coraix; estava ansioso por convencê-los a aceitarem o Islam. Num dia, ele se encontrou com Utba b. Rabi’a, com o irmão deste, Chaiba b. Rabi’a, com Amr b. Hicham (Abu Jahl), com Umaiya b. Khalaf, e com Al Walid b. Mughira. Ele começou a debater com eles, aliciando-os para a discussão, para que pudessem aprender coisas sobre o Islam. Esperava obter deles uma resposta positiva, ou pelo menos que parassem de causar danos aos Crentes.

Enquanto ele estava envolvido naquela discussão, o Abdullah b. Umm Maktum foi ter com ele, desejando que ele recitasse um versículo do Alcorão.

“Ó Mensageiro de Deus, ensina-me o que Deus te ensinou”, ele implorou.

O nobre Profeta se afastou dele, tendo o rosto a expressar descontentamento, e voltou para o grupo de pessoas com as quais tinha estado conversando. Ele esperava conseguir a aliança deles para o Islam, coisa que iria reforçar a comunidade muçulmana, e dar-lhe prestígio aos olhos dos inimigos.

Ele terminou sua discussão, e apenas tinha tomado o caminho de casa, quando Deus fez com que se anuviasse a sua visão, e ele sentiu uma pontada na cabeça. Então Deus revelou-lhe Suas Palavras:

“Ele franziu o semblante e se afastou,
“Porque o cego com ele foi ter;

“Como podes saber? talvez tivesse vindo purificar-se.
“Ou prestar atenção, e beneficiar-se com a lembrança.
“Quanto àqueles que se têm na conta de auto-suficientes,
“Tu és todo atanção,
“Sendo que não é tua culpa se não se purificam.
“Porém, quanto àquele que vem ter contigo em sinceridade,
“Com o coração cheio de temor a Deus,
“Eis que não lhe dás atenção.
“Ora, esta é uma mensagem-lembrete,
“E aquele que desejar, lembrar-se-á dela.
“Está nas Escrituras, guardada com honra,
“Guardada em alta estima, e purificada,
“Nas mãos dos mensageiros,
“Que são nobres e de condutas retas.”

Esses são dezesseis versículos do Sagrado Alcorão, trazidos pelo Anjo Gabriel e ensinados ao abençoado Profeta. São dezesseis versículos, todos relacionados com o Ibn Umm Maktum, os quais têm sido recitados por incontáveis muçulmanos, desde aquele dia, até aos nossos tempos. Eles continuarão a ser recitados até ao final dos tempos, quando Deus irá herdar a terra, com tudo que nela está.

Do dia daquela revelação em diante, o abençoado Profeta passou a honrar o Ibn Umm Maktum, a dar-lhe o melhor assento, se o fosse visitar, e a atender-lhe as necessidades. Isso não é causa para espanto, pois o Próprio Deus havia repreendido o abençoado Profeta pelo seu tratamento dispensado ao Ibn Umm Maktum.

Quando a perseguição que os Coraixtas estavam infligindo aos muçulmanos atingiu o seu auge, o abençoado Profeta anunciou que Deus lhes havia ordenado empreenderem a hégira. Ibn Umm Maktum foi a primeira pessoa a ajudar a comunidade a dar aquele passo, pois foi para Yaçrib juntamente com Mussab b. Umayr, outro companheiro do abençoado Profeta. Quando chegaram à cidade, andaram por todo lado, recitando o Alcorão e orientando as pessoas acerca do Islam. Foram eles que conseguiram os primeiros convertidos do local, que eventualmente convidaram o Profeta (S) e os Crentes a empreenderem a hégira para a cidade deles, que conhecemos como Madina.

Quando o abençoado Profeta se estabeleceu em Madina, escolheu o Abdullah b. Umm Maktum e o Bilal b. Rabah para fazerem o chamamento à orações. Eles conclamavam a todos para a profissão de fé, cinco vezes ao dia, chamando os fiéis à oração, para as boas ações, e os encorajavam a procurar o sucesso por meio da adoração.

Revezavam-se, recitando, um, o azan (chamamento para a oração), e o outro, o icáma. (o erguer-se para a oração) Durante o mês de Ramadan, o povo de Madina acordava para a sua refeição da pré-madrugada com a voz de um deles, e parava de comer, observando o jejum que começava quando o outro proferia o chamamento. Bilal acordava as pessoas à noite para as orações, e o Ibn Umm Maktum esperava a oração da madrugada, jamais deixando do fazê-lo.

O abençoado Profeta tinha o Ibn Umm Maktum em tamanha alta estima, que o deixava encarregado dos assuntos de Madina quando necessitava fazer uma viagem. Uma dessas ocasiões foi quando os muçulmanos retomaram Makka.
Após a batalha de Badr, Deus revelou versículos do Alcorão ao abençoado Profeta, nos quais Ele falou acerca dos combatentes (mujahidun). Deus disse que aqueles que iam para a guerra (jihad) tinham um status mais elevado aos Seus olhos do que aqueles que ficassem para trás. A intenção da revelação era encorajar as pessoas a empreenderem o jihad e não ficarem em casa. O efeito desses veresículos sobre o Ibn Umm Maktum foi tal, que ele se viu privado da chance de participar do mérito da batalha. Foi ter com o abençoado Profeta, e disse:

“Ó Mensageiro de Deus, se eu fosse capaz, iria empreender o jihad!” Depois começou a dirigir súplicas a Deus, orando sinceramente para que Ele revelasse um versículo (aya) sobre o embaraço dele e daqueles como ele, dizendo:
“Ó Deus, Revela algo dizendo que eu estou excluído!”

Não demorou muito para que Deus respondesse as suas súplicas. Aconteceu que o abençoado Profeta estava sentado com o seu escriba, o Zaid b. Çabit, quando um torpor desceu sobre o Profeta (SAAS). Uma das suas pernas caiu sobre a perna do Zaid que, mais tarde, disse que parecia mais pesada que uma rocha. Então o Profeta (SAAS) voltou ao estado normal, e disse para o Zaid escrever:

“Os Crentes que ficam para trás não são do mesmo quilate daqueles que empreendem o jihad em prol de Deus...”

O Ibn Umm Maktum ficou de pé, e disse:

“Ó Mensageiro de Deus, e quanto àqueles que são incapazes de empreender o jihad?”

Ele mal havia terminado a pergunta, e o estado de transe voltou ao abençoado Profeta; e quando passou, ele pediu para o Zaid que lesse o que havia sido escrito, e ele leu:

“Os Crentes que ficarem para trás...” depois do que o Profeta disse:

“Acresceta isto: ‘e que não tiverem desculpas...’”

O desejo de Ibn Umm Maktum foi satisfeito por Deus, Que o livrou, bem como àqueles como ele, da culpa de não empreenderem o jihad. A despeito disso, sua ambição de ser prazeroso aos olhos de Deus não lhe permitia estar contente com o ficar em casa. Ele resolveu empreender o jihad, por causa do seu nobre espírito que só podia ser satisfeito com ações nobres. Daquele dia em diante, ele decidiu jamais estar ausente duma batalha, e até planejava o seu papel nela. Escolheu postar-se entre as fileiras, segurando o estandarte dos muçulmanos. Ele dizia:

“Segurá-la-ei e a manterei no lugar para vós, pois sou cego e sem capacidade para fugir.”

No 14º ano da hégira, o Ômar b. al Khattab planejava integrar os pagãos persas no país deles, e deixar esse país em aberto para os pregadores do Islam. Ele escreveu para os seus governadores, em todas as regiões:

“Enviai-me qualquer um e todos que tenham uma montaria, armadura ou arma, e apressai-vos!” Voluntários muçulmanos acorreram para Madina vindos de todos os quadrantes do Estado, sendo que um deles foi o Abdullah b. Umm Maktum.
O Al faruq Ômar deu ao Sad b. Waqqas o comando do exército, e se despediu dele.

Quando o exército chegou a Al Cadisiya, o Abdullah b. Um Maktum deu um passo à frente, usando uma vetimenta de armadura, e portando toda uma parafernália de armas. Tomou a seu encargo a tarefa de segurar o estandarte dos muçulmanos, e o proteger até à morte.

Os dois exércitos se entrechocaram ferozmente por três cruéis dias. A batalha foi a mais cruenta do que qualquer outra jamais testemunhada pela história. O terceiro dia revelou que Deus havia concedido aos muçulmanos uma estonteante vitória, e que o mais poderoso império do mundo havia sido derrubado. A mais longa linha de imperadores a governarem a terra tinha chegado ao fim e, com eles, a idolatria tinha chegado ao fim. O estandarte da crença num Único Deus foi erguido, para assim permanecer até ao final dos tempos.

O custo dessa vitória foi de centenas de mártires. Entre eles estava o Ibn Umm Maktum, que foi encontrado no campo de batalha, coberto de sangue, apertando contra o peito o estandarte do Islam.


Fonte: http://www.luzdoislam.com.br/default.asp?itemID=253&itemTitle=Abdullah%20b.%20Umm%20Maktum-- “


Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele.” 8:24

segunda-feira, fevereiro 23, 2009

Companheiros da Caverna

"Tu pensas tu que os Companheiros da Caverna e da Inscrição foram algo extraordinário entre os Nossos Sinas? (Capítulo Al-Kahf – 18:9)

No 18° capítulo do Alcorão, denominado “Al-Kahf", que significa "A Caverna", é contado o episódio relativo a um grupo de jovens, que se tinha abrigado numa caverna para se esconder do governante que rejeitava Allah e praticava a opressão e a injustiça, particularmente para com os crentes. Os versículos relativos ao assunto são os seguintes:

Ou pensas tu que os Companheiros da Caverna e da Inscrição foram algo extraordinário entre os Nossos Sinas?Recorda de quando um grupo de jovens se refugiou na Caverna, dizendo:

Ó nosso Senhor, concede-nos a Tua misericórdia, e reserva-nos um bom êxito na nossa situação!

Então, Nós selamos-lhes os seus ouvidos, (adormecendo-os) durante um certo número de anos, na Caverna:

Depois acordámo-los, para verificar qual dos dois grupos melhor sabia calcular a quantidade de tempo que haviam permanecido ali.Narramos-te a sua história com a verdade:

Eram jovens crentes no seu Senhor, e guiamo-los:E fortalecemos os seus corações; e quando se ergueram, disseram:

Nosso Senhor é Senhor dos céus e da terra e jamais invocaremos nenhuma outra divindade em vez d'Ele; pois se o fizéssemos seria uma enorme insensatez!

Estes povos adoram outras divindades, em vez d'Ele, embora não lhes tenha sido concedida alguma autoridade evidente para tal.

