sexta-feira, maio 22, 2009

UM POUCO DE ABU BAKR O GRANDE SAHABA-AMIGO FIEL DO PROFETA SAAS

Em Nome de ALLAH O Clemente e Misericordioso.

Testemunho que não há divindade além ALLAH e que Mohammad é seu mensageiro e profeta, que a paz e benção de ALLAH estejam com ele, com seus familiares, com seus companheiros e seus seguidores até o dia do juízo final.

Caros irmãos de fé; o assunto de nosso encontro é Abu Bakr Bin Kafahah “O Acreditador” Um dos pré-notificados de adentrarem o paraíso, que ALLAH se compraza dele.
Seu nome verdadeiro e completo de origem é AbduLLAH Bin Uthman, Elkuraxi Eltaimi e sua mãe é Um Il Khair Salma bint Sakher. Abu Bakr converteu-se ao Islam, em seguida a sua mãe se converteu.

Foi apelidado como O Salvo, por ser salvo do fogo infernal. Aisha, que Deus se compraza dela, relata que Rassul Allah (SAAWS) disse: (Em verdade Allah o Altíssimo foi Quem apelidou Abu Bakr, como sendo o Acreditador do profeta Mohamed).

O motivo pelo qual foi apelidado como o Acreditador, é que ele acreditava indubitavelmente, em tudo que o profeta dizia-lhe, e por haver sido um homem que somente falava a verdade.

Aisha, que DEUS se compraza dela, relata que: (Quando o profeta Mohamed (SAAWS) fez a viagem noturna até a mesquita Del Aqsa, passou a divulgar tal fato, e toda a população de Macca, não havia acreditado nele, a não ser Abu Bakr que DEUS se compraza dele, que por sua vez disse: em verdade “Eu Acredito, no que a de mais distante nisso; acredito na noticia do céu, em sua ida e vinda) e por tais motivos foi apelidado de o Acreditador.

Abu Bakr que Deus se compraza dele, nasceu no ano de 573 d.c mais ou menos 3 anos após o ano dos elefantes. E ele acreditava em tudo que o profeta dizia antes da revelação e após da mesma.

Abu Bakr que Deus se compraza dele, era 3 anos mais novo que o profeta Mohamed (SAAWS). No momento em que ocorreu a revelação do Alcorão para o profeta Mohamed (SAAWS), Abu Bakr encontrava-se em uma viagem de negocio para cidade de Al Taef, juntamente com seu sócio Hakim Bin Huzam, sobrinho de nossa senhora Khadija. Ao Regressar a Macca, dirigiu-se ate a casa do profeta Mohamed (SAAWS), e perguntou-lhe: O que é isso que eu ouvi a seu respeito? Ou você imagina que teu povo acreditará no que dissestes?

Respondeu o profeta Mohamed (SAAWS): Ó Abu Bakr se eu te disser algo que te agrade aceite-o, ou algo que te desagrade esconda-o!

Abu Bakr que Deus se compraza dele disse: isso é o mínimo que posso fazer por ti.
E então o profeta Mohamed (SAAWS) recitou os versículos do Alcorão que haviam lhe sido revelados e contou-lhe a historia da revelação na caverna de HIRAÁ.

A alma de Abu Bakr que Deus se compraza dele, já estava preparada para acreditar no que lhe dissera o Profeta, devido a sua longa amizade e por conhece-lo muito bem, e então indubitavelmente respondeu Abu Bakr: Testemunho que tu eis verdadeiro e o que lhe foi revelado é verdadeiro e é a palavra de ALLAH.

Em seguida Abu Bakr que Deus se compraza dele, retornou a seu sócio Hakim Bin Huzam e disse: Ó Abu Khaled, devolva-me o meu dinheiro pois encontrei com Mohamed filho de Abdullah, um comercio muito mais lucrativo que o teu e então passou a investir na divulgação e propagação da religião de DEUS, com seu esforço e dinheiro.

O profeta Mohamed (SAAWS) disse: Todos aos quais conclamei o Islam impunham dificuldades, indecisão, e questionamentos, a não ser Abu Bakr que Deus se compraza dele, a tudo que lhe conclamei o aceitou imediatamente.

Abu Bakr que Deus se compraza dele, empurrou Okba Bin Abu Muait, defendendo o profeta Mohamed (SAAWS), quando o mesmo estava enforcando o profeta, por estar rezando próximo a KAÀBA e gritou: Estão a matar um homem por dizer que meu DEUS é ALLAH, e por ter vindo com a revelação divina.

O profeta Mohamed (SAAWS) respeitava e o valorizava, e o permitia rezar como Imam. Ele participou com o profeta Mohamed (SAAWS), nas batalhas de Badr, Uhod, Alkhandac, Hudaibia, khaibar, Fateh Macca, Hunainan, ATaef, Tabuk, e da ultima khutba do profeta Mohamed (SAAWS).

Ele era o mais próximo dos companheiros, decorou todo o Alcorão e o praticou em sua
Omar, que Deus se compraza dele, relata: o profeta Mohamed (SAAWS), havia prescrito a caridade, e então juntei todo meu dinheiro e o dividi em 2 partes iguais, peguei uma delas e me dirigi até o profeta, ao chegar, O profeta Mohamed (SAAWS) perguntou-me: E o que deixastes para tua família?

Respondi: o mesmo.

E então adentrou Abu Bakr, e entregou sua caridade ao profeta, que por sua vez, perguntou-lhe: E o que deixastes para tua família?

Respondeu: Deixei ALLAH e seu mensageiro.

Então percebi que jamais poderia alcançá-lo.

Após a morte do profeta Mohamed (SAAWS), algumas tribos árabes rebelaram-se e negaram-se a pagar o zaqat, e os companheiros do profeta Mohamed (SAAWS), discordaram em combatê-los ou não. E Abu Bakr desde o principio do fato, proclamava a defesa da religião como um todo e disse: Que a religião deve permanecer exatamente igual durante vida do profeta Mohamed (SAAWS), e conclamou a guerra contra estas tribos rebeldes e venceram.

Abu Bakr Al Sidic, que DEUS se compraza dele não morreu até que a religião se estabilizou.
Que DEUS abençoe Abu Bakr, e reúna-o com seu querido e companheiro Mohamed Rassul ALLAH, no degrau mais alto do paraíso, (FirDaus IL Aala).INSHALLAH.

BISMILLAH AL-RAHMAN AL-Rahim•Wassalatu Wassalamu Ala Ashraful Mursaleen Allahumma Sali Ala Muhammad ua Aali Muhammad Imploramos a ALLAH (SW), que nos ajude, nos dê uma boa orientação para o benefício do Islã e dos muçulmanos, corrigindo nossos trabalhos, nossas intenções e nossas ações.

Agradecemos a ALLAH (SW) que é o único Deus do universo. Que ALLAH (SW), aceite este trabalho, nos dando uma boa recompensa nesta vida e na outra. Principalmente às pessoas que nos precederam nesse trabalho e nos serviram como orientadores! Subhanna Allah!(Louvado Seja Deus).

O QUE VOCÊ PRECISA SABER DE SUA RELIGIÃO

Em Nome de Allah, O Clemente, O Misericordioso

Saiba que os três fundamentos que todo muçulmano e muçulmana deve saber são: conhecer seu Senhor, sua Religião e Seu Profeta (que a paz de Allah esteja sobre ele).

Se for perguntado quem é teu Senhor, diga: meu Senhor é Allah, que me Criou e a todas as criaturas, é a Ele que adoro e não há Senhor que mereça adoração a não ser Ele. E se for perguntado qual é a tua religião, diga: minha religião é o Islam, que é a submissão total a Allah adorando somente a Ele, obdecendo às Suas ordens e negando o chirk (associar algo a Ele) e seu povo. E se for perguntado quem é o teu profeta, diga: é Muhammad, filho de Abdullah ibn Abdu Mutallib ibn Hachem, da tribo Qoraich, dos árabes, os quais são descendentes de Ismael, filho de Ibrahim (que a paz esteja sobre eles).

Os princípios da Religião

Primeiro: adorar somente a Allah e não atribuir parceiros na sua adoração, defendendo e apoiando o tauhid (monoteísmo) e os monoteistas, negando o chirk e seus meios, além de advertir sobre seu perigo e gravidade;

Segundo: não adorar a Allah, a não ser da forma que o Último dos Mensageiros ensinou a qual está contida na Sunnah Autêntica. A crença no Mensageiro tem seus pilares, a saber: tasdiq (crer em tudo que ele nos informou), ijtinab (se afastar de tudo que ele proibiu), ta’ah (obedecer tudo que ele nos ordenou) e mutaba’ah (não adorar a Deus exceto na forma em que ele ensinou).

As condições de La ilaha illa Allah (Profissão de Fé)

São sete as condições para os testemunhos de Fé:

1) Conhecimento, que nega a ignorância;

2) Certeza, que nega a dúvida;

3) Sinceridade e pureza de intenção, que nega o
Shirk;

4) Verdade, que nega a hipocrisia;

5) Submissão, que nega a desobediência;

6) Aceitação, que nega a rejeição ou a negação;

7) Amor à frase (chahadah) e naquilo que ela representa.

No Alcorão e na Sunnah encontramos provas sobre as condições do testemunho de fé, a saber:

O Chirk e suas categorias

O Chirk se divide em três categorias:

chirk maior;

chirk menor;

e chirk oculto.

O Chirk Maior anula todas as ações e Allah não perdoa quem comete este tipo de Chirk, disse o Altissimo:

“E Allah não perdoa quem lhe atribuir parceiros”. E disse ainda: "Blasfemos aqueles que dizem: Deus é o Messias, filho de Maria, ainda quando o mesmo Messias disse: Ó israelitas adorai a Deus, Que é meu Senhor e vosso. A quem atribuir parceiro a Deus, ser-lhe-á vedada a entrada no Paraíso e sua morada será o fogo infernal! Os iníquos jamais terão socorredores. Por que não se voltam para Deus e imploram o Seu perdão, uma vez que Ele é Indulgente." (Surata 5:72).
"Já te foi revelado, assim como aos teus antepassados: Se associar algo a Deus, certamente tornar-se-á sem efeito a tua obra, e te contarás entre os desventurados (Surata 39:65)
"Tal é a orientação de Deus, pela qual orienta quem Lhe apraz, dentre os Seus servos. Porém, se tivessem atribuído parceiros a Ele, tornar-se-ia sem efeito tudo o que tivessem feito. (Surata 6:88).

"Disporemos-nos a aquilatar as suas ações, e as reduziremos a moléculas de pó dispersas. (Surata 25:23)

O Chirk Maior e suas quatro formas:

Primeiro, o Chirk do Du’a, e Allah disse:

"Quando embarcam nos navios, invocam Deus sinceramente; porém, quando, a salvo, chegam à terra, eis que (Lhe) atribuem parceiros." (Surata 29:65)

Segundo, o Chirk niaat ul qasd (chirk da intenção):
Quanto àqueles que preferem a vida terrena e seus encantos, far-lhes-emos desfrutar de suas obras, durante ela, e sem diminuição.. (Surata 11:15)

Terceiro, o Chirk Taa.ah (chirk da obediência): "Tomaram por senhores seus rabinos e seus monges em vez de Deus, assim como fizeram com o Messias, filho de Maria, quando não lhes foi ordenado adorar senão a um só Deus. Não há mais divindade além d.Ele! Glorificado seja pelos parceiros que Lhe atribuem!" (Surata 9:31).
Isto é obedecer os sábios e os governantes no pecado, como disse o Profeta (s) a Adii al Hatem, quando foi perguntado por que eles adoravam os seus sabios, respondeu, não o adoramos. Entao disse o Profeta: a adoração deles é obedecê-los.

Quarto Chirk mahabba (chirk do amor), a prova disto:
"Entre os humanos há aqueles que adotam, em vez de Deus, rivais (a Ele) aos quais professam igual amor que a Ele; mas os fiéis só amam fervorosamente a Deus. Ah, se os iníquos pudessem ver (a situação em que estarão) quando virem o castigo (que os espera!), concluirão que o poder pertence a Deus e Ele é Severíssimo no castigo. (Surata 2:165).

O Chirk menor: é o chirk da ostentaçao (riaa):

"Dize: Sou tão-somente um mortal como vós, a quem tem sido revelado que o vosso Deus é um Deus único. Por conseguinte, quem espera o comparecimento ante seu Senhor que pratique o bem e não associe ninguém ao culto d’Dele. (Surata 18:110).

O Chirk oculto é ar-riia (que significa os atos de adoração praticados apenas para ganhar o louvor ou a fama, em lugar de buscar a satisfação de Allah. Este tipo de politeísmo, no entanto, não afasta o infrator dos campos do Islam) Este é mais imperceptível do que uma formiga preta, numa rocha preta, numa noite escura, o Profeta (s) pediu proteção de Allah dizendo:
Oh Allah, peço proteção em Ti de associar algo que saiba ou que não saiba, e peço-Te perdão do que não sei.

“Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele.” 8:24

BISMILLAH AL-RAHMAN AL-Rahim•Wassalatu Wassalamu Ala Ashraful Mursaleen Allahumma Sali Ala Muhammad ua Aali Muhammad Imploramos a ALLAH (SW), que nos ajude, nos dê uma boa orientação para o benefício do Islã e dos muçulmanos, corrigindo nossos trabalhos, nossas intenções e nossas ações.

Agradecemos a ALLAH (SW) que é o único Deus do universo. Que ALLAH (SW), aceite este trabalho, nos dando uma boa recompensa nesta vida e na outra. Principalmente às pessoas que nos precederam nesse trabalho e nos serviram como orientadores! Subhanna Allah!(Louvado Seja Deus).

segunda-feira, maio 18, 2009

O Casamento de Moisés ( Mussa)

Enquanto o velho e Mussa (as) conversavam, a menina que fora chamar Mussa (as), sugeriu ao pai que empregasse o hóspede para cuidar dos animais, argumentando que um bom empregado é aquele que é forte e honesto. Segundo os comentadores do Al-Qur’án, o pai, estranhando a forma como a filha definira a pessoa de Mussa (as) , perguntou-lhe:

“Como é que tu sabes que ele é forte e honesto?”

Ela respondeu: “Eu vi-o a tirar sozinho com aquele balde grande, a água do poço, e só um homem forte o podia conseguir. E quanto à sua honestidade, quando fui chamá-lo, assim que me viu, baixou logo o seu olhar, não me olhando de forma atrevida, e na vinda para cá pediu-me para que eu caminhasse atrás dele para evitar a tendência à atração sexual e o guiasse através de sinais.”