Haverá alguém mais iníquo do que quem forja mentiras acerca de Allah?Quando virardes as costas ao que eles fazem e às coisas que adoram, em vez de Allah, refugiai-vos na Caverna:

Então, o vosso Senhor vos cobrirá com a sua misericórdia e vos reservará um feliz êxito no vosso emprendimento.E tu poderias ter visto o sol, quando se elevava, resvalar a Caverna pela direita e, quando se punha, deslizar pela esquerda, enquanto eles ficavam no seu espaço aberto. Este é um dos Sinais de Allah:

Aquele que Allah encaminhar estará bem encaminhado; mas aquele que Allah abandonar, jamais poderás achar-lhe protector que o guie (para o Caminho Correcto).(Se os houvesses visto), Julgá-los-ias despertos, apesar de estarem dormindo, pois Nós os virávamos, ora para a direita, ora para esquerda, enquanto o seu cão dormia, com as patas estendidas, na entrada da Caverna.

Se os tivesses observado de perto, decerto fugirias deles, apavorado.E eis que os despertamos para que se interrogassem entre si. Disse um deles:

Quanto tempo permanecestes (aqui)? Eles responderam: Permanecemos (talvez) um dia, ou parte de um dia.

Outros disseram: (Só) nosso Senhor sabe melhor do que ninguém o quanto permanecestes...

Enviai um de vós com seu dinheiro à cidade: que descubra a melhor comida (a comer) e que a traga, para (que possam) satisfazer a vossa fome com ela; que se comporte cuidadosamente e com cortesia, e que não informe vivalma a vosso respeito, Porque, se vos descobrirem, decerto apedrejar-vos-ão ou forçar-vos-ão a retomar o seu culto e, então, jamais alcançareis a vossa prosperidade.

Assim demos então a conhecer o seu caso às pessoas, para que pudessem estar cientes de que a promessa de Allah é verdadeira, e de que não existe lugar para dúvidas relativamente à Hora do Juízo.

E quando os habitantes da cidade discutiram este caso, entre eles disseram: Construí um edifício sobre eles; o seu Senhor sabe melhor o que lhes diz respeito. Aqueles que venceram na argumentação disseram:

"Construí um local de culto, por cima da Caverna.

Alguns diziam que eram três, sendo o cão o quarto elemento; outros diziam que eram cinco, e o cão o sexto, fazendo palpites ao acaso; e outros, ainda, diziam que eram sete, sendo o cão o oitavo elemento.

Dize: "O meu Senhor conhece melhor do que ninguém o seu número e só poucos o conhecem!

Assim, não discutas, pois, a respeito disto, a menos que seja de um modo claro, e não inquiras, sobre eles, ninguém.Nem digas, do que quer que seja, "Amanhã farei isto e isto", sem acrescentar, "Se Allah quiser!" e recorda o teu Senhor, quando te esqueceres, e dize:

É possível que o meu Senhor me guie para o que está mais próximo da verdade.E eis que permaneceram na sua Caverna trezentos anos.Dize-lhes: Allah sabe melhor do que ninguém quanto tempo lá passaram, porque é Seu o mistério dos céus e da terra. Quão claramente Ele vê, quão facilmente Ele escuta (tudo)! Eles não têm outro protector que não Ele, e nem Ele partilha com ninguém a Sua governação>>.(Capítulo Al-Kahf – 18:9-26)

De acordo com a crença generalizada, os Companheiros da Caverna, elogiados tanto pelas fontes Islâmicas como pelas Cristãs, foram sujeitos à cruel tirania do Imperador Romano Decius. Face à opressão e injustiça de Decius, estes jovens avisaram, por diversas vezes, o seu povo para que não abandonasse a religião de Allah. A indiferença do seu povo perante a sua transmissão da mensagem, o aumento da opressão por parte do imperador e as ameaças de morte de que foram alvo, conduziram-nos a abandonar os seus lares.
Como comprovam os documentos históricos, nessa época muitos eram os imperadores que implementavam e executavam políticas de terror, opressão, e injustiça para com os crentes que defendiam o antigo Cristianismo na sua forma original.

Numa carta escrita pelo Governador Romano Pilinius (69-113 D.C.), que estava no noroeste da Anatólia, ao Imperador Trayanus, são referidos "os companheiros do Messias (os Cristãos) que foram punidos por se recusarem a adorar a estátua do Imperador".

Esta carta é um dos mais importantes documentos relativos à opressão sofrida pelos antigos Cristãos nessa época. Sob semelhantes circunstâncias, estes jovens, a quem tinha sido ordenado que se submetessem a um sistema não religioso ou a um imperador no lugar de Allah, não aceitaram a ordem e disseram:

Nosso Senhor é Senhor dos céus e da terra e jamais invocaremos nenhuma outra divindade em vez d'Ele; pois se o fizéssemos seria uma enorme insensatez! Estes povos adoram outras divindades, em vez d'Ele, embora não lhes tenha sido concedida alguma autridade evidente para tal. Haverá alguém mais iníguo do que quem forja mentiras acerca de Allah?

(Capítulo Al-Kahf – 18:14-15)
No que diz respeito à região onde os Companheiros da Caverna viveram, existem diversas teorias. A mais razoável de entre elas aponta para o Efêso e Tarso.
Quase todas as fontes Cristãs mostram o Efêso como a localização da Caverna onde estes jovens crentes se abrigaram. Alguns investigadores Muçulmanos e os intérpretes do Alcorão concordam com os Cristãos relativamente ao Efêso. Outros explicaram detalhadamente o porquê da região em questão não poder ser essa, tentando provar que o acontecimento teve lugar no Tarso. Neste estudo, lidaremos com ambas as possibilidades. Contudo, todos esses investigadores ─ incluindo os Cristãos ─ afirmam que o evento teve lugar no tempo do Imperador Romano Decius (também chamado Decianus), por volta do ano 250 D.C.. Decius, lado a lado com Nero, é conhecido por ter sido o Imperador Romano que exerceu a mais severa tortura sobre os Cristãos. Durante o seu curto reinado, fez passar uma lei que obrigava toda a gente sob a sua alçada a oferecer um sacrifício aos Romanos. Todos eram obrigados a oferecer um sacrifício a estas divindades, e exibir um certificado de aprovação comprovativo deste acto, para ser examinado pelos funcionários do estado. Aqueles que não obedecessem a esta regra seriam executados. Nas fontes Cristãs encontra-se escrito que a grande maioria dos Cristãos evitou cometer este acto idólatra fugindo de "cidade em cidade", ou refugiando-se em abrigos secretos. Os Companheiros da Caverna eram, com grande probabilidade, um grupo respeitador de entre estes primeiros Cristãos.

O nome do Imperador que reinava na altura em que os Companheiros da Caverna despertaram do seu longo sono é Tezusius, de acordo com os investigadores Muçulmanos, enquanto que é Teodósio II segundo Gibbons. Este Imperador governou entre 408 e 450 D.C., depois do Império Romano se ter convertido ao Cristianismo. Referindo-se ao versículo abaixo indicado, em alguns comentários é dito que a entrada da Caverna está virada para norte, daí que a luz do sol não pudesse penetrar no seu interior. Também assim quem passasse pela caverna não poderia vislumbrar de todo o seu interior. O versículo do Alcorão relacionado com o assunto informa-nos:

E tu poderias ter visto o sol, quando se elevava, resvalar a Caverna pela direita e, quando se punha, deslizar pela esquerda, enquanto eles ficavam no seu espaço aberto. Este é um dos Sinais de Allah:

Aquele que Allah encaminhar estará bem encaminhado; mas aquele que Allah abandonar, jamais poderás achar-lhe protector que o guie (para o Caminho Correcto). (Capítulo Al-Kahf – 18:17)

A segunda localização apresentada como o local onde os Companheiros da Caverna haviam vivido é Tarso.

Na realidade aí existe uma caverna em tudo semelhante à que é descrita no Alcorão, que se situa numa montanha conhecida como Encilus ou Bencilus, no noroeste de Tarso.

A ideia de Tarso é a teoria defendida por muitos estudiosos Islâmicos. Um dos mais importantes intérpretes do Alcorão, At-Tabari, indicou o nome da montanha onde se localizava a caverna como sendo "Bencilus", na sua obra intitulada Tarikh-al Umam, e acrescentou que esta se encontrava em Tarso. (47)

Igualmente, outro famoso intérprete do Alcorão, Mohammed Emin, afirma que o nome da montanha é "Pencilus" e que era em Tarso. O nome pronunciado "Pencilus" pode por vezes ser dito "Encilus". Segundo ele, a diferença entre as palavras deve-se à pronúncia diferente da letra "B" ou à perda de uma letra da palavra original, caso conhecido como "abrasão histórica de palavras". (48)

Fakhruddin ar-Razi, outro bem conhecido estudioso do Alcorão, explica na sua obra que "apesar de se chamar a este local Efêso, a intenção básica é dizer Tarso, pois Efêso é um dos nomes de Tarso." (49)

De igual modo, nos comentários de Qadi al-Baidawi e an-Nesafi, al-Jalalayn e at-Tibyan, nos de Elmaly e O. Nasuhi Bilmen, assim como muitos outros estudiosos, este lugar é especificado como "Tarso". Para além disso, todos estes intérpretes explicam a frase no 17° versículo, "o sol, quando se elevava, resvalar a Caverna pela direita e, quando se punha, deslizar pela esquerda," dizendo que a entrada da caverna se encontrava virada a norte. (50)

A residência dos Companheiros da Caverna foi igualmente assunto de interesse na época do Império Otomano, e algumas pesquisas foram efectuadas sobre a questão.

Existe uma série de correspondência e troca de informações a respeito do assunto nos Arquivos Otomanos do Prime Ministry.

Por exemplo, numa carta enviada ao Tesoureiro Superior do Estado Otomano pela administração local de Tarso, existe um pedido formal com uma mensagem anexa, notificando o seu desejo de pagar um salário às pessoas que se encarregavam da limpeza e manutenção da caverna de Ashab-y Kehf (companheiros da caverna).

Em resposta a esta missiva, fora afirmado que para se poder proceder ao pagamento destes salários, revelava-se indispensável averiguar se este era realmente o local onde residiram os companheiros da caverna.

As pesquisas efectuadas para semelhante propósito foram extremamente úteis na determinação da localização da caverna.

- "Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele." 8:24

BISMILLAH AL-RAHMAN AL-Rahim•Wassalatu Wassalamu Ala Ashraful Mursaleen Allahumma Sali Ala Muhammad ua Aali Muhammad Imploramos a ALLAH (SW), que nos ajude, nos dê uma boa orientação para o benefício do Islã e dos muçulmanos, corrigindo nossos trabalhos, nossas intenções e nossas ações. Agradecemos a ALLAH (SW) que é o único Deus do universo. Que ALLAH (SW), aceite este trabalho, nos dando uma boa recompensa nesta vida e na outra. Principalmente às pessoas que nos precederam nesse trabalho e nos serviram como orientadores! Subhanna Allah!(Louvado Seja Deus).

Fonte: http://www.luzdoislam.com.br/

Zaid al Khair

"Tens duas qualidades que são apreciadas por Deus e pelo Seu Profeta: deliberação e paciência" (dizer do abençoado Profeta).
O abençoado Profeta costumava dizer que as qualidades básicas das pessoas são tão duradouras quanto o metal: a melhor das pessoas, dos tempos da ignorância tornam-se os melhores muçulmanos.