O pai, satisfeito com a observação feita pela filha, voltou-se para Mussa (as) e disse: “Se aceitares tomar conta dos meus cabritos durante oito anos, em troca dar-te-ei a mão de uma destas minhas filhas em casamento. E se permaneceres mais dois anos, será ótimo, pois terás pago o seu dote.” Mussa (as) sendo estranho naquela zona e necessitando de trabalho e abrigo, não se fez de rogado e aceitou a proposta. Relativamente ao tempo de permanência, disse que deixava tal questão ao critério do pai das meninas. Depois do consentimento de ambas as partes, realizou-se o casamento com a mais nova das duas moças e com a fixação do tempo como dote.

Este episódio indica-nos que não é vergonha para um pai crente, propor e escolher um homem justo e piedoso para tomar a sua filha em casamento. Omar (r) também propôs a sua filha Hafssah quando esta enviuvou. Ofereceu-a primeiro a Ussmán (r), mas já que este não se manifestou interessado, avançou a mesma proposta a Abu Bakr(r). Mas finalmente, Hafssah casou-se com o Profeta Muhammad (s).

Nos nossos tempos, por haver muita hipocrisia e talvez por se achar vergonhoso, os pais de uma menina nunca tomam a iniciativa, havendo homens religiosos e justos e assim, as meninas perdem a oportunidade de se casarem, acabando por viver solteiras por toda a vida devido à imprudência dos pais.

Segundo alguns comentadores, a esposa de Mussa (as) chamava-se Safura (Séfora na Bíblia), e o seu sogro chamava-se Jetro (Shoaib), sacerdote de Madian.

Assim, Mussa (as), ainda de acordo com comentadores, permaneceu em Madian dez anos, cumprindo o tempo fixado nas condições propostas para o seu casamento e dote, partindo depois com a sua mulher rumo ao Egipto. À sua partida, levou consigo todos os cabritos que haviam nascido naquele ano (de partida), oferecidos pelo sogro.

Apesar do perigo que o esperava e o receio de ser castigado, depositou confiança em ALLAH. Ele cria que ALLAH o protegeria, pois queria libertar a sua gente da opressão e escravatura a que estava sujeita. Segundo a Bíblia, durante o período em que esteve na casa do sogro, Mussa (as) teve um rapaz a quem deu o nome de “Gerson”, nome associado à sua condição de imigrante (segundo as suas palavras: Eu sou um imigrante num país estrangeiro). Era uma recordação para a família da sua estada fora da sua terra.

MUSSA (AS) RECEBE A PROFECIA

Num belo dia, encontrando-se já bastante longe de Madian, diante do Monte Sinai, no deserto e numa noite fria, Mussa (as) tentava em vão fazer lume usando o método primário de fricção de pedras. De repente, ao olhar para o vale, avistou algo como fogo a brilhar. Disse à mulher para que o esperasse ali enquanto ia buscar lume, e caso encontrasse alguém por lá, pedir-lhe-ia que lhe indicasse o caminho, pois estavam perdidos. Chegado ao local (Monte Tur) onde julgava ver e poder encontrar lume, Mussa (as) ficou admirado, pois era estranho que tal lume iluminasse apenas o local e as árvores e nada se queimava. Notou ainda que o lume não fazia fumo, era limpido e que à medida que se tentava aproximar dele, mais se distanciava. Mussa (as) assustou-se e receou pela sua vida, mas:

“Quando Mussa se aproximou (do fogo) foi chamado: Ó Mussa ! Eu sou o teu Senhor, descalça-te pois estás no vale sagrado de Tuwá. Eu já escolhi-te para seres o Meu mensageiro, portanto oiça com atenção o que te vai ser revelado.Ó Mussa! Eu sou ALLAH, o Senhor dos mundos. Não existe outra Divindade fora de Mim, portanto adora-Me e faça o Salát (oração) em recordação a Mim.” [Al-Qur’án 20:11-14]

E noutro versículo consta:

“Mas quando (Mussa) lá chegou, foi chamado: Bendito seja quem está no fogo e quem está em volta do fogo! E glória a ALLAH, o Senhor dos mundos! Ó Mussa! Na verdade, sou Eu ALLAH, o Poderoso, o Sábio.” [Al-Qur’án 27:8-9]

E consta na Bíblia, Êxodo 3:

“1. E apascentava Moisés o rebanho de Jetro, seu sogro, sacerdote em Madian; e levou o rebanho atráz do deserto e veio ao monte de Deus, a Horebe;

2. E apareceu-lhe o anjo do Senhor e uma chama de fogo do meio de uma sarça; e olhou e eis que a sarça ardia no fogo, e a sarça não se consumia;

3. E Moisés disse: Agora me virarei para lá e verei esta grande visão, porque a sarça não se queima;

4. E vendo o Senhor que se virava para lá a ver, bradou Deus a ele do meio da sarça, e disse: Moisés! Moisés! E ele disse: eis-me aqui;

5. E disse: Não te chegues para cá, tira os teus sapatos dos teus pés, porque o lugar em que tu estás é Terra Santa;

6. Disse mais: Eu sou o Deus do teu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isáque e o Deus de Jacob. E Moisés encobriu o seu rosto, porque temeu olhar para Deus.”

A obrigatoriedade de descalçar, ato ainda hoje praticado pelos muçulmanos quando entram no Massgid, por se tratar de um lugar sagrado e também para que os pés toquem o local sagrado, remota ao tempo de Mussa (as) a quem ALLAH ordenou-lhe para que descalçasse naquele vale sagrado, como sinal de respeito. E não só, o ato de descalçar também é gesto de humildade, pois ALLAH gosta dos humildes.

E assim, Mussa (as) acabava de ser escolhido como um dos grandes
mensageiros de ALLAH, tendo sido incumbido de transmitir a mesma mensagem transmitida pelos profetas anteriores, para libertar também os Banu Issra’il da escravatura e para guiar o Fir’aun.

Ainda no vale sagrado, Mussa (as) tinha na sua mão um cajado. ALLAH perguntou-lhe:
“Ó Mussa! O que é que tens na tua mão direita? (Mussa) respondeu: É o meu cajado, uso-o quando estou apascentando os cabritos e também para arrancar as folhas das árvores para dá-las aos cabritos e também utilizou-o noutras coisas.” [Al-Qur’án 20:17-18]

ALLAH bem sabia o que estava na mão de Mussa (as), pois Ele é o conhecedor de tudo. Mas queria que Mussa (as) tivesse a certeza daquilo que estava na sua mão, pois em breve aquilo transformar-se-ia em serpente e ao ver isso, ele talvez pensasse que afinal sem se aperceber tinha uma serpente na mão e não um cajado.

OS SINAIS DE ALLAH

ALLAH pretendia que Mussa (as) encarasse o teste dos mágicos (vide mais adiante). Ordenou-lhe que atirasse o cajado ao chão:

“Ele disse: Atira-o ao chão, ó Mussa. Quando ele o atirou, transformou-se numa serpente (cobra) que se movia.” [Al-Qur’án 20:19-20] .

Este era um treino para o milagre que iria acontecer, em que o seu cajado seria transformado numa cobra verdadeira, mudando de natureza, quando Mussa o atiraria perante os mágicos. ALLAH queria que Mussa não ficasse assustado nem alarmado com isso. Mas Mussa ficou assustado e virando as costas tentou fugir, atitude própria do ser humano nestas circunstâncias; mas ALLAH tranquilizou-o dizendo:

“Ó Mussa ! Pega nisso e não tenhas medo; Nós volvê-la-emos ao seu estado inicial e original.”
[Al-Qur’án 20:21].

Depois de ALLAH o tranquilizar, Mussa sem qualquer medo pegou na sua “serpente” que voltara ao seu estado original de cajado. Glórias para ALLAH, o Todo Poderoso, que fez um cajado com duas características!

E depois instruiu-lhe também sobre a magia que os mágicos iriam confrontar com ele:
“Atira ao chão o teu cajado! E quando o viu mover-se como se fosse uma cobra, virou as costas fugindo, e não voltou atrás.” [Al-Qur’án 28:31] .

Aqui é importante verificar a expressão de ALLAH: “Como se fosse uma cobra”. Desta vez, o cajado de facto não se transformou numa verdadeira cobra, mas Mussa (as) viu-o “como se fosse uma cobra”.
Esta era a instrução sobre a magia que os mágicos iriam fazer com que Mussa (as) visse as suas cordas a aparecerem como cobras. Assim, ALLAH instruiu Mussa (as) duma maneira prática, antes de ele confrontar-se com os mágicos, acerca daquilo que iria acontecer com ele, por meio de dois factos: o milagre da transformação do cajado em verdadeira cobra e também sobre a magia que lhe seria mostrada quando ele enfrentasse os mágicos de Fir’aun.

Depois, ALLAH ordenou à Mussa (as) que tocasse na sua axila com a sua mão e retirando-a de seguida, pois sairia brilhante sem manchas e sem qualquer tipo de doenças.

Estes foram os dois grandes sinais recebidos por Mussa (as) por parte de ALLAH para confirmar a sua profecia e reforçar o seu coração. E também para demonstrar que ALLAH é o Criador, e que com “Kun” (seja), Ele pode transformar o que quiser.

A seguir foi-lhe ordenado para que dirigisse ao Fir’aun, afim de este cumprir com o objetivo para o qual fora criado, mostrando-lhe o caminho reto, o caminho da salvação, pois ele e sua gente haviam-se tornado rebeldes, arrogantes, desobedientes e opressores, e também para que libertasse os Banu Issra’il da escravatura e opressão do Fir’aun.

ALLAH disse a Mussa (as) : “Tens essas duas provas da parte do teu Senhor para apresentares ao Fir’aun e à sua gente. E com isso ALLAH reforçará a tua palavra, vai pois ter com eles, para tirá-los da escuridão para a luz”.

Mussa (as) disse a ALLAH: “Ó meu Senhor! Eu receio ir ter com eles, pois sabendo que acidentalmente eu matei um egípcio, podem matar-me, e também receio que eles irão desmentir-me. Já que me honraste com a profecia, dilata o meu peito, enche-o com luz, faça com que eu cumpra esta missão. Desata o nó que tenho na minha língua para que as pessoas me percebam com facilidade. O meu irmão é mais eloquente do que eu, portanto agracia-o também com esta honra de profecia para juntos cumprirmos esta tarefa”.

Segundo alguns historiadores, quando Mussa (as) era ainda pequeno, certa vez Fir’aun colocou-o no seu colo e Mussa (as) puxou-lhe a barba. Segundo outros historiadores, Mussa (as) tirou-lhe a coroa da cabeça, colocando-a na sua. Fir’aun ficou muito irritado com aquele gesto do pequeno Mussa (as) e quis matá-lo, mas a sua esposa Ássia disse: Não! Não o mate, pois ele é pequeno e não tem noção daquilo que faz.

Mas porque estava furioso, o Faraó disse: Vamos pô-lo em teste. Mandou vir dois pratos, um com frutas e outro com carvão aceso, para ver qual deles Mussa (as) iria escolher. Mussa (as) quis estender a sua mão para o prato de frutas, mas um anjo desviou-a para o carvão aceso, levando-o à boca. Esta imprudência, própria de crianças, provocou-lhe um defeito na língua; ele gaguejava, sendo por isso que o Faraó dizia acerca de Mussa (as):

“Acaso não sou preferível relativamente a este desprezível (indivíduo) que mal se pode expressar?” [Al-Qur’án 43:52].

Infelizmente esta passagem foi mencionada por alguns comentadores mufasserines) nos seus comentários do Al-Qur’án e tornou-se muito conhecida no seio dos muçulmanos. Porém, a verdade é que ela faz parte das lendas Issrailiyát que não encontram base alguma no Islam. Talvez até podem ser imaginações inventadas por alguns muçulmanos e que depois passaram de boca em boca.

Na realidade, esta passagem não tem algum valor religioso ou mesmo científico para nós os muçulmanos, pois não consta no Al-Qur’án nem nos Hadices do profeta Muhammad , que são as únicas fontes credíveis para histórias de qualquer profeta.

Esta passagem é contra a própria lógica, pois como é que uma criança pode pegar carvão aceso e colocá-lo na sua boca sem que a sua mão seja afetada ou queimada? E como é que queimou a língua sem os lábios se queimarem?

ALLAH tranquilizou Mussa (as) e disse-lhe:
“Vá com esta missão perante o Fir’aun e mostra-lhe o caminho reto. Eles não poderão prejudicar-te em nada, pois o Nosso apoio está contigo, e os sinais que Nós te demos, ajudar-te-ão a ter êxito e finalmente serás vitorioso, e vamos aceitar o teu pedido de honrar o teu irmão com a profecia e incluí-lo na tarefa, e olhai, falai suavemente quando vos dirigirdes a Fir’aun, para que ele aceite o conselho e tenha temor a ALLAH e deixe a arrogância e a injustiça!”

BISMILLAH AL-RAHMAN AL-Rahim•Wassalatu Wassalamu Ala Ashraful Mursaleen Allahumma Sali Ala Muhammad ua Aali Muhammad Imploramos a ALLAH (SW), que nos ajude, nos dê uma boa orientação para o benefício do Islã e dos muçulmanos, corrigindo nossos trabalhos, nossas intenções e nossas ações. Agradecemos a ALLAH (SW) que é o único Deus do universo.
Que ALLAH (SW), aceite este trabalho, nos dando uma boa recompensa nesta vida e na outra. Principalmente às pessoas que nos precederam nesse trabalho e nos serviram como orientadores! Subhanna Allah!(Louvado Seja Deus).

sábado, maio 16, 2009

História de Moisés -(Mussa)

Todos os Banu Issra’il (Filhos de Israel), que também eram conhecidos por cananeus, viviam no Egipto quando Yaqub (as) (Jacob) e seus filhos lá se radicaram. Yaqub (as) morreu no Egipto, tendo aqui sido sepultado. Logo a seguir à sua morte, morreu também Yussuf (as) (José), o que causou profunda consternação no seio dos Egípcios, pelo fato de ele ter sido um líder proeminente, pois era compassivo, prudente e justo. Como rei, pusera fim à tirania e à injustiça no seu seio. Socorria os oprimidos, amparava os atemorizados, alimentava os esfomeados, guiava o povo para a senda reta e, com o seu apurado sentido de prudência, evitou que a fome assolasse o povo do Egipto. Devido à morte de Yussuf (as), os egípcios viveram inconsoláveis durante muito tempo, pois haviam reconhecido nele um grande virtuosismo, o que fez com que considerassem os Banu Issra’il gente nobre, passando então a respeitá-los.

Mas decorridos muitos anos, a situação começou a deteriorar-se. Os Filhos de Israel começaram a revelar um comportamento corrupto, deixando de lado as orientações Divinas e concentrando-se demasiado em questões mundanas. Assim, a atitude de outros habitantes do Egipto perante eles também mudou. Já não os encaravam com o respeito e consideração que no passado lhes haviam dispensado. Encaravam-nos como estranhos no Egipto, como intrusos que vinham de fora e que não tinham direito algum naquela terra. Entretanto, no Egipto ascendeu ao trono um rei que tinha alguma aversão aos Banu Issra’il, pois julgava que estes não eram humanos, pelo que não eram merecedores de qualquer sentimento de compaixão e que a sua missão devia ser apenas a de servir os coptas. Este sentimento levava-o a tratá-los como animais.
O Al-Qur’án descreve:
“Tá Sin Mim – Estes são os versículos do Livro evidente. Vamos relatar-te
com toda a verdade, algo da história de Mussa (Moisés) e Fir’aun (Faraó)
para (beneficiar) um povo que crê. Por certo, Fir’aun sublimou-se em
arrogância na terra (do Egipto) e dividiu em seitas o seu povo. Procurava
enfraquecer um grupo deles, mandando matar os seus filhos e deixando
vivas suas mulheres, pois era um dos corruptores.E Nós queríamos favorecer os oprimidos na terra, e fazer deles os líderes e fazer deles os herdeiros (do reino de Faraó). E quisemos estabelecê-los (empossá-los) na terra e mostrar ao Fir’aun, e ao Háman e aos seus exércitos aquilo que temiam da parte deles.”
[Al-Qur’án 28:1-6]

Moisés não era judeu, pois não era descendente de Judah; ele era um levítico.
Consta na Bíblia:

“E estes são os nomes dos filhos de Levi, segundo as suas gerações: Gerson
e Coate e Merári... e os filhos de Coate: Anrão (Amrán)... e Amrão tomou
por mulher Joquebede (Yukábid),sua tia, e ela gerou-lhe Aarão (Harun) e
Moisés (Mussa).”
[Êxodo 6:16-20]

Moisés foi o dador de leis (Torah é Lei) aos filhos de Israel. A história de Mussa é a mais prolongada no Al-Qur’án, com vários episódios.

O termo “Fir’aun” ou “Faraó” designa um título de honra, normalmente associado à figura do mais alto representante do poder, e não o nome próprio de um rei no antigo Egipto, da mesma forma que entre os romanos havia o “César” que era o seu rei, o “Koshroe” (ou Coshroe) entre os persas e o“Dom” entre os portugueses.De acordo com a Bíblia e alguns historiadores, o Faraó de nome Ramsés II que reinou no Egipto durante 67 anos (entre 1304 – 1237 AC), era um grande tirano e nutria um grande ódio pelos Filhos de Israel. Usava todos os meios para humilhá-los e atirá-los à desgraça. Escravizou-os, forçando-os a trabalhar sem salário e, caso este existisse, era mísero. O ódio que por eles tinha derivava do fato de alguns adivinhos ou astrólogos do seu tempo lhe terem informado que um jovem, filho de Israel, causaria o fim do seu reinado. Consta também numa narração relatada por vários Sahábah, incluindo IbnAbbass e Ibn Mass’ud _, que diz: “O Fir’aun sonhou que o fogo vinha da direcção de Jerusalém e queimou todas as casas do Egipto e todos os coptas, mas não prejudicou os Banu Issra’il. Quando despertou ficou muito preocupado. Reuniu os adivinhos e feiticeiros para lhes perguntar qual seria o significado daquele sonho, ao que lhe responderam que o sonho que ele tivera, significava que de entre os Banu Issra’il iria nascer um rapaz que causaria a destruição da população do Egipto. Foi então que a partir daí, desencadeou uma campanha de matança de todos os filhos varão dos Banu
Issra’il.” [Ibn Kassir].

Com base naquela informação e ainda segundo a Bíblia, o Fir’aun ordenou às parteiras para que todos os recém-nascidos do sexo masculino das famílias de Banu Issra’il fossem mortos. E para garantir a eficácia do trabalho, junto às parteiras foi formada uma equipa de homens (políciais) que vigiariam as mulheres grávidas e iriam investigar os nascimentos nas casas dos Banu Issra’il. Assim, milhares de crianças foram arrancadas e mortas sob o olhar impotente dos seus progenitores. Quando no seio dos Banu Issra’il nascesse um rapaz, logo se sabia que seria um dia de tristeza e luto. O Fir’aun fez todos os possíveis para que Mussa (as) não aparecesse, pois todas as mulheres grávidas eram vigiadas e os momentos de parto estavam controlados. Entretanto, ALLAH quis que acontecesse o que o Fir’aun receava. Na casa de Imrán, um Banu Issra’il, nasceu no maior segredo Mussa (as). Os familiares e muito particularmente a mãe, Yuqábid, estavam preocupadíssimos, pois tinham que ocultar a criança aos olhos dos algozes de Fir’aun. Apesar da cerrada vigilância, ainda conseguiram manter em segredo a existência desta criança durante três meses, amamentando-o secreta e atemorizadamente. Mas a preocupação da mãe era cada vez maior, pois a caça às crianças de Banu Issra’il continuava, e Mussa (as) também crescia, tornando-se cada vez mais difícil passar despercebido.

Todavia, uma mãe é sempre mãe e prefere por vezes ver seu filho longe de si mas vivo, do que perto mas em constante perigo. O que é que aquela mãe faria, sabendo que milhares de crianças eram arrancadas do regaço materno e mortas sem dó nem piedade? Foi nesta fase de crescimento de Mussa (as) que ALLAH inspirou Yuqábid para que colocasse o seu filho numa caixa (cesta) bem resguardada e depois o deixasse sobre as águas do rio Nilo, com a promessa de o devolver, pois dele faria um mensageiro e profeta que iria tirar as pessoas da escuridão, libertando assim os Banu Issra’il. Era também para demonstrar que ninguém pode impedir a concretização do que seja que ALLAH decrete. Confusa, a senhora questionava-se: quem iria cuidar dele e amamentá-lo, dentro daquela caixa e atirado ao rio? O Shaytán tentou desviá-la ao fazer-lhe imaginar o que iria acontecer ao seu filho. Chegou a pensar que talvez fosse melhor que fosse degolado à sua frente, pois assim ela mesma tê-lo-ia envolvido num kafan (mortalha), sepultando-o; isso seria melhor do que deixá-lo no rio e ser devorado pelos peixes e outros animais do Nilo. Mas Yuqábid optou por depositar confiança em ALLAH, recomendando à sua filha, portanto irmã mais velha de Mussa (as), que procurasse acompanhar a caixa até ao possível desfecho. Colocada a caixa contendo Mussa (as) sobre o rio Nilo, a mesma foi boiando arrastada pela corrente, até que se foi encalhar algures, próximo das instalações do palácio de Fir’aun construídas à beira do rio. Uma mulher ligada à corte, ao notar que havia uma caixa encalhada e para satisfazer uma simples curiosidade, ordenou a um empregado para que fosse buscá-la. Entretanto, a irmã mais velha de Mussa (as), que escondida ia seguindo o percurso da caixa, sentiu uma satisfação ao notar que o seu irmão havia sido recolhido por gente do palácio.

Mas para melhor acompanhar os acontecimentos, disfarçada e cautelosamente aproximou-se do local, fazendo-se passar por uma das serviçais da corte. Quando abriram a caixa, as senhoras ficaram intrigadas ao deparar-se com uma linda criança de aspecto saudável, chupando os seus dedinhos e dormindo tranquilamente. Quando Fir’aun chegou, perguntou acerca do sucedido, e quando viu que se tratava de uma criança, ordenou para que fosse morta. Porém, Ássia, a esposa do rei, opôs-se argumentando que talvez poderia se tornar a frescura dos seus olhos, podendo até adotá-lo como filho, pois eles não tinham filhos, o que lhes seria benéfico. E de fato, Mussa (A.S) foi benéfico para ela aqui neste mundo, e no outro mundo ela terá o Paraíso, por ALLAH tê-la guiado e ela ter crido em Mussa. Embora contrariado, Fir’aun acabou por aceitar o ponto de vista da mulher e assim Mussa (as) escapou à vigilância dos policiais, passando a beneficiarse da proteção do reino, pois a partir daquele momento passou a viver no palácio.

De notar que ALLAH encarregara o próprio Fir’aun, o tirano, o arrogante, o orgulhoso pelo seu poder, sem que ele pudesse sequer imaginar, de que iria criar e cuidar no seu próprio seio, na sua própria casa, alimentar da sua comida e bebida e conceder a dormida na sua cama, àquele a quem receava, e por tal receio ordenara que milhares de crianças fossem inocentemente executadas, e que mais tarde viria a derrubá-lo. Isto foi para que ele tirasse uma lição de que ALLAH, o Criador dos céus e da terra faz o que quer, pois Ele é o Todo-Poderoso.
Alguns comentadores do Al-Qur’án dizem que os coptas se queixaram ao Faraó da diminuição do número dos Banu Issra’il, devido à matança de seus filhos varões, e receavam que após algum tempo houvesse crise de mão-de-obra,o que levaria os coptas a terem que fazer os trabalhos que até então eram feitos pelos Banu Issra’il. Então, o Faraó entrou no dilema: continuar a matar ou não? Se continuasse a matar, iriam enfrentar uma acentuada falta de mão-de-obra, e se não continuasse, corria o perigo que já receava. Então, tomou uma decisão intermédia. Ordenou que fossem mortos alternadamente, i.é, fossem mortos num ano e no ano seguinte fossem poupados. Foi assim que Harun (Aarão) nasceu no ano da poupança e Mussa (as) no ano da matança.

Apesar de Mussa (as) estar a gozar de uma atenção e estima invejável, pois todos o beijavam e o acarinhavam, os seus protetores sentiam alguma preocupação pelo seu estado de saúde. Passavam já três dias e ele não se alimentava, não obstante as várias amas postas à sua disposição. Essas amas que tinham ainda muito leite nos seus peitos, eram mães cujos filhos haviam sido degolados pelos algozes do Faraó.

Chorando, Mussa (as) rejeitava todas as amas que lhe eram postas à sua disposição. Aproveitando-se desse fato, a sua irmã ali infiltrada entre os serviçais da corte, assistia a tudo aquilo e apesar de receosa, sugeriu uma certa ama muito piedosa de entre os Banu Issra’il, que disse conhecer e estar disposta a ir buscá-la.

Disse:

“Quereis que vos indique uma família que cuidará dele e o tratará bem, com
devoção?”
[Al-Qur’án 28:12].

A mulher de Fir’aun aceitou a proposta e ordenou para que a fosse buscar imediatamente. Pelo tempo que já se passara, Yuqábid sentia alguma impaciência e ansiedade, aguardando que a qualquer momento lhe chegassem notícias do seu filho. ALLAH derramara sossego e tranqüilidade sobre ela, quando a sua filha aflita, mas radiante, lhe apareceu pela frente começando por contar resumidamente tudo quanto se passara. Convidou a mãe para que a acompanhasse ao palácio a fim de recolocar o filho no seu peito, refrescar os seus olhos e agradecer a ALLAH, que cumpria com a Sua promessa de lhe devolver o filho, pois aquilo era um grande favor que ALLAH lhe concedia. Yuqábid entrou no palácio emocionada, tendo-lhe sido entregue o bebê, que pareceu entender que revivia o seu regaço materno, pois imediatamente dirigiu a sua cara ao peito da mulher e começou a amamentar-se com avidez, pois estivera sujeito a três dias de fome. Esta cena criou admiração nos presentes que quiseram saber se ela não seria a mãe da criança. Ela limitou-se a negar aquela relação acrescentando que era uma mulher com bastante sorte e um leite muito doce, pois qualquer criança a aceitava com facilidade.

ALLAH diz:

“Assim o restituímos à sua mãe, para que os seus olhos se refrescassem e
para que ela não se entristecesse e para que ela soubesse que a promessa de
ALLAH é verdadeira: Mas a maioria das pessoas não o sabe.”
[Al-Qur’án 28:13].

Assim, Yuqábid permaneceu no palácio junto do seu filho até ao fim do período de aleitamento, altura em que mais uma vez teve que abandonar o filho, deixando-o aos cuidados do pessoal do reino, mas mais sossegada e com o privilégio de poder ir visitá-lo ocasionalmente. E é isso que ALLAH recordou a Mussa de entre os Seus favores na noite em que ALLAH lhe falou directamente:

“Já te havíamos agraciado outra vez. Quando inspiramos a tua mãe o que lhe foi inspirado, dizendo-lhe: Põe-o (ao teu filho) na caixa e lança-o ao rio; para que o rio o levasse para a margem de onde o recolherá um inimigo Meu, que é também dele. E lancei sobre ti amor, de minha parte para que fosses criado diante de Meus olhos.”
[Al-Qur’án 20:37-39]

Entretanto, Mussa (as) continuou a viver no palácio real, onde cresceu rodeado de serventes e de todas as comodidades reservadas a um príncipe, até se tornar um homem forte e corajoso.

Manteve-se na corte até aos seus quarenta anos, tendo desenvolvido os seus próprios ideais que lhe permitiram aperceber-se da realidade que o rodeava. Já não temia nem os reis nem os ricos, mesmo sabendo da sua origem (Banu Issra’il). Sabia que nada o ligava à família de Fir’aun nem aos egípcios. Quando deambulava pela cidade eram-lhe dadas a assistir cenas tristes em que a sua gente (Banu Issra’il) era submetida a atos de humilhação, escravidão e injustiça por partedos egípcios, o que ele não suportava pelo que ocasionalmente aparecia a defendê-la. Aliás, o combate à injustiça e o apoio aos oprimidos eram das tarefas que como profeta lhe competiam.

Num belo dia, Mussa (as) passeava pela cidade à hora normalmente reservada à sesta, quando todos os afazeres são suspensos e as pessoas normalmente dormem ou descansam (hábito que ainda se mantém no Egito), e então viu dois homens a lutarem, sendo um egípcio (copta) que estava escorraçando outro, que era Banu Issra’il. Este ao ver Mussa (as) ali perto, implorou-lhe ajuda; Mussa (as) indisposto com o que via, chamou à atenção do egípcio para o mal que estava cometendo, mas aquele não lhe prestou nenhuma atenção, o que enfureceu Mussa (as) que, já fora de si, assestou-lhe uma forte bofetada na cara. Não suportando a demolidora bofetada, o egípcio caiu morrendo imediatamente.