Neste capítulo há dois retratos de um dos Companheiros. Um retrato dele é do tempo da ignorância (Jahiliya ), e o outro é de depois que ele aceitou o Islam.
Esse Companheiro era conhecido como Zaid al Khail1, no tempo da Jahiliya, e o abençoado Profeta o renomeou Zaid al Khair2, após ele aceitar o Islam. A primeira descrição dele pode ser encontrada nas antologias da antiga literatura, contada por Al Chaybani, sob a autoridade de um dos velhos da tribo dos Banu Amir.

Os Banu Amir estavam passando por um ano de seca na qual estavam a perder suas colheitas e o seu gado. Um homem pegou sua família e com ela viajou, deixando a tribo, para Al Hira, onde a deixou, dizendo que aí ficasse até que ele voltasse para a pegar. Ele jurou que não iria voltar até que não conseguisse algum dinheiro, ou então iria morrer, na lida.

_Pegou alguma provisão, e se pôs a caminho, a pé. Viajou por todo um dia e, quando a noite caiu, ele se achou defronte a uma tenda; amarrada ali por perto, encontrou um potro. Dizendo a si mesmo que havia encontrado o primeiro tesouro, ele soltou o potro, e estava pronto para o montar, quando ouviu uma voz que disse:

"Deixa-o aí, e corre, se quiseres viver!" Então ele o deixou, e continuou a viagem. Depois de haver caminhado por sete dias, chegou a um lugar onde havia uma cocheira de camelos. Perto dali, viu uma enorme tenda com a cúpula feita de couro, o que queria dizer que os seus donos deveriam ser ricos, e deviam ter um grande número de camelos.

Ele se chegou perto da tenda, e olhou para dentro dela; viu um velho sentado, com as costas voltadas para ele. Ele fez por esgueirar-se para dentro dela, e se sentou atrás do velho, que nem o notou.

Era quase o pôr do sol e, tão logo escureceu, um homem chegou num cavalo. Era o mais corpulento homem que ele já vira na vida, montando um também corpulento cavalo de guerra. Flanqueando-o, estavam dois escravos a pé, e seguindo-os havia uma centena de camelas, dirigidas por um camelo. O camelo ajoelhou-se, e as fêmeas fizeram o mesmo, rodeando-o.

O cavaleiro disse para um dos seus escravos que ordenhasse uma das camelas, apontando para uma grande e gorda, e lhe disse para dar leite ao velho. O escravo ordenhou a camela e encheu uma tigela, a qual colocou na frente do velho, antes de ir embora. O velho tomou um ou dois goles do leite, deixando o resto. O intruso se arrastou, no escuro, até à tigela, da qual bebeu até a última gota. Quando o escravo voltou, viu que o leite havia acabado, e disse ao seu amo que o velho tinha bebido tudo.

Contente, o cavaleiro apontou para uma outra camela, e disse para o escravo que a ordenhasse, e desse o leite para o velho. O escravo obedeceu, e o velho mais uma vez tomou da tigela mais um par de goles. Dessa vez, o intruso bebeu só a metade do leite, pois temeu que se ele bebesse tudo, iria levantar a suspeita do cavaleiro. Este ordenou ao outro escravo que abatesse uma ovelha, a qual ele próprio preparou e assou. Então ele deu manualmente a carne ao velho, até que ficasse satisfeito. Depois daquilo, ele e seus escravos se serviram da carne. Depois foram dormir e, não demorou muito para que estivessem roncando, dormindo a sono solto.

Naquele ponto, o intruso saiu do seu esconderijo e foi até ao camelo, o qual ele desamarrou e montou. O camelo se pôs de pé, e começou a andar, e todas as camelas o seguiram. O ladrão viajou toda a noite. Quando rompeu a manhã, ele olhou em torno e se certificou de que ninguém estava a segui-lo. Continuou, até que o sol estava bem acima do horizonte, quando cismou de olhar atrás dele. À distância, lobrigou algo que primeiramente parecia uma águia vindo em direção a ele. Quando se aproximou, ele constatou que era um cavaleiro; e, quando chegou mais perto, viu que era o dono dos camelos.

Parando e desmontando, ele amarrou o camelo, e se posicionou entre o cavaleiro e a cáfila. Depois tirou um flecha da sua aljava, e a colocou no seu arco. O cavaleiro parou onde estava, à distância, e gritou para ele:

"Desamarra o camelo!"

"Nunca", respondeu o ladrão, "porque tenho minhas esposas e meus filhos a morrerem de fome, em Al Hira, e jurei que não voltaria a eles se não levasse dinheiro, ou morreria tentando."
O cavaleiro disse para ele:

"Matar-te-ei se não desamarrares o camelo, ínfima criatura!"
"Jamais", respondeu o ladrão.


"Maldito sejas, seu tolo imprudente!" disse o homem.

Apontando para uma das rédeas do camelo, o cavaleiro disse para o ladrão que escolhesse um dos três nós. Ele escolheu o do meio, e o cavaleiro atirou uma flecha dentro dele, tão facilmente como se a tivesse posto com a mão. O ladrão se conscientizou de que não teria a menor chance contra tal habilidade, e se rendeu.

O cavaleiro foi até ele, tomou dele o arco e a espada, e lhe disse que montasse na garupa do cavalo; ele assim fez, e o cavaleiro lhe perguntou:

"Que pensas que irei fazer contigo?"

"Provavelmente, algo terrível", respondeu o ladrão.

"Por que?" perguntou o cavaleiro.

"Por causa do que fiz a ti", disse o ladrão, "e por causa do distúrbio que te causei"
O cavaleiro lhe disse:

"Como pensas que te causarei dano, depois que compartilhaste da comida e bebida com Muhalhil, meu pai, e passaste a noite com ele?", dando a conhecer que estivera ciente da estada do intruso, na noite anterior, e não havia objetado a sua presença.

Quando o ladrão ouviu o nome Muhalhil, ficou atônito, e perguntou:

"Será que tu és o Zaid al Khayl?"

O cavaleiro disse que era, e o ladrão lhe implorou que o tratasse com misericórdia. Zaid al Khayl lhe garantiu que não o iria injuriar, e o levou consigo de volta para o acampamento. Quando chegaram ao destino, o Zaid al Khayl, que era famoso por sua generosidade, disse para o prisioneiro:

Se esses camelos fossem meus, eu tos daria, mas acontece que eles pertencem a uma das minhas irmãs. Então, fica conosco como nosso convidado por uns dias. Logo irei sair numa incursão, e espero trazer alguns despojos."

Três dias depois, ele executou uma incursão sobre a tribo dos Banu Numayr, e trouxe consigo quase uma centena de camelos. Ele os deu ao seu prisioneiro, a quem mandou de volta para Al Hira com dois guardas-costas para o proteger.

Esse é o retrato de Zaid al Khail, como era na Jahiliya, mas o seu retrato, como muçulmano, é encontrado em outro lugar, nas histórias da vida do abençoado Profeta.

Quando as notícias sobre o abençoado Profeta alcançaram o Zaid al Khail, e ele ouviu alguns dos ensinamentos sobre o Islam, decidiu visitar Madina e ver o abençoado Profeta por si mesmo. Preparou sua montaria, e convidou os chefes da sua tribo para se juntarem a ele. Um grande número de líderes de Tay o acompanhou, incluindo o Zurr b. Sadus, o Málik b. Jubayr, e o Amir b. Juwayn.

Quando a viagem deles terminou, fizeram seus camelos parar no portão da mesquita, e desmontaram. Aconteceu que quando eles entraram, o abençoado Profeta estava fazendo um khutba3 para os muçulmanos. Ficaram impressionados com o que ele estava dizendo, e surpresos por verem o quão apegados a ele os muçulmanos estavam, e quão seriamente o ouviam, e como ficavam afetados pelo discurso dele.

Quando o abençoado Profeta divisou os visitantes, continuou o seu discurso, dizendo:

"Sou melhor para vós do que Al Uzza e do que tudo o que cultuais, até mesmo os camelos negros que glorificais em vez de Deus", referindo-se aos seus visitantes beduínos.

Alguns deles não reagiram à verdade, e quiseram ouvir mais. Os outros foram embora, em arrogância; de sorte que alguns deles escolheram o Paraíso, ao passo que outros, o Fogo do Inferno.

O homem chamado Zurr b. Sadus viu como o Profeta (S) lá estava, rodeado pelos crentes cujos olhos exprimiam o amor que tinham por ele. Seu coração se encheu de inveja e temor, e ele disse para aqueles que estavam com ele:

"Esse homem irá tornar-se o mestre de todos os árabes; juro que não permitirei que ele seja o meu mestre!"

Ele partiu para a Síria, onde raspou a cabeça e se tornou cristão.

Zaid e outros reagiram diferentemente. Tão logo o Profeta (S) terminou o seu khutba, Zaid juntou-se à multidão de muçulmanos. Era um dos homens mais formosos e, definitivamente, o mais alto; quando montava num cavalo, seus pés arrastavam no chão como se estivesse montando um burrinho. Lá estava ele, sobressaindo-se por sobre os outros, ao dizer, com sua poderosa voz:

"Ó Mohammad, presto testemunho de que não há outra divindade além de Deus, e de que tu é o Mensageiro de Deus."

O abençoado Profeta se aproximou dele e perguntou:

"Quem és tu?"

"Sou o Zaid al Khail b. Muhalhil", ele respondeu.

"Irei chamar-te de Zaid al Khair, em vez de Zaid al Khail", disse o abençoado Profeta. "Louvado seja Deus Que te trouxe de tal distância, e abriu o teu coração para o Islam!"

Desde àquela hora, ele passou a ser conhecido como Zaid al Khair.

Pouco depois o abençoado Profeta levou-o para a sua casa, juntamente com o Ômar b. al Khattab e uma porção de Companheiros. Quando entraram e tomaram seus assentos, o abençoado Profeta pôs uma almofada perto do Zaid para que ele nela se reclinasse.

Zaid a recusou, apesar da repetida insistência do Profeta (S), pois achava que seria falta de respeito reclinar-se na presença do Profeta (S). Quando todos estavam confortáveis, o abençoado Profeta disse:

"Ó Zaid, toda vez que eu ouço tecerem louvores a alguém, antes que com ele me encontre, vejo que o encontrar-me com ele é desapontador. Tu és a primeira pessoa que eu encontro que condiz com todas as descrições que fornecem de ti. Tu possuis duas qualidades que são apreciadas por Deus e pelo Seu Profeta."

"E quais são elas, ó Mensageiro de Deus?"

"Deliberação e paciência."

Zaid disse:

"Louvado seja Deus que me proporcionou isso que Ele e o Seu Mensageiro apreciam. Ó Mensageiro de Deus, dá-me trezentos cavaleiros, e eu te garanto que irei atacar e derrotar os bizantinos."

O abençoado Profeta, impressionado pela energia do outro, disse:

"Quanto bem há em ti, ó Zaid! Quanto homem és!"