Ao se aperceber do que acontecera, pois não tinha sido sua intenção matar o homem, cheio de remorsos reconheceu não haver dúvidas de que aquela fora uma atitude satânica, que desvia as pessoas da senda reta, e de imediato implorou perdão a ALLAH, dizendo:

“Isto é obra de Satanás. Ele é com certeza um inimigo declarado e desviador. E disse (ainda): Ó meu Senhor! Na verdade, fui injusto para comigo mesmo. Perdoa-me, então. Ele perdoou-lhe, porque Ele é o Perdoador, o Misericordioso. Disse (mais): Ó meu Senhor! Visto que me agraciaste, nunca mais apoiarei os criminosos.”
[Al-Qur’án 28:15-17]

Entretanto, a notícia do assassinato do egípcio espalhou-se por todos os lados, sem que, no entanto se soubesse quem foi o seu autor. O caso foi apresentado a Fir’aun, a quem se exigira que tomasse severas medidas contra os Banu Issra’il, pois aquele ato só poderia ter sido perpetrado por alguém pertencente aos Banu Issra’il. Mas Fir’aun disse que não era possível vingar-se de todos, era necessário que se descobrisse o assassino.

Mussa estava amedrontado. Por coincidência, no dia seguinte ele encontrou-se
com o mesmo israelita protagonista do incidente do dia anterior e à semelhança do que se passara, de novo pediu-lhe ajuda, pois estava metido numa disputa com um copta (egípcio).

Mussa (as) encontrava-se uma vez mais perante uma situação desagradável e embora não tivesse esquecido do que se passara no dia anterior, tentou intervir para separar os dois.

Enquanto chamava à atenção ao copta por um lado, por outro criticava o seu oponente chamando-o de provocador, desordeiro e de estar sempre à espera que o ajudassem a sair-se bem das confusões em que se envolvia. Mussa (as) tentava libertá-los um do outro e o oponente do copta julgou que Mussa (as) queria agredi-lo. Descaradamente perguntou: “Queres matar-me como fizeste com aquele homem ontem”?

Com aquela pergunta, propositada ou não, estava revelado o segredo de quem tinha morto o egípcio. Quando o copta ouviu aquela acusação a Mussa (as), não perdeu tempo e imediatamente foi participar às autoridades o que acabara de ouvir. E assim que Fir’aun tomou conhecimento, ordenou a captura de Mussa (as).

Porém, um parente de Fir’aun que nutria muita simpatia por Mussa (as), saiu apressadamente da periferia da cidade para avisá-lo do que se passava e do perigo que corria, aconselhando-o assim a abandonar o território, emigrando para onde não pudesse estar ao alcance de Fir’aun, pois que as autoridades estavam à sua procura, para matá-lo. Assim, Mussa (as) a coberto da escuridão da noite, abandonou o Egipto, indo em direção à Madian (Midian). Percorreu uma longa distância no deserto, descalço e sem comida, andando durante oito noites e escondendo-se durante o dia até chegar à Madian. Chegado nesta região, Mussa (as) deparou-se com muita gente aglomerada à volta de um poço dando de beber ao seu gado. A alguma distância daquele local, viu também duas moças paradas a controlarem os seus animais, para que não se chegassem à água até que a multidão saísse, para depois darem de beber ao seu gado.

Mussa (as) deduziu logo que naquela zona, também reinava o injusto sistema
do mais forte, no lugar do melhor sistema baseado na justiça de ALLAH. Mussa (as) não gostou de ver aquilo e para confirmar a sua desconfiança, avançou e perguntou às moças: “O que se passa convosco? Porque é que não vão dar de beber aos animais? Porque é que não avançam também?”

Elas responderam: “Somos moças e fracas. Se avançarmos com os animais, os mais fortes empurrar-nos-ão. O nosso pai já está muito velho, não tem forças para este trabalho. Quando todos acabarem de dar de beber aos seus animais, nós aproveitaremos o que restar, pois é assim que fazemos todos os dias.”

Afinal, era o que depreendera; as meninas faziam parte do grupo dos fracos e por isso, deviam esperar que os mais fortes fossem os primeiros a se servirem, o que era característico da lei da selva, em que o mais forte acha que em tudo deve ter sempre prioridade. Depois que Mussa (as) ouviu aquilo, adiantou-se e penetrou entre a multidão e com um grande balde que ali havia, tirou água e foi dá-la de beber aos animais daquelas moças, voltando de seguida para a sombra debaixo de uma árvore.

Os presentes no local ficaram estupefatos e perguntaram quem era aquele homem. Talvez até não tenham gostado da sua atitude, mas como ele era de uma forte compleição física e impunha respeito, ninguém atreveu-se nem teve coragem de se lhe dirigir e perguntar algo. Assim que os animais pertencentes às meninas acabaram de beber, estas regressaram à casa e contrariamente ao que era hábito, nesse dia naturalmente chegaram mais cedo, o que levou o pai a estranhar e a perguntar a razão de tal motivo. As meninas explicaram tudo o que se passara e como o jovem estranho as ajudara.

“Voltem rapidamente ao local e peçam a esse jovem para vir até aqui”, disse o velho pai.
Enquanto pai e filhas falavam de Mussa (as), este estava descansando debaixo
de uma árvore, extenuado devido à viagem que estava empreendendo. Ali
não conhecia ninguém e nem era conhecido. Estava descalço, cheio de fome
e de sede e fazia o seguinte duá: “Ó meu Senhor! Necessito de qualquer coisa boa, envie-me isso neste momento.”

Em conformidade com a vontade do seu velho pai, uma das meninas voltou ao poço perto do qual Mussa (as) se encontrava sentado. Com toda a modéstia ela dirigiu-se-lhe: “O meu pai está a chamar-te, vem para nossa casa, pois ele quer pagar-te o favor que nos fizeste.”
Mussa (as) achou que não era conveniente rejeitar o convite, pois ali talvez pudesse encontrar alguma saída para as suas preocupações e quiçá, o seu duá tivesse sido aceite por ALLAH e aquele convite fosse o resultado. Mussa (as) aceitou o convite e foi com a menina para a casa do pai dela. Aqui chegados, o pai tratou de lhe oferecer uma refeição após o que estiveram a conversar, cada um falando de si.

Mussa (as) contou-lhe tudo o que se passara consigo na sua terra, desde que os adivinhos e astrólogos avisaram ao Fir’aun que seria derrubado por um Banu Issra’il, a sua sanha assassina sobre as crianças inocentes, o seu nascimento, e os difíceis momentos passados pelos seus pais para ocultá-lo, a sua vida no palácio real, os maus tratos infligidos por Fir’aun e sua gente aos Filhos de Israel, etc., até aquele momento. Depois de ouvir tudo sobre a vida de Mussa (as), o dono da casa tranqüilizou-o, recomendando que agradecesse à ALLAH por lhe ter salvado dos opressores e nada a temer naquele local.

Queridos irmãos, os muçulmanos não reconhecem intermediários entre Allah e o homem. Rezamos, rogamos e pedimos tudo diretamente para Allah . Acreditamos que estudar a vida dos homens que entregaram suas vidas em favor da causa divinas seja de grande utilidade, uma vez que poderemos aprender com seus exemplos.

BISMILLAH AL-RAHMAN AL-Rahim•Wassalatu Wassalamu Ala Ashraful Mursaleen Allahumma Sali Ala Muhammad ua Aali Muhammad Imploramos a ALLAH (SW), que nos ajude, nos dê uma boa orientação para o benefício do Islã e dos muçulmanos, corrigindo nossos trabalhos, nossas intenções e nossas ações. Agradecemos a ALLAH (SW) que é o único Deus do universo. Que ALLAH (SW), aceite este trabalho, nos dando uma boa recompensa nesta vida e na outra. Principalmente às pessoas que nos precederam nesse trabalho e nos serviram como orientadores! Subhanna Allah!(Louvado Seja Deus).

sexta-feira, maio 15, 2009

Gripe Suina ou Influenza "A"

A melhor prevenção é a informação. No momento, em que o mundo enfrenta uma "Pandemia" da Gripe Suina ou Influenza "A", faz-se necessário informações, a fim de, minimizar riscos e desmanchar alguns mitos. Seguem abaixo, algumas orientações importantes.

Brasil mantém vigilância e monitoramento dos casos; população precisa estar bem-informada sobre prevenção da doença .

O Brasil mantém o alerta contra a Influenza A(H1N1), inicialmente chamada gripe suína. As primeiras ocorrências da doença foram registradas no México no fim de abril e, no dia 7 de maio, o Ministério da Saúde confirmou os primeiros casos no Brasil. O Ministério ressalva, no entanto, que o País está preparado para tratar os doentes e que vem cumprindo rigorosamente as medidas de vigilância e monitoramento recomendadas pela Organização Mundial de Saúde, tomando todas as precauções indicadas para conter a doença, rastreando, monitorando e tratando possíveis doentes. No dia 10 de maio, havia oito casos confirmados no País.As autoridades de saúde brasileiras ressalvam que a população precisa manter a calma, evitar a automedicação e informar-se com segurança e tranqüilidade. A informação segura sobre sintomas, formas de prevenção e como agir em casos de suspeita é fundamental para que se consiga reduzir a expansão da enfermidade.Veja abaixo algumas orientações elaboradas pelo Ministério da Saúde. Outras informações podem ser solicitadas pelo Disque Saúde, do governo federal (telefone 0800 61 1997, que funciona 24 horas por dia), ou nos sites http://www.saude.gov.br/ e http://www.anvisa.gov.br/.

O que é a Influenza A (N1h1), anteriormente chamada gripe suína?

É uma doença respiratória aguda altamente transmissível. Assim como a gripe comum, ela é transmitida, principalmente, por meio de tosse, de espirro e de secreções respiratórias de pessoas infectadas. A doença não é transmitida pelo consumo de carne de porco.

Quais os sintomas que definem um caso suspeito de Influenza A (H1N1)?
Febre alta de maneira repentina (maior que 38ºC) e tosse, podendo estar acompanhadas de algum dos seguintes sintomas:• dor de cabeça, dores musculares e nas articulações, dificuldade respiratória E...• ter apresentado esses sintomas até 10 dias após sair de países que reportaram casos pela influenza A (H1N1); OU...• ter tido contato próximo nos últimos dez dias com pessoa classificada como caso suspeito de infecção humana pelo novo subtipo de influenza.

Em quanto tempo, a partir da transmissão, os sintomas aparecem?
Os sintomas podem iniciar no período de 3 a 7 dias após contato com esse novo subtipo do vírus e a transmissão ocorre principalmente em locais fechados.

É preciso procurar os serviços de saúde em caso de suspeita?

Os casos suspeitos e os contatos (indivíduos assintomáticos que estejam ou estiveram em contato com casos suspeitos) devem procurar imediatamente hospital mais próximo. Também é importante consultar a lista de hospitais designados pelo Ministério da Saúde (clique aqui para acessar a relação de hospitais). Todas as secretarias estaduais de saúde foram acionadas para intensificar o processo de monitoramento e detecção oportuna de casos suspeitos de doenças respiratórias agudas e devem ser notificadas.

Há uma vacina que possa proteger a população humana contra essa doença?

Não. Não existe vacina contra esse novo subtipo de vírus da influenza. Há pesquisas em andamento, mas não há previsão para o desenvolvimento desta vacina.

A vacina contra gripe comum protege contra a influenza A (H1N1)?
Não. A vacina contra gripe comum protege apenas contra gripe comum.

Há tratamento para Influenza A (H1N1) no Brasil?

Sim. Há um medicamento antiviral indicado pela OMS e disponível na rede pública de saúde que será usado apenas por recomendação médica, a partir de um protocolo definido pelo Ministério da Saúde. Em caso de indicação, o mais adequado é que o tratamento seja iniciado em até 48h.

ALERTA: A automedicação pode mascarar sintomas, retardar o diagnóstico e até causar resistência ao vírus.

O Brasil tem estoque de medicamento para tratamento de pacientes?

Sim. O Ministério da Saúde conta com estoque estratégico suficiente para tratamento de casos de influenza A/H1N1. Para uso imediato, há 6.250 tratamentos adultos e 6.250 pediátricos, que estão sendo enviados aos estados de acordo com a necessidade. Além disso, o governo brasileiro possui, acondicionada em tonéis, matéria-prima para 9 milhões de tratamentos. O medicamento bruto está pronto para ser transformado em cápsulas. O início do processamento será indicado pelo Ministério da Saúde, conforme a necessidade.

É seguro comer carne de porco e produtos derivados?

Sim. Embora o nome da doença tenha inicialmente sido vinculado aos súinos, não há evidências de que esse novo subtipo de vírus tenha acometido porcos. Portanto, não há risco no contato e consumo de produtos de origem suína. O cozimento adequado da carne suína elimina os agentes causadores de doenças.

O que a população pode fazer para evitar a influenza A?

Alguns dos exemplos de cuidados para a prevenção e controle de doenças de transmissão respiratória são:

- lavar as mãos com água e sabão (depois de tossir ou espirrar;
-depois de usar o banheiro, antes de comer, antes de tocar os olhos, boca e nariz);
- evitar tocar os olhos, nariz ou boca após contato com superfícies;
- usar lenço de papel descartável;
- proteger com lenços a boca e nariz ao tossir ou espirrar;
- é importante que o ambiente doméstico seja arejado e receba a luz solar, pois estas medidas ajudam a eliminar os possíveis agentes das infecções respiratórias;
- hábitos saudáveis, como alimentação balanceada, ingestão de líquidos e atividade física.

O que seria uma pandemia de influenza?

O termo pandemia significa uma epidemia em grandes proporções (tanto em número de pessoas envolvidas, quanto em área geográfica) que atinge de forma simultânea diversos países podendo atingir um grande número de pessoas. Pandemias de influenza ou gripe já causaram graves danos durante toda história.

Quais as recomendações do Ministério da Saúde para os viajantes internacionais?

Primeiramente, é fundamental avaliar a necessidade de realizar a viagem.

a) Aos viajantes que se destinam aos países afetados:- Em relação ao uso de máscaras cirúrgicas descartáveis, durante toda a permanência nos países afetados, seguir rigorosamente as recomendações das autoridades sanitárias locais.- Ao tossir ou espirrar, cobrir o nariz e a boca com um lenço, preferencialmente descartável.- Evitar locais com aglomeração de pessoas.- Evitar o contato direto com pessoas doentes.- Não compartilhar alimentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal.- Evitar tocar olhos, nariz ou boca.- Lavar as mãos freqüentemente com água e sabão, especialmente depois de tossir ou espirrar.- Em caso de adoecimento, procurar assistência médica e informar história de contato com doentes e roteiro de viagens recentes a esses países.- Não usar medicamentos sem orientação médica.
Atenção! Todos os viajantes devem ficar atentos também às medidas preventivas recomendadas pelas autoridades nacionais das áreas afetadas;

b) Aos viajantes que estão voltando de viagens internacionais:Viajantes procedentes de outros países, independente de ter ou não casos confirmados, que apresentarem alguns dos sintomas da doença até 10 dias após saírem dessas áreas afetadas devem:

- Procurar assistência médica na unidade de saúde mais próxima.- Informar ao profissional de saúde o seu roteiro de viagem.

Links úteis:
http://www.saude.gov.br/
http://www.anvisa.gov.br/
Fonte:www.cassi.com.br

segunda-feira, maio 11, 2009

OS SINAIS DE DEUS

Ao longo da vida de uma pessoa, desde que esta nasce até que falece, são-lhes revelados os sinais do único e verdadeiro Allah SW (Deus Louvado Seja). Diz Allah SW no Alcorão:

“Nós mostrar-lhe-emos os Nossos sinais em todas as regiões da terra, e neles mesmos, até que lhes seja esclarecido que ele (O Alcorão) é a verdade” (Alcorão, 41:53).

O que a seguir se apresenta, constitui um exemplo de como Allah SW se revelou a um homem através de um sinal, mostrando-lhe o quão errado ele estava ao adorar um ídolo. Na região a sudoeste da selva Amazônia, Brasil, América do Sul, uma tribo ergueu uma cabana para hospedar o seu ídolo, Skwatch, a quem consideravam ser o deus supremo de toda a criação. No dia seguinte à construção, um jovem entrou na cabana para homenagear o Deus. Enquanto estava prostrado perante aquilo que lhe haviam ensinado tratar-se do Criador e Sustentáculo do Mundo, um cão velho, pulguento e asqueroso, entrou na cabana, tendo o jovem erguido a cabeça a tempo de vê-lo urinar sobre o ídolo.

Escandalizado, o jovem correu para fora do templo, contudo, finda a fúria percebeu que o ídolo não podia ser o Senhor do Universo. Allah SW tem que estar em outro lugar concluiu ele. Por mais estranho que possa parecer o fato do cão ter urinado sobre o ídolo, para o jovem foi um sinal de Allah SW. O sinal continha a mensagem divina de que, aquilo que ele adorava era falso.
Conseqüentemente, a este jovem foi dada a possibilidade de escolher: ou procurava o Verdadeiro Deus, Allah SW, ou continuava emaranhado no erro.

Allah SW menciona a busca de Deus empreendida pelo Profeta Ibrahim (Abraão AS), como exemplo de boa orientação cedida àqueles que seguem os seus Sinais:
“E assim fizemos ver a Abraão o reino dos céus e da terra, para que ele se contasse entre os convictos. Quando a noite o envolveu, viu uma estrela e disse: “Eis aqui o meu Senhor”. Porém, quando esta desapareceu disse: “ Não adoro os que desaparecem”Quando viu despontar a lua, disse:”Eis aqui o meu Senhor”. Porém, quando ela desapareceu, disse:
“ Se o meu Senhor não me guiar, contar-me–ei entre os extraviados”. E quando viu despontar o sol, disse: “Eis aqui o meu Senhor,este é o maior”. Porém quando este se pôs, disse: “Ó povo meu! Na verdade, não faço parte da vossa idolatria. Na “verdade, eu dirijo a minha face para Quem criou os céus e a terra; sou monoteísta (Hanif) e não me conto entre os idólatras”. (Alcorão, 6:75-79).

Tal como antes referimos foram vários os Profetas enviados a todas as nações e tribos, de modo a apoiarem a crença Natural do ser humano em Allah SW e a sua inclinação inata para adorá-Lo, e reforçarem a Verdade Divina contida nos sinais por Ele diariamente revelados. Embora muitos dos ensinamentos destes Profetas tenham sido distorcidos ao longo do tempo, partes destas mensagens de inspiração Divina mantiveram-se incorruptíveis e serviram para orientar a Humanidade na escolha entre o Bem e o Mal. A influência que estas mensagens desempenharam ao longo de várias épocas pode ser observada nos Dez Mandamentos da Torah Judaica, mais tarde adotados pelos ensinamentos Cristão, assim na existência de leis contra o assassinato, o roubo e o adultério, presentes em várias sociedades do Mundo Antigo e Moderno. Como resultado dos Sinais de Allah SW enviados à Humanidade, juntamente com as revelações confiadas aos vários Profetas, a todo o ser humano foi cedida a oportunidade para reconhecer o Único e Verdadeiro Deus, Allah SW!

Consequentemente, a todas as almas é exigido que responda pela sua fé em Allah SW e a aceitação da sua verdadeira religião, ou seja, o Islam, que significa a total submissão à vontade de Allah SW.

Conclusão

A apresentação precedente demonstrou como o nome da Religião Islâmica encerra em sim o seu princípio central, ou seja, a submissão a Allah revela também que o nome Islam e segundo as suas Escrituras Sagradas, não foi escolhido pelo Homem, mas sim por Allah SW. Do mesmo modo, demonstrou-se que apenas o Islam ensina a Unicidade de Allah SW e dos Seus Atributos, impondo o culto prestado a Allah SW somente, sem existência de intermediários. Por último, e devido aos Sinais revelados por Allah SW e à inclinação divinamente infundida no ser humano para adorá-Lo, o Islam pode ser alcançado por toda a Humanidade, seja em que época for.

Resumidamente, o significado do nome Islam (submissão total a Allah SW), o seu reconhecimento fundamental da unicidade de allah SW, assim como o fato de ser a cessível a todos independentemente da época em que vivem apóiam convicentemente a reivindicação islâmica de que, descdd os pçrincípios dos temos, e não obstante o idioma falado, esta era, e continuará a ser a “Verdadeira Religião de Allah SW”.

Concluindo, rogamos a Allah SW, o Enaltecido, que nos mantenha no caminho certo para o qual nos orientou, e que nos conceda Suas Bênçãos e Misericórdia, visto ser Ele o mais Misericordioso. Que Allah SW, Senhor dos Mundos, seja louvado, e que a Paz e as Bênçãos estejam com o Profeta Muhammad (SAAS) e com os demais Profetas e seus seguidores.

Generosos muçulmanos e demais irmãos, é preciso que seja esclarecido em todas as oportunidades, que a Idolatria, não se trata apenas de se ter em casa imagens de santos, santas e outros amuletos. A maior Idolatria que existe e que não será perdoada por Allah SW, é a associação de outras pessoas a Ele. Por exemplo, a Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo) inserida na fé cristã 325 anos após a Ascensão de Jesus (AS), uma das resoluções do Concílio de Nicéia, é a pior das Idolatrias.

Para maiores esclarecimentos tanto o nome “Jesus”, como o nome “Cristo”são derivados da língua hebraica, grego e Latim. Do grego “Iesous”, do hebraico “Yeshua” ou “Joshua”. A palavra grega “Christos” é a tradução do hebraico “Messiah”, que significa “O Anunciado”. (SAAS)
Muitas pessoas, propositadamente afirmam que os muçulmanos negam Jesus (SAAS) e sua mãe Maria Santíssima (RAA). Isso não é verdade. Apenas não os associamos a Allah SW, tampouco os utilizamos como intermediários. Acreditamos em Jesus (SAAS) como Profeta e Mensageiro de Allah SW, que teve um nascimento diferenciado, tendo nascido de uma Virgem, Maria (RAA),por ordem de Allah SW, cuja a missão foi revelar à Humanidade o Evangelho. E mais o consideramos o Messias e aguardamos como os Cristãos, a sua Segunda Vinda.

Fonte: A Verdadeira Religião de Deus- Dr. Abu Ameenah Bilal Philips- exceto oS dois últimos parágrafo – comentário nosso.

quarta-feira, março 11, 2009

Os Atributos do Profeta Mohammad (SAAS)

Se deixaste de vê-lo com teus olhos, não percas as descrições do seu caráter, (Que é) completo em todos os respeitos, física, moral e descritivamente, pois suas virtudes não têm limite. Que a paz e as bênçãos de Deus estejam com Ele.

O Nascimento do Profeta (SAAS)

1. Deus diz: “Deus agraciou os crentes, ao fazer surgir um Mensageiro da sua estirpe, que lhes ditou os Seus versículos, redimiu-os, e lhes ensinou o Livro e a prudência, embora estivessem em evidente erro” (Alc. 3:164).

2. Deus diz também: “Diz: Sou tão somente um mortal como vós, a quem tem sido revelado que o vosso Deus é um Deus Único” (Alc. 18:110).

3. Ao Mensageiro de Deus (SAAS) foi perguntado sobre o jejum da segunda-feira. Ele disse: “Esse foi o dia em que nasci e no qual fui comissionado profeta, e no qual a revelação (do Alcorão) primeiro veio a mim” (Transmitido por Muslim).

4. O Mensageiro de Deus (SAAS) nasceu numa segunda-feira do mês de Rabi al Auwal, em Makka. Nasceu na casa conhecida como Dar al Maulid, no ano do elefante, que corresponde ao ano 571 D.C.. Nasceu de dois progenitores conhecidos. Seu pai era Abdullah Ibn Abdul Mutalib, e sua mãe era Amina Bint Wahab. Recebeu o nome de Mohammad do seu avô, uma vez que seu pai morrera antes que ele nascesse.

5. É imputado aos muçulmanos que conheçam a importância desse nobre Profeta, e que se pautem pelo Alcorão, que foi revelado a ele. Devem também imitar o comportamento dele, e imprimir importância ao chamamento do tauhid (monoteísmo), com o qual ele iniciou a sua mensagem, como é mostrado no dizer de Deus, no Alcorão: “Dize-lhes: Invoco tão-somente o meu Senhor, a Quem não atribuo parceiro algum” (72:20)


O Nome e a Linhagem do Profeta (SAAS)

1. Allah (SWT) diz: “Mohammad é o Mensageiro de Allah” (Alc. 48:29).

2. O Mensageiro de Allah (SAAS) disse: “Tenho cinco nomes: Sou Mohammad, sou Ahmad, sou Al Máhi por meio do qual Allah dissipa a descrença, sou Al Háchir ao pé do qual as pessoas se reunirão, e sou Al Aquib, depois do qual não haverá nenhum outro profeta.” Allah o intitulou o compassivo e o misericordioso. [Bukhári e Musslim.]5

3. O Profeta (SAAS) costumava intitular-se para nós, de várias maneiras, ao dizer: “Sou Mohammad, Ahmad, Al Mucaffi, Al Háchir, Profeta do arrependimento, e o Profeta da misericórdia.” [Musslim.]

4. O Profeta (SAAS) disse: “Não ficais abismados pela maneira com que Allah me protege dos ditos ultrajantes e dos xingamentos dos coraixitas? (nisso) Eles estão a depreciar um tal de mudhamman e a xingar um tal de mudhamman, ao passo que eu sou Mohammad.” [Bukhári.]

5. O Profeta (SAAS) disse: “Em verdade, Allah escolheu Kinana dentre os descendentes de Ismael, e escolheu os coraixitas dentre os kinanenses, e escolheu os Banu Háchim dentre os coraixitas, e escolheu a mim dentre os hachimitas.” [Musslim.]

6. O Profeta (SAAS) disse: “Podeis dar a vós o meu nome, mas jamais useis o meu kunya, porque fui enviado como Al Cássim, conforme distribuo (as coisas) entre vós.”0 [ Musslim.]


O Profeta (SAAS), Como o Vedes

1. “O Profeta (SAAS) tinha o rosto mais formoso e, dentre os homens, o melhor caráter; não era nem muito alto nem muito baixo.” [Bukhári e Musslim.]

2. “O Profeta (SAAS) tinha o rosto claro e sereno.” [Musslim.]

3. “O Profeta (SAAS) era de altura mediana, tendo ombros largos e barba espessa. Seus cabelos lhe caíam por sobre as orelhas. Usava u’a manta vermelha; e jamais vi alguém tão bonito quanto ele.” [Bukhári.]

4. “O Profeta (SAAS) tinha a cabeça grande, mãos e pés grandes, e um rosto prazenteiro. Nunca vi ninguém como ele, antes ou depois.” [Bukhári.]

5. “O rosto do Profeta (SAAS) era como o sol e como a lua, era redondo.” [Musslim.]

6. “Quando o Profeta (SAAS) estava contente, seu rosto se iluminava e se apresentava como se fosse um pedaço da lua, e nós o notávamos.” [Bukhári e Musslim.]

7. “O Profeta (SAAS) não gargalhava, mas sorria; e se a gente olhasse para ele, parecia que seus olhos estavam besuntados, mas não estavam.” [Hassan,1 Al Tirmizi.]

8. Aicha narrou: “Nunca vi o Profeta (SAAS) gargalhar a ponto de a sua úvula se tornar visível. Ele apenas costumava sorrir.” [Bukhári]

9. Jabir Ibn Samura narrou: “Vi o Profeta (SAAS) numa noite clara, e me pus a olhar para ele e para a lua. Ele estava usando u’a manta vermelha, ele me parecia mais formoso que o luar.” [Relatado por Tirmizi, que disse: “É hasan gharib.” Também Al Hakim e Al Zahabi verificaram aquilo.]

10. Alguém descreveu esplendidamente o Mensageiro (SAAS) ao dizer:

“Seu rosto tem brilho, e as nuvens, chuvas; Por meio da sua súplica (a Allah) Alimenta os órfãos e Protege as viúvas.”

Esse poema foi tirado duma poesia feita por Abu Talib. Foi recitado por Ibn Ômar e por outros quando os muçulmanos estavam afligidos pela seca, e o Mensageiro (SAAS) fez súplicas a Allah em favor deles, dizendo: “Ó Allah, proporciona-nos água!” e choveu (naquele mesmo dia). [Bukhári.]

11. O restante da descrição feita por Abu Tálib sobre o Mensageiro (SAAS) é:

“Os oprimidos dentre
A família de Háchim buscam refúgio nele,
E encontram-no benevolente e virtuoso.
Haveis vivido (perto dele), e
Juro pelo Senhor da Casa:
Mohammad não será destruído;
Lutaremos em favor dele e nos esforçaremos ao máximo.
Não o deixaremos esmorecer até que sejamos chacinados em torno dele,
E (se preciso for) negligenciaremos nossos filhos e nossas esposas (por ele).
Um homem da tribo coraixita também recitou:

“Louvado seja Allah, e vem, então,
Daqueles que agradecidos são.

“Recebemos a chuva por meio
Da intercessão do Profeta.
Ele dirigiu sinceros apelos a Allah, seu Criador,
E se concentrou, na sua súplica, com fervor.