Naquele ponto, todos os que tinham acompanhado o Zaid na sua viagem anunciaram a sua aceitação do Islam. Quando se preparavam para voltar à sua terra-natal, o abençoado Profeta compareceu para dizer adeus ao Zaid. Ao vê-lo partir, disse:]

Que homem! Se não fosse pela febre que grassa em Madina, ele poderia conseguir grandes coisas!"

Naquela ocasião, havia uma febre que se alastrava por toda Madina e, logo depois que o Zaid al Khair deixou a cidade, começou a mostrar os sintomas dela. Ele disse para aqueles com os quais estava viajando:

"Vamos evitar passar pelas terras dos Banu Cais. Nós costumávamos suster guerras tribais com eles, coisa que mostrava a estupidez da época da Jahiliya. Não desejo encontrar-me com Deus com o pecado da luta sobre meus ombros."


Zaid al Khair continuou sua viagem rumo à sua terra-natal, em Najd, embora estivesse ficando mais fraco a cada hora por causa da febre. Ele queria alcançar suas gentes, e ser aquele que iria registrar a boa ação de as converter ao Islam. Ele estava disputando com a morte, mas foi uma disputa em que esta o sobrepujou. De modo que exalou o seu último suspiro enquanto ainda em viagem. Morreu puro, uma vez que não houve tempo, entre a sua conversão e sua morte, para que cometesse nenhum pecado.

"Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele." 8:24Salam,

BISMILLAH AL-RAHMAN AL-Rahim•Wassalatu Wassalamu Ala Ashraful Mursaleen Allahumma Sali Ala Muhammad ua Aali Muhammad Imploramos a ALLAH (SW), que nos ajude, nos dê uma boa orientação para o benefício do Islã e dos muçulmanos, corrigindo nossos trabalhos, nossas intenções e nossas ações. Agradecemos a ALLAH (SW) que é o único Deus do universo. Que ALLAH (SW), aceite este trabalho, nos dando uma boa recompensa nesta vida e na outra. Principalmente às pessoas que nos precederam nesse trabalho e nos serviram como orientadores! Subhanna Allah!(Louvado Seja Deus).

Fonte: http://www.luzdoislam.com.br/

domingo, fevereiro 22, 2009

A Barba

Infelizmente muitos muçulmanos hoje em dia falham em reconhecer a importância da barba achando que ela é apenas uma ''sunnah''. Deixar crescer a barba está longe de ser apenas um ato recomendável, os 'ulamá (sábios) concordam que deixá-la crescer é obrigatório e cortá-la é haraam. Este veredito é baseado em inúmeros ahadith do Profeta (salla Allahu 'alaihi wa Salam) e também no hábito de seus companheiros; tal é a importância que eles atribuiam que eles consideravam aqueles que cortavam as barbas como sendo efeminados, imitadores das mulheres e não aceitavam seus testemunhos.

Hoje nós vemos muslims que raspam ou cortam a barba e deixam crescer os bigodes, fazendo exatamente o oposto da ordem Profeta (salla Allahu 'alaihi wa Salam) prefirindo seguir a moda dos incrédulos. Que Allah nos permita reconhecer a importância desta matéria e nos permita obedecer seu Mensageiro (salla Allahu 'alaihi wa Salam).
Segue abaixo um poema bem humorado traduzido do inglês, feito por um irmão da Inglaterra sobre a barba. "Eu fui jantar no salão da residência universitária um dia no ano passado quando duas irmãs começaram a rir de mim, eu tinha um resto de comida preso na minha barba, elas começaram inocentemente a rir da minha barba dizendo que ela era desarrumada, inatural e anti-higienica, pouco elas sabiam da ira que eu senti como resultado disso eu canalizei essa ira, liberando minha raiva através da minha caneta e assim foi produzido esse poema.. Eu recitei esse poema na Universidade de Leicester no dia da celebração do Eid e foi recebido com muitas risadas e aclamação - alhamdulillah. Devido a demanda popular e aos muitos requerimentos eu decidi digitar esse poema e mandar por email para os meus amigos no Islam. Deixe-me lembrar a todos para não ficarem ofendidos ja que isso não é uma fatwa - somente um poema que foi produzido espontaneamente como resultado dessa experiencia desafortunada." Tushar (12th March 2001]


A Beleza da Barba! por Br Tushar Imdad-ul-Haque Bhuiya

"Glorificado seja Aquele que embeleza as mulheres com longas mechas de cabelos
E Homens com longas barbas
Há beleza na barba
Ah sim, há beleza na barba!
Quando o leão ruge todos os animais se submetem
Pois o leão é o rei da selva
O leão com sua gloriosa juba
E um homem Muslim cresce sua juba com orgulho
Mostrando ao resto da humanidade que ele deve ser respeitado
Será que alguém poderia imaginar um leão sem sua juba?
Não, vós não podeis!
Então imaginem um homem sem sua barba
Ai das mulheres mundanas que zombam das barbas!
Desejando maridos com faces raspadas
Ai das mulheres que zombam da Sunnah do Profeta
Em nome da higiene, asseio e textura lisa
Verdadeiramente as mulheres mundanas não podem gostar da barba
Mas aquela que deseja o Paraíso ama a barba!
A barba é um presente dado ao homem
Algo que só ele pode crescer; uma mulher nunca poderá!
Quando ele pensa, ele gentilmente passa a mão;
Quando ele come; ela estoca comida;
Quando ele está com crianças, elas brincam com ela com vontade;
Quando ele está com sua esposa, ela a acaricia com amor;
Quando o inimigo a vê, o temor é sentido por seus corações!
Ah! Com certeza há beleza na barba
Todos os Profetas tinham barbas - sim eles tinham!
O Profeta Muhammad tinha barba - tão grande! tão grande!
Todos os companheiros tinham barbas - ó sim! ó sim!
Todos os sábios tinham barbas - eu sei! eu sei!
Todos os eruditos têm barbas - é verdade! é verdade!
Todos os piedosos têm barbas - veja só! veja só!
Todos os Muslims tem barbas!? - Ah se! Ah se!
Quem não tinha barbas? Os kafirun!
Quem tinha faces raspadas? Os kafirun!
Quem crescia os bigodes? Os kafirun!
"E o que o nosso Profeta ordenou?" Eu aqui lhe pergunto
Ele nos ordenou a deixar crescer a barba e a aparar o bigode!
Deixar crescer a barba e aparar o bigode!
Que razão maior que essa poderia existir
O fato que nosso Profeta nos disse
Que nós deveríamos nos mostrar para o mundo
Como homens de barba completa com honras incontáveis
Ó irmão muslim! Porque você deseja se parecer com uma mulher
Quando seu abençoado pêlo facial é a diferença entre você e o sexo oposto?
Ó pobre irmão Muslim! Porque você imita o kaafir
Ao invés de seguir o Profeta do Islaam?
Ó tola irmã muslimah! Porque você é tão cega?
Enfeitiçada pelos atores de Hollywood que não tem raciocínio!
Ó infeliz irmã! Você não está assustada com sua escolha
Você prefere ter um macaco efeminado ao invés de um exaltado gorila másculo!
Então certamente eu amo minha barba
E amo os caracóis e pêlos entrelaçados
Que nenhum óleo, gel ou supercola poderiam esticar
Minha gloriosa longa, encaracolada, desarrumada e fofa barba!
Um local de brincadeiras para as crianças;
A inveja dos malaios
E a amada por Allah!
Eu posso ser rejeitado por mulheres mundanas por causa deste pêlo na minha face
Mas quem liga! Pois minha mãe a ama e ela põe todas essas irmãs em desgraça!
Sejam pacientes irmãos Muslims, que rejeitam um visual da moda por uma aparência profética
Paraíso com as Huris de olhos amendoados é nossa morada final!!!!"
Tushar Abu Hurayrah narrou que o governante do Iêmen, nomeado pelo imperador persa Kisra, enviou dois emissários ao Profeta (salla Allahu 'alaihi wa Salam)). Quando chegaram ante ele, advertiu-os que tinham raspado a barba e deixado crescer o bigode. Odiando a aparência feia deles, virou sua face e disse: “Oh homens, quem lhes disse para fazer isso?” Eles responderam: “Nosso amo (Kisra)!”. O Mensageiro (salla Allahu 'alaihi wa Salam) disse: “Mas meu Senhor, Exaltado e Glorificado seja Ele, me ordenou que poupasse a barba e apare o bigode.” [Registrou por Ibn Jarir at-Tabari, Ibn Sa’d e Ibn Bishran. Verificado como hasan (bom) por al-Albani (Fiqh us-Sirah de al-Ghazali p. 359)] Ibn ‘Umar (que Allah esteja comprazido com ele) narrou que o Mensageiro de Allah (salla Allahu 'alaihi wa Salam)) disse: “Aparem o bigode, mas deixem crescer a barba.” [Al-Bukhari, Muslim e outros]. A’ishah relatou que o Mensageiro de Allah (salla Allahu 'alaihi wa Salam)) disse disse: “São dez as condições da fitrah: aparar o bigode, deixar cerscer a barba, usar o siwak para escovar os dentes, inalar água para limpar o nariz e enxaguar a boca, cortar as unhas, o lavar as juntas dos dedos, depilar os pêlos das axilas, raspar os pêlos púdicos, o lavar as partes íntimas com água, e a circuncisão”. [Muslim, Abu Dawud, Ahmad, Ibn Abi Shaybah, e outros. Sahih ul-Jami nº.: 2222] Todos os profetas (alaihis-salam), os Sahabahs (companheiros do Profeta), os grandes “ulama”, e os Salafs (muçulmanos exemplares) da Ummah (Nação) deixavam crescer a barba. Não existe nenhum relato que diga que algum deles se barbeava. Por exemplo, Allah nos disse que o profeta Araão (alaihis-salam) se dirigiu ao seu irmão Moisés (alaihis-salam) da seguinte maneira: (Araão) disse: “Ó filho de minha mãe! Não me apanhes nem pela barba nem pela cabeça. Por certo receei que dissestes: ‘Causaste separação dos filhos de Israel, e não observaste meu dito!” [Ta-ha 20: 94] Além disso, existem relatos autênticos que indicam que os Califas probos, como também outros sahabahs e tabi’in tiveram grandes barbas. Abu Bakr tinha uma barba grossa [Qut ul-Qulub 4: 9], Umar tinha também uma importante barba [Al-Isabah 2: 511], Uthman tinha uma barba grande [Al-Isabah 2: 455], e a barba de Ali era tão larga que ocupava o espaço entre seus ombros [At-Tabaqat (3: 25) de Ibn Sa’d].

Portanto, raspar a barba é claramente um desvio do caminho dos crentes.

BISMILLAH AL-RAHMAN AL-Rahim•Wassalatu Wassalamu Ala Ashraful Mursaleen Allahumma Sali Ala Muhammad ua Aali Muhammad Imploramos a ALLAH (SW), que nos ajude, nos dê uma boa orientação para o benefício do Islã e dos muçulmanos, corrigindo nossos trabalhos, nossas intenções e nossas ações. Agradecemos a ALLAH (SW) que é o único Allah(SW) do universo. Que ALLAH (SW), aceite este trabalho, nos dando uma boa recompensa nesta vida e na outra. Principalmente às pessoas que nos precederam nesse trabalho e nos serviram como orientadores! Subhanna Allah!(Louvado Seja Allah(SW).

"Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele." 8:24

Quanto à Modéstia, suas Virtudes e Como Desenvolvê-la

Ibn Omar (R.A.A), reatou que o Mensageiro de Deus (s) passou por um homem dos ansar que estava aconselhando o irmão à não ser muito modesto ou acanhado. O Profeta (s) disse: "Deixa-o, uma vez que a modéstia e o acanhamento fazem parte da fé". (Bukhari e Muslim)Imran Ibn Hushain (R.A.A.), relatou que o Mensageiro de Deus (s) disse: "O pudor e o recato nada podem ocasionar senão o bem". (Bukhari e Muslim)Abu Huraira (R.A.A.) contou que o Mensageiro de Deus (s disse:"A fé de sessenta ou de setenta e tantos graus; o mais sublime deles é o testemunho de que não há outra divindade além de Deus; e o menor é o ato de se retirar os obstáculos do caminho. Contudo, sabei que o pudor e o recato constituem uns dos graus da fé". (Bukhari e Muslim)Abu Said al Kudri (R.A.A.) narrou que o Mensageiro de Deus (S) tinha mais pudor e acanhamento que uma virgem na noite de suas bodas nos seus aposentos. Por isso, dávamo-nos conta de qualquer coisa se que o desgostasse. (Bukhari e Muslim)O Respeito aos Pactos, e o Cumprimento das PromessasDeus, louvado seja, disse: "Cumpri o convencionado, porque o convencionado será reivindicado". (17:34)E, louvado seja, disse também: "Cumpri o pacto com Deus se o houverdes feito". (16:91)E, louvado seja, disse mais: "Ó crentes, cumpri com vossas obrigações". (5:1)E, louvado seja, disse mais ainda: "Ó crentes, por que dizeis o que não fazei? É enormemente odioso perante Deus, dizerdes o que não fazeis". (61: 2-3)Abu Huraira (R.A.A.) narrou que o Mensageiro de Deus (s) disse: "O hipócrita será reconhecido por três instâncias: quando conta algo, mente; quando se compromete com algo, não cumpre, e quando nele se confia, trai a confiança". (Bukhari e Muslim)Abdullah Ibn Amr al Aas (R.A.A.), relatou que o Mensageiro de Deus (s) disse: "Existem quatro características (para se conhecer a hipocrisia); quem as tiver será um autêntico hipócrita, e quem tiver só uma delas terá a característica de hipocrisia, até que a abandone: Caso se confie nele, trai a confiança; se contar algo, mente, se faz um pacto, viola-o; e se tem alguma diferença com alguém, age com perversidade". (Bukhari e Muslim)Jáber (R.A.A.) contou que em certa ocasião, o Profeta (s) lhe disse: "Se tivesse chegado o capital vindo de Bahrain, ter-te-ia dado tanto e tanto". Porém, o Profeta (s) morreu antes que o provento chegasse. Quando o tal provento chegou a Madina, Abu Bakr (R.A.A.) fez o chamamento: "Que nos venha ver aquele a quem o Mensageiro de Deus (s) lhe haja prometido algo, ou que com ele tinha divida". Assim, foi vê-lo, e lhe contou que o Profeta (s) lhe havia dito isto e aquilo. Então Abu Bakr pegou umas moedas com ambas as mãos e lhas entregou. Contou-as, e viu que eram quinhentos dirhams. Em seguida, Abu Bakr disse a Jáber: "Toma! É o dobro do prometido". (Bukhari e Muslim)

BISMILLAH AL-RAHMAN AL-Rahim•Wassalatu Wassalamu Ala Ashraful Mursaleen Allahumma Sali Ala Muhammad ua Aali Muhammad Imploramos a ALLAH (SW), que nos ajude, nos dê uma boa orientação para o benefício do Islã e dos muçulmanos, corrigindo nossos trabalhos, nossas intenções e nossas ações. Agradecemos a ALLAH (SW) que é o único Deus do universo. Que ALLAH (SW), aceite este trabalho, nos dando uma boa recompensa nesta vida e na outra. Principalmente às pessoas que nos precederam nesse trabalho e nos serviram como orientadores! Subhanna Allah!(Louvado Seja Deus).

"Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele." 8:24
Fonte: Livro Riadusallihin (Oásis dos Virtuosos)

Oração (SALAT)

A oração é a primeira das adorações instituídas por Deus no Islam. E tamanha é a sua importância que foi a única que não foi transmitida ao profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), através do arcanjo Gabriel aqui na terra. A sua transmissão se deu no céu, feita diretamente por Deus ao Seu Mensageiro, nos eventos conhecidos como Al Isrá (A viajem noturna) e Al Miráj (A ascensão).
A oração é citada no Alcorão mais de 117 vezes, a sua finalidade está expressa neste versículo.
"Sou Deus. Não há divindade além de Mim ! Adora-Me, pois, e observa a oração, para celebrar o Meu nome." (Alcorão Sagrado 20:14)
A obrigatoriedade da oração veio expressa tanto no Alcorão como na Sunnah.
"A oração é uma obrigação prescrita aos crentes, para ser cumprida em seu devido tempo." (Alcorão Sagrado 4:103)
A forma de fazê-la nos foi passada pelo profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), através da Sunnah. Disse o profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele):
"Orai como me vistes orando."
A oração é considerada a base fundamental da religião. Disse o profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele):
"Para o muçulmano cair na heresia e no ateísmo, basta somente que ele deixe de cumprir as orações."
Deus instituiu cinco orações diárias obrigatórias, onde o muçulmano estabelece um elo, uma ligação direta entre ele e Deus, sem a necessidade de intermediários para isto, onde ele expressa a sua gratidão e amor a Deus, fortificando, dessa forma, o coração, o corpo e o espírito.
A oração islâmica é um conjunto perfeito, onde o muçulmano alcança diversos benefícios, na parte espiritual, ele alcança paz de espírito elevando-o, na parte física, ele realiza um exercício diário, através dos seus movimentos, beneficiando com isso o seu corpo e é um estimulo à utilização da sua razão, a partir do momento em que tem que saber o que diz na oração, raciocinando em cima dos versículos que são recitados na oração.
Logo, o muçulmano que pratica as cinco orações diárias está reforçando, cinco vezes ao dia, a crença sobre a qual repousa a sua fé, pois a prática da oração é um dos maiores sinais de fé, e a prova mais óbvia da gratidão a Deus pelas Suas incontáveis graças.
Nesses momentos, o muçulmano é relembrado de que Deus o esta observando e ao seu comportamento diário, assim, ele procurarará afastar-se de tudo aquilo que é ilícito e fazer tudo aquilo que agrada a Deus.
"Recita o que te foi revelado do Livro e observa a oração, porque a oração preserva o (homem) da obscenidade e do ilícito; mas, na verdade, a recordação de Deus é o mais importante. Sabei que Deus está ciente de tudo quanto fazeis." (Alcorão Sagrado 29:45)
"Amparai-vos na perseverança e na oração. Sabei que ela (a oração) é carga pesada, salvo para os humildes, Que sabem que encontrarão o seu Senhor e a Ele retornarão." (Alcorão Sagrado 2:45-46)
Nós devemos ter sempre em mente que Deus não precisa da nossa oração, porque Ele está livre de qualquer necessidade. Nós, pelo contrário, é que precisamos dela pois ela nos traz inúmeros benefícios, como os já vistos, além de vários outros, como o de estar imprimindo a organização, a disciplina, a perseverança e a ordem na nossa vida.
A oração nos treina todas as virtudes que tornam possível o desenvolvimento de uma pessoa feliz, proporcionando-nos equilíbrio e paz interior.
Logo, podemos verificar o estímulo à oração feita em grupo, onde os muçulmanos ficam alinhados em fileiras, simbolizando com isso a igualdade que prevalece entre todos quando estão diante de Deus, não havendo diferenças entre o rico e o pobre, o negro e o branco, nem privilégios do governante para o governado.
Além do mais, faz com que os muçulmanos se reencontrem pelos menos cinco vezes ao dia, fortificando, com isso, os laços de amizade, por exemplo, ao constatarem a ausência de alguém que costuma ser assíduo nessas orações, procuram-no para verificar se está doente ou necessitando de algo.
Embora a oração seja aceita por Deus em qualquer lugar, como nas nossas casas, local de trabalho, etc., Deus nos orientou para que construíssemos as mesquitas para que estas orações em grupos pudessem ser realizadas.
"(Semelhante luz brilha) nos templos (Mesquitas) que Deus tem consentido sejam erigidos, para que neles seja celebrado o Seu nome e neles O Glorifiquem de manhã e à tarde." (Alcorão Sagrado 24:36)
"Sabei que as mesquitas são (as casas) de Deus; não invoqueis, pois, ninguém, juntamente com Deus." (Alcorão Sagrado 72:18)
Disse o profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele):
"Para aquele que constantemente vai à mesquita, ou dela volta, Deus prepara uma mansão no Paraíso, tanto na ida como na volta." (Relatado por Bukhári e Muslim).
e disse também:
"Quanto àquele que fizer corretamente a ablução em sua casa, em seguida for a uma das casas de Deus para realizar uma das orações obrigatórias, saiba que, por cada passo que der, ser-lhe-á perdoada uma falta ou ele será elevado em um grau." (Relatado por Muslim).
A obrigatoriedade da oração recai sobre:
1- Os muçulmanos; homens e mulheres;
2- os que atingiram a puberdade;
3- os que gozam de plenas faculdades mentais.
As condições prévias necessárias para validade das orações são:
"Ó fiéis sempre que vos dispuserdes a observar a oração, lavai o rosto, as mãos e os antebraços até aos cotovelos; esfregai a cabeça, com as mãos molhadas e lavai os pés, até aos tornozelos..." (Alcorão Sagrado 5:6)
E só terá que renová-la para a próxima oração caso a quebre. Isso se dá em caso de necessidades biológicas, caso tenha um ferimento, por onde o sangue escorra, dormir, desmaio ou perda da consciência.
Existem situações em que, ao invés da ablução, temos que tomar um banho completo para realizar as orações. Isto se dá em caso da ejaculação provocada ou involuntária, após as relações sexuais, ao término da menstruação e do pós-parto.
"Ó fiéis, não vos deis à oração, quando achardes ébrios, até que saibais o que dizeis, nem quando estiverdes polutos pelo dever conjugal - salvo se vos achardes em viagem, até que vos tenhais higienizado..." (Alcorão Sagrado 4:43)
"Observai a devida oração, porque ela é uma obrigação, prescrita aos fiéis para ser cumprida em seu devido tempo." (Alcorão Sagrado 4:103)
E quando o profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), foi indagado sobre a mais nobre das ações disse:
"A oração celebrada no seu tempo exato."
Citaremos, agora, um versículo referentes aos horários das orações:
"Glorificai, pois, Deus, quando anoitece e quando amanhece! Seus são os louvores, nos céus e na terra, tanto na hora do poente como ao meio-dia." (Alcorão Sagrado 30:17-18)
3º- Estar direcionado à Makka:
Os muçulmanos de todos os cantos do planeta, ao realizarem as suas orações, se voltam em direção a Makka, simbolizando dessa forma a sua unidade, e seguindo a determinação de Deus, o Altíssimo:
"Orienta teu rosto (ao cumprir a oração) para a Sagrada Mesquita (de Makka)! E vós (crentes), onde quer que vos encontreis, orientai vossos rostos até ela." (Alcorão Sagrado 2:144)
Quem desconhecer a sua direção deverá, através da dedução, direcionar-se para aquela que lhe parecer a mais acertada.
A título de curiosidade, os muçulmanos no início rezavam direcionados a Jerusalém. Somente no segundo ano da Hégira foi ordenado ao profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele). mudar o seu direcionamento para Makka.
4º- A intenção.
5º- E estar vestido adequadamente:
O homem deve cobrir-se no mínimo do umbigo até o joelho, e a mulher o corpo todo com exceção do rosto, das mãos e dos pés. Ambos não deverão usar roupas transparentes ou apertadas que marquem o corpo.
Agora, citaremos alguns versículos da Bíblia, que nos mostram que a forma em que os profetas anteriores a Muhammad oravam é bem semelhante a que nós muçulmanos oramos.
Quanto a fazermos a ablução antes das orações:
"Colocou a bacia entre a tenda da reunião e o altar, enchendo-a com água para as abluções. Moisés, com Aarão e os filhos deste, lavavam as mãos e os pés, quando entravam na tenda da reunião ou quando se aproximavam do altar, conforme Javé tinha ordenado a Moisés." (Êxodo 40:30-32)
Quanto à forma de fazermos a oração:
"Jesus foi um pouco mais adiante, prostrou-se com o rosto por terra, e rezou..." (Mateus 26:39)
"... Então Josué prostrou-se com o rosto por terra e o adorou..." (Josué 5:14)
"... Elias subiu ao topo do monte Carmelo e se encurvou até o chão, colocando o rosto entre os joelhos." (I Reis 18:42)
"Moisés e Aarão se afastaram da comunidade, foram para a entrada da tenda da reunião e se prostraram diante dela, com o rosto por terra." (Números 20:6)
Disse o profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele):
"O momento em que o muçulmano está mais perto de Deus é quando ele estiver prostrado em oração."

BISMILLAH AL-RAHMAN AL-Rahim•Wassalatu Wassalamu Ala Ashraful Mursaleen Allahumma Sali Ala Muhammad ua Aali Muhammad Imploramos a ALLAH (SW), que nos ajude, nos dê uma boa orientação para o benefício do Islã e dos muçulmanos, corrigindo nossos trabalhos, nossas intenções e nossas ações. Agradecemos a ALLAH (SW) que é o único Deus do universo. Que ALLAH (SW), aceite este trabalho, nos dando uma boa recompensa nesta vida e na outra. Principalmente às pessoas que nos precederam nesse trabalho e nos serviram como orientadores! Subhanna Allah!(Louvado Seja Deus).

-- "Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele." 8:24
Fonte:
http://www.luzdoislam.com.br

AL-BIDAH (Inovação Na Religião)

Bidah quer dizer inovação na Chari'ah, portanto, inovar é adicionar no Din (religião) práticas não referidas no Alcorão ou no Hadith; atos que não foram praticados pelo Profeta Muhammad (que a Paz e Bênção de Deus estejam sobre ele) nem pelos Sahabas (companheiros do Profeta).
A Bidah é rigorosamente repudiada a ponto do Profeta Muhammad (que a Paz e Bênção de Deus estejam sobre ele) dizer:
''Quem honrar o praticante de Bidah está a ajudar na destruição dos fundamentos do Din.'' (Relatado por Al-Bai-Haqui).
E disse:
''Deus não aceita o jejum, o Salat, a caridade, o Haj, o Umra e os rituais obrigatórios e facultativos, realizados pelo praticante de Bidah, ele está fora do Islam.'' (Relatado por lbn Maja).
E diz:
''Deus fechou a porta do Taubah para todo o praticante de Bidah.'' (Relatado por Al-Tabarani). (Pois esse, nunca se sente culpado).
Depois do shirk e Kufr, o bidah é o maior pecado no Islam, Se o bidah fosse permitido, alteraria e desfiguraria o Din de tal modo que nem se reconheceria o verdadeiro Din deixado pelo Profeta Muhammad (que a Paz e Bênção de Deus estejam sobre ele) e implicaria certamente um consentimento de que o Profeta Muhammad (que a Paz e Bênção de Deus estejam sobre ele) não cumpriu a sua missão ou que há certos atos bons que ele não conhecia e nós é que os descobrimos.
O Profeta Muhammad (que a Paz e Bênção de Deus estejam sobre ele) disse:
''Quem introduzir algo novo neste Din (Religião ou Fé), será rejeitado. '' (Relatado por Al-Bukhári e Al-Muslim).
E disse:
'' Todo o ato de bidah é desvio (erro) e todo o ato de desvio estará no fogo. '' (Relatado por Abu Daud e At-Tirmizi)
O Profeta Muhammad (que a Paz e Bênção de Deus estejam sobre ele) disse:
''Eu deixo convosco duas coisas, se vocês assegurarem-nas bem, nunca vos extraviareis; O Livro de Deus (Alcorão) e a minha Sunnah.''
E Deus também diz no Alcorão Sagrado:
''Hoje, completei a religião para vós; tenho-vos agraciado generosamente, e vos aponto o Islam por religião. '' (Alcorão Sagrado 5:3)
À luz deste ayat e hadith, ninguém tem o direito de introduzir seja o que for ao Din, considerando-o sua parte integrante. Pois, o Din que nos deixou o Profeta Muhammad (que a Paz e Bênção de Deus estejam sobre ele) está completo e não precisa de adições nem de remendos.

BISMILLAH AL-RAHMAN AL-Rahim•Wassalatu Wassalamu Ala Ashraful Mursaleen Allahumma Sali Ala Muhammad ua Aali Muhammad Imploramos a ALLAH (SW), que nos ajude, nos dê uma boa orientação para o benefício do Islã e dos muçulmanos, corrigindo nossos trabalhos, nossas intenções e nossas ações. Agradecemos a ALLAH (SW) que é o único Deus do universo. Que ALLAH (SW), aceite este trabalho, nos dando uma boa recompensa nesta vida e na outra. Principalmente às pessoas que nos precederam nesse trabalho e nos serviram como orientadores! Subhanna Allah!(Louvado Seja Deus).

"Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele." 8:24

Fonte: http://www.luzdoislam.com.br

Amr b. al Jamuh

O idoso que resolveu ir manquejando por todo o caminho rumo ao Paraíso.
Amr b. al Jamuh era um dos líderes de Yaçrib durante o tempo de Al Jahiliya, um dos chefes da altiva tribo dos Banu Salama. Foi um dos moradores de Madina que eram renomados por suas gentilezas e generosidades.
Um dos costumes da nobreza, no tempo de Al Jahiliya, era terem em casa um ídolo particular. Prestavam seus respeitos a ele pela manhã e à tardezinha, faziam sacrifícios a ele nos dias de festividade, e apelavam para ele nos tempos de calamidade. O ídolo do Amr b. al Jamuh chamava-se Manat. Havia sido esculpido em preciosa madeira, e o homem passava horas cuidando dele, esfregando-o com óleos raros e perfumados.
Amr b. al Jamuh tinha mais de sessenta anos de idade quando o despertar da fé religiosa irrompeu sobre Yaçrib, tendo os seus raios a iluminar a cidade, lar após lar. Isso aconteceu via um dos primeiros muçulmanos a pregar na cidade, Musab b. Umayr, que conseguiu converter os três filhos de Amr: Muawwaz, Moaz e Khallad, juntamente com um companheiro deles chamado Moaz b. Jabal. Ao mesmo tempo em que seus filhos, sua esposa Hind também aceitou a fé, sem, contudo conhecer nada sobre assunto.
Hind, a esposa de Amr b. al Jamuh, via que em toda Yaçrib a maior parte dos senhores e dos chefes se havia convertido ao Islam, e nenhum permanecia pagão, exceto o Amr b. al Jamuh e uns poucos outros. Ela o amava e o tinha em elevado respeito, mas ao mesmo tempo temia que ele morresse idólatra e fosse para o Fogo do Inferno.
Por seu turno, Amr temia que seus filhos abandonassem o culto dos seus ancestrais e seguissem o pregador Musab b. Umayr, que já havia convertido muitos dos pagãos de Yaçrib para a religião de Mohammad (SAAS). Ele disse à esposa:
"Toma cuidado, ó Hind, senão os nossos filhos irão encontrar-se com aquele pregador, antes que eu tenha a oportunidade de formar uma opinião a respeito dele!"
"Teu desejo é uma ordem", disse ela, "contudo, gostarias de ouvir, dito pelo nosso filho Moaz, o que ele ouviu o homem dizer?"
"Maldita seja!", ele berrou. "Será que o nosso filho descuidadamente esqueceu as nossas crenças, sem ao menos eu disso saber?"
Hind temeu que um excesso de raiva fosse ser danoso para seu idoso marido, então respondeu:
"Não, mas ele assistiu a algumas reuniões do pregador, e guardou na memória algo do que este disse."
"Dize-lhe que quero vê-lo." Quando Moaz chegou, seu pai disse:
"Quero ouvir o que aquele pregador disse." O filho começou:
"Em nome de Allah(SW), o Graciosíssimo, Misericordiosíssimo. Todo o louvor é para Allah(SW), o Senhor dos mundos..." e ele recitou a Surata do Alcorão – Al Fátiha – até ao fim.
"Oh, quão concatenante é esse discurso!", exclamou Amr b. al Jamuh, "e quão belo é! São iguais a esse todos os seus ensinamentos?"
"Melhores ainda, pai", respondeu Moaz. "Não gostarias de te juntar a ele, como o fizeram todas as pessoas a ti relacionadas?"
Amr b. al Jamuh ficou em silêncio por uns momento, então disse:
"Nada irei fazer antes de consultar o ídolo Manat e, ver o que ele diz." Moaz argumentou:
"Ó pai, que poderia o Manat dizer? É um mudo pedaço de madeira que não pensa nem fala!"
"Já te disse, nada irei decidir sem ele."
Amr tinha o costume de levar para sua casa uma saga, quando desejava consultar o ídolo. Fazia com que ela ficasse atrás da estátua, e respondesse as perguntas dele, que todos diziam terem sido inspiradas pelo ídolo.
Assim, Amr b. al Jamuh foi ter com o ídolo, e ficou perante ele, em pé na sua perna boa, porquanto tinha uma perna completamente aleijada. Ficando ereto, começou a se dirigir ao ídolo com a mais respeitosa das saudações. Depois disse:
"Ó Manat, sem dúvida, tu tiveste conhecimento desse pregador que nos veio de Makka. És o único a quem ele tenciona prejudicar. Ele veio para nos proibir de te cultuar. Eu ouvi algumas das suas belas pregações, mas odiaria dar a ele a minha adesão sem te consultar. Portanto, dize-me o que fazer!"
O ídolo não deu resposta alguma, então o Amr b. al Jamuh continuou: "Talvez tu estejas irado. Eu ainda nada fiz para te prejudicar. Deixar-te-ei em paz por uns poucos dias, até que tua ira se desvaneça."
Os filhos de Amr b. al Jamuh sabiam o quão profundamente apegado ao ídolo, Manat, seu pai era, e como, todo o tempo, a estátua se havia tornado parte do seu próprio ser. Porém, sabiam também que o valor dela se tinha tornado equívoco para ele, e sabiam que tinham de encontrar um meio de extirpar esse amor do seu coração, por completo, se é que queriam que ele se apegasse à fé religiosa.
Os filhos de Amr b. al Jamuh, juntamente com o amigo deles, Moaz b. Jabal, pegaram o ídolo, na calada da noite, e o levaram embora. Depositaram-no num buraco que pertencia aos Banu Salama, que o usavam para jogarem lixo. Voltaram para casa, sem ninguém por testemunha.