“Num breve tempo dum trocar de roupa,
Ou mesmo mais rápido,
Vimos a chuva cair (e não foi pouca).

“Tinha, como seu tio Abu Tálib o descreveu,
Um semblante claro e luzente.
Por meio dele e por Allah, a chuva do céu desceu;
Essa é uma prova da sua mensagem fulgente.

“E aquele que graças a Allah der
Terá aumento de provisão;
Enquanto aquele que malagradecido for
Receberá a verdade em oposição.”

[Tirado da obra Manal al Tálib, de Al Acir, pág. 106].


O Profeta (SAAS) Abençoado

O Profeta (SAAS), juntamente com Abu Bakr e o seu criado, deixaram Makka, dirigidos por um guia1. No seu caminho para Madina, eles passaram pela tenda duma mulher chamada Umm Mabad2. Ela sentava-se perto da sua tenda, e oferecia comida e bebida para as pessoas. Eles perguntaram a ela se podiam conseguir algumas tâmaras e um pouco de carne, mas nada daquilo estava disponível. Após haverem exaurido todas as suas provisões, e estarem com fome, o Profeta (SAAS) viu uma ovelha ao lado da tenda, e a seguinte conversa teve lugar entre ele e Umma Mabad:

Profeta: “E essa ovelha, Umm Mabad?”

Umm Mabad: “É uma ovelha que ficou pra trás do resto do bando por causa da sua fraqueza.”

Profeta: “Será que ela tem leite?”
Umm Mabad: “Ela é muito fraca para isso!”
Profeta: “Dás-me tua permissão para ordenhá-la?”
Umm Mabad: “Que meu pai e minha mãe sejam resgatados por ti! Se puderes encontrar algum leite nela, vai em frente, ordenha-a.”

O Profeta (SAAS) mandou pegarem a ovelha, esfregou as tetas dela com suas mãos, invocou o nome de Allah, e dirigiu súplicas em favor de Umm Mabad e sua ovelha, até que esta separou as patas, como estando pronta para ser ordenhada. O Profeta (SAAS) pediu uma vasilha grande na qual a ovelha foi ordenhada até a vasilha ficar cheia. A velha senhora bebeu até se satisfazer, e assim fizeram também os companheiros do Profeta. Este foi o último a beber. A ovelha foi ordenhada uma segunda vez até que a vasilha fosse novamente enchida, e eles a deixaram com a mulher, após tomarem um voto de confiança dela, antes de partirem.

Pouco tempo depois o marido da mulher, Abu Mabad, voltou dirigindo um bando de ovelhas cambaleantes de fraqueza. Abu Mabad viu o leite e exclamou: “Onde conseguiste esse leite, Umm Mabad, uma vez que as ovelhas estavam longe e não têm crias; e não havia uma que pudesse dar leite, na casa?”
Umm Mabad: “Por Allah, um homem abençoado (de tal e tal qualidades) passou por aqui...”

Abu Mabad: “Descreve-o para mim, Umm Mabad!”

Ummu Mabad Descreve o Profeta (SAAS)

Umm Mabad disse: “Vi um homem radiante com um rosto brilhante, homem esse que não era muito magro nem muito gordo. Era elegante e formoso. Seus olhos eram negros e seus cílios, longos. Tinha uma barba espessa. Suas sobrancelhas eram longas, e ligavam-se uma na outra. Quando calado, era a dignidade em pessoa; e quando falava, sua fala era esplêndida e magnífica. Era o mais formoso e prazeroso dos indivíduos, mesmo visto à distância. Era também o mais dignificado e o melhor deles, quando visto de perto. Sua lógica era convincente, e ele era moderado no falar. Seu raciocínio era tão organizado como um corolário de pedras preciosas. Tinha a estatura mediana, nem alta nem baixa, mas exatamente o meio termo. Era o mais brilhante dos três, em aparência, e o melhor deles, em estatura. Tinha companheiros que lhe devotavam muita afeição. Quando ele falava, ouviam-no atentamente; quando lhes dava uma ordem, executavam-na instantaneamente. Agrupavam-se em torno dele e o guardavam. Ele nunca ficava carrancudo nem falava superficialmente.”

Abu Mabad disse: “Juro por Allah, é o homem dos coraixitas cuja estória, em Makka, chegou até nós. Eu desejava acompanhá-lo, e assim o hei de fazer, se encontrar meios.”

Então uma voz altissonante, cuja fonte lhes foi desconhecida, foi ouvida por toda Makka, conforme exclamava:

“Que Allah, o Senhor do Universo, recompense grandemente os dois Companheiros que descansaram nas duas tendas de Umm Mabad.
“Eles foram ter com ela com a diretriz com que ela foi guiada.
“Assim, terá sucesso aquele que passar o tempo na companhia de Mohammad.”
[Esse é um forte hadice, relatado por Al Hakim que o chamou de sahih, sendo que Al Zahabi concordou com ele. Ibn Kacir disse: “A história de Ummu Mabad é bem conhecida, e é reforçada por diferentes correntes de narradores.”]


As Virtudes do Profeta (SAAS)

1. Allah (SWT) diz: “Ó Profeta, em verdade, enviamos-te como testemunha, alvissareiro e admoestador! E como convocador (dos humanos) a Allah, com Sua anuência, e como uma lâmpada luminosa. E anuncia aos crentes que obterão de Allah infinitas graças” (Alc. 33:45-47).
2. Allah (SWT) diz: “Em verdade, Mohammad não é o pai de nenhum dos vossos homens, mas sim o Mensageiro de Allah e o derradeiro dos profetas; sabei que Allah é Onisciente” (Alc. 33:40).

3. Allah (SWT) diz: “E não te enviamos, senão como misericórdia para a humanidade” (Alc. 21:107).

4. O Profeta (SAAS) disse: “Eu sou o profeta que irá ter o maior número de seguidores no Dia da Ressurreição, e serei o primeiro a bater à porta do Paraíso.” [Musslim.]

5. O Profeta (SAAS) disse: “Irei ser o primeiro intercessor, no Paraíso; nenhum outro profeta irá ser acreditado tanto quanto eu serei acreditado. Entre os profetas um houve que foi acreditado por uma única pessoa dentre o seu povo.” [Musslim.]

6. O Profeta (SAAS) disse: “Pedi a Allah três coisas, duas das quais Ele me concedeu, mas uma das quais Ele me recusou. Pedi a Allah que não exterminasse meu povo pela fome, e Ele me concedeu isso; pedi-Lhe que não o exterminasse pelo afogamento, e Ele me concedeu isso; pedi-Lhe que não deixasse que a guerra acontecesse entre eles, mas Ele me recusou isso.” [Musslim.]

Em outra versão, ele disse: “Pedi-Lhe que não permitisse que um inimigo externo sobrepujasse meu povo, nem o desarraigasse, e Ele me concedeu isso.” [Tirmizi e Nassá’i, e verificado por Al Albani.]

7. Anas Ibn Málik disse, no hadice acerca da Viagem Noturna1 do Profeta: “E os olhos do Profeta dormiram, mas seu coração não.” [Bukhári.]

8. O Profeta (SAAS) disse: “Eu serei proeminente entre os descendentes de Adão, no Dia da Ressurreição, o primeiro cujo túmulo irá ser aberto, o primeiro intercessor cuja intercessão irá ser aceita.” [Musslim.]

9. O Profeta (SAAS) disse: “Foi-me dada superioridade sobre os profetas, por seis razões: Têm-me sido reveladas palavras que são concisas, mas de significados compreensivos; tenho sido ajudado por meio de infiltrar o temor (nos corações dos inimigos); os despojos de guerra tornaram-se lícitos para mim; toda a terra tornou-se um lugar de adoração, e ritualmente puro para mim; fui enviado para toda a humanidade; e a linha dos profetas foi encerrada com a minha vinda.” [Musslim.]

10. O Profeta (SAAS) disse: “Tenho sido comissionado dentre a melhor das gerações dos descendentes de Adão, geração após geração, até que vim a fazer parte da geração em que me encontro.” [Bukhári.]

11. O Profeta (SAAS) disse: “A similaridade entre mim e os profetas antes de mim é a de uma pessoa que constrói uma casa um tanto imponente e bela, e termina (a sua construção), exceto por um tijolo num dos seus cantos. As pessoas caminham por toda ela, e o edifício lhes agrada, mas dizem: ‘Se não fosse por esse tijolo (que falta), ela seria perfeita.’ Bem, eu sou esse tijolo, e sou o derradeiro dos profetas.” [Bukhári e Musslim.]

12. O Profeta (SAAS) disse: “Allah me designou como o Selo dos Profetas quando Adão ainda estava sendo formado na sua básica substância de argila. Informar-vos-ei sobre o começo da minha missão: foi um pedido de Ibrahim1 (SAAS), a boa nova de Issa2 (SAAS), e a visão que minha mãe teve por ocasião do parto de mim, quando uma luz brilhante, no castelo da Síria, foi vista por ela.” [Verificado por Al Hakim e Al Zahabi. Al Albani também verificou o hadice, em Al Mishkat.]

13. O Anjo Jibril3 foi ter com o Profeta (SAAS) na caverna de Hira4, e lhe disse: “Lê, em nome do teu Senhor Que criou...”5 O Profeta voltou com os versículos, com o coração tremendo, e foi ter com a sua esposa, Khadija Bint Khuwailid, e informou-a do acontecido, dizendo: “Temo por mim!” Khadija disse: “De modo nenhum! Juro por Allah que Ele não te irá desamparar. Tu desfrutas de fortes laços familiares, tu carregas os fardos dos outros, dás aos desamparados, e ajudas a defender os direitos dos outros.” Khadija então levou-o a Waraca Ibn Naufal6, e disse a ele: “Ouve, primo, o que o teu sobrinho tem a dizer.”

O Profeta (SAAS) informou-lhe sobre o que havia visto, e Waraca lhe disse: “É o namus7, a quem Allah enviou ao Profeta Mussa8 (SAAS) Quem me dera eu fosse um jovem durante a tua carreira profética! Quem me dera eu estivesse vivo quando o teu povo te expulsasse!” O Profeta perguntou: “Será que eles me expulsarão?” Ele respondeu: “Sim, nenhum homem jamais trouxe algo como o que tu trazes, sem que deparasse com hostilidades. Se eu chegar a testemunhar o teu dia, irei dar-te o maior apoio.” [Transmitido por Al Bukhari no livro “O Começo da Revelação”.]

O Selo da Profecia

1. Jabir Ibn Samurá relatou: “Eu vi o selo (da profecia) entre os ombros do Mensageiro de Allah, que era do tamanho dum ovo de pomba, sendo que sua cor era a mesma da do corpo dele. .” [Muslim.]

2. Abdullah Ibn Sarjis relatou: “Vi o Profeta (SAAS) sentei-me com ele, comi e bebi com ele; vi o selo da profecia entre os seus ombros, mais para o lado esquerdo, tendo pintas como manchas congênitas.” [Muslim.]

3. Jad Ibn Abdul Rahman narrou: “Ouvi Al Saib Ibn Yazid dizer: Minha mãe levou-me ao Profeta (SAAS), e disse para ele: ‘Mensageiro de Allah, eis aqui o filho da minha irmã, e ele está adoentado.’ Ele esfregou minha cabeça e invocou as bênçãos sobre mim. Então ele fez a ablução, e eu bebi a água que restou da sua ablução; então eu fiquei por trás dele e vi o selo entre os seus ombros; parecia um ovo de perdiz.’” [Al Bukhari e Muslim.]

A Agradabilidade da Fragrância do Profeta

1. Anas narrou: “O Profeta (SAAS) tinha uma compleição bonita, e as gotas da sua transpiração eram como pérolas. Quando andava, fazia-o inclinado para a frente. Eu nunca havia tocado brocado ou seda que não fosse tão suave como a suavidade da palma da mão do Mensageiro de Allah; e nunca havia cheirado almíscar ou âmbar cinzento que não tivesse uma fragrância tão doce quanto a fragrância do Profeta (SAAS).” [Al Bukhari e Muslim.]

2. Anas também relatou: “O Mensageiro de Allah (SAAS) foi à nossa casa. Ele dormiu, e havia transpiração em seu copo. Minha mãe pegou uma garrafa e começou a coletar o suor dentro dela. O Profeta (SAAS) acordou e disse: ‘Ummu Sulaim, que estás fazendo?’ ao que ela respondeu: ‘Este é o teu suor, que nós misturamos com o nosso perfume, e eis que ele se torna o mais fragrante dos perfumes.’” [Muslim.]

3. “O Profeta (SAAS) era conhecido pela sua fragrância, ao se aproximar (à distância).” [Sa’d, tirado de Ibrahim, e verificado por Al Albani, no Sahih al Jam’i.]

4. Anas relatou: “O Profeta (SAAS) nunca recusava perfumes.” [Al Bukhari.]

Os Hábitos, na Hora de Dormir, do Profeta (SAAS)

1. “O Profeta (SAAS) costumava dormir na imediata parte da noite, e ficar acordado na última parte dela.” [Bukhári e Musslim.]

2. “Quando o Profeta (SAAS) ia dormir, dizia: ‘Ó Allah, com o Teu nome eu morro e vivo!’ E quando se levantava, dizia: ‘Todos os agradecimentos a Allah Que nos dá a vida após ter-nos causado a morte (isto é, com o dormir); e com Ele está a ressurreição.’” [Musslim.]

3. “Quando o Profeta (SAAS) pretendia ir dormir, punha a mão direita sob o rosto, e dizia: ‘Ó Allah, poupa-me do Teu tormento no Dia em que ressucitares os Teus servos!’” [Tirmizi, como hasan sahih.]

4. “Quando o Profeta (SAAS) ia dormir, todas as noites, punha as palmas das mãos juntas, e soprava sobre elas. Então recitava as Suratas (do Alcorão) Al Ikhlas, Al Falak e Al Nás, dentro delas, e depois esfregava-as por todo o seu corpo, até aonde pudessem alcançar, começando pela cabeça e pelo rosto, continuando pelo resto do corpo. Repetia esse ato por três vezes.” [Bukhári e Muslim.]

5. “O travesseiro sobre o qual o Mensageiro de Allah dormia, à noite, era feito de couro e estufado com fibra de palmeira.” [Sahih, transmitido por Ahmad.]

6. “A cama arrumada sobre a qual o Mensageiro de Allah dormia consistia de couro, estufada com fibra de palmeira.” [Musslim.]

7. Aicha perguntou: “Ó Mensageiro de Allah, como é que dormes antes da oração witr?” Ele respondeu: “Aicha, meus olhos dormem, mas meu coração não.” [De acordo.]