Chegou a manhã, e o Amr b. al Jamuh foi, como de costume, saudar o ídolo. Notando a falta dele, exclamou:
"Malditos sejais todos vós! Quem foi que pecou contra a nossa deidade, noite Passada?"
Ninguém foi capaz de responder à sua pergunta, então ele saiu à procura do ídolo, dentro e fora da casa, esbravejando ameaças e maldições o tempo todo. Finalmente ele o encontrou de cabeça para baixo, no buraco. Reavendo-o, ele o esfregou, lavou e perfumou, antes de recolocá-lo no seu devido lugar. Depois disse:
"Juro por Allah(SW) que se encontrar quem cometeu este ato contra ti, farei com que fique humilhado!"
Na noite seguinte, os jovens repetiram as suas ações com o ídolo e, na manhã subseqüente, o velho tornou a procura o ídolo. Encontrando-o novamente no buraco, coberto de refugos, recuperou-o, limpou-o e o perfumou, e o pôs de volta ao seu lugar.
Os jovens continuaram, noite após noite, a colocar o ídolo no buraco. Quando Amr b. al Jamuh se desesperançou de evitar que aquilo acontecesse, acercou-se do ídolo, antes de se retirar para a noite; pegando o tirante da espada, pendurou-o no ídolo, dizendo:
"Ó Manat, juro que não sei quem está fazendo isto para ti. Se vales alguma coisa, defende-te desse mal, pois eis que tens uma espada aqui!"
Então ele se retirou; e tão logo os jovens tiveram certeza de que ele estava dormindo, foram pegar o ídolo. Depois de lhe tirarem a espada, levaram-no para fora da casa, e o amarraram a um cachorro morto. Então o atiraram numa cova em que os Banu Salama usavam para depositar a água suja.
Dessa vez o velho acordou, procurou o ídolo, e o encontrou na cova, atado ao cachorro morto, tendo sua espada sido roubada. Ele não o apanhou; foi embora deixando ali a coisa, dizendo:
"Juro por Allah(SW) que se fosses deveras uma deidade, não irias permitir que fosses acabar assim!" Não muito tempo depois, ele entrou para o Islam. Encontrou tanta felicidade na sua fé, que era acometido de arrependimento por cada momento que passara como idólatra. Tornou-se parte do Islam, e o Islam tornou-se parte dele; e colocou a si mesmo, sua riqueza e seus filhos, a serviço de Allah(SW) e do Seu Profeta (S).
Não demorou muito para que a batalha de Uhud tivesse lugar, e o Amr b. al Jamuh viu seus filhos se prepararem para a justa contra os inimigos de Allah(SW). Observava-os virem e irem, cheios de desejo de morrer, cada um deles, como shahid, para ficarem bem vistos aos olhos de Allah(SW). O entusiasmo deles o inflamava, e ele resolveu encetar o jihad com eles, sob a bandeira do Mensageiro de Allah(SW) (S).
Unanimemente, os jovens concordaram em evitar que seu pai agisse de acordo com sua resolução. Ele era idoso, frágil e aleijão, o tipo de pessoa que Allah(SW) isentava do jihad. Disseram-lhe:
"Pai, o Próprio Allah(SW), no Seu Livro, eximiu-te; por que, então, te impões algo do qual Allah(SW) te escusou?" O velho ficou furioso com a fala deles, e saiu à procura do Mensageiro de Allah(SW) (S), ao qual se queixou:
"Ó Profeta de Allah(SW), meus filhos querem me excluir dessa boa ação, com a argumentação de que eu ando manquejando. Eu juro que quero ir manquejando por todo o caminho rumo ao Paraíso!" Então o abençoado Profeta disse para os filhos de Amr b. al Jamuh:
"Permiti que ele vá, porque talvez Allah(SW) pretenda conceder-lhe a morte como shahid". Em obediência ao pedido do Mensageiro de Allah(SW) (S), eles permitiram que o pai fosse.
Quando chegou à hora de partirem para a batalha, o Amr. b. al Jamunh se despediu da sua esposa como se não fosse voltar. Depois, virando o rosto na direção de Makka, ergueu as mãos em súplica, dizendo:
"Ó Allah(SW), concede-me a morte como shahid, e não me tragas aqui de volta em decepção!" Então se pôs a caminho, flanqueado pelos seus três filhos e por uma grande companhia de gentes da sua tribo, os Banu Salama.
Quando a ferocidade da batalha atingiu o seu auge, e muitos dos combatentes deixaram de estar ao redor do abençoado Profeta, o Amr. b. al Jamuh podia ser visto nas primeiras fileiras de lutadores, pulando, com sua perna boa, repetindo:
"Anseio por entrar no Paraíso, anseio por entrar no Paraíso!" E atrás dele estava o seu filho Khallad. Os dois lutaram intensamente, defendendo o Mensageiro de Allah(SW) (S), até que sucumbiram, na batalha, com a diferença de segundos um do outro.
Tão logo a batalha terminou, o abençoado Profeta foi em busca dos que haviam sido mortos como mártires, para enterrá-los no campo. Ele disse para os seus companheiros:
"Não os laveis! Deixai estar seus ferimentos e seus sangues, pois eis que irei testemunhar o modo como morreram, no Dia da Ressurreição. Qualquer muçulmano que sofrer um ferimento para o bem de Allah(SW), aparecerá, nesse dia, com o sangue aparentando uma bela cor, e com um odor igual aos mais preciosos dos perfumes. Sepultai o Amr b. al Jamuh junto ao Abdullah b. Amr, pois que eram muito amigos e achegados, neste mundo!"
Que Allah(SW) esteja aprazido com o Amr b. al Jamuh e com seus companheiros que, como ele, morreram como mártires em Uhud, e que Ele dê luz para seus túmulos!

BISMILLAH AL-RAHMAN AL-Rahim•Wassalatu Wassalamu Ala Ashraful Mursaleen Allahumma Sali Ala Muhammad ua Aali Muhammad Imploramos a ALLAH (SW), que nos ajude, nos dê uma boa orientação para o benefício do Islã e dos muçulmanos, corrigindo nossos trabalhos, nossas intenções e nossas ações. Agradecemos a ALLAH (SW) que é o único Allah(SW) do universo. Que ALLAH (SW), aceite este trabalho, nos dando uma boa recompensa nesta vida e na outra. Principalmente às pessoas que nos precederam nesse trabalho e nos serviram como orientadores! Subhanna Allah!(Louvado Seja Allah(SW)).

"Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele." 8:24

Fonte: http://www.luzdoislam.com.br/default.asp?itemID=244&itemTitle=Amr%20b.%20al%20Jamuh

Abdullah b. Massud

Disse o Profeta (SAAS):


"Se algum de vós desejar recitar o Alcorão, com a pureza com que foi primeiramente revelado, que o recite como o faz Ibn Massud."

Naquele tempo, ele era um jovem que ainda não tinha chegado à puberdade. Era responsável pelo pastoreio de um rebanho de ovelhas que pertencia a um dos senhores do Coraix (o Ucba b. Muit), e as levava a pastar numa garganta entre as montanhas ao redor da cidade de Makka. O Profeta (SAAS) o chamava de "Filho de Umm Abd", mas o seu verdadeiro nome era Abdullah, e o nome do seu pai era Massud.

O rapaz havia ouvido falar acerca do profeta que tinha aparecido entre o seu povo, mas as notícias tinham pouco efeito sobre ele. Uma das razões era por causa da sua idade, e a outra era pelo fato de ele estar sempre afastado da sociedade de Makka. Ele levava o rebanho do Ucba, cedo pela manhã, e não voltava para a cidade senão após a noite ter descido.
Num belo dia, o jovem viu dois homens feitos que caminhavam em sua direção. Parecia que o cansaço havia tomado conta deles, e que estavam esmorecidos pela sede. Quando se aproximaram dele, saudaram-no, e disseram:

"Ó garoto, ordenha esta ovelha para nós, a fim de que tenhamos algo com que aplacarmos a nossa sede, e nos reanimarmos!" "Não posso fazer isso", respondeu o rapaz, "porque as ovelhas não são minhas, e eu sou responsável por elas."

Os dois homens não desaprovaram a resposta dele; ao contrário, pareciam estar contentes com ele. Um deles falou:

"Então mostra-nos uma ovelha que ainda não tenha tido filhotes e não produza leite", ao que o rapaz respondeu por meio de apontar para uma ovelha nova que estava por perto. O homem foi até a ovelha, enlaçou-a e passou a mão pelas suas tetas, dizendo o nome de Allah. Atônito, o rapaz exclamou:

"Desde quando uma ovelha que ainda não teve filhotes pode produzir leite?"

Os homens não responderam; e, após uns momentos, o jovem viu as tetas da ovelha incharem e o leite começar a fluir delas. O segundo homem pegou do chão uma pedra côncava, encheu-a de leite, e bebeu, juntamente com o seu companheiro. Depois deram de beber ao rapaz Abdullah b. Massud. Com os olhos arregalados de espanto, ele bebeu a se fartar. Quando beberam o suficiente, o homem disse para as tetas da ovelha:

"Encolhei-vos!", e, rapidamente, a ovelha voltou ao seu estado original, como se nada houvesse acontecido.
Então, o rapaz disse para o homem:
"Ensina-me a dizer às palavras que falaste!"
"Tu já sabes as palavras, ó rapaz!", foi a resposta.

Este foi o começo da estória de Abdullah b. Massud junto ao Islam, pois o homem não era outro senão o abençoado Profeta (SAAS), e o seu companheiro era Abu Bakr Al Siddik (RAA). Naquele dia eles tinham buscado refúgio nos desfiladeiros entre as montanhas de Makka, por causa das perseguições e dos insultos infligidos a eles por parte dos pagãos do Coraix.

O rapaz ficou afeiçoadíssimo ao abençoado Profeta (SAAS) e ao seu companheiro, e eles, por sua vez, ficaram impressionados pela confiabilidade e determinação do rapaz. Eles viam nele a possibilidade de se tornar um grande homem.

Não demorou muito para que o Abdullah b. Massud aceitasse o Islam, para que se apresentasse ao abençoado Profeta (SAAS), e se oferecesse para o servir. Este aceitou a oferta dele, e o sortudo rapaz mudou de trabalho, de tomador de conta de ovelhas, a servir o Mensageiro de Deus.

O Abdullah b. Massud permanecia bem junto ao abençoado Profeta (SAAS), sendo que ficava mais perto dele do que uma sombra. Acompanhava–o em suas viagens, e ia e vinha com ele, passando mesmo horas na casa do abençoado Profeta. Era responsável pela tarefa de acordá-lo, de ocultá-lo quando se banhava levar-lhe as sandálias quando ia sair, e tirá-las quando ele chegava. O rapaz carregava-lhe os pertences e a miswak1, e dormia num quarto pegado ao dele.

O abençoado Profeta até permitia que o Abdullah b. Massud entrasse no seu quarto, sempre que quisesse, e nada escondia do rapaz, tanto que o Abdullah b. Massud ficou conhecido como o guarda-segredos do Mensageiro de Deus.

Ibn Massud foi desse modo, criado na casa do abençoado Profeta, e treinado sob os cuidados dele, e para lhe seguir o exemplo. Ele procurava imitar todos os atos virtuosos do abençoado Profeta (SAAS); e tornou-se tão igual a ele, que as pessoas diziam que ele era mais semelhante ao abençoado Profeta do que qualquer outro, em termos de comportamento e aparência.

Ibn Massud foi educado pelo abençoado Profeta (SAAS) e, dentre os Companheiros, era o mais conhecedor do Alcorão e seus significados, bem como da Lei Divina.

A melhor estória, a que mais ilustra a erudição do Ibn Massud, foi a de um acontecimento que ocorreu em Arafat, quando um homem foi ter com o Ômar b. al Khattab (RAA) dizendo:
"Ó Emir dos Crentes, acabo de vir de Al Kufa, onde há um homem que dita o Alcorão para os escribas, de capa a capa, afirmando que sabe de cor o Livro."

Ômar se encheu de raiva. Raramente alguém o viu tão enraivecido, ao explodir:

"Maldito seja! Quem é ele?"

"É o Abdullah b. Massud" foi à resposta.

Lentamente, a raiva de Omar foi-se abrandando, até que ficou calmo o suficiente para dizer:
"Juro por Deus que não sei se há alguém mais merecedor de tal responsabilidade. Vou te contar uma estória sobre ele:

"O nobre Profeta estava uma ocasião passando o começo de noite com o Abu Bakr, e estavam discutindo coisas concernentes à comunidade muçulmana, e eu estava com eles.

O Mensageiro de Deus ficou repentinamente de pé, e saiu da casa. Nós o seguimos, e vimos um homem, a quem não reconhecemos por causa da escuridão, orando, na mesquita.

O Mensageiro de Deus ficou parado por uns instantes, ouvido o homem recitar o Alcorão, então disse para nós:

"'Se algum de vós deseja recitar o Alcorão, com a pureza com que foi revelado, que o recite como o faz o Filho de Ummu Abd.'

Quando o Abdullah b. Massud se sentou, fazendo súplicas a Deus, o nobre Profeta lhe disse:
"'Pede, pois ser-te-á concedido!'"




Omar continua a estória com estas palavras:

"Então eu planejei ir ter com o Abdullah b. Massud, pela manhã, e contar-lhe como o Mensageiro de Deus havia orado para que as súplicas dele fossem atendidas. Quando eu fui a ele para lhe dar as boas-novas, notei que o Abu Bakr já se havia antecipado a mim, e já lhe dado a notícia.

"Juro que sempre que competi com o Abu Bakr no tocante a praticar atos virtuosos, ele sempre me sobrepujou."

A erudição de Abdullah b. Massud atingiu um grau t
ão elevado, que ele próprio dizia:
"Não há um simples versículo do Alcorão que eu não saiba, tanto quando e onde foi revelado, como em quais circunstâncias. Se eu souber que há alguém mais conhecedor do que eu, irei viajar até ele, e irei aprender com ele.”

Abdullah b. Massud não esteve a exagerar no que dissera de si mesmo. Há uma história sobre o Omar b. al Khattab que diz que ele estava numa viagem. Na escuridão da noite, encontrou-se com uma caravana, e não pôde discernir quem eram as pessoas que tomavam parte nela. Aconteceu que o Abdullah b. Massud estava viajando com a caravana.

Ômar ordenou a um dos seus companheiros que perguntasse de onde os estranhos estavam vindo. Abdullah respondeu:

"Da garganta profunda."

"Para onde estais indo?", perguntou Omar.

"Para a antiga casa", respondeu o Abdullah.

"Eles têm consigo um erudito", Omar comentou com seus companheiros. Então ordenou que um dos companheiros perguntasse:

"Qual versículo do Alcorão é o maior?"

"Aquele que diz: "Allah! Não há mais divindade além d'Ele, Vivente, Auto-Subsistente." (2:255), respondeu o Abdullah. Então o Omar fez com seu companheiro perguntasse:

"Qual é o versículo do Alcorão que contém mais justiça?"

"Aquele que diz: "Allah ordena a justiça, a prática do bem, o auxílio aos parentes." (16:90). respondeu o Abdullah.

Depois Omar pediu ao homem que perguntasse qual dos versículos do Alcorão era o mais abrangente, ao que o Abdullah respondeu:

"É o que diz:”. Quem tiver feito o bem, quer seja do peso de um átomo, vê-lo-á. E quem “tiver feito o mal, quer seja do peso de um átomo, vê-lo-á.” (99:7-8).

Omar pediu ao homem que perguntasse qual versículo do Alcorão era o mais assustador, e o Abdullah respondeu:

"Aquele que diz "Não é segundo os vossos desejos, (406) nem segundo os desejos dos adeptos do Livro. Quem cometer algum mal receberá o que tiver merecido e, afora Allah, não achará protetor, nem defensor.." (4:123).

Então Omar pediu ao companheiro que perguntasse qual versículo do Alcorão dava mais esperança, ao que o Abdullah respondeu:
"É aquele assim: "Dize: Ó servos meus, que se excederam contra si próprios, não desespereis da misericórdia de Allah; certamente, Ele perdoa todos os pecados, porque Ele é o Indulgente, o Misericordiosíssimo." (39:53).

E eis que o Omar disse ao companheiro que perguntasse se o Abdullah b. Massud estava na companhia deles, ao que responderam:
"Sim, de fato está."

Abdullah b. Massud não apenas era um estudado erudito e um devoto asceta, mas era também influente e determinado. Era um intrépido combatente (mujahid) nas horas de conflito. Basta dizermos que ele foi a primeira pessoa, depois do Mensageiro de Deus, a recitar o Alcorão em público. Isso aconteceu em Makka, numa ocasião em que os companheiros do Mensageiro de Deus se haviam reunido num grupo. Eles eram pouco numerosos, e incapazes de se defender.

Disseram:

"Os indivíduos do Coraix ainda não ouviram ninguém recitar o Alcorão para eles. Quem seria capaz de fazer isso?"

O Abdullah b, Massud disse:

"Eu o recitarei para eles!"

"Tememos que eles vão te injuriar", disseram, "e preferimos que seja um homem de uma tribo forte para o defender, caso joguem sujo com ele."

"““ Deixai-me fazer isso”, disse o Abdullah”; "Deus me há de proteger e me salvaguardar."

Então ele foi para a mesquita, e dirigiu-se para um local chamado Maqam Ibrahim. Estavam na metade da manhã, e as pessoas da tribo do Coraix estavam sentadas em torno da Caaba.

Numa voz altissonante, ele começou a recitar:

"'Em nome de Deus, o Clemente, o Misericordioso! O Clemente. Ensinou o Alcorão. Criou o homem, e ensinou-lhe a eloqüência'" Ele continuou a recitar, enquanto os indivíduos do Coraix olhavam para ele e diziam entre si:

"Que coisa está o filho de Umm Abd a falar?"
"Que ele morra! Ele está a entoar algumas das palavras trazidas por Mohammad."

Eles o pegaram de assalto, e começaram a bater nele, enquanto ele continuou a recitar, tanto quanto pôde. Então ele escapou, e voltou para junto dos seus companheiros, com o sangue a lhe escorrer rosto abaixo.

"Eis porque temíamos por ti", disseram.

"Por Deus, eu jamais temi os inimigos de Deus menos do que temo agora. Se quiserdes, irei ter com eles amanhã, e recitarei mais."

"Não, não faças isso!", disseram. "Foi o bastante; tu recitaste para eles, e eles odeiam ouvir a recitação."

Abdullah b. Massud viveu até ao tempo do governo do califa Otman (RAA). Quando sua última doença o prostrou, Otman foi visitá-lo, e perguntou:

"Que causou a tua doença?"

"Meus pecados", respondeu.
"Que coisa queres?" perguntou Otman.

"A misericórdia do meu Senhor", respondeu.

"Por que não me deixas ordenar que recebas o teu estipêndio do tesouro, o qual tem recusado por tantos anos?" Otman sugeriu.

"Não o necessito", Abdullah respondeu.

"Ele poderá ser o teu legado para as tuas filhas", disse Otman.

"Acaso temes que minhas filhas irão amargar a pobreza?" perguntou o Abdullah. "Eu lhes ordenei que recitassem a Surata Al Waqui'a todas as noites, pois ouvi o abençoado Profeta dizer:

"'Se alguém recitar a Al Waqui'a todas as noites, jamais irá amargar a pobreza. '"

Quando a noite desceu, a alma do Abdullah b. Massud partiu para juntar-se ao seu Mais Elevado Companheiro, tendo sua boca a se mover, até ao último momento, recitando os versículos da revelação, e glorificando o nome do seu Senhor. --
"Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele." 8:24

BISMILLAH AL-RAHMAN AL-Rahim•Wassalatu Wassalamu Ala Ashraful Mursaleen Allahumma Sali Ala Muhammad ua Aali Muhammad Imploramos a ALLAH (SW), que nos ajude, nos dê uma boa orientação para o benefício do Islã e dos muçulmanos, corrigindo nossos trabalhos, nossas intenções e nossas ações. Agradecemos a ALLAH (SW) que é o único Deus do universo. Que ALLAH (SW), aceite este trabalho, nos dando uma boa recompensa nesta vida e na outra. Principalmente às pessoas que nos precederam nesse trabalho e nos serviram como orientadores! Subhanna Allah!(Louvado Seja Deus).

Fonte: http://www.luzdoislam.com.br/default.asp?itemID=247&itemTitle=Abdullah%20b.%20Massud