A Recitação e a Oração do Profeta (SAAS)

1. Allah (SWT) diz: “... e recita fervorosamente o Alcorão” (Alc. 73:4).

2. “O Profeta (SAAS) não recitava todo o Alcorão em menos de três (dias).” [Sahih, transmitido por Ibn Sa’d.]

3. “O Profeta (SAAS) costumava fazer pausa na sua recitação (distintamente), versículo por versículo. Ele recitava: ‘alhamdu lillahi rabbil alamin (Louvado seja Allah, o Senhor do Universo)’; então fazia pausa, depois continuava: ‘al rahmani al rahim (o Clemente, o Misericordioso)’, e fazia pausa...” [Sahih, transmitido por Al Tirmizi.]

4. O Profeta (SAAS) costumava dizer: “Embelezai o Alcorão com vossas vozes, porque uma bela voz aumenta a beleza do Alcorão.” [Sahih, transmitido por Abu Dawud.]

5. “O Profeta (SAAS) costumava alongar a voz ao recitar o Alcorão.” [Sahih, transmitido por Ahmad.]

6. “O Profeta (SAAS) costumava acordar quando ouvia o cantar do galo (pela madrugada).” [Al Bukhari e Muslim..]

7. “O Profeta (SAAS) – às vezes – orava estando a usar seus calçados.” [Al Bukhari e Muslim..]

8. “O Profeta (SAAS) fazia o seu tasbih com a mão direita.” [Sahih, transmitido por Al Tirmidhi e Abu Dawud.]

9. “Quando alguma coisa constrangia o Profeta (SAAS), ele recorria à oração.” [Hasan, transmitido por Ahmad e Abu Dawud.]

10. “Quando o Profeta (SAAS) se sentava durante a oração, colocava as mãos sobre os joelhos, e levantava o indicador para com ele fazer a súplica.” [Muslim na sua descrição da maneira de o Profeta se sentar para a oração.]

11. “O Profeta (SAAS) so ía mexer o indicador da mão direita para com ele fazer a súplica.” [Sahih, tranmitido por Al Nassá’i.]
Noutra versão, ele teria dito: “Na verdade, ele (o dedo indicador) é mais duro do que ferro, para Satanás.” [Hasan, transmitido por Ahmad.]

12. “Ele costumava colocar a mão direita sobre a esquerda, e pô-las sobre o peito (durante a oração).” [Ibn Khuzaima e outros. Al Tirmizi atribui-o como sendo hasan. Al Nawawi mencionou-o na sua obra Charh Sahih Muslim, e declarou ser fraco o hadice de pôr as mãos abaixo do umbigo.]

13. Os quatro eminentes juristas, Abu Hanifa, Málik, Al Chafi’i e Ahmad, concordaram unanimemente ao declararem: “Se qualquer hadice for autêntico, será do meu ensinamento.” Então, o mexer o indicador e o colocar as mãos sobre o peito fazem parte dos seus ensinamentos, e estão também entre os atos oratórios (sunan) recomendados pelo Profeta (SAAS).

14. Entre os eruditos que acataram o ato (sunna) de mexer o indicador, durante a oração, estão: Imam Málik, Ahmad Ibn Hanbal, e alguns eruditos da escola chafiíta (que Allah tenha misericórdia deles), como foi mencionado na obra Charh al Muhazab, de Al Nawawi. Isso é mencionado pelo editor da obra Jam’il Usul.

O Profeta (SAAS) explicou a sabedoria que existe em se mexer o indicador, no hadice mencionado acima; aliás, mexermos o indicador simboliza a unicidade de Allah (tauhid); esse movimento é mais áspero para Satanás do que bater nele com ferro, uma vez que a ele desgosta o monoteísmo. Portanto, é imposto sobre os muçulmanos que sigam o Profeta, e que não ignorem a sua sunna. O Profeta (SAAS) disse: “Realizai vossas orações como me tendes visto realizá-las.” [ Al Bukhari.]

O Jejuar do Profeta (SAAS)

1. O Profeta (SAAS) disse: “Aquele que jejuar (no mês de) Ramadan1 com fé sincera, esperando a recompensa de Allah, terá todos os seus pecados anteriores perdoados.” [Bukhári e Musslim.]
2. O Profeta (SAAS) disse: “Aquele que observar o jejum de Ramadan e, seguidamente, jejuar seis dias do mês de Chauwal, será como se tivesse jejuado todo o ano.” [Musslim.]

3. O Profeta (SAAS) disse: “O jejuar três dias a cada mês e durante todo o Ramadan, todos os anos, constitui um jejum perpétuo. Quanto ao jejuar no dia de Arafa, reconheço que Allah haverá de expiar os pecados do ano anterior e do vindouro. Quanto ao jejuar no dia de Achurá, reconheço que Allah haverá de expiar os pecados do ano anterior.” [Musslim.]

4. O Profeta (SAAS) disse: “Se eu estiver vivo no próximo, haverei de jejuar no 9º dia 6.” [Musslim.]

5. Foi perguntado ao Profeta (SAAS) acerca de se observar o jejum (voluntário) das segundas- e quintas-feiras, e ele respondeu: “Esses são dias em que as ações do homem são apresentadas ao Senhor do Universo; assim sendo, eu quero que os meus feitos sejam relatados enquanto eu estiver jejuando.” [Nassá’i e Al Munzri, disse-o ser hasan.]

6. O Profeta (SAAS) proibiu o jejum nos dias de Eid Al Fitr e Eid Al Adha.

7. Aicha relatou: “Nunca vi o Profeta (SAAS) observar o jejum por um mês completo (continuamente), exceto em Ramadan.” [Transmitido por Bukhári e Musslim.]

A Cultuação Feita pelo Profeta (SAAS)

1. Allah (SWT) diz: “Ó tu, acobertado, levanta-te à noite (para rezar), porém, não toda a noite; a metade dela ou pouco menos, ou pouco mais...” (Alc. 73:1-4).

2. Aicha disse: “O Profeta (SAAS) não passava de onze rakát, tanto no mês de Ramadan como em outras ocasiões. Orava quatro rakát, e não queria saber da sua excelência ou da sua extensão; então orava outros quatro, e não queria saber da sua excelência ou da sua extensão; então orava três rakát, e eu lhe perguntei:‘Vais dormir antes de fazer a oração witr?’ Ele respondeu:‘Aicha, meus olhos dormem, mas não meu coração.’” [Bukhári e Musslim.]

3. Al Aswad Ibn Yazid narrou: “Perguntei para Aicha (R) sobre a oração noturna do Profeta, e ela respondeu: ‘Ele dormia na primeira parte da noite e ficava acordado na última parte. E quando já era tarde da noite, fazia a oração witr. Então ia para a cama; e se tinha necessidade das esposas, aproximava-se delas. Quando ouvia o azan, ele pulava (da cama). Se estivesse no estado de janába, despejava água sobre o corpo; se não, realizava a ablução, e saía para a oração.” [Bukhári, Musslim e outros.]

4. Abu Huraira (R) narrou: “O Profeta (SAAS) ficava de pé, em oração, até que seus pés ficassem inchados. Era-lhe então perguntado: ‘Ó Mensageiro de Allah, por que fazes isso a ti mesmo, sendo que Allah te tem perdoados todos os pecados, passados e futuros?’ Ele respondia: ‘Será que não poderei ser de Deus um servo agradecido?’” [Bukhári e Musslim.]


Os Sermões do Profeta (SAAS)

1. Allah (SWT) diz: “Pela estrela, quando cai, que vosso camarada jamais se extravia, nem erra; não fala por capricho. Isso não é senão a inspiração que lhe foi revelada...” (Alc. 53:1-4).

2. O Profeta (SAAS) disse para Abdullah Ibn Amr: “Escreve isto! Por Ele Que tem minha alma em Suas mãos, eu jamais proferi nada que não fosse a verdade.” [Hasan, transmitido por Abu Dawud.]

3. O Profeta (SAAS) disse: “Tenho sido ajudado por meio de incutir o terror (nos corações dos inimigos); fui comissionado com palavras que são concisas, mas de significado compreensível; a terra foi feita como lugar para adoração, e ritualmente pura; e enquanto eu dormia, vi sendo trazidas a mim as chaves dos tesouros da terra, os quais foram postos na minha mão.” [Bukhári.]

Abu Huraira disse: “O Mensageiro de Allah partiu, e agora vós estais herdando os tesouros da terra.”

4. Aicha narrou: “O Mensageiro de Allah não falava rápido como vós o fazeis, mas proferia a fala de maneira clara para que aqueles que se sentavam com ele pudessem memorizá-la.” [Musslim.]

5. Aicha (R) relatou: “O Profeta (SAAS) falava duma maneira que, se alguém quisesse contar-lhe as palavras, poderia fazê-lo.” [Bukhári e Musslim.]

6. “O Profeta (SAAS) costumava guardar silêncio por longos períodos de tempo.” [Ahmad, com uma boa corrente de narradores.]

7. “O Profeta (SAAS) certas vezes costumava repetir as palavras por três vezes, para fazê-las entendidas (claramente).” [Bukhári.]
Isto é em referência às suas exposições que requeriam uma reexposição para serem completamente compreendidas.

8. “O Profeta (SAAS) gostava de súplicas concisas, mas compreensivas, e ele as adotou.” [Sahih, transmitido por Ahmad.]

9. “Quando o Profeta (SAAS) proferia sermões, seus olhos ficavam vermelhos, sua voz era volumosa, e suas emoções, visíveis. Era como se ele fosse o prognosticador do iminente ataque dum exército, dizendo: ‘Sereis atacados pela manhã ou à tardezinha.’” [Musslim.]

Descrição da Cisterna do Profeta (SAAS)

O Profeta (SAAS) disse: “Minha cisterna é tão larga e tão ampla, que requer a caminhada dum mês para a pessoa ir em torno dela; e sua água é branca como leite, sua fragrância é melhor que a do almíscar; e os cântaros (postos ao redor dela) são tantos quantos as estrelas do céu. Aquele que dela beber, jamais irá sentir sede dali em diante.” [Bukhári.]

A Austeridade do Profeta (SAAS)

1. Allah (SWT) diz: “E não cobices tudo aquilo com que temos agraciado certas classes, com o gozo da vida terrena – a fim de, com isso, prová-las –, posto que a mercê do teu Senhor é preferível e mais persistente.” (Alc. 20:131).

2. Ômar Ibn al Khattab relatou, num hadice, que o Profeta (SAAS) jurou não se aproximar das suas esposas por um mês. Então ele se retirou para um quarto de cima. Quando Ômar lá foi, nada encontrou no quarto além duma pilha de capim amarelado, um saco de água pendurado, e um montículo de cevada. O Profeta (SAAS) dormia sobre um colchão que lhe deixava marcas pelo corpo. Os olhos de Ômar começaram a se encher de lágrimas, e o Profeta lhe perguntou: “Que há contigo?” ele respondeu: “Ó Mensageiro de Allah, tu és o escolhido, na criação de Allah; (vê) César e Cosroé estão no que estão (no luxo)!” O Profeta (SAAS) sentou-se, com o rosto vermelho (de raiva), e disse: “Há alguma dúvida sobre isso, Ibn al Khattab?” e aduziu: “A essas pessoas foram-lhes dadas as boas coisas adiantadamente, no mundo presente.” [Bukhári e Muslim.]

Numa outra versão transmitida por Muslim, o Profeta disse: “Acaso não estás contente com que eles tenham o mundo presente e nós iremos ter o outro?” Ômar respondeu: “Sim, de fato, Mensageiro de Allah.” O Profeta (SAAS) disse: “Então agradece a Allah, o Poderoso, o Exaltado!”
3. Alqama narrou, baseado em Ibn Massud, que disse: “O Profeta (SAAS) dormia num colchão feito de folhas de tamareiras e, quando se levantava, as marcas do colchão eram visíveis por todo o seu corpo. Conforme eu comecei a esfregar-lhe o corpo, eu disse: ‘Que meu pai e minha mãe sejam resgatados por ti! Por que não nos deixas preparar algo (mais fofo) para ti?’ Ele respondeu: ‘Eu não tenho nada a ver com este mundo; estou nele como um cavaleiro que pára sob uma árvore por um breve tempo e, tendo descansado um pouco, reinicia sua viagem, deixando a árvore para trás’” [Tirmizi, como hassan, sahih.]

4. O Profeta (SAAS) disse: “Se eu tivesse ouro igual, em peso, ao Monte Uhud, ficaria contente se nada me tivesse restado dele após três noites, a não ser algo que eu pudesse reter para pagar as dívidas.” [Bukhári.]

5. Amr Ibn al Hariss (R) narrou: “O Profeta (SAAS) não possuía um dinar ou um dirham quando morreu; nem tampouco deixou um escravo ou uma cativa. Nada deixou, a não ser sua branca mula de montaria, suas armas a algumas terras que ele havia deixado gentilmente para o bem dos viandantes.” [Bukhári.]

A Fome do Profeta (SAAS) e dos Companheiros

Numa noite o Mensageiro de Allah (SAAS) foi para fora da sua casa, e encontrou Abu Bakr e Ômar sentados do lado de fora das suas casas, e a seguinte conversa se deu entre eles; o Profeta (SAAS): “Que vos traz para fora das vossas casas a esta hora?” Abu Bakr e Ômar: “A fome, ó Mensageiro de Allah!” O Profeta (SAAS): “O mesmo acontece comigo. Por Aquele Que tem a minha alma em Suas mãos, o que vos trouxe para fora trouxe-me a mim também.”

O Profeta (SAAS) disse-lhes que se levantassem e o seguissem. Foram os três juntos para a casa dum Ansar1 cujo nome era Abu al Haiçam Málik Ibn al Tihan. Porém, não o encontraram em casa (mas sua esposa lá estava). A mulher (dirigindo-se ao Profeta): “Sede benvindos!” O Profeta (SAAS): “Onde está o Abu al Haiçam?” A mulher: “Foi buscar água potável para nós.”

Abu al Haiçam, ao voltar, viu o Profeta (SAAS) e os seus dois companheiros. Ele os cumprimentou, e apresentou a sua fidelidade ao Profeta. Abu al Haiçam: “Louvado seja Allah! Ninguém teve a mais honorável visita, hoje, do que eu tive!”

Imediatamente ele foi para fora, e trouxe um cacho de tâmaras maduras, tâmaras secas e tâmaras frescas, e lhes disse: “Reparti estas...” Abu al Haiçam deixou-os então, levando uma faca consigo, afim de abater uma ovelha para eles. O Profeta (SAAS):

“Tem cuidado para não abateres uma ovelha leiteira!”

O Profeta e seus companheiros comeram as tâmaras e a carne, e beberam a água às suas satisfações. O Profeta (para Abu Bakr e Ômar): “Por Aquele Que tem a minha alma em Suas mãos, vós ireis ser questionados acerca desta munificência, no Dia da Ressurreição. A fome vos tirou das vossas casas, mas a elas não voltastes sem que este favor chegasse até vós!” [Musslim, Málik e Tirmizi].

Lições a serem tiradas do hadice

a) O Profeta (SAAS) e seus companheiros costumavam sentir tal extrema fome, que esta os fazia sair das suas casas à procura de comida;

b) É permissível a pessoa ir à casa do seu amigo para comer com ele.


c) O hadice faz-nos lembrar dos favores de Allah para conosco, que devemos ser agradecidos a Ele por Suas provisões, e que não devemos ficar alheios quanto ao Sustentador;

d) É permissível um homem dirigir-se a uma mulher, estando por detrás duma tela (ou cortina).

O Padrão de Vida do Profeta (SAAS)

1. Allah (SWT) diz: “Não te achou necessitado e te enriqueceu?” (Alc. 93:8).

2. Aicha narrou: “Passava-se um mês inteiro e nós, a família de Mohammad, não acendíamos fogo nas nossas casas. Subsistíamos com duas coisas simples: tâmaras e água. Contudo, tínhamos alguns Ansar por vizinhos, e eles mandavam para o Profeta (SAAS) o leite das suas camelas leiteiras. Ele bebia o leite e também o dava para nós bebermos.” [Bukhári e Muslim.]

3. Anas narrou: “Nunca vi o Profeta (SAAS) comer pão feito de farinha boa até o dia em que morreu; tampouco jamais comeu todo um carneiro assado.” [Bukhári.]

4. Ômar Ibn al Khattab narrou: “Eu vi o Profeta (SAAS) passar seus dias em aguda fome, quando não podia conseguir mesmo tâmaras murchas para aplacar a fome.” [Musslim.]

5. Anas relatou que tomou ao Profeta (SAAS) um pouco de pão de cevada e banha derretida. O Profeta (SAAS) havia penhorado sua arma a um judeu por uma quantidade de pão, para que pudesse levar um pouco para os seus familiares. Um dia, ele o ouviu dizer: “A família de Mohammad nunca teve uma medida de tâmaras ou de trigo que fosse dela, em noite alguma.” [Bukhári.]

6. “O Profeta (SAAS) passava várias noites consecutivas sem comida, e os membros da sua família não jantavam. E, geralmente, quando encontravam algo para comer, era pão de centeio.” [Hasan, Transmitido por Ahmad e por outros.]
7. Aicha narrou: “A família de Mohammad (SAAS) nunca comeu pão feito de farinha, à sua stisfação, por três dias consecutivos, desde o tempo da sua chegada a Madina, até ao dia em que ele morreu.” [Bukhári e Musslim.]

8. O Profeta (SAAS) disse: “Ó Allah, garante provisões para a subsistência da família de Mohammad, e não deixes exceder naquilo que for meramente suficiente!” [Bukhári e Musslim.]

O Chorar do Profeta (SAAS)

Primeiro hadice: O Profeta (SAAS), sentado com Abdullah Ibn Massud, disse: “Recita-o (o Alcorão) para mim!” Ibn Massud: “Como posso eu recitá-lo para ti, se ele te foi revelado?” O Profeta (SAAS): “Eu gosto de ouvi-lo recitado por outro.” Abdullah Ibn Massud recitou o Alcorão a partir da Surata Al Nissa, até que chegou ao versículo que diz: “Que será deles, quando apresentarmos uma testemunha de cada nação e te designarmos (ó Mohammad) testemunha contra eles?” (Alc. 4:41). O Profeta (SAAS) disse: “Hasbuka!” (ou seja, basta!) Ibn Massud olhou para o Profeta (SAAS) e viu que os olhos dele estavam marejados de lágrimas. [Bukhári e Musslim.]

Lições a serem tiradas do hadice

a) A humildade a demonstrarmos ao ouvirmos o Alcorão deve ser soluçarmos silenciosamente, e não chorarmos altissonantemente.

b) Notemos o dizer do Profeta (SAAS) “hasbuka”, e não “sadaqa allahu al azim (isto é, Allah diz a verdade).”

c) O Profeta (SAAS) gostava ouvir a recitação do Alcorão feita pelos outros.

Segundo hadice: O Profeta (SAAS), juntamente com os seus companheiros, fizeram uma visita ao seu filho Ibrahim quando este estava sob os cuidados da sua enfermeira.

O Profeta pegou-o no colo, estreitou-o contra o peito e o beijou. Os Companheiros juntaram-se a ele, e encontraram Ibrahim nos seus momentos finais (antes da morte); e os olhos do Profeta (SAAS) começaram a se encher de lágrimas.

Abdul Rahman Ibn Auf disse: “Ó Mensageiro de Allah, até tu choras?” O Profeta (SAAS) disse: “Isto é compaixão; as lágrimas fluem dos meus olhos, e o meu coração está cheio de tristeza; mas o que temos a dizer é apenas: que seja da vontade do nosso Senhor. Com o teu passamento, Ibrahim, ficamos deveras tristes.” [Bukhári e Musslim.]

Lições a serem tiradas do hadice

a) À pessoa é permitido sentir tristeza pelo morto, mas sem berrar, ou esbravejar.

b) É permissível que a pessoa sinta tristeza pelo morto, mas sem desprezo pelo destino, sem dizer nada que demonstre ressentimento.


Vendo o Profeta (SAAS), em Sonho

1. O Profeta (SAAS) disse: “Aquele que me viu, em sonho, viu-me de fato; pois o Satanás não aparece na minha forma.” [Bukhári.]
2. O Profeta (SAAS) disse: “Aquele que me viu, em sonho, realmente viu a verdade; pois o Satanás não aparece na minha forma.” [Bukhári e Musslim.]

3. O Profeta (SAAS) disse: “Aquele que me vir, em sonho, irá ver-me estando acordado; pois o Satanás não aparece na minha forma.” [Bukhári e Musslim.]

Lições tiradas do hadice

a) É possível a pessoa ver o Profeta (em sonho), segundo sua aparência, como sua altura, sua compleição, estatura, barba etc..

b) Al Manawi, em sua interpretação a esse hadice, diz: “A pessoa deve ver o Profeta dum modo que represente a sua verdadeira aparência, como registrado nos textos. Se o vir com altura e estatura diferentes, ou com a pele escura, não terá visto o Profeta (em sonho).”

c) Al Manawi também explica o seguinte dizer do Profeta, “Ver-me-á mesmo estando acordado”, como significando um modo especial de o verem, querendo dizer, próximos a ele, e obtendo a sua intercessão no Dia da Ressurreição.

d) Alguns sufistas clamam que veem o Profeta (SAAS), neste mundo, estando acordados, usando o último hadice como apoio. Ibn Hajar refuta esse clamor, dizendo: “Isso vai às raias de dizerem que são companheiros do Profeta, e que os Companheiros iriam permanecer vivos até ao Dia da Ressurreição!” é um alarde que nenhum muçulmano de verdade iria fazer.

e) O autor deste livro diz: “Eu li, num dos livros sufistas, a alegação de um deles, relatando que Abu al Muwáhib al Chádli disse: ‘O Profeta (SAAS) me disse … até ao fim do dito hadice.’ Quando perguntei ao autor sufista se aquela pessoa era um Companheiro, respondeu: ‘Não; embora o tempo passado entre ele e Abu al Hassan al Chádli fosse de cinco cheiques, ele havia visto o Profeta, estando acordado.’ Disse-lhe: ‘Mesmo os Companheiros não viram o Profeta, estando acordados, depois da sua morte.’ Porém, esse argumento não o convenceu. Então eu disse a mim mesmo que aquilo era certamente uma das falsas alegações quanto ao Profeta, em que ele nos admoestava quando dizia:‘Quem quer que seja que, deliberadamente, contar mentiras a meu respeito, irá preparar o seu assento no Fogo do Inferno.’” [Bukhári e Musslim.]

f) Foi perguntado ao Chaikh al Islam Zakaryia al Anssari acerca da pessoa que diz ter visto o Profeta (SAAS), pedindo-lhe que fizesse algo. Ele respondeu: “Isso é veementemente desaprovável, e inteiramente proibido.” Os eruditos muçulmanos também estabeleceram uma norma, dizendo que os sonhos não poderão servir como base para as regras religiosas.

g) A mais forte refutação quanto àqueles que afirmam ter visto o Profeta (SAAS) na vida real, após a sua morte, astá nas palavras do Alcorão: “... e ante eles (os mortos) haverá uma barreira1 que os deterá até ao dia em que forem ressuscitados” (Alc. 23:100).


A Morte do Profeta (SAAS)

1. Allah (SWT) diz, no Alcorão: “Jamais concedemos imortalidade a ser humano algum, anterior a ti. Porventura, se morresses, seriam eles imortais?” (21-34)

2. O Profeta (SAAS) disse: “Quando Allah, o Poderoso, o Exaltado deseja conceder misericórdia para um povo, dentre os Seus servos, Ele leva o profeta deles, e o faz precedê-los. Quando Ele deseja destruir um povo (por assim merecerem), Ele os pune enquanto o seu profeta ainda está vivo, para que lhes veja a destruição; e Allah o conforta com a destruição deles, uma vez que desacreditaram nele e desobedeceram a sua mensagem.” [Transmitido por Musslim.]

3. O Profeta (SAAS) disse: “Deus concedeu a certo servo Seu a chance de escolher entre o conforto terreno e aquele que irá ser com Ele no outro mundo, e o servo escolheu aquele que iria ser com Deus.” E eis que Abu Bakr chorou (ao ouvir aquilo).1 [Bukhári.]

4. Anas Ibn Málik (R) narrou: “A última vez que vi o Profeta (SAAS) foi numa segunda-feira; quando a cortina foi aberta, olhei para o rosto dele e vi que estava pálido como papel. As pessoas estavam atrás de Abu Bakr, e quase entraram em pânico. Porém, o Profeta (SAAS) aconselhou-as a serem firmes, conforme Abu Bakr as dirigia em oração2. A cortina foi retirada, e o Profeta (SAAS) teve o seu passamento no fim daquele dia.” [Bukhári e Musslim.]

5. Aicha (R) narrou: “Allah levou a alma do Profeta enquanto sua cabeça repousava no meu colo.” [Transmitido por Bukhári.]

6. Anas Ibn Málik (R) narrou: “Quando a doença do Profeta (SAAS) se tornou tão intensa, a ponto de o acabrunhar, a sua filha Fátima exclamou: ‘Ai de mim (pela doença do seu pai)!’ O Profeta (SAAS) a confortou: ‘Não haverá mais sofrimento para seu pai depois de hoje, pois ele está sendo visitado por aquela de que ninguém escapará (a morte). Encontrar-nos-emos no Dia da Ressurreição’” [Transmitido por Bukhári.]

7. Ibn Abbas (R) narrou: “O Profeta (SAAS) viveu em Makka por treze anos, recebendo a revelação, e dez anos em Madina. Teve o seu passamento com a idade de sessenta e três anos.” [Transmitido por Bukhári.]

8. Aicha (R) narrou: “O Profeta (SAAS) teve o seu passamento enquanto Abu Bakr estava fora, em Al Sunh (outra parte de Madina), e Ômar levantou-se, e disse: ‘Juro por Allah que o Profeta não morreu!’ Abu Bakr chegou, descobriu o rosto do Profeta (SAAS) e o beijou. Então disse: ‘Que meu pai seja resgatado por ti, pois és puro, estando vivo ou morto. Por Aquele Que tem a minha alma em Suas mãos, Allah jamais fará com que experimentes duas mortes.’ Abu Bakr então saiu e disse: ‘ Tu que imprecaste, não sejas apressado!’ Assim, quando Abu Bakr começou a falar, Ômar se sentou. Abu Bakr agradeceu a Deus, louvou-O, então disse: ‘Aqueles que adoraram Mohammad (devem saber que) Mohammad está morto, mas os que adoram a Allah, (saibam que) Allah é Eterno e Duradouro.’ Então recitou o seguinte versículo: ‘É bem verdade que tu morrerás e eles morrerão”(Alc. 39:30.) Recitou ainda as palavras de Allah: ‘Mohammad não é senão um Mensageiro, a quem outros mensageiros precederam. Porventura, se morresse ou fosse morto, voltaríeis à incredulidade? Sabei que quem voltar a ela em nada prejudicará a Allah; e Allah recompen-sará os agradecidos” (Alc. 3-144).’ Ao ouvirem aquela fala, as pessoas começaram a chorar.” [Transmitido por Bukhári.]

9. Aicha relatou: “O Mensageiro de Deus costumava dizer, quando estava bem de saúde: ‘Nenhum profeta é levado embora antes de lhe ser mostrado o seu lugar de repouso no Paraíso, e de lhe ser dada a chance de escolher entre este mundo e o outro.’ Quando a morte se estava aproximando dele, sua cabeça estava no meu colo, e ele perdeu a consciência. Quando voltou a si, olhou fixamente para o teto, e disse: ‘Oh Deus, para o Mais Elevado Companheiro (Deus).’ E eu disse: ‘Ele não nos está escolhendo’, e me conscientizei de que era daquilo que ele nos tinha estado a falar quando estava bem de saúde.” [De acordo.]

10. É um acontecimento bem sabido o fato de que o Profeta (SAAS) teve o seu passamento numa segunda-feira do ano 11 H./632 E.C., após ter divulgado a sua mensagem, sendo que Deus completou a religião por intermédio dele.

BISMILLAH AL-RAHMAN AL-Rahim•Wassalatu Wassalamu Ala Ashraful Mursaleen Allahumma Sali Ala Muhammad ua Aali Muhammad Imploramos a ALLAH (SW), que nos ajude, nos dê uma boa orientação para o benefício do Islã e dos muçulmanos, corrigindo nossos trabalhos, nossas intenções e nossas ações.

Agradecemos a ALLAH (SW) que é o único Deus do universo. Que ALLAH (SW), aceite este trabalho, nos dando uma boa recompensa nesta vida e na outra.

Pedimos principalmente às pessoas que nos precederam nesse trabalho e nos serviram como orientadores!

Subhanna Allah!(Louvado Seja Deus).

Fonte: http://www.luzdoislam.com.br/default.asp?itemID=261&itemTitle=Os%20Atributos%20do%20Profeta--

“Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele.” 8:24